Cessar-fogo de Israel e Hamas: o que aconteceu nos 11 dias de conflito em Gaza


Desde a segunda-feira, 10, ao menos 232 pessoas morreram do lado palestino. Os ataques com foguetes lançados pelos militantes palestinos mataram ao menos 12 israelenses

Por Redação
Fumaça é vista após bombardeio de Israel contra Cidade de Gaza Foto: Haitham Imad/EFE

JERUSALÉM - Israel e o Hamas chegaram a um cessar-fogo nesta quinta-feira, 20, depois de 11 dias de confronto na Faixa de Gaza. A trégua ocorre depois de  forte pressão internacional, liderada pelos Estados Unidos

Desde a segunda-feira, 10, ao menos 232 pessoas morreram do lado palestino. Os ataques com foguetes lançados pelos militantes palestinos mataram ao menos 12 israelenses.

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Foguete disparado da Faixa de Gaza em direção a Israel Foto: Mohammed Saber/EFE

Da origem da tensão ao ápice da violência

As raízes do atual confronto em Gaza estão numa série de incidentes ocorridos no entorno da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, entre abril e maio. A combinação de operações policiais, ordem de despejo em um bairro palestino de Jerusalém Oriental e uma marcha da extrema direita israelense rumo ao Monte do Templo levou à violência na Cidade Santa em 10 de maio.

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No mesmo dia, o Hamas decidiu disparar foguetes contra Israel. Ao contrário dos confrontos anteriores, no entanto,  as armas do grupo palestino desta vez pareciam causar mais danos aos israelenses. Alguns foguetes conseguiam driblar o Domo de Ferro, o poderoso sistema de defesa do país, e chegar até Tel-Aviv, antes um alvo impensável. O jornalista Roberto Godoy detalhou o avanço militar do Hamas. 

Israel, então, revidou, com pesados ataques à Faixa de Gaza. entre os alvos, a estrutura militar do Hamas e os líderes do grupo palestino. A violência aumentou gradativamente e, no fim de semana, teve seu dia mais sangrento, com 44 mortes. Um prédio que abrigava escritórios da Associated Press e da rede de TV Al-Jazeera foi derrubado após um bombardeio. 

Diferentemente de outras crises entre israelenses e palestinos, a atual foi marcada pela tensão em comunidades do país  onde árabes e israelenses conviviam em relativa tranquilidade. Saques, linchamentos e ataques com armas brancas tornaram-se comuns, principalmente em Lod, antes considerada um exemplo de civilidade entre os dois povos. 

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Palestinos protestam contra Israel em Nablus, na Cisjordânia. Foto: Raneen Sawafta / Reuters 

Os dois lados do conflito

Ao longo da semana, a tensão crescia, assim como o número de vítimas. Do lado palestino, o guia turístico  Hassan Muamer disse ao Estadão que o atual conflito traz elementos novos à tensão histórica com Israel.

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Do outro lado, onde a principal preocupação era a defesa da população contra os foguetes de israel, os militares estavam de prontidão. Era o caso do brasileiro Henry Tkacz, que recebeu uma ligação do das Forças de Defesa de Israel (IDF), informando que sua presença poderia ser requisitada.

A crise repercutiu também no Brasil. A pedido dos Estadão, diplomatas de Israel e da Autoridade Palestina escreveram artigos explicando a visão de cada um sobre o atual confronto. 

O impacto político

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Com o cessar-fogo, que ainda nao está definido a duração, os dois lados fazem calculos políticos, como explicou o colunista Lourival Sant'Anna, e este artigo da Revista Economist. O Hamas conseguiu recuperar parte da credibilidade que havia perdido após anos comandando o enclave. Em Israel, Netanyahu conseguiu mais uma sobrevida política após ter tido sua chance de formar uma coalizão reduzida a zero. 

Fumaça é vista após bombardeio de Israel contra Cidade de Gaza Foto: Haitham Imad/EFE

JERUSALÉM - Israel e o Hamas chegaram a um cessar-fogo nesta quinta-feira, 20, depois de 11 dias de confronto na Faixa de Gaza. A trégua ocorre depois de  forte pressão internacional, liderada pelos Estados Unidos

Desde a segunda-feira, 10, ao menos 232 pessoas morreram do lado palestino. Os ataques com foguetes lançados pelos militantes palestinos mataram ao menos 12 israelenses.

