China condena cidadão americano de 78 anos à prisão perpétua por acusações de espionagem


A sentença ocorre no pior momento das relações entre Washington e Pequim em décadas

Por Redação
Atualização:

PEQUIM - A China condenou um cidadão dos Estados Unidos de 78 anos à prisão perpétua nesta segunda-feira, 15, por acusações de espionagem, em um caso que pode exacerbar a deterioração dos laços entre Pequim e Washington nos últimos anos.

Os detalhes das acusações contra John Shing-Wan Leung, que também possui residência permanente em Hong Kong, não foram divulgados publicamente. Leung foi detido no dia 15 de abril de 2021 pelo escritório local da agência de contraespionagem da China na cidade de Suzhou, no sudeste do país, de acordo com um comunicado publicado pelo tribunal da cidade em seu site de mídia social.

A detenção ocorreu depois que a China fechou suas fronteiras e impôs rígidas restrições de viagens domésticas e controles sociais para combater a disseminação da covid-19.

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As investigações e julgamentos são realizados a portas fechadas e poucas informações são geralmente divulgadas.

Relações entre EUA e China tem se deteriorado

As relações entre Washington e Pequim estão em seu nível mais baixo em décadas em meio a disputas sobre comércio, tecnologia, direitos humanos e a abordagem cada vez mais agressiva da China em relação a suas reivindicações territoriais envolvendo o governo autônomo de Taiwan e o Mar da China Meridional. As visitas de alto nível do governo foram suspensas e as empresas dos EUA estão adiando grandes investimentos.

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A sentença ocorre no momento em que o presidente dos EUA, Joe Biden, viaja para Hiroshima, no Japão, para a cúpula do G7, seguida de uma visita a Papua Nova Guiné, uma nação insular do Pacífico em uma região onde a China tem procurado aumentar sua economia, influência militar e diplomática. Após os ganhos de Pequim na área, os EUA e seus parceiros da Ásia-Pacífico intensificaram sua presença regional, oferecendo investimentos e apoio financeiro que rivalizam com os fornecidos pela China.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se encontra com o presidente da China, Xi Jinping, na reunião do G20 em Bali, Indonésia  Foto: Saul Loeb / AFP

A Embaixada dos EUA em Pequim disse estar ciente do caso, mas não poderia comentar mais por questões de privacidade. “O Departamento de Estado não tem maior prioridade do que a segurança dos cidadãos americanos no exterior”, disse a embaixada no comunicado enviado por e-mail.

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O governo de Hong Kong, uma ex-colônia britânica que voltou ao controle chinês em 1997, não deu mais informações sobre a sentença de Leung. Questionado sobre o caso nesta segunda-feira, 15, o secretário de Segurança, Chris Tang, disse que as autoridades chinesas relataram a prisão à cidade por meio de um mecanismo de notificação em 2021. Tang não ofereceu outros detalhes sobre o caso.

Quando foi devolvido à China, foi prometido a Hong Kong que manteria suas liberdades financeiras, sociais e políticas, mas Pequim basicamente abandonou esse compromisso desde que reprimiu os manifestantes pró-democracia e impôs uma lei de segurança nacional mais abrangente em 2020.

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Promotores tem amplos poderes na China

Longas detenções pré-julgamento não são incomuns na China e os promotores têm amplos poderes para prender pessoas acusadas em casos de segurança nacional, independentemente de seu status de cidadania.

Dois sino-australianos, Cheng Lei, que anteriormente trabalhava para a emissora estatal da China, e o escritor Yang Jun, estão detidos desde 2020 e 2019, respectivamente, sem notícias sobre suas sentenças.

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No governo Xi Jinping, o partido lançou várias campanhas contra o que chama de esforços estrangeiros para sabotar seu governo, sem mostrar evidências. As universidades receberam ordens de censurar discussões sobre direitos humanos, história moderna da China e ideias que possam levantar questões sobre o controle total do Partido Comunista.

Pequim também adotou uma linha dura nas relações exteriores, mais recentemente ordenando a saída de um diplomata canadense em retaliação pela expulsão do Canada de um funcionário da embaixada chinesa acusado de ameaçar um membro do parlamento canadense e seus familiares que vivem em Hong Kong./AP

PEQUIM - A China condenou um cidadão dos Estados Unidos de 78 anos à prisão perpétua nesta segunda-feira, 15, por acusações de espionagem, em um caso que pode exacerbar a deterioração dos laços entre Pequim e Washington nos últimos anos.

Os detalhes das acusações contra John Shing-Wan Leung, que também possui residência permanente em Hong Kong, não foram divulgados publicamente. Leung foi detido no dia 15 de abril de 2021 pelo escritório local da agência de contraespionagem da China na cidade de Suzhou, no sudeste do país, de acordo com um comunicado publicado pelo tribunal da cidade em seu site de mídia social.

A detenção ocorreu depois que a China fechou suas fronteiras e impôs rígidas restrições de viagens domésticas e controles sociais para combater a disseminação da covid-19.

As investigações e julgamentos são realizados a portas fechadas e poucas informações são geralmente divulgadas.

