Congresso dos EUA certifica vitória de Trump quatro anos depois da invasão do Capitólio


Sessão presidida por Kamala Harris durou cerca de 30 minutos e ocorreu de forma tranquila

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O Congresso dos Estados Unidos se reuniu nesta segunda-feira, 6, para certificar a vitória de Donald Trump nas eleições. Esse é um ritual básico da democracia americana que, há exatos quatro anos, foi interrompido por uma violenta multidão de apoiadores do republicano, inflamados por alegações mentirosas de fraude no processo eleitoral.

As lembranças do ataque levaram ao reforço da segurança no entorno do Capitólio. As cercas altas se destacavam na paisagem tomada pela neve da tempestade de inverno que atinge Washington. A sessão liderada por Kamala Harris, que atua como presidente do Senado, ocorreu de forma tranquila e durou pouco mais de 30 minutos.

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Ao fim, ela confirmou os resultados: Donald Trump foi eleito com 312 votos do Colégio Eleitoral. Falando na terceira pessoa, ela declarou ainda que “Kamala D. Harris, do estado da Califórnia, recebeu 226 votos”, sob aplausos estrondosos dos democratas na plateia.

“Hoje a democracia americana se manteve firme”, disse Kamala depois da certificação — última etapa antes da posse da chapa Donald Trump-J.D. Vance, que a derrotou a democrata nas eleições.

A partir das 15h (pelo horário de Brasília), deputados e senadores previamente selecionados leram os resultados de cada um dos Estados por ordem alfabética, sem que nenhuma objeção fosse apresentada. O processo foi supervisionado por Kamala Harris, acompanhada do recém eleito presidente da Câmara, Mike Johnson (Partido Republicano).

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Presidentes do Senado, Kamala Harrris, e da Câmara, Mike Johnson supervisionam certificação da vitória de Donald Trump. Foto: Chip Somodevilla/Getty Images via AFP

O vice-presidente eleito J.D. Vance acompanhou a sessão no Capitólio e foi aplaudido durante a confirmação da vitória republicana em Ohio, Estado que segue representando como senador até a posse do novo governo, em 20 de janeiro.

Donald Trump, por sua vez, permaneceu na Flórida. Nas redes sociais, ele celebrou a certificação como “UM GRANDE MOMENTO NA HISTÓRIA”, em letras maiúsculas. A publicação, feita horas antes da sessão, terminava uma referência ao slogan que virou movimento, o Make America Great Again (MAGA).

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Derrotada nas eleições, Kamala Harris destacou que a transição pacífica de poder é um dos pilares mais importantes da democracia e que essa deveria ser a norma. “Hoje fiz o que fiz durante toda a minha carreira, que é levar a sério o juramento de apoiar e defender a Constituição dos Estados Unidos”, disse ela sobre o dever de supervisionar a certificação dos resultados.

Ao contrário do que aconteceu há quatro anos, Kamala reconheceu a derrota nas eleições. E a sessão ocorreu de forma protocolar, como costumava ser até a invasão do Capitólio.

Durante a campanha, ela evocou com frequência o 6 de janeiro, tachando Trump como uma ameaça à democracia — ou “pequeno tirano” e “aspirante a ditador”, nas suas palavras. Depois da derrota, ela se comprometeu em honrar a escolha dos eleitores.

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‘Retorno da ordem e da civilidade’

Mike Pence — que foi vice de Donald Trump no primeiro governo e rompeu com ele após o ataque ao Capitólio — celebrou o “retorno da ordem e da civilidade”, e parabenizou a chapa republicana pela eleição. Em publicação nas redes sociais, ele destacou que a transferência pacífica de poder é marca registrada da democracia americana e elogiou o Congresso por cumprir o seu dever, com menção direta a Kamala. “Particularmente admirável que a vice-presidente Harris tenha presidido a certificação de uma eleição presidencial que ela perdeu”.

