Chanceler de Putin defende no Rio ameaça da Rússia de usar armas nucleares na Ucrânia e apoia Trump


Segundo Sergei Lavrov, novos critérios para acionamento do arsenal nuclear russo não diferem dos adotados pelos Estados Unidos; ele disse que Trump ‘merece apoio’

Por Felipe Frazão
Atualização:

ENVIADO ESPECIAL AO RIO - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, defendeu nesta terça-feira, 19, a decisão do presidente Vladimir Putin de revisar o protocolo nuclear do país, o que levanta uma ameaça russa de realizar ataques nucleares contra a Ucrânia e a Otan. Ele também sinalizou que o futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, merece apoio.

Segundo Lavrov, os novos critérios para acionamento do arsenal nuclear russo não diferem dos adotados pelos Estados Unidos. Lavrov também afirmou que a Rússia é “fortemente a favor de fazer de tudo para prevenir uma guerra nuclear na Ucrânia”.

“A atualização da doutrina não significa nada que o Ocidente já não saiba, não adiciona nada diferente da doutrina dos americanos sobre o que fazer com suas armas nucleares”, afirmou o ministro russo, em coletiva de imprensa na Barra da Tijuca.

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A mudança na doutrina nuclear russa veio por meio de decreto assinado por Vladimir Putin. Ele reagiu à decisão do governo Joe Biden que deu aval para a Ucrânia disparar mísseis ocidentais balísticos de longo alcance, com impacto de até 300 quilômetros de distância.

O ministro ponderou que não houve confirmação por parte do Pentágono ou da Casa Branca, e que vai considerar as ações de acordo com a situação no terreno de batalha.

Lavrov e o presidente turco Recep Erdogan, durante reunião do G-20 no Rio Foto: Eraldo Peres/AP
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A autorização já permitiu que Kiev conduzisse um primeiro ataque em território russo. Ao menos cinco mísseis teriam sido repelidos pela defesa antiaérea de Moscou.

Lavrov repetiu no Rio as palavras do presidente russo que, semanas atrás, antecipou que qualquer aval dos aliados da Otan para Kiev disparar mísseis de longo alcance significaria um envolvimento direto deles na guerra, escalando o conflito.

Segundo o chanceler, os disparos contra a Rússia por parte de Kiev significa que são ”operados” com assistência militar de especialistas dos Estados Unidos e do Ocidente para guiar os mísseis, como Putin já expressou, por meio de satélites que Kiev não controla.

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“Vamos encarar isso como uma nova fase da guerra ocidental contra a Rússia”, disse Lavrov. “E vamos operar de forma adequada.”

Durante coletiva de imprensa no Rio, Lavrov também disse que os russos estão fazendo todos os esforços para evitar uma guerra nuclear na Ucrânia. “A arma nuclear do nosso governo é, antes de tudo, para restringir e prevenir qualquer guerra nuclear. É assim que lidamos com esta situação”, disse o chanceler.

Apoio a Trump

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Lavrov comentou as declarações do futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que promete ajudar a encerrar a guerra rapidamente. Os EUA são a principal fonte de armas e recursos financeiros para a defesa ucraniana, como os caças F-16 e o sistema de mísseis Patriot.

Lavrov comparou as falas de Trump à proposta de cessar-fogo com seis princípios proposto por Brasil e China. Segundo Lavrov, Trump indicou ser a favor da paz e merece apoio.

“Quanto à posição de Trump sobre a Ucrânia. Sim, ele disse que é um presidente a favor da paz, não da guerra. Pessoas, políticos em particular, que declaram preferir a paz à guerra, eu acho que eles merecem apoio, em geral. É como o Brasil e a China. Eles querem a paz”, afirmou o chanceler russo.

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Proposta de Brasil e China

O ministro de Putin também disse ter “esperança” de que o plano sino-brasileiro, rejeitado pela Ucrânia e elogiado na Rússia, seja levando em consideração.

Ele se queixou de que a Suíça e a França tenham sido convidadas como observadores de um reunião a respeito da iniciativa realizada pelo Brasil e pela China, à margem da Assembleia Geral da ONU, em setembro.

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O russo afirmou que a reunião era de um “grupo de amigos” e que o “Sul Global deve agir unido”. Segundo ele, os dois países europeus estão claramente em favor da Ucrânia.

