Celso Amorim critica ineficácia da ONU após EUA vetarem resolução brasileira sobre Israel e Hamas


Na avaliação de assessor de Lula, polarização entre os diferentes atores internacionais dificulta qualquer tipo de consenso.

Por Daniel Gateno

O assessor de assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o diplomata Celso Amorim, criticou nesta terça-feira, 31, a ineficácia da ONU para chegar a um consenso na guerra entre Israel e Hamas, depois de os Estados Unidos terem vetado uma resolução proposta pelo Brasil sobre o conflito.

Amorim participou do evento Brasil África 2023 e qualificou de grave o impasse no Conselho de Segurança, que desde os atentados terroristas do Hamas, no dia 7, não chega a um acordo sobre o conflito. O Brasil presidiu o órgão ao longo deste mês e amanhã será substituído pela China.

“Poucas vezes eu vi uma situação tão grave na ONU como neste momento”, afirmou o diplomata ao fim do evento, que tem o objetivo de aumentar as relações comerciais entre o Brasil e o continente africano.

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Segundo o assessor especial do presidente Lula afirmou que a polarização entre os diferentes atores internacionais dificulta qualquer tipo de consenso.

Celso Amorim, durante evento em Brasília Foto: undefined / undefined

O ex-chanceler brasileiro ressaltou a importância da tentativa brasileira de tentar aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que defenda “todos que sofrem na região” e citou a crise humanitária na Faixa de Gaza e os israelenses que sofreram com um ataque de “características terroristas”, sem citar nominalmente o grupo terrorista Hamas.

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No começo do ano, na apresentação da edição brasileira do livro Engajando o mundo: a construção da política externa do Hamas, escrito pelo pesquisador britânico Daud Abdullah, Amorim chegou a elogiar o grupo terrorista palestino.

“Como firme defensor dos direitos palestinos e defensor de uma solução por meios pacíficos, fiquei muito encorajado com as palavras finais do autor: através de maiores esforços diplomáticos e alianças globais, ‘o Hamas pode desempenhar um papel central na restauração dos direitos palestinos’”, diz o assessor na apresentação do livro.

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Derrota no Conselho de Segurança

No dia 18, a diplomacia brasileira conseguiu negociar o apoio de 9 dos 15 membros do Conselho ao projeto, que previa pausas humanitárias no confronto e condenação dos ataques terroristas. Segundo a diplomacia dos EUA, o veto se deve à ausência de menção ao direito de autodefesa de Israel, apoiado por Washington.

Desde o início do conflito, o País tem tentado se colocar como um mediador da crise, ainda que sem sucesso. Internamente, a hesitação do governo em condenar nominalmente o Hamas pelos ataques terroristas tem gerado desgastes ao Planalto, bem como declarações feitas de improviso pelo presidente Lula sobre a resposta de Israel aos atentados, que qualificou de genocídio.

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“É muito grave o que está acontecendo neste momento no Oriente Médio, ou seja, não se trata de ficar discutindo quem está certo, quem está errado, de quem deu o 1º tiro, quem deu o 2º. O problema é o seguinte aqui: não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não têm nada a ver com essa guerra, que são vítimas dessa guerra”, disse Lula na semana passada.

Guerra na Ucrânia

A sequência de idas e vindas no discurso presidencial sobre Gaza repete um padrão observado em suas posições sobre a guerra da Ucrânia, tema sobre o qual Amorim também voltou a defender a participação do Brasil como mediador.

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Segundo o assessor, o Brasil segue disposto a contribuir para uma negociação de paz entre Rússia e Ucrânia. “O Brasil tem uma tradição diplomática muito importante e reconhecida e no que pudermos ajudar em relação a paz a gente ajuda”.

Em conversa com jornalistas após o discurso no evento, Amorim ressaltou a necessidade de colocar a questão humanitária em primeiro lugar em meio a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

O ex-chanceler afirmou que o governo brasileiro tem se esforçado muito para que os brasileiros que estão no enclave palestino possam sair pela fronteira com o Egito.

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“O presidente Lula falou com muitos chefes de Estado da região e de países que têm influência na região e nossa responsabilidade é cuidar dos brasileiros, mas isso depende de negociações complexas”, ponderou Amorim.

O assessor para assuntos internacionais destacou que o embaixador do Brasil nos territórios palestinos, Alessandro Candeas, entra em contato com os brasileiro em Gaza “todos os dias”.

