Carta de Osama Bin Laden contra os EUA viraliza no TikTok com críticas ao apoio americano a Israel


Em 2002, o ex-líder da Al-Qaeda justificou o ataque terrorista de 11 de setembro e disse que os americanos eram “servos” dos judeus na chamada ‘Carta à América’ que voltou à tona agora

Por Redação

Vinte anos depois, a chamada “Carta à América” volta à tona. No TikTok, as pessoas discutem o texto em que Osama Bin Laden, na época líder da Al-Qaeda, tentava justificar o ataque terrorista do 11 de setembro com críticas aos Estados Unidos e aos judeus. Depois que outro atentado, dessa vez do Hamas, deu início a guerra na Faixa de Gaza, a simpatia com o terrorista ganha força no contexto mais amplo de contestação do apoio americano a Israel.

A carta publicada em 11 de setembro de 2002, dia em que o ataque às torres gêmeas completava um ano, diz que os americanos se tornaram “servos” dos judeus, descritos como controladores da economia e da mídia. Ainda segundo o texto, com o apoio a Israel, os americanos teriam sido cúmplices para prejudicar os mulçumanos no Oriente Médio, citando a destruição de casas dos palestinos.

As palavras de Bin Laden se espalham no TikTok descritas em alguns vídeos como uma espécie de despertar sobre o papel dos Estados Unidos no mundo. “Quando você lê a carta de Osama bin Laden para a América e percebe que mentiram para você durante toda a sua vida”, diz um dos vídeos mais populares.

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Celular mostra a logo do TikTok; rede social afirma que vídeos sobre a carta de Osama Bin Laden violam as regras e serão proibidos. Foto: REUTERS/Dado Ruvic

Outro, com quase 100 mil curtidas mostra uma pessoa ao lado da pia da cozinha com a legenda: “tentando voltar à vida normal depois de ler a ‘Carta à América’ de Osama bin Laden e perceber tudo o que aprendemos sobre o Oriente Médio, 11 de setembro , e ‘terrorismo’ era uma mentira.”

Washington condenou a onda de compartilhamento da tese antiamericana de Bin Laden. “Nunca há uma justificativa para espalhar mentiras repugnantes, malignas e antissemitas que o líder da Al Qaeda divulgou depois após cometer o pior ataque terrorista da nossa história”, disse Andrew J. Bates, vice-secretário de imprensa da Casa Branca.

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“Principalmente agora, no momento de crescente violência antissemita no mundo, e logo após os terroristas do Hamas terem levado a cabo o pior massacre contra povo judeu desde o Holocausto, em nome das mesmas teorias da conspiração”, reforçou.

O jornal britânico The Guardian que havia publicano a carta na época tirou a página do ar. ‘Essa página anteriormente mostrava a tradução na íntegra do texto de Osama Bin Laden “Carta à América”, publicada no dia 24 de novembro de 2002. O documento, que estava publicano aqui, foi removida no dia 15 de novembro de 2003′, avisa o jornal.

“A transcrição publicada no nosso site tem sido amplamente compartilhada nas redes sociais sem contexto. Portanto, decidimos retirá-la do ar”, justifica o The Guardian.

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O TikTok, por sua vez, afirma que os vídeos que promovem a carta de Bin Laden são uma “violação clara das regras sobre apoio a qualquer forma de terrorismo” e serão proibidos. A rede garante ainda que trabalha para remover esse tipo de conteúdo enquanto investiga como isso foi parar na plataforma, mas nega que tenha “viralizado” e diz que a maior parte das visualizações foi registrada depois que os jornais passaram a noticiar os vídeos sobre a carta.

Os vídeos dão combustível para as acusações de que o TikTok estaria amplificando conteúdo antissemita, renovando os apelos de congressistas americanos pela proibição da rede./THE NEW YORK TIMES

Vinte anos depois, a chamada “Carta à América” volta à tona. No TikTok, as pessoas discutem o texto em que Osama Bin Laden, na época líder da Al-Qaeda, tentava justificar o ataque terrorista do 11 de setembro com críticas aos Estados Unidos e aos judeus. Depois que outro atentado, dessa vez do Hamas, deu início a guerra na Faixa de Gaza, a simpatia com o terrorista ganha força no contexto mais amplo de contestação do apoio americano a Israel.

A carta publicada em 11 de setembro de 2002, dia em que o ataque às torres gêmeas completava um ano, diz que os americanos se tornaram “servos” dos judeus, descritos como controladores da economia e da mídia. Ainda segundo o texto, com o apoio a Israel, os americanos teriam sido cúmplices para prejudicar os mulçumanos no Oriente Médio, citando a destruição de casas dos palestinos.

As palavras de Bin Laden se espalham no TikTok descritas em alguns vídeos como uma espécie de despertar sobre o papel dos Estados Unidos no mundo. “Quando você lê a carta de Osama bin Laden para a América e percebe que mentiram para você durante toda a sua vida”, diz um dos vídeos mais populares.

Celular mostra a logo do TikTok; rede social afirma que vídeos sobre a carta de Osama Bin Laden violam as regras e serão proibidos. Foto: REUTERS/Dado Ruvic

Outro, com quase 100 mil curtidas mostra uma pessoa ao lado da pia da cozinha com a legenda: “tentando voltar à vida normal depois de ler a ‘Carta à América’ de Osama bin Laden e perceber tudo o que aprendemos sobre o Oriente Médio, 11 de setembro , e ‘terrorismo’ era uma mentira.”