“Eu discuti isso com alguns dos meus amigos, e sei que eles vão desenvolver algum roteiro. Se eles vão fazer isso, eles levarão em conta os princípios da Carta da ONU por inteiro, porque caso contrário vão reforçar a posição ocidental. O Ocidente só considera a independência territorial. Eles esquecem sobre o direito das pessoas à autodeterminação”, argumentou Lavrov.

ENVIADO ESPECIAL AO RIO - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, defendeu nesta terça-feira, 19, a decisão do presidente Vladimir Putin de revisar o protocolo nuclear do país, o que levanta uma ameaça russa de realizar ataques nucleares contra a Ucrânia e a Otan. Ele também sinalizou que o futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, merece apoio.

Segundo Lavrov, os novos critérios para acionamento do arsenal nuclear russo não diferem dos adotados pelos Estados Unidos. Lavrov também afirmou que a Rússia é “fortemente a favor de fazer de tudo para prevenir uma guerra nuclear na Ucrânia”.

“A atualização da doutrina não significa nada que o Ocidente já não saiba, não adiciona nada diferente da doutrina dos americanos sobre o que fazer com suas armas nucleares”, afirmou o ministro russo, em coletiva de imprensa na Barra da Tijuca.

A mudança na doutrina nuclear russa veio por meio de decreto assinado por Vladimir Putin. Ele reagiu à decisão do governo Joe Biden que deu aval para a Ucrânia disparar mísseis ocidentais balísticos de longo alcance, com impacto de até 300 quilômetros de distância.

O ministro ponderou que não houve confirmação por parte do Pentágono ou da Casa Branca, e que vai considerar as ações de acordo com a situação no terreno de batalha.

Lavrov e o presidente turco Recep Erdogan, durante reunião do G-20 no Rio Foto: Eraldo Peres/AP

A autorização já permitiu que Kiev conduzisse um primeiro ataque em território russo. Ao menos cinco mísseis teriam sido repelidos pela defesa antiaérea de Moscou.

Lavrov repetiu no Rio as palavras do presidente russo que, semanas atrás, antecipou que qualquer aval dos aliados da Otan para Kiev disparar mísseis de longo alcance significaria um envolvimento direto deles na guerra, escalando o conflito.

Segundo o chanceler, os disparos contra a Rússia por parte de Kiev significa que são ”operados” com assistência militar de especialistas dos Estados Unidos e do Ocidente para guiar os mísseis, como Putin já expressou, por meio de satélites que Kiev não controla.

“Vamos encarar isso como uma nova fase da guerra ocidental contra a Rússia”, disse Lavrov. “E vamos operar de forma adequada.”

Durante coletiva de imprensa no Rio, Lavrov também disse que os russos estão fazendo todos os esforços para evitar uma guerra nuclear na Ucrânia. “A arma nuclear do nosso governo é, antes de tudo, para restringir e prevenir qualquer guerra nuclear. É assim que lidamos com esta situação”, disse o chanceler.

Apoio a Trump

Lavrov comentou as declarações do futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que promete ajudar a encerrar a guerra rapidamente. Os EUA são a principal fonte de armas e recursos financeiros para a defesa ucraniana, como os caças F-16 e o sistema de mísseis Patriot.

Lavrov comparou as falas de Trump à proposta de cessar-fogo com seis princípios proposto por Brasil e China. Segundo Lavrov, Trump indicou ser a favor da paz e merece apoio.

“Quanto à posição de Trump sobre a Ucrânia. Sim, ele disse que é um presidente a favor da paz, não da guerra. Pessoas, políticos em particular, que declaram preferir a paz à guerra, eu acho que eles merecem apoio, em geral. É como o Brasil e a China. Eles querem a paz”, afirmou o chanceler russo.

Proposta de Brasil e China

O ministro de Putin também disse ter “esperança” de que o plano sino-brasileiro, rejeitado pela Ucrânia e elogiado na Rússia, seja levando em consideração.

Ele se queixou de que a Suíça e a França tenham sido convidadas como observadores de um reunião a respeito da iniciativa realizada pelo Brasil e pela China, à margem da Assembleia Geral da ONU, em setembro.

O russo afirmou que a reunião era de um “grupo de amigos” e que o “Sul Global deve agir unido”. Segundo ele, os dois países europeus estão claramente em favor da Ucrânia.

“Eu discuti isso com alguns dos meus amigos, e sei que eles vão desenvolver algum roteiro. Se eles vão fazer isso, eles levarão em conta os princípios da Carta da ONU por inteiro, porque caso contrário vão reforçar a posição ocidental. O Ocidente só considera a independência territorial. Eles esquecem sobre o direito das pessoas à autodeterminação”, argumentou Lavrov.

