Chanceler de Israel cobra pedido de desculpas de Lula: ‘Preciso lembrá-lo do que Hitler fez?’


Ministro afirma que não é tarde para aprender História e reforça que o petista continuará sendo ‘persona non-grata’ até que se retrate; presidente não dá sinais de recuo

Por Jéssica Petrovna
Atualização:

TEL-AVIV - O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, cobrou nesta terça-feira, 20, um pedido de desculpas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por comparar a guerra em Gaza ao Holocausto. A declaração abriu uma crise diplomática, mas o petista não dá sinais de que pretende se retratar.

Katz disse nas redes sociais que a comparação de Lula é uma vergonha para o Brasil e um cusparada no rosto dos judeus brasileiros. O ministro afirmou ainda que não é tarde para aprender História e pedir desculpas e reforçou que o presidente brasileiro continuará sendo persona non-grata em Israel até que se retrate.

“É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?” questionou Katz detalhar o extermínio de judeus pela Alemanha Nazista na 2ª Guerra. “Levou milhões de pessoas para guetos, roubou suas propriedades, as usou como trabalhadores forçados e depois, com brutalidade sem fim, começou a assassiná-las sistematicamente. Primeiro com tiros, depois com gás. Uma indústria de extermínio de judeus, de forma ordeira e cruel”, lembrou.

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Presidente Lula na Assembleia da União Africana em Addis Ababa, Etiópia. No fim da viagem, ele comparou ações de Israel ao Holocausto, 17 de fevereiro de 2024. Foto: MICHELE SPATARI / AFP

Ainda nas palavras do ministro, Israel agora entrou numa guerra defensiva contra os novos nazistas que assassinaram qualquer judeu que viam pela frente.

“Não importava para eles se eram idosos, bebês, deficientes. Eles assassinaram uma garota em uma cadeira de rodas. Eles sequestraram bebês. Se não tivéssemos um exército, eles teriam assassinado mais dezenas de milhares”, disse em referência ao ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas e desencadeou a guerra em Gaza. Do lado palestino, o conflito já deixou mais de 29 mil mortos, segundo o ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas.

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Desde os atentados de 7 de outubro, o presidente repudiou os ataques do Hamas e condenou a resposta israelense, que chamou, mais de uma vez, de genocídio. Agora, no entanto, cruzou o que Tel-Aviv chamou de linha vermelha ao comparar o conflito com o Holocausto.

“O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula em entrevista no domingo, 18, em Adis Abeba, Etiópia. Para Lula, o conflito “não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, afirmou. “Não é uma guerra, é um genocídio”, completou o presidente brasileiro.

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A comparação da atuação militar de Israel ao Holocausto, quando 6 milhões de judeus foram exterminados pelos nazistas, é considerada um tipo de antissemitismo, por tentar equiparar as vítimas a seus algozes.

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Israel reagiu de imediato, declarou Lula como ‘persona non-grata’ e convocou o embaixador de Brasília em Tel-Aviv, Frederico Meyer para uma reprimenda pública no Memorial do Holocausto. A quebra do protocolo irritou o governo brasileiro, que chamou o próprio embaixador de volta - o que, na linguagem diplomática, é considerado uma medida excepcional de descontentamento. E que, segundo analistas, pode anteceder o rompimento de relações.

Mesmo diante da crise, o petista não dá sinais de recuo. O assessor para assuntos internacionais do presidente Lula, Celso Amorim, disse ao Estadão que não há chances de um pedido de desculpas. “Existe zero possibilidade de o presidente Lula pedir desculpas. Ele não fez nada de errado. Só citou fatos históricos”, afirmou Amorim, acrescentando que “nenhum povo tem o monopólio do sofrimento”.

Chanceler israelense Israel Katz e o embaixador Frederico Meyer no Museu do Holocausto, em Jerusalém 

TEL-AVIV - O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, cobrou nesta terça-feira, 20, um pedido de desculpas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por comparar a guerra em Gaza ao Holocausto. A declaração abriu uma crise diplomática, mas o petista não dá sinais de que pretende se retratar.

Katz disse nas redes sociais que a comparação de Lula é uma vergonha para o Brasil e um cusparada no rosto dos judeus brasileiros. O ministro afirmou ainda que não é tarde para aprender História e pedir desculpas e reforçou que o presidente brasileiro continuará sendo persona non-grata em Israel até que se retrate.