Atenção à África

No evento, Amorim ressaltou que o continente africano deve ser prioridade do governo Lula na política externa em 2024.

“Dobramos o número de embaixadas na África, passamos de 18 para 37 embaixadas no continente africano e o nosso comércio também aumentou muito durante as gestões de Lula na presidência”, ponderou Amorim.

O ex-chanceler brasileiro mencionou a visita de Lula ao continente africano em agosto, quando o presidente passou pela África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe.

“Em 2023 foi necessário que o Brasil voltasse ao cenário internacional, com o presidente Lula participando de vários eventos e também reconstituindo a integração da América do Sul, mas ano que vem teremos uma atenção redobrada para o continente africano, essa é a mensagem que eu trago do presidente Lula”, apontou Amorim.

O assessor especial para assuntos internacionais ressaltou a possibilidade de crescimento do continente africano e a possibilidade de novas parcerias entre o Brasil e a África. “Depois da China, a África foi a região que mais cresceu, então queremos explorar esse potencial.”

O assessor de assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o diplomata Celso Amorim, criticou nesta terça-feira, 31, a ineficácia da ONU para chegar a um consenso na guerra entre Israel e Hamas, depois de os Estados Unidos terem vetado uma resolução proposta pelo Brasil sobre o conflito.

Amorim participou do evento Brasil África 2023 e qualificou de grave o impasse no Conselho de Segurança, que desde os atentados terroristas do Hamas, no dia 7, não chega a um acordo sobre o conflito. O Brasil presidiu o órgão ao longo deste mês e amanhã será substituído pela China.

“Poucas vezes eu vi uma situação tão grave na ONU como neste momento”, afirmou o diplomata ao fim do evento, que tem o objetivo de aumentar as relações comerciais entre o Brasil e o continente africano.

Segundo o assessor especial do presidente Lula afirmou que a polarização entre os diferentes atores internacionais dificulta qualquer tipo de consenso.

Celso Amorim, durante evento em Brasília Foto: undefined / undefined

O ex-chanceler brasileiro ressaltou a importância da tentativa brasileira de tentar aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que defenda “todos que sofrem na região” e citou a crise humanitária na Faixa de Gaza e os israelenses que sofreram com um ataque de “características terroristas”, sem citar nominalmente o grupo terrorista Hamas.

No começo do ano, na apresentação da edição brasileira do livro Engajando o mundo: a construção da política externa do Hamas, escrito pelo pesquisador britânico Daud Abdullah, Amorim chegou a elogiar o grupo terrorista palestino.

“Como firme defensor dos direitos palestinos e defensor de uma solução por meios pacíficos, fiquei muito encorajado com as palavras finais do autor: através de maiores esforços diplomáticos e alianças globais, ‘o Hamas pode desempenhar um papel central na restauração dos direitos palestinos’”, diz o assessor na apresentação do livro.

Derrota no Conselho de Segurança

No dia 18, a diplomacia brasileira conseguiu negociar o apoio de 9 dos 15 membros do Conselho ao projeto, que previa pausas humanitárias no confronto e condenação dos ataques terroristas. Segundo a diplomacia dos EUA, o veto se deve à ausência de menção ao direito de autodefesa de Israel, apoiado por Washington.

Desde o início do conflito, o País tem tentado se colocar como um mediador da crise, ainda que sem sucesso. Internamente, a hesitação do governo em condenar nominalmente o Hamas pelos ataques terroristas tem gerado desgastes ao Planalto, bem como declarações feitas de improviso pelo presidente Lula sobre a resposta de Israel aos atentados, que qualificou de genocídio.

“É muito grave o que está acontecendo neste momento no Oriente Médio, ou seja, não se trata de ficar discutindo quem está certo, quem está errado, de quem deu o 1º tiro, quem deu o 2º. O problema é o seguinte aqui: não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não têm nada a ver com essa guerra, que são vítimas dessa guerra”, disse Lula na semana passada.

Guerra na Ucrânia

A sequência de idas e vindas no discurso presidencial sobre Gaza repete um padrão observado em suas posições sobre a guerra da Ucrânia, tema sobre o qual Amorim também voltou a defender a participação do Brasil como mediador.

