Cenário: Uma máquina de coletar informações de cabos submarinos


Marinha dos EUA sustenta que, em paralelo ao emprego em operações humanitárias, navio Yantar faz mais que pesquisa científica e buscas

O Yantar ouve e vê tudo até 6 mil metros de profundidade. Classificado pela Marinha da Rússia como navio de inteligência, primeiro de duas unidades construídas sob o Projeto 22010, da Diretoria de Pesquisa Subaquática, subordinada ao Ministério da Defesa, a embarcação viaja pelo mundo desde que foi incorporada à frota russa, em 2015. Em 2018, participou intensamente da flotilha internacional envolvida na busca ao submarino argentino ARA San Juan, que em novembro de 2017 naufragou no Atlântico Sul, a 500 km de Comodoro Rivadavia. Morreram 44 militares. 

Rastreada. A embarcação russa Yantarancorada no Porto do Rio: em 2018, embarcação foi escoltada pela Força Aérea britânica ao passar pelo Canal da Mancha Foto: Wilton Junior/Estadão

A Marinha dos Estados Unidos sustenta que, em paralelo ao emprego em operações humanitárias, a embarcação de 5,7 mil toneladas, 108 metros e equipagem de 60 a 83 tripulantes, faz mais que pesquisa científica e, eventualmente, buscas – também é capaz de coletar secretamente as informações que circulam nos cabos submarinos que conectam redes de comunicações no fundo dos oceanos do mundo todo. Uma espécie de sonda de tecnologia avançada captura os sinais apenas pela proximidade. O material é então desviado para os computadores de bordo. No interior do navio há consoles de computadores e laboratórios. Do lado de fora, grandes antenas sob domos de proteção.

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O Yantar, e seu parceiro, o Almaz – em fase final de construção nos estaleiros de Kaliningrado – são, a rigor, naves-mãe, cada um deles podendo lançar dois minissubmarinos de 25 toneladas da classe Konsul, tripulados por três operadores. O tempo de missão é estimado em 12 horas a profundidades no limite dos 6 mil metros. Além desses modelos maiores, os navios têm capacidade para operar versões menores de submersíveis remotamente controlados. 

O trabalho sigiloso do navio foi reconhecido pelo Parlamento russo por meio do semanário oficial Parlamentskaya Gazeta, que, ao apresentar o Yantar, destacou “os acessórios para rastreamento em alto-mar e dispositivos ultrassecretos para se conectar a cabos de comunicação”. 

A folha corrida da unidade naval é extensa. A Marinha dos Estados Unidos identificou o navio no verão de 2016 ao largo do litoral da Georgia, navegando por águas internacionais, mas no eixo de uma base de submarinos americanos armados com mísseis nucleares. Antes disso, já havia sido identificado em Cuba, na Baía de Guantánamo, e pouco depois ancorado no Porto de Nuuk, na Groenlândia, um entroncamento importante das telecomunicações no extremo norte da Europa. 

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Os serviços de inteligência israelenses reportaram a presença do Yantar no Mediterrâneo em 2017, próximo de um ponto pelo qual passa o cabo de fibra ótica que liga Israel a uma central no Chipre que estabelece links com grande parte da Europa. No mesmo ano, a agência britânica de inteligência relatou que a embarcação usava “seus recursos secretos” para localizar aviões russos de ataque Sukhoi-33 e MiG-29 eventualmente abatidos ou acidentados sobre o mar da Síria. Um relatório de 2019 do Real Instituto de Serviços para Estudos da Defesa, revela que os navios de inteligência da Rússia “perambulam discretamente por áreas estratégicas o tempo todo em todo o mundo”. 

O Yantar ouve e vê tudo até 6 mil metros de profundidade. Classificado pela Marinha da Rússia como navio de inteligência, primeiro de duas unidades construídas sob o Projeto 22010, da Diretoria de Pesquisa Subaquática, subordinada ao Ministério da Defesa, a embarcação viaja pelo mundo desde que foi incorporada à frota russa, em 2015. Em 2018, participou intensamente da flotilha internacional envolvida na busca ao submarino argentino ARA San Juan, que em novembro de 2017 naufragou no Atlântico Sul, a 500 km de Comodoro Rivadavia. Morreram 44 militares. 

