Canadá expulsa diplomata chinês acusado de orquestrar campanha contra críticos de Pequim


Ministra da Defesa, Anita Anand, disse que o país está interessado em cooperar com a aliança militar de Austrália, Reino Unido e EUA, conhecida como Aukus

Por Redação
Atualização:

OTTAWA - O governo do Canadá expulsou do país nesta segunda-feira, 8, o diplomata chinês Zhao Wei, acusado de orquestrar uma campanha para intimidar um deputado canadense que criticava a China. “Não vamos tolerar interferência em assuntos internos”, disse a chanceler canadense, Melanie Joly. Em resposta, na madrugada desta terça-feira, 9, a China também anunciou expulsão da diplomata canadense, Jennifer Lynn Lalonde, de Xangai.

“A China decidiu declarar Jennifer Lynn Lalonde, cônsul do Consulado Geral do Canadá em Xangai, persona non grata”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim em um comunicado. “Foi pedido que abandonasse a China até 13 de maio”, acrescentou.

A relação entre Canadá e China vai de mal a pior. Mais cedo, enquanto Joly mandava o diplomata chinês de volta para Pequim, a ministra da Defesa, Anita Anand, disse que o país está interessado em cooperar com a aliança militar de Austrália, Reino Unido e EUA, conhecida como Aukus – uma coalizão montada no Pacífico com objetivo explícito de conter a China.

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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, explica o motivo da expulsão da embaixadora do Canadá do país  Foto: Mark Schiefelbein/AP

Segundo jornal Globe and Mail, o Canadá estava fazendo esforços para se juntar ao grupo para não ficar de fora do compartilhamento de inteligência e tecnologia entre seus aliados históricos. A chancelaria, segundo o jornal, estaria trabalhando intensamente para aderir ao Aukus, aumentando as suspeitas de as ações de ontem tenham sido coordenadas.

”O Canadá está altamente interessado em promover a cooperação em temas como inteligência artificial, computação quântica e outras tecnologias avançadas de defesa com nossos aliados mais próximos”, disse Anand.

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O acordo Aukus é considerado um esforço de americanos, britânicos e australianos para construir uma presença maior na região do Indo-Pacífico. O pacto militar incluiu um acordo para fornecer submarinos movidos a energia nuclear para a Austrália.

A China reagiu ao acordo e acusou os três países de embarcarem em um “caminho perigoso”. “Isso é típico de uma mentalidade da Guerra Fria e provocará uma corrida armamentista”, disse recentemente o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.

A exclusão do Canadá da aliança foi vista como uma espécie de desprezo e o primeiro-ministro, Justin Trudeau, enfrentou fortes críticas domésticas. Membros do Partido Conservador, de oposição, sugeriram que o premiê “não era levado a sério” pelos principais aliados do Canadá.

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A crise entre China e Canadá vem se agravando desde a prisão de Meng Wanzhou, executiva da Huawei, em 2018, por ordem dos EUA, e a detenção de dois canadenses por Pequim em aparente retaliação – todos foram libertados após negociações em 2019.

No ano passado, a polícia canadense A polícia do Canadá prendeu um cientista chinês da Hydro-Quebec, a maior empresa de eletricidade do país, sob acusação de espionagem. AP e NYT

OTTAWA - O governo do Canadá expulsou do país nesta segunda-feira, 8, o diplomata chinês Zhao Wei, acusado de orquestrar uma campanha para intimidar um deputado canadense que criticava a China. “Não vamos tolerar interferência em assuntos internos”, disse a chanceler canadense, Melanie Joly. Em resposta, na madrugada desta terça-feira, 9, a China também anunciou expulsão da diplomata canadense, Jennifer Lynn Lalonde, de Xangai.

“A China decidiu declarar Jennifer Lynn Lalonde, cônsul do Consulado Geral do Canadá em Xangai, persona non grata”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim em um comunicado. “Foi pedido que abandonasse a China até 13 de maio”, acrescentou.

A relação entre Canadá e China vai de mal a pior. Mais cedo, enquanto Joly mandava o diplomata chinês de volta para Pequim, a ministra da Defesa, Anita Anand, disse que o país está interessado em cooperar com a aliança militar de Austrália, Reino Unido e EUA, conhecida como Aukus – uma coalizão montada no Pacífico com objetivo explícito de conter a China.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, explica o motivo da expulsão da embaixadora do Canadá do país  Foto: Mark Schiefelbein/AP

Segundo jornal Globe and Mail, o Canadá estava fazendo esforços para se juntar ao grupo para não ficar de fora do compartilhamento de inteligência e tecnologia entre seus aliados históricos. A chancelaria, segundo o jornal, estaria trabalhando intensamente para aderir ao Aukus, aumentando as suspeitas de as ações de ontem tenham sido coordenadas.