Segundo o assessor, o Brasil segue disposto a contribuir para uma negociação de paz entre Rússia e Ucrânia. “O Brasil tem uma tradição diplomática muito importante e reconhecida e no que pudermos ajudar em relação a paz a gente ajuda”.

Em conversa com jornalistas após o discurso no evento, Amorim ressaltou a necessidade de colocar a questão humanitária em primeiro lugar em meio a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

O ex-chanceler afirmou que o governo brasileiro tem se esforçado muito para que os brasileiros que estão no enclave palestino possam sair pela fronteira com o Egito.

“O presidente Lula falou com muitos chefes de Estado da região e de países que têm influência na região e nossa responsabilidade é cuidar dos brasileiros, mas isso depende de negociações complexas”, ponderou Amorim.

O assessor para assuntos internacionais destacou que o embaixador do Brasil nos territórios palestinos, Alessandro Candeas, entra em contato com os brasileiro em Gaza “todos os dias”.

Atenção à África

No evento, Amorim ressaltou que o continente africano deve ser prioridade do governo Lula na política externa em 2024.

“Dobramos o número de embaixadas na África, passamos de 18 para 37 embaixadas no continente africano e o nosso comércio também aumentou muito durante as gestões de Lula na presidência”, ponderou Amorim.

O ex-chanceler brasileiro mencionou a visita de Lula ao continente africano em agosto, quando o presidente passou pela África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe.

“Em 2023 foi necessário que o Brasil voltasse ao cenário internacional, com o presidente Lula participando de vários eventos e também reconstituindo a integração da América do Sul, mas ano que vem teremos uma atenção redobrada para o continente africano, essa é a mensagem que eu trago do presidente Lula”, apontou Amorim.

O assessor especial para assuntos internacionais ressaltou a possibilidade de crescimento do continente africano e a possibilidade de novas parcerias entre o Brasil e a África. “Depois da China, a África foi a região que mais cresceu, então queremos explorar esse potencial.”

O assessor de assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o diplomata Celso Amorim, criticou nesta terça-feira, 31, a ineficácia da ONU para chegar a um consenso na guerra entre Israel e Hamas, depois de os Estados Unidos terem vetado uma resolução proposta pelo Brasil sobre o conflito.

Amorim participou do evento Brasil África 2023 e qualificou de grave o impasse no Conselho de Segurança, que desde os atentados terroristas do Hamas, no dia 7, não chega a um acordo sobre o conflito. O Brasil presidiu o órgão ao longo deste mês e amanhã será substituído pela China.

“Poucas vezes eu vi uma situação tão grave na ONU como neste momento”, afirmou o diplomata ao fim do evento, que tem o objetivo de aumentar as relações comerciais entre o Brasil e o continente africano.

Segundo o assessor especial do presidente Lula afirmou que a polarização entre os diferentes atores internacionais dificulta qualquer tipo de consenso.

Celso Amorim, durante evento em Brasília Foto: undefined / undefined

O ex-chanceler brasileiro ressaltou a importância da tentativa brasileira de tentar aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que defenda “todos que sofrem na região” e citou a crise humanitária na Faixa de Gaza e os israelenses que sofreram com um ataque de “características terroristas”, sem citar nominalmente o grupo terrorista Hamas.

No começo do ano, na apresentação da edição brasileira do livro Engajando o mundo: a construção da política externa do Hamas, escrito pelo pesquisador britânico Daud Abdullah, Amorim chegou a elogiar o grupo terrorista palestino.

“Como firme defensor dos direitos palestinos e defensor de uma solução por meios pacíficos, fiquei muito encorajado com as palavras finais do autor: através de maiores esforços diplomáticos e alianças globais, ‘o Hamas pode desempenhar um papel central na restauração dos direitos palestinos’”, diz o assessor na apresentação do livro.

Derrota no Conselho de Segurança

No dia 18, a diplomacia brasileira conseguiu negociar o apoio de 9 dos 15 membros do Conselho ao projeto, que previa pausas humanitárias no confronto e condenação dos ataques terroristas. Segundo a diplomacia dos EUA, o veto se deve à ausência de menção ao direito de autodefesa de Israel, apoiado por Washington.

Desde o início do conflito, o País tem tentado se colocar como um mediador da crise, ainda que sem sucesso. Internamente, a hesitação do governo em condenar nominalmente o Hamas pelos ataques terroristas tem gerado desgastes ao Planalto, bem como declarações feitas de improviso pelo presidente Lula sobre a resposta de Israel aos atentados, que qualificou de genocídio.