Foguete disparado da Faixa de Gaza em direção a Israel Foto: Mohammed Saber/EFE

Da origem da tensão ao ápice da violência

As raízes do atual confronto em Gaza estão numa série de incidentes ocorridos no entorno da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, entre abril e maio. A combinação de operações policiais, ordem de despejo em um bairro palestino de Jerusalém Oriental e uma marcha da extrema direita israelense rumo ao Monte do Templo levou à violência na Cidade Santa em 10 de maio.

No mesmo dia, o Hamas decidiu disparar foguetes contra Israel. Ao contrário dos confrontos anteriores, no entanto,  as armas do grupo palestino desta vez pareciam causar mais danos aos israelenses. Alguns foguetes conseguiam driblar o Domo de Ferro, o poderoso sistema de defesa do país, e chegar até Tel-Aviv, antes um alvo impensável. O jornalista Roberto Godoy detalhou o avanço militar do Hamas. 

Israel, então, revidou, com pesados ataques à Faixa de Gaza. entre os alvos, a estrutura militar do Hamas e os líderes do grupo palestino. A violência aumentou gradativamente e, no fim de semana, teve seu dia mais sangrento, com 44 mortes. Um prédio que abrigava escritórios da Associated Press e da rede de TV Al-Jazeera foi derrubado após um bombardeio. 

Diferentemente de outras crises entre israelenses e palestinos, a atual foi marcada pela tensão em comunidades do país  onde árabes e israelenses conviviam em relativa tranquilidade. Saques, linchamentos e ataques com armas brancas tornaram-se comuns, principalmente em Lod, antes considerada um exemplo de civilidade entre os dois povos. 

Palestinos protestam contra Israel em Nablus, na Cisjordânia. Foto: Raneen Sawafta / Reuters 

Os dois lados do conflito

Ao longo da semana, a tensão crescia, assim como o número de vítimas. Do lado palestino, o guia turístico  Hassan Muamer disse ao Estadão que o atual conflito traz elementos novos à tensão histórica com Israel.

Do outro lado, onde a principal preocupação era a defesa da população contra os foguetes de israel, os militares estavam de prontidão. Era o caso do brasileiro Henry Tkacz, que recebeu uma ligação do das Forças de Defesa de Israel (IDF), informando que sua presença poderia ser requisitada.

A crise repercutiu também no Brasil. A pedido dos Estadão, diplomatas de Israel e da Autoridade Palestina escreveram artigos explicando a visão de cada um sobre o atual confronto. 

O impacto político

Com o cessar-fogo, que ainda nao está definido a duração, os dois lados fazem calculos políticos, como explicou o colunista Lourival Sant'Anna, e este artigo da Revista Economist. O Hamas conseguiu recuperar parte da credibilidade que havia perdido após anos comandando o enclave. Em Israel, Netanyahu conseguiu mais uma sobrevida política após ter tido sua chance de formar uma coalizão reduzida a zero. 

Fumaça é vista após bombardeio de Israel contra Cidade de Gaza Foto: Haitham Imad/EFE

JERUSALÉM - Israel e o Hamas chegaram a um cessar-fogo nesta quinta-feira, 20, depois de 11 dias de confronto na Faixa de Gaza. A trégua ocorre depois de  forte pressão internacional, liderada pelos Estados Unidos

Desde a segunda-feira, 10, ao menos 232 pessoas morreram do lado palestino. Os ataques com foguetes lançados pelos militantes palestinos mataram ao menos 12 israelenses.

Foguete disparado da Faixa de Gaza em direção a Israel Foto: Mohammed Saber/EFE

Da origem da tensão ao ápice da violência

As raízes do atual confronto em Gaza estão numa série de incidentes ocorridos no entorno da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, entre abril e maio. A combinação de operações policiais, ordem de despejo em um bairro palestino de Jerusalém Oriental e uma marcha da extrema direita israelense rumo ao Monte do Templo levou à violência na Cidade Santa em 10 de maio.

No mesmo dia, o Hamas decidiu disparar foguetes contra Israel. Ao contrário dos confrontos anteriores, no entanto,  as armas do grupo palestino desta vez pareciam causar mais danos aos israelenses. Alguns foguetes conseguiam driblar o Domo de Ferro, o poderoso sistema de defesa do país, e chegar até Tel-Aviv, antes um alvo impensável. O jornalista Roberto Godoy detalhou o avanço militar do Hamas. 

