BEIRUTE - O número de pessoas que fugiram nos últimos quatro dias de suas casas no leste da cidade síria de Alepo em direção a outras partes da cidade aumentou para 50 mil, informou nesta quarta-feira, 30, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
A ONG apontou que mais da metade se dirigira aos distritos orientais da cidade que restam em poder dos rebeldes e ao bairro de Al Sheikh Maqsud, sob o domínio das Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada curdo-árabe. Os demais se transferiram para áreas sob o controle dos soldados governamentais.
Centenas de deslocados foram detidos pelas autoridades e interrogados, embora alguns deles tenham sido posteriormente colocados em liberdade, enquanto outros se encontram em paradeiro desconhecido, acrescentou a ONG.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) estima que cerca de 20 mil pessoas fugiram nas últimas 72 horas de suas casas em Alepo.
O principal responsável da ONU para Assuntos Humanitários, Stephen O'Brien, afirmou que 16 mil civis que viviam nas áreas do leste de Alepo conquistadas pelo Exército sírio nos últimos dias escaparam e agora buscam desesperadamente refugiar-se em lugares mais seguros.
Civis e feridos não saíram da zona rebelde de Alepo após trégua russa
Forças governamentais sírias avançaram na terça-feira por dois distritos do sudeste em uma tentativa de proteger o aeroporto de Alepo, controlado pelo Exército, e a estrada que conduz a ele. Nos dias anteriores, essas forças progrediram pelo nordeste, onde tomaram de facções islâmicas e rebeldes o domínio de pelo menos 11 bairros. / EFE