Relações entre EUA e China tem se deteriorado

As relações entre Washington e Pequim estão em seu nível mais baixo em décadas em meio a disputas sobre comércio, tecnologia, direitos humanos e a abordagem cada vez mais agressiva da China em relação a suas reivindicações territoriais envolvendo o governo autônomo de Taiwan e o Mar da China Meridional. As visitas de alto nível do governo foram suspensas e as empresas dos EUA estão adiando grandes investimentos.

A sentença ocorre no momento em que o presidente dos EUA, Joe Biden, viaja para Hiroshima, no Japão, para a cúpula do G7, seguida de uma visita a Papua Nova Guiné, uma nação insular do Pacífico em uma região onde a China tem procurado aumentar sua economia, influência militar e diplomática. Após os ganhos de Pequim na área, os EUA e seus parceiros da Ásia-Pacífico intensificaram sua presença regional, oferecendo investimentos e apoio financeiro que rivalizam com os fornecidos pela China.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se encontra com o presidente da China, Xi Jinping, na reunião do G20 em Bali, Indonésia  Foto: Saul Loeb / AFP

A Embaixada dos EUA em Pequim disse estar ciente do caso, mas não poderia comentar mais por questões de privacidade. “O Departamento de Estado não tem maior prioridade do que a segurança dos cidadãos americanos no exterior”, disse a embaixada no comunicado enviado por e-mail.

O governo de Hong Kong, uma ex-colônia britânica que voltou ao controle chinês em 1997, não deu mais informações sobre a sentença de Leung. Questionado sobre o caso nesta segunda-feira, 15, o secretário de Segurança, Chris Tang, disse que as autoridades chinesas relataram a prisão à cidade por meio de um mecanismo de notificação em 2021. Tang não ofereceu outros detalhes sobre o caso.

Quando foi devolvido à China, foi prometido a Hong Kong que manteria suas liberdades financeiras, sociais e políticas, mas Pequim basicamente abandonou esse compromisso desde que reprimiu os manifestantes pró-democracia e impôs uma lei de segurança nacional mais abrangente em 2020.

Promotores tem amplos poderes na China

Longas detenções pré-julgamento não são incomuns na China e os promotores têm amplos poderes para prender pessoas acusadas em casos de segurança nacional, independentemente de seu status de cidadania.

Dois sino-australianos, Cheng Lei, que anteriormente trabalhava para a emissora estatal da China, e o escritor Yang Jun, estão detidos desde 2020 e 2019, respectivamente, sem notícias sobre suas sentenças.

No governo Xi Jinping, o partido lançou várias campanhas contra o que chama de esforços estrangeiros para sabotar seu governo, sem mostrar evidências. As universidades receberam ordens de censurar discussões sobre direitos humanos, história moderna da China e ideias que possam levantar questões sobre o controle total do Partido Comunista.

Pequim também adotou uma linha dura nas relações exteriores, mais recentemente ordenando a saída de um diplomata canadense em retaliação pela expulsão do Canada de um funcionário da embaixada chinesa acusado de ameaçar um membro do parlamento canadense e seus familiares que vivem em Hong Kong./AP

PEQUIM - A China condenou um cidadão dos Estados Unidos de 78 anos à prisão perpétua nesta segunda-feira, 15, por acusações de espionagem, em um caso que pode exacerbar a deterioração dos laços entre Pequim e Washington nos últimos anos.

Os detalhes das acusações contra John Shing-Wan Leung, que também possui residência permanente em Hong Kong, não foram divulgados publicamente. Leung foi detido no dia 15 de abril de 2021 pelo escritório local da agência de contraespionagem da China na cidade de Suzhou, no sudeste do país, de acordo com um comunicado publicado pelo tribunal da cidade em seu site de mídia social.

A detenção ocorreu depois que a China fechou suas fronteiras e impôs rígidas restrições de viagens domésticas e controles sociais para combater a disseminação da covid-19.

As investigações e julgamentos são realizados a portas fechadas e poucas informações são geralmente divulgadas.

Relações entre EUA e China tem se deteriorado

As relações entre Washington e Pequim estão em seu nível mais baixo em décadas em meio a disputas sobre comércio, tecnologia, direitos humanos e a abordagem cada vez mais agressiva da China em relação a suas reivindicações territoriais envolvendo o governo autônomo de Taiwan e o Mar da China Meridional. As visitas de alto nível do governo foram suspensas e as empresas dos EUA estão adiando grandes investimentos.

A sentença ocorre no momento em que o presidente dos EUA, Joe Biden, viaja para Hiroshima, no Japão, para a cúpula do G7, seguida de uma visita a Papua Nova Guiné, uma nação insular do Pacífico em uma região onde a China tem procurado aumentar sua economia, influência militar e diplomática. Após os ganhos de Pequim na área, os EUA e seus parceiros da Ásia-Pacífico intensificaram sua presença regional, oferecendo investimentos e apoio financeiro que rivalizam com os fornecidos pela China.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se encontra com o presidente da China, Xi Jinping, na reunião do G20 em Bali, Indonésia  Foto: Saul Loeb / AFP

A Embaixada dos EUA em Pequim disse estar ciente do caso, mas não poderia comentar mais por questões de privacidade. “O Departamento de Estado não tem maior prioridade do que a segurança dos cidadãos americanos no exterior”, disse a embaixada no comunicado enviado por e-mail.