Israel, então, revidou, com pesados ataques à Faixa de Gaza. entre os alvos, a estrutura militar do Hamas e os líderes do grupo palestino. A violência aumentou gradativamente e, no fim de semana, teve seu dia mais sangrento, com 44 mortes. Um prédio que abrigava escritórios da Associated Press e da rede de TV Al-Jazeera foi derrubado após um bombardeio. 

Diferentemente de outras crises entre israelenses e palestinos, a atual foi marcada pela tensão em comunidades do país  onde árabes e israelenses conviviam em relativa tranquilidade. Saques, linchamentos e ataques com armas brancas tornaram-se comuns, principalmente em Lod, antes considerada um exemplo de civilidade entre os dois povos. 

Palestinos protestam contra Israel em Nablus, na Cisjordânia. Foto: Raneen Sawafta / Reuters 

Os dois lados do conflito

Ao longo da semana, a tensão crescia, assim como o número de vítimas. Do lado palestino, o guia turístico  Hassan Muamer disse ao Estadão que o atual conflito traz elementos novos à tensão histórica com Israel.

Do outro lado, onde a principal preocupação era a defesa da população contra os foguetes de israel, os militares estavam de prontidão. Era o caso do brasileiro Henry Tkacz, que recebeu uma ligação do das Forças de Defesa de Israel (IDF), informando que sua presença poderia ser requisitada.

A crise repercutiu também no Brasil. A pedido dos Estadão, diplomatas de Israel e da Autoridade Palestina escreveram artigos explicando a visão de cada um sobre o atual confronto. 

O impacto político

Com o cessar-fogo, que ainda nao está definido a duração, os dois lados fazem calculos políticos, como explicou o colunista Lourival Sant'Anna, e este artigo da Revista Economist. O Hamas conseguiu recuperar parte da credibilidade que havia perdido após anos comandando o enclave. Em Israel, Netanyahu conseguiu mais uma sobrevida política após ter tido sua chance de formar uma coalizão reduzida a zero. 

Fumaça é vista após bombardeio de Israel contra Cidade de Gaza Foto: Haitham Imad/EFE

JERUSALÉM - Israel e o Hamas chegaram a um cessar-fogo nesta quinta-feira, 20, depois de 11 dias de confronto na Faixa de Gaza. A trégua ocorre depois de  forte pressão internacional, liderada pelos Estados Unidos

Desde a segunda-feira, 10, ao menos 232 pessoas morreram do lado palestino. Os ataques com foguetes lançados pelos militantes palestinos mataram ao menos 12 israelenses.

Foguete disparado da Faixa de Gaza em direção a Israel Foto: Mohammed Saber/EFE

Da origem da tensão ao ápice da violência

As raízes do atual confronto em Gaza estão numa série de incidentes ocorridos no entorno da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, entre abril e maio. A combinação de operações policiais, ordem de despejo em um bairro palestino de Jerusalém Oriental e uma marcha da extrema direita israelense rumo ao Monte do Templo levou à violência na Cidade Santa em 10 de maio.

No mesmo dia, o Hamas decidiu disparar foguetes contra Israel. Ao contrário dos confrontos anteriores, no entanto,  as armas do grupo palestino desta vez pareciam causar mais danos aos israelenses. Alguns foguetes conseguiam driblar o Domo de Ferro, o poderoso sistema de defesa do país, e chegar até Tel-Aviv, antes um alvo impensável. O jornalista Roberto Godoy detalhou o avanço militar do Hamas. 

Israel, então, revidou, com pesados ataques à Faixa de Gaza. entre os alvos, a estrutura militar do Hamas e os líderes do grupo palestino. A violência aumentou gradativamente e, no fim de semana, teve seu dia mais sangrento, com 44 mortes. Um prédio que abrigava escritórios da Associated Press e da rede de TV Al-Jazeera foi derrubado após um bombardeio. 

Diferentemente de outras crises entre israelenses e palestinos, a atual foi marcada pela tensão em comunidades do país  onde árabes e israelenses conviviam em relativa tranquilidade. Saques, linchamentos e ataques com armas brancas tornaram-se comuns, principalmente em Lod, antes considerada um exemplo de civilidade entre os dois povos. 

Palestinos protestam contra Israel em Nablus, na Cisjordânia. Foto: Raneen Sawafta / Reuters 

Os dois lados do conflito

Ao longo da semana, a tensão crescia, assim como o número de vítimas. Do lado palestino, o guia turístico  Hassan Muamer disse ao Estadão que o atual conflito traz elementos novos à tensão histórica com Israel.

