CARACAS - A onda de protestos contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deixou um total de 103 mortos em quatro meses, depois da confirmação nesta sexta-feira, 21, pelas autoridades da morte de um menor de 15 anos e de outras duas pessoas nos Estados de Carabobo, Miranda e Zulia.
O Ministério Público informou que o menor morreu na quinta-feira, em circunstâncias ainda não esclarecidas, nos distúrbios ocorridos em uma manifestação no setor de Pomona, em Zulia, durante a greve geral convocada por opositores em todo o país.
"Vamos manter a pressão. Nomearemos os juízes e, no sábado, retornaremos às ruas. A próxima semana será crucial para a mudança na Venezuela e para revertermos essa falsa Constituinte", declarou o deputado opositor Freddy Guevara.
A Venezuela ficou parcialmente paralisada na quinta-feira pela greve geral convocada pela oposição para exigir que o presidente Nicolás Maduro cancele a eleição de uma Assembleia Constituinte, marcada para o dia 30, com a qual, segundo os opositores, ele busca se manter no cargo.
Lojas permaneceram fechadas em várias cidades e barricadas bloqueavam ruas vazias. Apenas o metrô de Caracas funcionou, com um número reduzido de passageiros. Maduro disse ter vencido a oposição ao destacar que setores-chave da economia se encontravam em operação. / AFP