Caso de violência policial na República Checa é comparado à morte de George Floyd


Gravado de uma janela no sábado, o vídeo tcheco mostra policiais pressionando o homem contra o chão enquanto ele grita

Por Redação
Atualização:

PRAGA -  Em um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais, policiais checos se jogam no chão e parecem ajoelhar-se por minutos no pescoço de um homem que grita. O caso aconteceu em Teplice, na República Checa. O homem morreu mais tarde em uma ambulância, de acordo com relatos da mídia. A polícia disse, em um comunicado, que a autópsia ordenada pelo tribunal não encontrou nenhuma conexão entre a morte e a forma como foi contido.

Defensores da comunidade cigana na República Checa disseram que o homem era cigano e compararam seu assassinato à morte de George Floyd - o homem negro que teve seus momentos finais sob o joelho de um policial branco em uma rua de Minneapolis, capturados em um vídeo visto em todo o mundo. O caso Floyd desencadeou protestos no mundo todo contra o racismo e a brutalidade policial, incluindo manifestações na República Checa.

Gravado de uma janela no sábado, o vídeo tcheco mostra policiais pressionando o homem contra o chão enquanto ele grita. Um oficial se ajoelha em seu pescoço, enquanto outro segura suas pernas. Vários espectadores observam. O nome do homem ainda não foi confirmado, mas os ativistas estão se referindo a ele como "Czech Floyd" (Floyd checo). 

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Homenagem a homem de origem cigana morto após abordagem policial em Teplice, na República Checa Foto: Ondrej Hajek/CTK via AP

A polícia rejeitou a comparação em sua conta oficial no Twitter, afirmando que "não existe 'Czech Floyd'". O tweet descreveu o homem como um "reincidente múltiplo" que demoliu carros sob a influência de uma substância ilegal. A intervenção, segundo a polícia, foi legal e não teve relação com a morte do homem. A polícia publicou outro vídeo do homem, aparentemente filmado antes do incidente, mostrando-o deitado no chão enquanto gritava e socava um carro.

Citando a "semelhança óbvia" entre este caso e o de Floyd, membros do Conselho do Governo Tcheco para Assuntos das Minorias Romani pediram às autoridades tchecas que priorizassem uma investigação completa sobre a morte do homem.

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Minoria étnica na Europa, os ciganos chegam a 12 milhões em todo o continente. Os direitos dos ciganos e os grupos comunitários - que têm lutado contra a discriminação – questionaram a narrativa policial e apelaram à justiça.

Mas o ministro do Interior tcheco, Jan Hamacek, apoiou os policiais, de acordo com relatos da mídia. “Os policiais que intervieram têm meu total apoio”, disse. “Quem está sob o efeito de substâncias viciantes e infringe a lei tem que contar com a intervenção da polícia. É graças ao trabalho dos policiais que estamos entre os 10 países mais seguros do mundo. ”

A influência das drogas “não legitima a brutalidade policial e, pelo menos, o uso potencialmente letal da força que o vídeo evidencia tão claramente”, disse Ashli ​​Mullen, socióloga e diretora criativa do grupo de direitos dos ciganos Romano Lav, em um comunicado também assinado por outros.  “Algo precisa mudar ”, disse Mariana Gombarova, do grupo Romano Lav. “Fico com tanta raiva que isso continue acontecendo com nossas comunidades”.

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Uma pequena vigília foi feita perto do local onde o homem foi detido, colocando na calçada velas, buquês e uma fita com os dizeres “Romani Lives Matter”. Insatisfeitas com o depoimento da polícia sobre o caso, organizações populares estão pressionando por uma investigação. O grupo de defesa dos ciganos Rede ERGO pediu que os oficiais fossem “sancionados por seu uso desproporcional de poder e técnicas inadequadas”.