Do outro lado, onde a principal preocupação era a defesa da população contra os foguetes de israel, os militares estavam de prontidão. Era o caso do brasileiro Henry Tkacz, que recebeu uma ligação do das Forças de Defesa de Israel (IDF), informando que sua presença poderia ser requisitada.

A crise repercutiu também no Brasil. A pedido dos Estadão, diplomatas de Israel e da Autoridade Palestina escreveram artigos explicando a visão de cada um sobre o atual confronto. 

O impacto político

Com o cessar-fogo, que ainda nao está definido a duração, os dois lados fazem calculos políticos, como explicou o colunista Lourival Sant'Anna, e este artigo da Revista Economist. O Hamas conseguiu recuperar parte da credibilidade que havia perdido após anos comandando o enclave. Em Israel, Netanyahu conseguiu mais uma sobrevida política após ter tido sua chance de formar uma coalizão reduzida a zero. 

Fumaça é vista após bombardeio de Israel contra Cidade de Gaza Foto: Haitham Imad/EFE

JERUSALÉM - Israel e o Hamas chegaram a um cessar-fogo nesta quinta-feira, 20, depois de 11 dias de confronto na Faixa de Gaza. A trégua ocorre depois de  forte pressão internacional, liderada pelos Estados Unidos

Desde a segunda-feira, 10, ao menos 232 pessoas morreram do lado palestino. Os ataques com foguetes lançados pelos militantes palestinos mataram ao menos 12 israelenses.

Foguete disparado da Faixa de Gaza em direção a Israel Foto: Mohammed Saber/EFE

Da origem da tensão ao ápice da violência

As raízes do atual confronto em Gaza estão numa série de incidentes ocorridos no entorno da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, entre abril e maio. A combinação de operações policiais, ordem de despejo em um bairro palestino de Jerusalém Oriental e uma marcha da extrema direita israelense rumo ao Monte do Templo levou à violência na Cidade Santa em 10 de maio.

No mesmo dia, o Hamas decidiu disparar foguetes contra Israel. Ao contrário dos confrontos anteriores, no entanto,  as armas do grupo palestino desta vez pareciam causar mais danos aos israelenses. Alguns foguetes conseguiam driblar o Domo de Ferro, o poderoso sistema de defesa do país, e chegar até Tel-Aviv, antes um alvo impensável. O jornalista Roberto Godoy detalhou o avanço militar do Hamas. 

Israel, então, revidou, com pesados ataques à Faixa de Gaza. entre os alvos, a estrutura militar do Hamas e os líderes do grupo palestino. A violência aumentou gradativamente e, no fim de semana, teve seu dia mais sangrento, com 44 mortes. Um prédio que abrigava escritórios da Associated Press e da rede de TV Al-Jazeera foi derrubado após um bombardeio. 

Diferentemente de outras crises entre israelenses e palestinos, a atual foi marcada pela tensão em comunidades do país  onde árabes e israelenses conviviam em relativa tranquilidade. Saques, linchamentos e ataques com armas brancas tornaram-se comuns, principalmente em Lod, antes considerada um exemplo de civilidade entre os dois povos. 

Palestinos protestam contra Israel em Nablus, na Cisjordânia. Foto: Raneen Sawafta / Reuters 

Os dois lados do conflito

Ao longo da semana, a tensão crescia, assim como o número de vítimas. Do lado palestino, o guia turístico  Hassan Muamer disse ao Estadão que o atual conflito traz elementos novos à tensão histórica com Israel.

Do outro lado, onde a principal preocupação era a defesa da população contra os foguetes de israel, os militares estavam de prontidão. Era o caso do brasileiro Henry Tkacz, que recebeu uma ligação do das Forças de Defesa de Israel (IDF), informando que sua presença poderia ser requisitada.

A crise repercutiu também no Brasil. A pedido dos Estadão, diplomatas de Israel e da Autoridade Palestina escreveram artigos explicando a visão de cada um sobre o atual confronto. 

O impacto político

Com o cessar-fogo, que ainda nao está definido a duração, os dois lados fazem calculos políticos, como explicou o colunista Lourival Sant'Anna, e este artigo da Revista Economist. O Hamas conseguiu recuperar parte da credibilidade que havia perdido após anos comandando o enclave. Em Israel, Netanyahu conseguiu mais uma sobrevida política após ter tido sua chance de formar uma coalizão reduzida a zero. 

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