O líder opositor venezuelano Henrique Capriles denunciou nesta segunda-feira que foi "agredido" por "membros da Guarda Nacional" quando se retirava de um protesto contra o presidente Nicolás Maduro.
"Fomos emboscados em Las Mercedes (leste de Caracas) por efetivos da GNB (Guarda Nacional Bolivariana) quando nos retirávamos. Fomos roubados, agredidos e toda a minha equipe está ferida", disse Capriles após o protesto que nesta segunda-feira tentou chegar à Defensoria do Povo, no centro de Caracas, mas acabou dispersado pelas forças policiais.
Nas redes sociais, vídeos mostram quando um grupo de pessoas retira Capriles do protesto, afetado pelo gás lacrimogêneo lançado pelos policiais.
Após abandonar a estratégica autoestrada Francisco Fajardo, o grupo de Capriles foi alvo de mais bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Guarda Nacional.
Membros da equipe de Capriles denunciaram que o governador do Estado de Miranda foi golpeado pelos militares e está com o lado esquerdo do rosto machucado.
"Solidariedade com @hcapriles e sua equipe após serem agredidos, feridos e roubados", assinalou no Twitter Julio Borges, presidente do Parlamento, dominado pela oposição.
O deputado Carlos Paparoni também denunciou ter sido ferido por uma bomba de gás lacrimogêneo.
Milhares de opositores protestaram nesta segunda-feira em Caracas no que definiram como o início de uma etapa de maior pressão contra Maduro e sua convocação de uma Assembleia Constituinte.
Os protestos, iniciados há dois meses, exigem eleições gerais para retirar Maduro do poder. / AFP