WASHINGTON - Centenas de pessoas saíram na noite de segunda-feira às ruas das principais cidades dos Estados Unidos pela quinta noite consecutiva para protestar contra as mortes de negros pelas mãos de policiais.
O protesto em Atlanta, na Geórgia, foi um dos maiores da semana e terminou com 16 detidos, segundo fontes policiais ouvidas pelo Atlanta Journal.
Apesar das prisões, os manifestantes não cancelaram a passeata que chegou até o prefeito, Kasim Reed, e o chefe da polícia local, George Turner, para iniciar um diálogo com o objetivo de resolver suas demandas.
A polícia local demitiu nesta terça-feira, 12, um de seus integrantes por ter assassinado em junho um negro que estava desarmado.
A cidade de Chicago, em Illinois, foi palco de outra das principais manifestações do dia em protesto pela morte na semana passada de dois negros em Baton Rouge, Louisiana, e Falcon Heights, em Minnesota.
Os manifestantes participaram das passeatas convocadas pelo movimento "Black Lives Matter" (As Vidas dos Negros Importam), surgido há dois anos após a morte de outro negro em Ferguson, Missouri.
Em Baltimore, Maryland, de maioria afro-americana, houve um tiroteio que deixou cinco feridos - incluindo quatro mulheres - durante uma vigília pela morte de um jovem no fim de semana.
Onda de protestos nos EUA pede fim da violência policial contra negros
Enquanto isso, o prefeito de Houston, Sylvester Turner, fez um apelo para "manter a paz" na cidade até que se esclareçam as circunstâncias da morte neste fim de semana de um jovem negro que, aparentemente, apontou uma arma aos policiais que realizaram os disparos.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, viajará nesta terça-feira para o local onde um franco-atirador assassinou na sexta-feira cinco policiais brancos em Dallas, no Texas, durante uma manifestação pelas mortes em Baton Rouge e Falcon Heights.
Obama presidirá os funerais dos policiais e fará um discurso durante a cerimônia. Na quarta-feira, terá uma reunião com representantes da sociedade civil e policiais para tratar da onda de violência no país. /EFE
Veja abaixo: Obama defende reforma da polícia americana
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O presidente americano, Barack Obama, lamentou a morte de dois homens negros em dois dias, e pediu uma reforma da polícia que acabem com as disparidades na maneira em que afro-americanos e latinos são tratados.