”O Canadá está altamente interessado em promover a cooperação em temas como inteligência artificial, computação quântica e outras tecnologias avançadas de defesa com nossos aliados mais próximos”, disse Anand.

O acordo Aukus é considerado um esforço de americanos, britânicos e australianos para construir uma presença maior na região do Indo-Pacífico. O pacto militar incluiu um acordo para fornecer submarinos movidos a energia nuclear para a Austrália.

A China reagiu ao acordo e acusou os três países de embarcarem em um “caminho perigoso”. “Isso é típico de uma mentalidade da Guerra Fria e provocará uma corrida armamentista”, disse recentemente o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.

A exclusão do Canadá da aliança foi vista como uma espécie de desprezo e o primeiro-ministro, Justin Trudeau, enfrentou fortes críticas domésticas. Membros do Partido Conservador, de oposição, sugeriram que o premiê “não era levado a sério” pelos principais aliados do Canadá.

A crise entre China e Canadá vem se agravando desde a prisão de Meng Wanzhou, executiva da Huawei, em 2018, por ordem dos EUA, e a detenção de dois canadenses por Pequim em aparente retaliação – todos foram libertados após negociações em 2019.

No ano passado, a polícia canadense A polícia do Canadá prendeu um cientista chinês da Hydro-Quebec, a maior empresa de eletricidade do país, sob acusação de espionagem. AP e NYT

OTTAWA - O governo do Canadá expulsou do país nesta segunda-feira, 8, o diplomata chinês Zhao Wei, acusado de orquestrar uma campanha para intimidar um deputado canadense que criticava a China. “Não vamos tolerar interferência em assuntos internos”, disse a chanceler canadense, Melanie Joly. Em resposta, na madrugada desta terça-feira, 9, a China também anunciou expulsão da diplomata canadense, Jennifer Lynn Lalonde, de Xangai.

“A China decidiu declarar Jennifer Lynn Lalonde, cônsul do Consulado Geral do Canadá em Xangai, persona non grata”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim em um comunicado. “Foi pedido que abandonasse a China até 13 de maio”, acrescentou.

A relação entre Canadá e China vai de mal a pior. Mais cedo, enquanto Joly mandava o diplomata chinês de volta para Pequim, a ministra da Defesa, Anita Anand, disse que o país está interessado em cooperar com a aliança militar de Austrália, Reino Unido e EUA, conhecida como Aukus – uma coalizão montada no Pacífico com objetivo explícito de conter a China.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, explica o motivo da expulsão da embaixadora do Canadá do país  Foto: Mark Schiefelbein/AP

Segundo jornal Globe and Mail, o Canadá estava fazendo esforços para se juntar ao grupo para não ficar de fora do compartilhamento de inteligência e tecnologia entre seus aliados históricos. A chancelaria, segundo o jornal, estaria trabalhando intensamente para aderir ao Aukus, aumentando as suspeitas de as ações de ontem tenham sido coordenadas.

”O Canadá está altamente interessado em promover a cooperação em temas como inteligência artificial, computação quântica e outras tecnologias avançadas de defesa com nossos aliados mais próximos”, disse Anand.

O acordo Aukus é considerado um esforço de americanos, britânicos e australianos para construir uma presença maior na região do Indo-Pacífico. O pacto militar incluiu um acordo para fornecer submarinos movidos a energia nuclear para a Austrália.

A China reagiu ao acordo e acusou os três países de embarcarem em um “caminho perigoso”. “Isso é típico de uma mentalidade da Guerra Fria e provocará uma corrida armamentista”, disse recentemente o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.

A exclusão do Canadá da aliança foi vista como uma espécie de desprezo e o primeiro-ministro, Justin Trudeau, enfrentou fortes críticas domésticas. Membros do Partido Conservador, de oposição, sugeriram que o premiê “não era levado a sério” pelos principais aliados do Canadá.

A crise entre China e Canadá vem se agravando desde a prisão de Meng Wanzhou, executiva da Huawei, em 2018, por ordem dos EUA, e a detenção de dois canadenses por Pequim em aparente retaliação – todos foram libertados após negociações em 2019.

No ano passado, a polícia canadense A polícia do Canadá prendeu um cientista chinês da Hydro-Quebec, a maior empresa de eletricidade do país, sob acusação de espionagem. AP e NYT

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