“É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?” questionou Katz detalhar o extermínio de judeus pela Alemanha Nazista na 2ª Guerra. “Levou milhões de pessoas para guetos, roubou suas propriedades, as usou como trabalhadores forçados e depois, com brutalidade sem fim, começou a assassiná-las sistematicamente. Primeiro com tiros, depois com gás. Uma indústria de extermínio de judeus, de forma ordeira e cruel”, lembrou.

Presidente Lula na Assembleia da União Africana em Addis Ababa, Etiópia. No fim da viagem, ele comparou ações de Israel ao Holocausto, 17 de fevereiro de 2024. Foto: MICHELE SPATARI / AFP

Ainda nas palavras do ministro, Israel agora entrou numa guerra defensiva contra os novos nazistas que assassinaram qualquer judeu que viam pela frente.

“Não importava para eles se eram idosos, bebês, deficientes. Eles assassinaram uma garota em uma cadeira de rodas. Eles sequestraram bebês. Se não tivéssemos um exército, eles teriam assassinado mais dezenas de milhares”, disse em referência ao ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas e desencadeou a guerra em Gaza. Do lado palestino, o conflito já deixou mais de 29 mil mortos, segundo o ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas.

Desde os atentados de 7 de outubro, o presidente repudiou os ataques do Hamas e condenou a resposta israelense, que chamou, mais de uma vez, de genocídio. Agora, no entanto, cruzou o que Tel-Aviv chamou de linha vermelha ao comparar o conflito com o Holocausto.

“O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula em entrevista no domingo, 18, em Adis Abeba, Etiópia. Para Lula, o conflito “não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, afirmou. “Não é uma guerra, é um genocídio”, completou o presidente brasileiro.

A comparação da atuação militar de Israel ao Holocausto, quando 6 milhões de judeus foram exterminados pelos nazistas, é considerada um tipo de antissemitismo, por tentar equiparar as vítimas a seus algozes.

Israel reagiu de imediato, declarou Lula como ‘persona non-grata’ e convocou o embaixador de Brasília em Tel-Aviv, Frederico Meyer para uma reprimenda pública no Memorial do Holocausto. A quebra do protocolo irritou o governo brasileiro, que chamou o próprio embaixador de volta - o que, na linguagem diplomática, é considerado uma medida excepcional de descontentamento. E que, segundo analistas, pode anteceder o rompimento de relações.

Mesmo diante da crise, o petista não dá sinais de recuo. O assessor para assuntos internacionais do presidente Lula, Celso Amorim, disse ao Estadão que não há chances de um pedido de desculpas. “Existe zero possibilidade de o presidente Lula pedir desculpas. Ele não fez nada de errado. Só citou fatos históricos”, afirmou Amorim, acrescentando que “nenhum povo tem o monopólio do sofrimento”.

Chanceler israelense Israel Katz e o embaixador Frederico Meyer no Museu do Holocausto, em Jerusalém 

TEL-AVIV - O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, cobrou nesta terça-feira, 20, um pedido de desculpas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por comparar a guerra em Gaza ao Holocausto. A declaração abriu uma crise diplomática, mas o petista não dá sinais de que pretende se retratar.

Katz disse nas redes sociais que a comparação de Lula é uma vergonha para o Brasil e um cusparada no rosto dos judeus brasileiros. O ministro afirmou ainda que não é tarde para aprender História e pedir desculpas e reforçou que o presidente brasileiro continuará sendo persona non-grata em Israel até que se retrate.

“É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?” questionou Katz detalhar o extermínio de judeus pela Alemanha Nazista na 2ª Guerra. “Levou milhões de pessoas para guetos, roubou suas propriedades, as usou como trabalhadores forçados e depois, com brutalidade sem fim, começou a assassiná-las sistematicamente. Primeiro com tiros, depois com gás. Uma indústria de extermínio de judeus, de forma ordeira e cruel”, lembrou.

Presidente Lula na Assembleia da União Africana em Addis Ababa, Etiópia. No fim da viagem, ele comparou ações de Israel ao Holocausto, 17 de fevereiro de 2024. Foto: MICHELE SPATARI / AFP

Ainda nas palavras do ministro, Israel agora entrou numa guerra defensiva contra os novos nazistas que assassinaram qualquer judeu que viam pela frente.