“A pergunta óbvia que vem à mente é: por que o policial continuou ajoelhado em seu pescoço e apertou-o contra a calçada muito depois de ele ter sido imobilizado?”, questiona Isabela Mihalache, oficial sênior de defesa da Rede ERGO, em um e-mail. “Assumimos uma postura firme contra a violência policial, especialmente no tratamento de pessoas de minorias. ”/ WASHINGTON POST

PRAGA -  Em um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais, policiais checos se jogam no chão e parecem ajoelhar-se por minutos no pescoço de um homem que grita. O caso aconteceu em Teplice, na República Checa. O homem morreu mais tarde em uma ambulância, de acordo com relatos da mídia. A polícia disse, em um comunicado, que a autópsia ordenada pelo tribunal não encontrou nenhuma conexão entre a morte e a forma como foi contido.

Defensores da comunidade cigana na República Checa disseram que o homem era cigano e compararam seu assassinato à morte de George Floyd - o homem negro que teve seus momentos finais sob o joelho de um policial branco em uma rua de Minneapolis, capturados em um vídeo visto em todo o mundo. O caso Floyd desencadeou protestos no mundo todo contra o racismo e a brutalidade policial, incluindo manifestações na República Checa.

Gravado de uma janela no sábado, o vídeo tcheco mostra policiais pressionando o homem contra o chão enquanto ele grita. Um oficial se ajoelha em seu pescoço, enquanto outro segura suas pernas. Vários espectadores observam. O nome do homem ainda não foi confirmado, mas os ativistas estão se referindo a ele como "Czech Floyd" (Floyd checo). 

Homenagem a homem de origem cigana morto após abordagem policial em Teplice, na República Checa Foto: Ondrej Hajek/CTK via AP

A polícia rejeitou a comparação em sua conta oficial no Twitter, afirmando que "não existe 'Czech Floyd'". O tweet descreveu o homem como um "reincidente múltiplo" que demoliu carros sob a influência de uma substância ilegal. A intervenção, segundo a polícia, foi legal e não teve relação com a morte do homem. A polícia publicou outro vídeo do homem, aparentemente filmado antes do incidente, mostrando-o deitado no chão enquanto gritava e socava um carro.

Citando a "semelhança óbvia" entre este caso e o de Floyd, membros do Conselho do Governo Tcheco para Assuntos das Minorias Romani pediram às autoridades tchecas que priorizassem uma investigação completa sobre a morte do homem.

Minoria étnica na Europa, os ciganos chegam a 12 milhões em todo o continente. Os direitos dos ciganos e os grupos comunitários - que têm lutado contra a discriminação – questionaram a narrativa policial e apelaram à justiça.

Mas o ministro do Interior tcheco, Jan Hamacek, apoiou os policiais, de acordo com relatos da mídia. “Os policiais que intervieram têm meu total apoio”, disse. “Quem está sob o efeito de substâncias viciantes e infringe a lei tem que contar com a intervenção da polícia. É graças ao trabalho dos policiais que estamos entre os 10 países mais seguros do mundo. ”

A influência das drogas “não legitima a brutalidade policial e, pelo menos, o uso potencialmente letal da força que o vídeo evidencia tão claramente”, disse Ashli ​​Mullen, socióloga e diretora criativa do grupo de direitos dos ciganos Romano Lav, em um comunicado também assinado por outros.  “Algo precisa mudar ”, disse Mariana Gombarova, do grupo Romano Lav. “Fico com tanta raiva que isso continue acontecendo com nossas comunidades”.

Uma pequena vigília foi feita perto do local onde o homem foi detido, colocando na calçada velas, buquês e uma fita com os dizeres “Romani Lives Matter”. Insatisfeitas com o depoimento da polícia sobre o caso, organizações populares estão pressionando por uma investigação. O grupo de defesa dos ciganos Rede ERGO pediu que os oficiais fossem “sancionados por seu uso desproporcional de poder e técnicas inadequadas”.