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Há exatos quatro anos, Pence resistiu a pressão de Trump para anular a vitória de Joe Biden. Era ele quem estava no lugar de Kamala, como presidente da sessão, quando a multidão invadiu o Capitólio. Alguns, aos gritos de “hang Mike Pence”, ou “enforque Mike Pence”.

Capitólio tem segurança reforçada antes da sessão que vai certificar vitória de Donald Trump.  Foto: J. Scott Applewhite/Associated Press

As lembranças desse dia estavam presentes no forte bloqueio, com a instalação de cercas altas e a mobilização policial no entorno do Capitólio. As autoridades estavam determinadas em garantir a segurança, na primeira certificação após a violência de 6 de janeiro de 2021, quando uma multidão, incitada pela falsa alegação de Trump de que ele havia vencido a eleição, invadiu o Capitólio. O motim, está ligado à morte de sete pessoas, incluindo três policiais.

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Pela primeira vez, o dia da certificação foi designado pelo Departamento de Segurança Interna como um “evento nacional de segurança especial”. Isso apesar das promessas de que a troca do comando da Casa Branca será pacífica desta vez.

Karoline Leavitt, porta-voz da equipe de transição de Trump e secretária de imprensa da Casa Branca, disse que haverá “uma transição tranquila de poder”.

“O presidente Trump cumprirá sua promessa de servir a TODOS os americanos e unificará o país por meio do sucesso”, disse ela em um comunicado antes da certificação. Karoline não respondeu a uma pergunta sobre os esforços de Trump para reverter sua derrota na última eleição./NY TIMES e AP

WASHINGTON - O Congresso dos Estados Unidos se reuniu nesta segunda-feira, 6, para certificar a vitória de Donald Trump nas eleições. Esse é um ritual básico da democracia americana que, há exatos quatro anos, foi interrompido por uma violenta multidão de apoiadores do republicano, inflamados por alegações mentirosas de fraude no processo eleitoral.

As lembranças do ataque levaram ao reforço da segurança no entorno do Capitólio. As cercas altas se destacavam na paisagem tomada pela neve da tempestade de inverno que atinge Washington. A sessão liderada por Kamala Harris, que atua como presidente do Senado, ocorreu de forma tranquila e durou pouco mais de 30 minutos.

Ao fim, ela confirmou os resultados: Donald Trump foi eleito com 312 votos do Colégio Eleitoral. Falando na terceira pessoa, ela declarou ainda que “Kamala D. Harris, do estado da Califórnia, recebeu 226 votos”, sob aplausos estrondosos dos democratas na plateia.

“Hoje a democracia americana se manteve firme”, disse Kamala depois da certificação — última etapa antes da posse da chapa Donald Trump-J.D. Vance, que a derrotou a democrata nas eleições.

A partir das 15h (pelo horário de Brasília), deputados e senadores previamente selecionados leram os resultados de cada um dos Estados por ordem alfabética, sem que nenhuma objeção fosse apresentada. O processo foi supervisionado por Kamala Harris, acompanhada do recém eleito presidente da Câmara, Mike Johnson (Partido Republicano).

Presidentes do Senado, Kamala Harrris, e da Câmara, Mike Johnson supervisionam certificação da vitória de Donald Trump. Foto: Chip Somodevilla/Getty Images via AFP

O vice-presidente eleito J.D. Vance acompanhou a sessão no Capitólio e foi aplaudido durante a confirmação da vitória republicana em Ohio, Estado que segue representando como senador até a posse do novo governo, em 20 de janeiro.

Donald Trump, por sua vez, permaneceu na Flórida. Nas redes sociais, ele celebrou a certificação como “UM GRANDE MOMENTO NA HISTÓRIA”, em letras maiúsculas. A publicação, feita horas antes da sessão, terminava uma referência ao slogan que virou movimento, o Make America Great Again (MAGA).

Derrotada nas eleições, Kamala Harris destacou que a transição pacífica de poder é um dos pilares mais importantes da democracia e que essa deveria ser a norma. “Hoje fiz o que fiz durante toda a minha carreira, que é levar a sério o juramento de apoiar e defender a Constituição dos Estados Unidos”, disse ela sobre o dever de supervisionar a certificação dos resultados.