Rastreada. A embarcação russa Yantarancorada no Porto do Rio: em 2018, embarcação foi escoltada pela Força Aérea britânica ao passar pelo Canal da Mancha Foto: Wilton Junior/Estadão

A Marinha dos Estados Unidos sustenta que, em paralelo ao emprego em operações humanitárias, a embarcação de 5,7 mil toneladas, 108 metros e equipagem de 60 a 83 tripulantes, faz mais que pesquisa científica e, eventualmente, buscas – também é capaz de coletar secretamente as informações que circulam nos cabos submarinos que conectam redes de comunicações no fundo dos oceanos do mundo todo. Uma espécie de sonda de tecnologia avançada captura os sinais apenas pela proximidade. O material é então desviado para os computadores de bordo. No interior do navio há consoles de computadores e laboratórios. Do lado de fora, grandes antenas sob domos de proteção.

O Yantar, e seu parceiro, o Almaz – em fase final de construção nos estaleiros de Kaliningrado – são, a rigor, naves-mãe, cada um deles podendo lançar dois minissubmarinos de 25 toneladas da classe Konsul, tripulados por três operadores. O tempo de missão é estimado em 12 horas a profundidades no limite dos 6 mil metros. Além desses modelos maiores, os navios têm capacidade para operar versões menores de submersíveis remotamente controlados. 

O trabalho sigiloso do navio foi reconhecido pelo Parlamento russo por meio do semanário oficial Parlamentskaya Gazeta, que, ao apresentar o Yantar, destacou “os acessórios para rastreamento em alto-mar e dispositivos ultrassecretos para se conectar a cabos de comunicação”. 

A folha corrida da unidade naval é extensa. A Marinha dos Estados Unidos identificou o navio no verão de 2016 ao largo do litoral da Georgia, navegando por águas internacionais, mas no eixo de uma base de submarinos americanos armados com mísseis nucleares. Antes disso, já havia sido identificado em Cuba, na Baía de Guantánamo, e pouco depois ancorado no Porto de Nuuk, na Groenlândia, um entroncamento importante das telecomunicações no extremo norte da Europa. 

Os serviços de inteligência israelenses reportaram a presença do Yantar no Mediterrâneo em 2017, próximo de um ponto pelo qual passa o cabo de fibra ótica que liga Israel a uma central no Chipre que estabelece links com grande parte da Europa. No mesmo ano, a agência britânica de inteligência relatou que a embarcação usava “seus recursos secretos” para localizar aviões russos de ataque Sukhoi-33 e MiG-29 eventualmente abatidos ou acidentados sobre o mar da Síria. Um relatório de 2019 do Real Instituto de Serviços para Estudos da Defesa, revela que os navios de inteligência da Rússia “perambulam discretamente por áreas estratégicas o tempo todo em todo o mundo”. 

O Yantar ouve e vê tudo até 6 mil metros de profundidade. Classificado pela Marinha da Rússia como navio de inteligência, primeiro de duas unidades construídas sob o Projeto 22010, da Diretoria de Pesquisa Subaquática, subordinada ao Ministério da Defesa, a embarcação viaja pelo mundo desde que foi incorporada à frota russa, em 2015. Em 2018, participou intensamente da flotilha internacional envolvida na busca ao submarino argentino ARA San Juan, que em novembro de 2017 naufragou no Atlântico Sul, a 500 km de Comodoro Rivadavia. Morreram 44 militares. 

Rastreada. A embarcação russa Yantarancorada no Porto do Rio: em 2018, embarcação foi escoltada pela Força Aérea britânica ao passar pelo Canal da Mancha Foto: Wilton Junior/Estadão

A Marinha dos Estados Unidos sustenta que, em paralelo ao emprego em operações humanitárias, a embarcação de 5,7 mil toneladas, 108 metros e equipagem de 60 a 83 tripulantes, faz mais que pesquisa científica e, eventualmente, buscas – também é capaz de coletar secretamente as informações que circulam nos cabos submarinos que conectam redes de comunicações no fundo dos oceanos do mundo todo. Uma espécie de sonda de tecnologia avançada captura os sinais apenas pela proximidade. O material é então desviado para os computadores de bordo. No interior do navio há consoles de computadores e laboratórios. Do lado de fora, grandes antenas sob domos de proteção.

O Yantar, e seu parceiro, o Almaz – em fase final de construção nos estaleiros de Kaliningrado – são, a rigor, naves-mãe, cada um deles podendo lançar dois minissubmarinos de 25 toneladas da classe Konsul, tripulados por três operadores. O tempo de missão é estimado em 12 horas a profundidades no limite dos 6 mil metros. Além desses modelos maiores, os navios têm capacidade para operar versões menores de submersíveis remotamente controlados. 

O trabalho sigiloso do navio foi reconhecido pelo Parlamento russo por meio do semanário oficial Parlamentskaya Gazeta, que, ao apresentar o Yantar, destacou “os acessórios para rastreamento em alto-mar e dispositivos ultrassecretos para se conectar a cabos de comunicação”. 