“A pergunta óbvia que vem à mente é: por que o policial continuou ajoelhado em seu pescoço e apertou-o contra a calçada muito depois de ele ter sido imobilizado?”, questiona Isabela Mihalache, oficial sênior de defesa da Rede ERGO, em um e-mail. “Assumimos uma postura firme contra a violência policial, especialmente no tratamento de pessoas de minorias. ”/ WASHINGTON POST

PRAGA -  Em um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais, policiais checos se jogam no chão e parecem ajoelhar-se por minutos no pescoço de um homem que grita. O caso aconteceu em Teplice, na República Checa. O homem morreu mais tarde em uma ambulância, de acordo com relatos da mídia. A polícia disse, em um comunicado, que a autópsia ordenada pelo tribunal não encontrou nenhuma conexão entre a morte e a forma como foi contido.

Defensores da comunidade cigana na República Checa disseram que o homem era cigano e compararam seu assassinato à morte de George Floyd - o homem negro que teve seus momentos finais sob o joelho de um policial branco em uma rua de Minneapolis, capturados em um vídeo visto em todo o mundo. O caso Floyd desencadeou protestos no mundo todo contra o racismo e a brutalidade policial, incluindo manifestações na República Checa.

Gravado de uma janela no sábado, o vídeo tcheco mostra policiais pressionando o homem contra o chão enquanto ele grita. Um oficial se ajoelha em seu pescoço, enquanto outro segura suas pernas. Vários espectadores observam. O nome do homem ainda não foi confirmado, mas os ativistas estão se referindo a ele como "Czech Floyd" (Floyd checo). 

Homenagem a homem de origem cigana morto após abordagem policial em Teplice, na República Checa Foto: Ondrej Hajek/CTK via AP

A polícia rejeitou a comparação em sua conta oficial no Twitter, afirmando que "não existe 'Czech Floyd'". O tweet descreveu o homem como um "reincidente múltiplo" que demoliu carros sob a influência de uma substância ilegal. A intervenção, segundo a polícia, foi legal e não teve relação com a morte do homem. A polícia publicou outro vídeo do homem, aparentemente filmado antes do incidente, mostrando-o deitado no chão enquanto gritava e socava um carro.

Citando a "semelhança óbvia" entre este caso e o de Floyd, membros do Conselho do Governo Tcheco para Assuntos das Minorias Romani pediram às autoridades tchecas que priorizassem uma investigação completa sobre a morte do homem.

Minoria étnica na Europa, os ciganos chegam a 12 milhões em todo o continente. Os direitos dos ciganos e os grupos comunitários - que têm lutado contra a discriminação – questionaram a narrativa policial e apelaram à justiça.

Mas o ministro do Interior tcheco, Jan Hamacek, apoiou os policiais, de acordo com relatos da mídia. “Os policiais que intervieram têm meu total apoio”, disse. “Quem está sob o efeito de substâncias viciantes e infringe a lei tem que contar com a intervenção da polícia. É graças ao trabalho dos policiais que estamos entre os 10 países mais seguros do mundo. ”

A influência das drogas “não legitima a brutalidade policial e, pelo menos, o uso potencialmente letal da força que o vídeo evidencia tão claramente”, disse Ashli ​​Mullen, socióloga e diretora criativa do grupo de direitos dos ciganos Romano Lav, em um comunicado também assinado por outros.  “Algo precisa mudar ”, disse Mariana Gombarova, do grupo Romano Lav. “Fico com tanta raiva que isso continue acontecendo com nossas comunidades”.

Uma pequena vigília foi feita perto do local onde o homem foi detido, colocando na calçada velas, buquês e uma fita com os dizeres “Romani Lives Matter”. Insatisfeitas com o depoimento da polícia sobre o caso, organizações populares estão pressionando por uma investigação. O grupo de defesa dos ciganos Rede ERGO pediu que os oficiais fossem “sancionados por seu uso desproporcional de poder e técnicas inadequadas”.

“A pergunta óbvia que vem à mente é: por que o policial continuou ajoelhado em seu pescoço e apertou-o contra a calçada muito depois de ele ter sido imobilizado?”, questiona Isabela Mihalache, oficial sênior de defesa da Rede ERGO, em um e-mail. “Assumimos uma postura firme contra a violência policial, especialmente no tratamento de pessoas de minorias. ”/ WASHINGTON POST

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