“É muito grave o que está acontecendo neste momento no Oriente Médio, ou seja, não se trata de ficar discutindo quem está certo, quem está errado, de quem deu o 1º tiro, quem deu o 2º. O problema é o seguinte aqui: não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não têm nada a ver com essa guerra, que são vítimas dessa guerra”, disse Lula na semana passada.

Guerra na Ucrânia

A sequência de idas e vindas no discurso presidencial sobre Gaza repete um padrão observado em suas posições sobre a guerra da Ucrânia, tema sobre o qual Amorim também voltou a defender a participação do Brasil como mediador.

Segundo o assessor, o Brasil segue disposto a contribuir para uma negociação de paz entre Rússia e Ucrânia. “O Brasil tem uma tradição diplomática muito importante e reconhecida e no que pudermos ajudar em relação a paz a gente ajuda”.

Em conversa com jornalistas após o discurso no evento, Amorim ressaltou a necessidade de colocar a questão humanitária em primeiro lugar em meio a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

O ex-chanceler afirmou que o governo brasileiro tem se esforçado muito para que os brasileiros que estão no enclave palestino possam sair pela fronteira com o Egito.

“O presidente Lula falou com muitos chefes de Estado da região e de países que têm influência na região e nossa responsabilidade é cuidar dos brasileiros, mas isso depende de negociações complexas”, ponderou Amorim.

O assessor para assuntos internacionais destacou que o embaixador do Brasil nos territórios palestinos, Alessandro Candeas, entra em contato com os brasileiro em Gaza “todos os dias”.

Atenção à África

No evento, Amorim ressaltou que o continente africano deve ser prioridade do governo Lula na política externa em 2024.

“Dobramos o número de embaixadas na África, passamos de 18 para 37 embaixadas no continente africano e o nosso comércio também aumentou muito durante as gestões de Lula na presidência”, ponderou Amorim.

O ex-chanceler brasileiro mencionou a visita de Lula ao continente africano em agosto, quando o presidente passou pela África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe.

“Em 2023 foi necessário que o Brasil voltasse ao cenário internacional, com o presidente Lula participando de vários eventos e também reconstituindo a integração da América do Sul, mas ano que vem teremos uma atenção redobrada para o continente africano, essa é a mensagem que eu trago do presidente Lula”, apontou Amorim.

O assessor especial para assuntos internacionais ressaltou a possibilidade de crescimento do continente africano e a possibilidade de novas parcerias entre o Brasil e a África. “Depois da China, a África foi a região que mais cresceu, então queremos explorar esse potencial.”

O assessor de assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o diplomata Celso Amorim, criticou nesta terça-feira, 31, a ineficácia da ONU para chegar a um consenso na guerra entre Israel e Hamas, depois de os Estados Unidos terem vetado uma resolução proposta pelo Brasil sobre o conflito.

Amorim participou do evento Brasil África 2023 e qualificou de grave o impasse no Conselho de Segurança, que desde os atentados terroristas do Hamas, no dia 7, não chega a um acordo sobre o conflito. O Brasil presidiu o órgão ao longo deste mês e amanhã será substituído pela China.

“Poucas vezes eu vi uma situação tão grave na ONU como neste momento”, afirmou o diplomata ao fim do evento, que tem o objetivo de aumentar as relações comerciais entre o Brasil e o continente africano.

Segundo o assessor especial do presidente Lula afirmou que a polarização entre os diferentes atores internacionais dificulta qualquer tipo de consenso.

Celso Amorim, durante evento em Brasília Foto: undefined / undefined

O ex-chanceler brasileiro ressaltou a importância da tentativa brasileira de tentar aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que defenda “todos que sofrem na região” e citou a crise humanitária na Faixa de Gaza e os israelenses que sofreram com um ataque de “características terroristas”, sem citar nominalmente o grupo terrorista Hamas.

No começo do ano, na apresentação da edição brasileira do livro Engajando o mundo: a construção da política externa do Hamas, escrito pelo pesquisador britânico Daud Abdullah, Amorim chegou a elogiar o grupo terrorista palestino.

