Câmara dos EUA aposta em separar Israel de Ucrânia para votar ajuda após semanas de impasse


Pacote de US$ 95 bilhões aprovado no Senado está travado há dois meses por pressão da ala mais radical do Partido Republicano, que resiste em mandar dinheiro para Kiev

Por Redação

WASHINGTON - O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson (republicano), aposta em separar a ajuda a Israel, Ucrânia e Taiwan na tentativa de avançar ainda esta semana com o pacote de segurança, que está travado há semanas por pressão do próprio partido, que resiste em mandar mais dinheiro para Kiev. O plano foi detalhado nesta segunda-feira, 15.

Pressionado pelo ataque do Irã, que retaliou a morte de comandantes no consulado da Síria lançando mísseis e drones contra Israel, Johnson deu o primeiro indício concreto de que pretende avançar, de alguma forma, com os US$ 95 bilhões, em assistência a aliados, aprovados pelo Senado há dois meses.

A ideia, contudo, é fatiar essa ajuda. Na sexta-feira, é esperado que os deputados votem separadamente sobre os recursos para Israel, Ucrânia e Taiwan. Além disso, deve ser levado ao plenário um projeto pensado para atender exigências dos republicanos em política externa, como a apreensão de bens russos.

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Presidente da Câmara Mike Johnson discursa no Congresso, 11 de abril de 2024. Foto: Saul Loeb/AFP

“Vamos analisar projetos de lei separados nesta semana para financiar nosso aliado Israel, apoiar a Ucrânia em sua guerra contra a agressão russa, fortalecer nossos aliados no Indo-Pacífico e aprovar medidas adicionais para contrariar nossos adversários”, afirmou Johnson no X, antigo Twitter.

Os parlamentares terão direito a propor mudanças, o que poderia prolongar as discussões.

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A ajuda dos Estados Unidos ficou estagnada em um Congresso dividido, depois que Johnson, aliado do candidato republicano à presidência Donald Trump, bloqueou o pacote de segurança que foi pedido pelo presidente Joe Biden e aprovado pelo Senado.

“Não votaremos o pacote do Senado em sua forma atual”, disse Johnson nesta segunda-feira. “Mas votaremos cada uma dessas medidas separadamente em quatro partes diferentes”, explicou.

Mais cedo, a Casa Branca descartou qualquer projeto de lei que tivesse assistência apenas para Israel. “Um projeto independente não ajudaria Israel nem a Ucrânia”, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

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O governo Biden vinha pressionando a Câmara para aprovar os US$ 60 bilhões para Kiev, que enfrenta dificuldades na linha de frente da guerra e se mostra cada vez mais frustrada com os aliados no Ocidente.

Israel, por sua vez, foi atacado pelo Irã com mais de 300 drones e mísseis, o que elevou os temores de guerra aberta no Oriente Médio. Foi depois disso, que Mike Johnson sinalizou a votação.

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“Uma série de acontecimentos ocorreram ao redor do mundo e os estamos analisando com muita atenção. Sabemos que o mundo nos observa e quer ver como reagiremos”, disse o presidente da Câmara.

Ainda não está claro, no entanto, se a aposta de Johnson será bem sucedida. Enquanto os republicanos linha-dura são resistentes a liberar dinheiro para Ucrânia, os democratas mais progressistas têm criticado o apoio dos Estados Unidos a Israel, ou seja, a aprovação dependeria de um complexa mistura bipartidária.

O Partido Republicano tem uma estreita vantagem de dois deputados na Câmara e a liderança de Mike Johnson tem sido desafiada por republicanos radicais, que ameaçam destituí-lo do cargo, como fizeram com o seu antecessor Kevin McCarthy. A deputada Marjorie Taylor Greene, uma de suas críticas mais vocais dentro do partido, chamou o plano de “fraude”, mas não disse se vai tentar removê-lo do cargo./AFP, EF, AP, NY Times e W. Post

WASHINGTON - O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson (republicano), aposta em separar a ajuda a Israel, Ucrânia e Taiwan na tentativa de avançar ainda esta semana com o pacote de segurança, que está travado há semanas por pressão do próprio partido, que resiste em mandar mais dinheiro para Kiev. O plano foi detalhado nesta segunda-feira, 15.

Pressionado pelo ataque do Irã, que retaliou a morte de comandantes no consulado da Síria lançando mísseis e drones contra Israel, Johnson deu o primeiro indício concreto de que pretende avançar, de alguma forma, com os US$ 95 bilhões, em assistência a aliados, aprovados pelo Senado há dois meses.

A ideia, contudo, é fatiar essa ajuda. Na sexta-feira, é esperado que os deputados votem separadamente sobre os recursos para Israel, Ucrânia e Taiwan. Além disso, deve ser levado ao plenário um projeto pensado para atender exigências dos republicanos em política externa, como a apreensão de bens russos.

Presidente da Câmara Mike Johnson discursa no Congresso, 11 de abril de 2024. Foto: Saul Loeb/AFP

“Vamos analisar projetos de lei separados nesta semana para financiar nosso aliado Israel, apoiar a Ucrânia em sua guerra contra a agressão russa, fortalecer nossos aliados no Indo-Pacífico e aprovar medidas adicionais para contrariar nossos adversários”, afirmou Johnson no X, antigo Twitter.

Os parlamentares terão direito a propor mudanças, o que poderia prolongar as discussões.

A ajuda dos Estados Unidos ficou estagnada em um Congresso dividido, depois que Johnson, aliado do candidato republicano à presidência Donald Trump, bloqueou o pacote de segurança que foi pedido pelo presidente Joe Biden e aprovado pelo Senado.