A folha corrida da unidade naval é extensa. A Marinha dos Estados Unidos identificou o navio no verão de 2016 ao largo do litoral da Georgia, navegando por águas internacionais, mas no eixo de uma base de submarinos americanos armados com mísseis nucleares. Antes disso, já havia sido identificado em Cuba, na Baía de Guantánamo, e pouco depois ancorado no Porto de Nuuk, na Groenlândia, um entroncamento importante das telecomunicações no extremo norte da Europa. 

Os serviços de inteligência israelenses reportaram a presença do Yantar no Mediterrâneo em 2017, próximo de um ponto pelo qual passa o cabo de fibra ótica que liga Israel a uma central no Chipre que estabelece links com grande parte da Europa. No mesmo ano, a agência britânica de inteligência relatou que a embarcação usava “seus recursos secretos” para localizar aviões russos de ataque Sukhoi-33 e MiG-29 eventualmente abatidos ou acidentados sobre o mar da Síria. Um relatório de 2019 do Real Instituto de Serviços para Estudos da Defesa, revela que os navios de inteligência da Rússia “perambulam discretamente por áreas estratégicas o tempo todo em todo o mundo”. 

O Yantar ouve e vê tudo até 6 mil metros de profundidade. Classificado pela Marinha da Rússia como navio de inteligência, primeiro de duas unidades construídas sob o Projeto 22010, da Diretoria de Pesquisa Subaquática, subordinada ao Ministério da Defesa, a embarcação viaja pelo mundo desde que foi incorporada à frota russa, em 2015. Em 2018, participou intensamente da flotilha internacional envolvida na busca ao submarino argentino ARA San Juan, que em novembro de 2017 naufragou no Atlântico Sul, a 500 km de Comodoro Rivadavia. Morreram 44 militares. 

Rastreada. A embarcação russa Yantarancorada no Porto do Rio: em 2018, embarcação foi escoltada pela Força Aérea britânica ao passar pelo Canal da Mancha Foto: Wilton Junior/Estadão

A Marinha dos Estados Unidos sustenta que, em paralelo ao emprego em operações humanitárias, a embarcação de 5,7 mil toneladas, 108 metros e equipagem de 60 a 83 tripulantes, faz mais que pesquisa científica e, eventualmente, buscas – também é capaz de coletar secretamente as informações que circulam nos cabos submarinos que conectam redes de comunicações no fundo dos oceanos do mundo todo. Uma espécie de sonda de tecnologia avançada captura os sinais apenas pela proximidade. O material é então desviado para os computadores de bordo. No interior do navio há consoles de computadores e laboratórios. Do lado de fora, grandes antenas sob domos de proteção.

O Yantar, e seu parceiro, o Almaz – em fase final de construção nos estaleiros de Kaliningrado – são, a rigor, naves-mãe, cada um deles podendo lançar dois minissubmarinos de 25 toneladas da classe Konsul, tripulados por três operadores. O tempo de missão é estimado em 12 horas a profundidades no limite dos 6 mil metros. Além desses modelos maiores, os navios têm capacidade para operar versões menores de submersíveis remotamente controlados. 

O trabalho sigiloso do navio foi reconhecido pelo Parlamento russo por meio do semanário oficial Parlamentskaya Gazeta, que, ao apresentar o Yantar, destacou “os acessórios para rastreamento em alto-mar e dispositivos ultrassecretos para se conectar a cabos de comunicação”. 

A folha corrida da unidade naval é extensa. A Marinha dos Estados Unidos identificou o navio no verão de 2016 ao largo do litoral da Georgia, navegando por águas internacionais, mas no eixo de uma base de submarinos americanos armados com mísseis nucleares. Antes disso, já havia sido identificado em Cuba, na Baía de Guantánamo, e pouco depois ancorado no Porto de Nuuk, na Groenlândia, um entroncamento importante das telecomunicações no extremo norte da Europa. 

Os serviços de inteligência israelenses reportaram a presença do Yantar no Mediterrâneo em 2017, próximo de um ponto pelo qual passa o cabo de fibra ótica que liga Israel a uma central no Chipre que estabelece links com grande parte da Europa. No mesmo ano, a agência britânica de inteligência relatou que a embarcação usava “seus recursos secretos” para localizar aviões russos de ataque Sukhoi-33 e MiG-29 eventualmente abatidos ou acidentados sobre o mar da Síria. Um relatório de 2019 do Real Instituto de Serviços para Estudos da Defesa, revela que os navios de inteligência da Rússia “perambulam discretamente por áreas estratégicas o tempo todo em todo o mundo”. 

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