Washington condenou a onda de compartilhamento da tese antiamericana de Bin Laden. “Nunca há uma justificativa para espalhar mentiras repugnantes, malignas e antissemitas que o líder da Al Qaeda divulgou depois após cometer o pior ataque terrorista da nossa história”, disse Andrew J. Bates, vice-secretário de imprensa da Casa Branca.

“Principalmente agora, no momento de crescente violência antissemita no mundo, e logo após os terroristas do Hamas terem levado a cabo o pior massacre contra povo judeu desde o Holocausto, em nome das mesmas teorias da conspiração”, reforçou.

O jornal britânico The Guardian que havia publicano a carta na época tirou a página do ar. ‘Essa página anteriormente mostrava a tradução na íntegra do texto de Osama Bin Laden “Carta à América”, publicada no dia 24 de novembro de 2002. O documento, que estava publicano aqui, foi removida no dia 15 de novembro de 2003′, avisa o jornal.

“A transcrição publicada no nosso site tem sido amplamente compartilhada nas redes sociais sem contexto. Portanto, decidimos retirá-la do ar”, justifica o The Guardian.

O TikTok, por sua vez, afirma que os vídeos que promovem a carta de Bin Laden são uma “violação clara das regras sobre apoio a qualquer forma de terrorismo” e serão proibidos. A rede garante ainda que trabalha para remover esse tipo de conteúdo enquanto investiga como isso foi parar na plataforma, mas nega que tenha “viralizado” e diz que a maior parte das visualizações foi registrada depois que os jornais passaram a noticiar os vídeos sobre a carta.

Os vídeos dão combustível para as acusações de que o TikTok estaria amplificando conteúdo antissemita, renovando os apelos de congressistas americanos pela proibição da rede./THE NEW YORK TIMES

Vinte anos depois, a chamada “Carta à América” volta à tona. No TikTok, as pessoas discutem o texto em que Osama Bin Laden, na época líder da Al-Qaeda, tentava justificar o ataque terrorista do 11 de setembro com críticas aos Estados Unidos e aos judeus. Depois que outro atentado, dessa vez do Hamas, deu início a guerra na Faixa de Gaza, a simpatia com o terrorista ganha força no contexto mais amplo de contestação do apoio americano a Israel.

A carta publicada em 11 de setembro de 2002, dia em que o ataque às torres gêmeas completava um ano, diz que os americanos se tornaram “servos” dos judeus, descritos como controladores da economia e da mídia. Ainda segundo o texto, com o apoio a Israel, os americanos teriam sido cúmplices para prejudicar os mulçumanos no Oriente Médio, citando a destruição de casas dos palestinos.

As palavras de Bin Laden se espalham no TikTok descritas em alguns vídeos como uma espécie de despertar sobre o papel dos Estados Unidos no mundo. “Quando você lê a carta de Osama bin Laden para a América e percebe que mentiram para você durante toda a sua vida”, diz um dos vídeos mais populares.

Celular mostra a logo do TikTok; rede social afirma que vídeos sobre a carta de Osama Bin Laden violam as regras e serão proibidos. Foto: REUTERS/Dado Ruvic

Outro, com quase 100 mil curtidas mostra uma pessoa ao lado da pia da cozinha com a legenda: “tentando voltar à vida normal depois de ler a ‘Carta à América’ de Osama bin Laden e perceber tudo o que aprendemos sobre o Oriente Médio, 11 de setembro , e ‘terrorismo’ era uma mentira.”

Washington condenou a onda de compartilhamento da tese antiamericana de Bin Laden. “Nunca há uma justificativa para espalhar mentiras repugnantes, malignas e antissemitas que o líder da Al Qaeda divulgou depois após cometer o pior ataque terrorista da nossa história”, disse Andrew J. Bates, vice-secretário de imprensa da Casa Branca.

“Principalmente agora, no momento de crescente violência antissemita no mundo, e logo após os terroristas do Hamas terem levado a cabo o pior massacre contra povo judeu desde o Holocausto, em nome das mesmas teorias da conspiração”, reforçou.

O jornal britânico The Guardian que havia publicano a carta na época tirou a página do ar. ‘Essa página anteriormente mostrava a tradução na íntegra do texto de Osama Bin Laden “Carta à América”, publicada no dia 24 de novembro de 2002. O documento, que estava publicano aqui, foi removida no dia 15 de novembro de 2003′, avisa o jornal.

“A transcrição publicada no nosso site tem sido amplamente compartilhada nas redes sociais sem contexto. Portanto, decidimos retirá-la do ar”, justifica o The Guardian.

O TikTok, por sua vez, afirma que os vídeos que promovem a carta de Bin Laden são uma “violação clara das regras sobre apoio a qualquer forma de terrorismo” e serão proibidos. A rede garante ainda que trabalha para remover esse tipo de conteúdo enquanto investiga como isso foi parar na plataforma, mas nega que tenha “viralizado” e diz que a maior parte das visualizações foi registrada depois que os jornais passaram a noticiar os vídeos sobre a carta.

Os vídeos dão combustível para as acusações de que o TikTok estaria amplificando conteúdo antissemita, renovando os apelos de congressistas americanos pela proibição da rede./THE NEW YORK TIMES

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