Ao contrário do que aconteceu há quatro anos, Kamala reconheceu a derrota nas eleições. E a sessão ocorreu de forma protocolar, como costumava ser até a invasão do Capitólio.

Durante a campanha, ela evocou com frequência o 6 de janeiro, tachando Trump como uma ameaça à democracia — ou “pequeno tirano” e “aspirante a ditador”, nas suas palavras. Depois da derrota, ela se comprometeu em honrar a escolha dos eleitores.

‘Retorno da ordem e da civilidade’

Mike Pence — que foi vice de Donald Trump no primeiro governo e rompeu com ele após o ataque ao Capitólio — celebrou o “retorno da ordem e da civilidade”, e parabenizou a chapa republicana pela eleição. Em publicação nas redes sociais, ele destacou que a transferência pacífica de poder é marca registrada da democracia americana e elogiou o Congresso por cumprir o seu dever, com menção direta a Kamala. “Particularmente admirável que a vice-presidente Harris tenha presidido a certificação de uma eleição presidencial que ela perdeu”.

Há exatos quatro anos, Pence resistiu a pressão de Trump para anular a vitória de Joe Biden. Era ele quem estava no lugar de Kamala, como presidente da sessão, quando a multidão invadiu o Capitólio. Alguns, aos gritos de “hang Mike Pence”, ou “enforque Mike Pence”.

Capitólio tem segurança reforçada antes da sessão que vai certificar vitória de Donald Trump.  Foto: J. Scott Applewhite/Associated Press

As lembranças desse dia estavam presentes no forte bloqueio, com a instalação de cercas altas e a mobilização policial no entorno do Capitólio. As autoridades estavam determinadas em garantir a segurança, na primeira certificação após a violência de 6 de janeiro de 2021, quando uma multidão, incitada pela falsa alegação de Trump de que ele havia vencido a eleição, invadiu o Capitólio. O motim, está ligado à morte de sete pessoas, incluindo três policiais.

Pela primeira vez, o dia da certificação foi designado pelo Departamento de Segurança Interna como um “evento nacional de segurança especial”. Isso apesar das promessas de que a troca do comando da Casa Branca será pacífica desta vez.

Karoline Leavitt, porta-voz da equipe de transição de Trump e secretária de imprensa da Casa Branca, disse que haverá “uma transição tranquila de poder”.

“O presidente Trump cumprirá sua promessa de servir a TODOS os americanos e unificará o país por meio do sucesso”, disse ela em um comunicado antes da certificação. Karoline não respondeu a uma pergunta sobre os esforços de Trump para reverter sua derrota na última eleição./NY TIMES e AP

WASHINGTON - O Congresso dos Estados Unidos se reuniu nesta segunda-feira, 6, para certificar a vitória de Donald Trump nas eleições. Esse é um ritual básico da democracia americana que, há exatos quatro anos, foi interrompido por uma violenta multidão de apoiadores do republicano, inflamados por alegações mentirosas de fraude no processo eleitoral.

As lembranças do ataque levaram ao reforço da segurança no entorno do Capitólio. As cercas altas se destacavam na paisagem tomada pela neve da tempestade de inverno que atinge Washington. A sessão liderada por Kamala Harris, que atua como presidente do Senado, ocorreu de forma tranquila e durou pouco mais de 30 minutos.

Ao fim, ela confirmou os resultados: Donald Trump foi eleito com 312 votos do Colégio Eleitoral. Falando na terceira pessoa, ela declarou ainda que “Kamala D. Harris, do estado da Califórnia, recebeu 226 votos”, sob aplausos estrondosos dos democratas na plateia.

“Hoje a democracia americana se manteve firme”, disse Kamala depois da certificação — última etapa antes da posse da chapa Donald Trump-J.D. Vance, que a derrotou a democrata nas eleições.