ENVIADO ESPECIAL AO RIO - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, defendeu nesta terça-feira, 19, a decisão do presidente Vladimir Putin de revisar o protocolo nuclear do país, o que levanta uma ameaça russa de realizar ataques nucleares contra a Ucrânia e a Otan. Ele também sinalizou que o futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, merece apoio.

Segundo Lavrov, os novos critérios para acionamento do arsenal nuclear russo não diferem dos adotados pelos Estados Unidos. Lavrov também afirmou que a Rússia é “fortemente a favor de fazer de tudo para prevenir uma guerra nuclear na Ucrânia”.

“A atualização da doutrina não significa nada que o Ocidente já não saiba, não adiciona nada diferente da doutrina dos americanos sobre o que fazer com suas armas nucleares”, afirmou o ministro russo, em coletiva de imprensa na Barra da Tijuca.

A mudança na doutrina nuclear russa veio por meio de decreto assinado por Vladimir Putin. Ele reagiu à decisão do governo Joe Biden que deu aval para a Ucrânia disparar mísseis ocidentais balísticos de longo alcance, com impacto de até 300 quilômetros de distância.

O ministro ponderou que não houve confirmação por parte do Pentágono ou da Casa Branca, e que vai considerar as ações de acordo com a situação no terreno de batalha.

Lavrov e o presidente turco Recep Erdogan, durante reunião do G-20 no Rio Foto: Eraldo Peres/AP

A autorização já permitiu que Kiev conduzisse um primeiro ataque em território russo. Ao menos cinco mísseis teriam sido repelidos pela defesa antiaérea de Moscou.

Lavrov repetiu no Rio as palavras do presidente russo que, semanas atrás, antecipou que qualquer aval dos aliados da Otan para Kiev disparar mísseis de longo alcance significaria um envolvimento direto deles na guerra, escalando o conflito.

Segundo o chanceler, os disparos contra a Rússia por parte de Kiev significa que são ”operados” com assistência militar de especialistas dos Estados Unidos e do Ocidente para guiar os mísseis, como Putin já expressou, por meio de satélites que Kiev não controla.

“Vamos encarar isso como uma nova fase da guerra ocidental contra a Rússia”, disse Lavrov. “E vamos operar de forma adequada.”

Durante coletiva de imprensa no Rio, Lavrov também disse que os russos estão fazendo todos os esforços para evitar uma guerra nuclear na Ucrânia. “A arma nuclear do nosso governo é, antes de tudo, para restringir e prevenir qualquer guerra nuclear. É assim que lidamos com esta situação”, disse o chanceler.

Apoio a Trump

Lavrov comentou as declarações do futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que promete ajudar a encerrar a guerra rapidamente. Os EUA são a principal fonte de armas e recursos financeiros para a defesa ucraniana, como os caças F-16 e o sistema de mísseis Patriot.

Lavrov comparou as falas de Trump à proposta de cessar-fogo com seis princípios proposto por Brasil e China. Segundo Lavrov, Trump indicou ser a favor da paz e merece apoio.

“Quanto à posição de Trump sobre a Ucrânia. Sim, ele disse que é um presidente a favor da paz, não da guerra. Pessoas, políticos em particular, que declaram preferir a paz à guerra, eu acho que eles merecem apoio, em geral. É como o Brasil e a China. Eles querem a paz”, afirmou o chanceler russo.

Proposta de Brasil e China

O ministro de Putin também disse ter “esperança” de que o plano sino-brasileiro, rejeitado pela Ucrânia e elogiado na Rússia, seja levando em consideração.

Ele se queixou de que a Suíça e a França tenham sido convidadas como observadores de um reunião a respeito da iniciativa realizada pelo Brasil e pela China, à margem da Assembleia Geral da ONU, em setembro.

O russo afirmou que a reunião era de um “grupo de amigos” e que o “Sul Global deve agir unido”. Segundo ele, os dois países europeus estão claramente em favor da Ucrânia.

“Eu discuti isso com alguns dos meus amigos, e sei que eles vão desenvolver algum roteiro. Se eles vão fazer isso, eles levarão em conta os princípios da Carta da ONU por inteiro, porque caso contrário vão reforçar a posição ocidental. O Ocidente só considera a independência territorial. Eles esquecem sobre o direito das pessoas à autodeterminação”, argumentou Lavrov.

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