“Como firme defensor dos direitos palestinos e defensor de uma solução por meios pacíficos, fiquei muito encorajado com as palavras finais do autor: através de maiores esforços diplomáticos e alianças globais, ‘o Hamas pode desempenhar um papel central na restauração dos direitos palestinos’”, diz o assessor na apresentação do livro.

Derrota no Conselho de Segurança

No dia 18, a diplomacia brasileira conseguiu negociar o apoio de 9 dos 15 membros do Conselho ao projeto, que previa pausas humanitárias no confronto e condenação dos ataques terroristas. Segundo a diplomacia dos EUA, o veto se deve à ausência de menção ao direito de autodefesa de Israel, apoiado por Washington.

Desde o início do conflito, o País tem tentado se colocar como um mediador da crise, ainda que sem sucesso. Internamente, a hesitação do governo em condenar nominalmente o Hamas pelos ataques terroristas tem gerado desgastes ao Planalto, bem como declarações feitas de improviso pelo presidente Lula sobre a resposta de Israel aos atentados, que qualificou de genocídio.

“É muito grave o que está acontecendo neste momento no Oriente Médio, ou seja, não se trata de ficar discutindo quem está certo, quem está errado, de quem deu o 1º tiro, quem deu o 2º. O problema é o seguinte aqui: não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não têm nada a ver com essa guerra, que são vítimas dessa guerra”, disse Lula na semana passada.

Guerra na Ucrânia

A sequência de idas e vindas no discurso presidencial sobre Gaza repete um padrão observado em suas posições sobre a guerra da Ucrânia, tema sobre o qual Amorim também voltou a defender a participação do Brasil como mediador.

Segundo o assessor, o Brasil segue disposto a contribuir para uma negociação de paz entre Rússia e Ucrânia. “O Brasil tem uma tradição diplomática muito importante e reconhecida e no que pudermos ajudar em relação a paz a gente ajuda”.

Em conversa com jornalistas após o discurso no evento, Amorim ressaltou a necessidade de colocar a questão humanitária em primeiro lugar em meio a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

O ex-chanceler afirmou que o governo brasileiro tem se esforçado muito para que os brasileiros que estão no enclave palestino possam sair pela fronteira com o Egito.

“O presidente Lula falou com muitos chefes de Estado da região e de países que têm influência na região e nossa responsabilidade é cuidar dos brasileiros, mas isso depende de negociações complexas”, ponderou Amorim.

O assessor para assuntos internacionais destacou que o embaixador do Brasil nos territórios palestinos, Alessandro Candeas, entra em contato com os brasileiro em Gaza “todos os dias”.

Atenção à África

No evento, Amorim ressaltou que o continente africano deve ser prioridade do governo Lula na política externa em 2024.

“Dobramos o número de embaixadas na África, passamos de 18 para 37 embaixadas no continente africano e o nosso comércio também aumentou muito durante as gestões de Lula na presidência”, ponderou Amorim.

O ex-chanceler brasileiro mencionou a visita de Lula ao continente africano em agosto, quando o presidente passou pela África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe.

“Em 2023 foi necessário que o Brasil voltasse ao cenário internacional, com o presidente Lula participando de vários eventos e também reconstituindo a integração da América do Sul, mas ano que vem teremos uma atenção redobrada para o continente africano, essa é a mensagem que eu trago do presidente Lula”, apontou Amorim.

O assessor especial para assuntos internacionais ressaltou a possibilidade de crescimento do continente africano e a possibilidade de novas parcerias entre o Brasil e a África. “Depois da China, a África foi a região que mais cresceu, então queremos explorar esse potencial.”

O assessor de assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o diplomata Celso Amorim, criticou nesta terça-feira, 31, a ineficácia da ONU para chegar a um consenso na guerra entre Israel e Hamas, depois de os Estados Unidos terem vetado uma resolução proposta pelo Brasil sobre o conflito.

Amorim participou do evento Brasil África 2023 e qualificou de grave o impasse no Conselho de Segurança, que desde os atentados terroristas do Hamas, no dia 7, não chega a um acordo sobre o conflito. O Brasil presidiu o órgão ao longo deste mês e amanhã será substituído pela China.

“Poucas vezes eu vi uma situação tão grave na ONU como neste momento”, afirmou o diplomata ao fim do evento, que tem o objetivo de aumentar as relações comerciais entre o Brasil e o continente africano.