“Não importava para eles se eram idosos, bebês, deficientes. Eles assassinaram uma garota em uma cadeira de rodas. Eles sequestraram bebês. Se não tivéssemos um exército, eles teriam assassinado mais dezenas de milhares”, disse em referência ao ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas e desencadeou a guerra em Gaza. Do lado palestino, o conflito já deixou mais de 29 mil mortos, segundo o ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas.

Desde os atentados de 7 de outubro, o presidente repudiou os ataques do Hamas e condenou a resposta israelense, que chamou, mais de uma vez, de genocídio. Agora, no entanto, cruzou o que Tel-Aviv chamou de linha vermelha ao comparar o conflito com o Holocausto.

“O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula em entrevista no domingo, 18, em Adis Abeba, Etiópia. Para Lula, o conflito “não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, afirmou. “Não é uma guerra, é um genocídio”, completou o presidente brasileiro.

A comparação da atuação militar de Israel ao Holocausto, quando 6 milhões de judeus foram exterminados pelos nazistas, é considerada um tipo de antissemitismo, por tentar equiparar as vítimas a seus algozes.

Israel reagiu de imediato, declarou Lula como ‘persona non-grata’ e convocou o embaixador de Brasília em Tel-Aviv, Frederico Meyer para uma reprimenda pública no Memorial do Holocausto. A quebra do protocolo irritou o governo brasileiro, que chamou o próprio embaixador de volta - o que, na linguagem diplomática, é considerado uma medida excepcional de descontentamento. E que, segundo analistas, pode anteceder o rompimento de relações.

Mesmo diante da crise, o petista não dá sinais de recuo. O assessor para assuntos internacionais do presidente Lula, Celso Amorim, disse ao Estadão que não há chances de um pedido de desculpas. “Existe zero possibilidade de o presidente Lula pedir desculpas. Ele não fez nada de errado. Só citou fatos históricos”, afirmou Amorim, acrescentando que “nenhum povo tem o monopólio do sofrimento”.

Chanceler israelense Israel Katz e o embaixador Frederico Meyer no Museu do Holocausto, em Jerusalém 

TEL-AVIV - O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, cobrou nesta terça-feira, 20, um pedido de desculpas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por comparar a guerra em Gaza ao Holocausto. A declaração abriu uma crise diplomática, mas o petista não dá sinais de que pretende se retratar.

Katz disse nas redes sociais que a comparação de Lula é uma vergonha para o Brasil e um cusparada no rosto dos judeus brasileiros. O ministro afirmou ainda que não é tarde para aprender História e pedir desculpas e reforçou que o presidente brasileiro continuará sendo persona non-grata em Israel até que se retrate.

“É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?” questionou Katz detalhar o extermínio de judeus pela Alemanha Nazista na 2ª Guerra. “Levou milhões de pessoas para guetos, roubou suas propriedades, as usou como trabalhadores forçados e depois, com brutalidade sem fim, começou a assassiná-las sistematicamente. Primeiro com tiros, depois com gás. Uma indústria de extermínio de judeus, de forma ordeira e cruel”, lembrou.

Presidente Lula na Assembleia da União Africana em Addis Ababa, Etiópia. No fim da viagem, ele comparou ações de Israel ao Holocausto, 17 de fevereiro de 2024. Foto: MICHELE SPATARI / AFP

Ainda nas palavras do ministro, Israel agora entrou numa guerra defensiva contra os novos nazistas que assassinaram qualquer judeu que viam pela frente.

“Não importava para eles se eram idosos, bebês, deficientes. Eles assassinaram uma garota em uma cadeira de rodas. Eles sequestraram bebês. Se não tivéssemos um exército, eles teriam assassinado mais dezenas de milhares”, disse em referência ao ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas e desencadeou a guerra em Gaza. Do lado palestino, o conflito já deixou mais de 29 mil mortos, segundo o ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas.

Desde os atentados de 7 de outubro, o presidente repudiou os ataques do Hamas e condenou a resposta israelense, que chamou, mais de uma vez, de genocídio. Agora, no entanto, cruzou o que Tel-Aviv chamou de linha vermelha ao comparar o conflito com o Holocausto.

“O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula em entrevista no domingo, 18, em Adis Abeba, Etiópia. Para Lula, o conflito “não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, afirmou. “Não é uma guerra, é um genocídio”, completou o presidente brasileiro.

A comparação da atuação militar de Israel ao Holocausto, quando 6 milhões de judeus foram exterminados pelos nazistas, é considerada um tipo de antissemitismo, por tentar equiparar as vítimas a seus algozes.