“Não votaremos o pacote do Senado em sua forma atual”, disse Johnson nesta segunda-feira. “Mas votaremos cada uma dessas medidas separadamente em quatro partes diferentes”, explicou.

Mais cedo, a Casa Branca descartou qualquer projeto de lei que tivesse assistência apenas para Israel. “Um projeto independente não ajudaria Israel nem a Ucrânia”, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

O governo Biden vinha pressionando a Câmara para aprovar os US$ 60 bilhões para Kiev, que enfrenta dificuldades na linha de frente da guerra e se mostra cada vez mais frustrada com os aliados no Ocidente.

Israel, por sua vez, foi atacado pelo Irã com mais de 300 drones e mísseis, o que elevou os temores de guerra aberta no Oriente Médio. Foi depois disso, que Mike Johnson sinalizou a votação.

“Uma série de acontecimentos ocorreram ao redor do mundo e os estamos analisando com muita atenção. Sabemos que o mundo nos observa e quer ver como reagiremos”, disse o presidente da Câmara.

Ainda não está claro, no entanto, se a aposta de Johnson será bem sucedida. Enquanto os republicanos linha-dura são resistentes a liberar dinheiro para Ucrânia, os democratas mais progressistas têm criticado o apoio dos Estados Unidos a Israel, ou seja, a aprovação dependeria de um complexa mistura bipartidária.

O Partido Republicano tem uma estreita vantagem de dois deputados na Câmara e a liderança de Mike Johnson tem sido desafiada por republicanos radicais, que ameaçam destituí-lo do cargo, como fizeram com o seu antecessor Kevin McCarthy. A deputada Marjorie Taylor Greene, uma de suas críticas mais vocais dentro do partido, chamou o plano de “fraude”, mas não disse se vai tentar removê-lo do cargo./AFP, EF, AP, NY Times e W. Post

WASHINGTON - O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson (republicano), aposta em separar a ajuda a Israel, Ucrânia e Taiwan na tentativa de avançar ainda esta semana com o pacote de segurança, que está travado há semanas por pressão do próprio partido, que resiste em mandar mais dinheiro para Kiev. O plano foi detalhado nesta segunda-feira, 15.

Pressionado pelo ataque do Irã, que retaliou a morte de comandantes no consulado da Síria lançando mísseis e drones contra Israel, Johnson deu o primeiro indício concreto de que pretende avançar, de alguma forma, com os US$ 95 bilhões, em assistência a aliados, aprovados pelo Senado há dois meses.

A ideia, contudo, é fatiar essa ajuda. Na sexta-feira, é esperado que os deputados votem separadamente sobre os recursos para Israel, Ucrânia e Taiwan. Além disso, deve ser levado ao plenário um projeto pensado para atender exigências dos republicanos em política externa, como a apreensão de bens russos.

Presidente da Câmara Mike Johnson discursa no Congresso, 11 de abril de 2024. Foto: Saul Loeb/AFP

“Vamos analisar projetos de lei separados nesta semana para financiar nosso aliado Israel, apoiar a Ucrânia em sua guerra contra a agressão russa, fortalecer nossos aliados no Indo-Pacífico e aprovar medidas adicionais para contrariar nossos adversários”, afirmou Johnson no X, antigo Twitter.

Os parlamentares terão direito a propor mudanças, o que poderia prolongar as discussões.

A ajuda dos Estados Unidos ficou estagnada em um Congresso dividido, depois que Johnson, aliado do candidato republicano à presidência Donald Trump, bloqueou o pacote de segurança que foi pedido pelo presidente Joe Biden e aprovado pelo Senado.

“Não votaremos o pacote do Senado em sua forma atual”, disse Johnson nesta segunda-feira. “Mas votaremos cada uma dessas medidas separadamente em quatro partes diferentes”, explicou.

Mais cedo, a Casa Branca descartou qualquer projeto de lei que tivesse assistência apenas para Israel. “Um projeto independente não ajudaria Israel nem a Ucrânia”, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

O governo Biden vinha pressionando a Câmara para aprovar os US$ 60 bilhões para Kiev, que enfrenta dificuldades na linha de frente da guerra e se mostra cada vez mais frustrada com os aliados no Ocidente.

Israel, por sua vez, foi atacado pelo Irã com mais de 300 drones e mísseis, o que elevou os temores de guerra aberta no Oriente Médio. Foi depois disso, que Mike Johnson sinalizou a votação.

“Uma série de acontecimentos ocorreram ao redor do mundo e os estamos analisando com muita atenção. Sabemos que o mundo nos observa e quer ver como reagiremos”, disse o presidente da Câmara.

Ainda não está claro, no entanto, se a aposta de Johnson será bem sucedida. Enquanto os republicanos linha-dura são resistentes a liberar dinheiro para Ucrânia, os democratas mais progressistas têm criticado o apoio dos Estados Unidos a Israel, ou seja, a aprovação dependeria de um complexa mistura bipartidária.

O Partido Republicano tem uma estreita vantagem de dois deputados na Câmara e a liderança de Mike Johnson tem sido desafiada por republicanos radicais, que ameaçam destituí-lo do cargo, como fizeram com o seu antecessor Kevin McCarthy. A deputada Marjorie Taylor Greene, uma de suas críticas mais vocais dentro do partido, chamou o plano de “fraude”, mas não disse se vai tentar removê-lo do cargo./AFP, EF, AP, NY Times e W. Post

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