Segundo o assessor especial do presidente Lula afirmou que a polarização entre os diferentes atores internacionais dificulta qualquer tipo de consenso.

Celso Amorim, durante evento em Brasília Foto: undefined / undefined

O ex-chanceler brasileiro ressaltou a importância da tentativa brasileira de tentar aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que defenda “todos que sofrem na região” e citou a crise humanitária na Faixa de Gaza e os israelenses que sofreram com um ataque de “características terroristas”, sem citar nominalmente o grupo terrorista Hamas.

No começo do ano, na apresentação da edição brasileira do livro Engajando o mundo: a construção da política externa do Hamas, escrito pelo pesquisador britânico Daud Abdullah, Amorim chegou a elogiar o grupo terrorista palestino.

“Como firme defensor dos direitos palestinos e defensor de uma solução por meios pacíficos, fiquei muito encorajado com as palavras finais do autor: através de maiores esforços diplomáticos e alianças globais, ‘o Hamas pode desempenhar um papel central na restauração dos direitos palestinos’”, diz o assessor na apresentação do livro.

Derrota no Conselho de Segurança

No dia 18, a diplomacia brasileira conseguiu negociar o apoio de 9 dos 15 membros do Conselho ao projeto, que previa pausas humanitárias no confronto e condenação dos ataques terroristas. Segundo a diplomacia dos EUA, o veto se deve à ausência de menção ao direito de autodefesa de Israel, apoiado por Washington.

Desde o início do conflito, o País tem tentado se colocar como um mediador da crise, ainda que sem sucesso. Internamente, a hesitação do governo em condenar nominalmente o Hamas pelos ataques terroristas tem gerado desgastes ao Planalto, bem como declarações feitas de improviso pelo presidente Lula sobre a resposta de Israel aos atentados, que qualificou de genocídio.

“É muito grave o que está acontecendo neste momento no Oriente Médio, ou seja, não se trata de ficar discutindo quem está certo, quem está errado, de quem deu o 1º tiro, quem deu o 2º. O problema é o seguinte aqui: não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não têm nada a ver com essa guerra, que são vítimas dessa guerra”, disse Lula na semana passada.

Guerra na Ucrânia

A sequência de idas e vindas no discurso presidencial sobre Gaza repete um padrão observado em suas posições sobre a guerra da Ucrânia, tema sobre o qual Amorim também voltou a defender a participação do Brasil como mediador.

Segundo o assessor, o Brasil segue disposto a contribuir para uma negociação de paz entre Rússia e Ucrânia. “O Brasil tem uma tradição diplomática muito importante e reconhecida e no que pudermos ajudar em relação a paz a gente ajuda”.

Em conversa com jornalistas após o discurso no evento, Amorim ressaltou a necessidade de colocar a questão humanitária em primeiro lugar em meio a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

O ex-chanceler afirmou que o governo brasileiro tem se esforçado muito para que os brasileiros que estão no enclave palestino possam sair pela fronteira com o Egito.

“O presidente Lula falou com muitos chefes de Estado da região e de países que têm influência na região e nossa responsabilidade é cuidar dos brasileiros, mas isso depende de negociações complexas”, ponderou Amorim.

O assessor para assuntos internacionais destacou que o embaixador do Brasil nos territórios palestinos, Alessandro Candeas, entra em contato com os brasileiro em Gaza “todos os dias”.

Atenção à África

No evento, Amorim ressaltou que o continente africano deve ser prioridade do governo Lula na política externa em 2024.

“Dobramos o número de embaixadas na África, passamos de 18 para 37 embaixadas no continente africano e o nosso comércio também aumentou muito durante as gestões de Lula na presidência”, ponderou Amorim.

O ex-chanceler brasileiro mencionou a visita de Lula ao continente africano em agosto, quando o presidente passou pela África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe.

“Em 2023 foi necessário que o Brasil voltasse ao cenário internacional, com o presidente Lula participando de vários eventos e também reconstituindo a integração da América do Sul, mas ano que vem teremos uma atenção redobrada para o continente africano, essa é a mensagem que eu trago do presidente Lula”, apontou Amorim.

O assessor especial para assuntos internacionais ressaltou a possibilidade de crescimento do continente africano e a possibilidade de novas parcerias entre o Brasil e a África. “Depois da China, a África foi a região que mais cresceu, então queremos explorar esse potencial.”

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