Israel reagiu de imediato, declarou Lula como ‘persona non-grata’ e convocou o embaixador de Brasília em Tel-Aviv, Frederico Meyer para uma reprimenda pública no Memorial do Holocausto. A quebra do protocolo irritou o governo brasileiro, que chamou o próprio embaixador de volta - o que, na linguagem diplomática, é considerado uma medida excepcional de descontentamento. E que, segundo analistas, pode anteceder o rompimento de relações.

Mesmo diante da crise, o petista não dá sinais de recuo. O assessor para assuntos internacionais do presidente Lula, Celso Amorim, disse ao Estadão que não há chances de um pedido de desculpas. “Existe zero possibilidade de o presidente Lula pedir desculpas. Ele não fez nada de errado. Só citou fatos históricos”, afirmou Amorim, acrescentando que “nenhum povo tem o monopólio do sofrimento”.

Chanceler israelense Israel Katz e o embaixador Frederico Meyer no Museu do Holocausto, em Jerusalém 

TEL-AVIV - O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, cobrou nesta terça-feira, 20, um pedido de desculpas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por comparar a guerra em Gaza ao Holocausto. A declaração abriu uma crise diplomática, mas o petista não dá sinais de que pretende se retratar.

Katz disse nas redes sociais que a comparação de Lula é uma vergonha para o Brasil e um cusparada no rosto dos judeus brasileiros. O ministro afirmou ainda que não é tarde para aprender História e pedir desculpas e reforçou que o presidente brasileiro continuará sendo persona non-grata em Israel até que se retrate.

“É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?” questionou Katz detalhar o extermínio de judeus pela Alemanha Nazista na 2ª Guerra. “Levou milhões de pessoas para guetos, roubou suas propriedades, as usou como trabalhadores forçados e depois, com brutalidade sem fim, começou a assassiná-las sistematicamente. Primeiro com tiros, depois com gás. Uma indústria de extermínio de judeus, de forma ordeira e cruel”, lembrou.

Presidente Lula na Assembleia da União Africana em Addis Ababa, Etiópia. No fim da viagem, ele comparou ações de Israel ao Holocausto, 17 de fevereiro de 2024. Foto: MICHELE SPATARI / AFP

Ainda nas palavras do ministro, Israel agora entrou numa guerra defensiva contra os novos nazistas que assassinaram qualquer judeu que viam pela frente.

“Não importava para eles se eram idosos, bebês, deficientes. Eles assassinaram uma garota em uma cadeira de rodas. Eles sequestraram bebês. Se não tivéssemos um exército, eles teriam assassinado mais dezenas de milhares”, disse em referência ao ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas e desencadeou a guerra em Gaza. Do lado palestino, o conflito já deixou mais de 29 mil mortos, segundo o ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas.

Desde os atentados de 7 de outubro, o presidente repudiou os ataques do Hamas e condenou a resposta israelense, que chamou, mais de uma vez, de genocídio. Agora, no entanto, cruzou o que Tel-Aviv chamou de linha vermelha ao comparar o conflito com o Holocausto.

“O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula em entrevista no domingo, 18, em Adis Abeba, Etiópia. Para Lula, o conflito “não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, afirmou. “Não é uma guerra, é um genocídio”, completou o presidente brasileiro.

A comparação da atuação militar de Israel ao Holocausto, quando 6 milhões de judeus foram exterminados pelos nazistas, é considerada um tipo de antissemitismo, por tentar equiparar as vítimas a seus algozes.

Israel reagiu de imediato, declarou Lula como ‘persona non-grata’ e convocou o embaixador de Brasília em Tel-Aviv, Frederico Meyer para uma reprimenda pública no Memorial do Holocausto. A quebra do protocolo irritou o governo brasileiro, que chamou o próprio embaixador de volta - o que, na linguagem diplomática, é considerado uma medida excepcional de descontentamento. E que, segundo analistas, pode anteceder o rompimento de relações.

Mesmo diante da crise, o petista não dá sinais de recuo. O assessor para assuntos internacionais do presidente Lula, Celso Amorim, disse ao Estadão que não há chances de um pedido de desculpas. “Existe zero possibilidade de o presidente Lula pedir desculpas. Ele não fez nada de errado. Só citou fatos históricos”, afirmou Amorim, acrescentando que “nenhum povo tem o monopólio do sofrimento”.

Chanceler israelense Israel Katz e o embaixador Frederico Meyer no Museu do Holocausto, em Jerusalém 

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