A partir das 15h (pelo horário de Brasília), deputados e senadores previamente selecionados leram os resultados de cada um dos Estados por ordem alfabética, sem que nenhuma objeção fosse apresentada. O processo foi supervisionado por Kamala Harris, acompanhada do recém eleito presidente da Câmara, Mike Johnson (Partido Republicano).

Presidentes do Senado, Kamala Harrris, e da Câmara, Mike Johnson supervisionam certificação da vitória de Donald Trump. Foto: Chip Somodevilla/Getty Images via AFP

O vice-presidente eleito J.D. Vance acompanhou a sessão no Capitólio e foi aplaudido durante a confirmação da vitória republicana em Ohio, Estado que segue representando como senador até a posse do novo governo, em 20 de janeiro.

Donald Trump, por sua vez, permaneceu na Flórida. Nas redes sociais, ele celebrou a certificação como “UM GRANDE MOMENTO NA HISTÓRIA”, em letras maiúsculas. A publicação, feita horas antes da sessão, terminava uma referência ao slogan que virou movimento, o Make America Great Again (MAGA).

Derrotada nas eleições, Kamala Harris destacou que a transição pacífica de poder é um dos pilares mais importantes da democracia e que essa deveria ser a norma. “Hoje fiz o que fiz durante toda a minha carreira, que é levar a sério o juramento de apoiar e defender a Constituição dos Estados Unidos”, disse ela sobre o dever de supervisionar a certificação dos resultados.

Ao contrário do que aconteceu há quatro anos, Kamala reconheceu a derrota nas eleições. E a sessão ocorreu de forma protocolar, como costumava ser até a invasão do Capitólio.

Durante a campanha, ela evocou com frequência o 6 de janeiro, tachando Trump como uma ameaça à democracia — ou “pequeno tirano” e “aspirante a ditador”, nas suas palavras. Depois da derrota, ela se comprometeu em honrar a escolha dos eleitores.

‘Retorno da ordem e da civilidade’

Mike Pence — que foi vice de Donald Trump no primeiro governo e rompeu com ele após o ataque ao Capitólio — celebrou o “retorno da ordem e da civilidade”, e parabenizou a chapa republicana pela eleição. Em publicação nas redes sociais, ele destacou que a transferência pacífica de poder é marca registrada da democracia americana e elogiou o Congresso por cumprir o seu dever, com menção direta a Kamala. “Particularmente admirável que a vice-presidente Harris tenha presidido a certificação de uma eleição presidencial que ela perdeu”.

Há exatos quatro anos, Pence resistiu a pressão de Trump para anular a vitória de Joe Biden. Era ele quem estava no lugar de Kamala, como presidente da sessão, quando a multidão invadiu o Capitólio. Alguns, aos gritos de “hang Mike Pence”, ou “enforque Mike Pence”.

Capitólio tem segurança reforçada antes da sessão que vai certificar vitória de Donald Trump.  Foto: J. Scott Applewhite/Associated Press

As lembranças desse dia estavam presentes no forte bloqueio, com a instalação de cercas altas e a mobilização policial no entorno do Capitólio. As autoridades estavam determinadas em garantir a segurança, na primeira certificação após a violência de 6 de janeiro de 2021, quando uma multidão, incitada pela falsa alegação de Trump de que ele havia vencido a eleição, invadiu o Capitólio. O motim, está ligado à morte de sete pessoas, incluindo três policiais.

Pela primeira vez, o dia da certificação foi designado pelo Departamento de Segurança Interna como um “evento nacional de segurança especial”. Isso apesar das promessas de que a troca do comando da Casa Branca será pacífica desta vez.

Karoline Leavitt, porta-voz da equipe de transição de Trump e secretária de imprensa da Casa Branca, disse que haverá “uma transição tranquila de poder”.

“O presidente Trump cumprirá sua promessa de servir a TODOS os americanos e unificará o país por meio do sucesso”, disse ela em um comunicado antes da certificação. Karoline não respondeu a uma pergunta sobre os esforços de Trump para reverter sua derrota na última eleição./NY TIMES e AP

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