O governo de Hong Kong, uma ex-colônia britânica que voltou ao controle chinês em 1997, não deu mais informações sobre a sentença de Leung. Questionado sobre o caso nesta segunda-feira, 15, o secretário de Segurança, Chris Tang, disse que as autoridades chinesas relataram a prisão à cidade por meio de um mecanismo de notificação em 2021. Tang não ofereceu outros detalhes sobre o caso.

Quando foi devolvido à China, foi prometido a Hong Kong que manteria suas liberdades financeiras, sociais e políticas, mas Pequim basicamente abandonou esse compromisso desde que reprimiu os manifestantes pró-democracia e impôs uma lei de segurança nacional mais abrangente em 2020.

Promotores tem amplos poderes na China

Longas detenções pré-julgamento não são incomuns na China e os promotores têm amplos poderes para prender pessoas acusadas em casos de segurança nacional, independentemente de seu status de cidadania.

Dois sino-australianos, Cheng Lei, que anteriormente trabalhava para a emissora estatal da China, e o escritor Yang Jun, estão detidos desde 2020 e 2019, respectivamente, sem notícias sobre suas sentenças.

No governo Xi Jinping, o partido lançou várias campanhas contra o que chama de esforços estrangeiros para sabotar seu governo, sem mostrar evidências. As universidades receberam ordens de censurar discussões sobre direitos humanos, história moderna da China e ideias que possam levantar questões sobre o controle total do Partido Comunista.

Pequim também adotou uma linha dura nas relações exteriores, mais recentemente ordenando a saída de um diplomata canadense em retaliação pela expulsão do Canada de um funcionário da embaixada chinesa acusado de ameaçar um membro do parlamento canadense e seus familiares que vivem em Hong Kong./AP

PEQUIM - A China condenou um cidadão dos Estados Unidos de 78 anos à prisão perpétua nesta segunda-feira, 15, por acusações de espionagem, em um caso que pode exacerbar a deterioração dos laços entre Pequim e Washington nos últimos anos.

Os detalhes das acusações contra John Shing-Wan Leung, que também possui residência permanente em Hong Kong, não foram divulgados publicamente. Leung foi detido no dia 15 de abril de 2021 pelo escritório local da agência de contraespionagem da China na cidade de Suzhou, no sudeste do país, de acordo com um comunicado publicado pelo tribunal da cidade em seu site de mídia social.

A detenção ocorreu depois que a China fechou suas fronteiras e impôs rígidas restrições de viagens domésticas e controles sociais para combater a disseminação da covid-19.

As investigações e julgamentos são realizados a portas fechadas e poucas informações são geralmente divulgadas.

Relações entre EUA e China tem se deteriorado

As relações entre Washington e Pequim estão em seu nível mais baixo em décadas em meio a disputas sobre comércio, tecnologia, direitos humanos e a abordagem cada vez mais agressiva da China em relação a suas reivindicações territoriais envolvendo o governo autônomo de Taiwan e o Mar da China Meridional. As visitas de alto nível do governo foram suspensas e as empresas dos EUA estão adiando grandes investimentos.

A sentença ocorre no momento em que o presidente dos EUA, Joe Biden, viaja para Hiroshima, no Japão, para a cúpula do G7, seguida de uma visita a Papua Nova Guiné, uma nação insular do Pacífico em uma região onde a China tem procurado aumentar sua economia, influência militar e diplomática. Após os ganhos de Pequim na área, os EUA e seus parceiros da Ásia-Pacífico intensificaram sua presença regional, oferecendo investimentos e apoio financeiro que rivalizam com os fornecidos pela China.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se encontra com o presidente da China, Xi Jinping, na reunião do G20 em Bali, Indonésia  Foto: Saul Loeb / AFP

A Embaixada dos EUA em Pequim disse estar ciente do caso, mas não poderia comentar mais por questões de privacidade. “O Departamento de Estado não tem maior prioridade do que a segurança dos cidadãos americanos no exterior”, disse a embaixada no comunicado enviado por e-mail.

O governo de Hong Kong, uma ex-colônia britânica que voltou ao controle chinês em 1997, não deu mais informações sobre a sentença de Leung. Questionado sobre o caso nesta segunda-feira, 15, o secretário de Segurança, Chris Tang, disse que as autoridades chinesas relataram a prisão à cidade por meio de um mecanismo de notificação em 2021. Tang não ofereceu outros detalhes sobre o caso.

Quando foi devolvido à China, foi prometido a Hong Kong que manteria suas liberdades financeiras, sociais e políticas, mas Pequim basicamente abandonou esse compromisso desde que reprimiu os manifestantes pró-democracia e impôs uma lei de segurança nacional mais abrangente em 2020.

Promotores tem amplos poderes na China

Longas detenções pré-julgamento não são incomuns na China e os promotores têm amplos poderes para prender pessoas acusadas em casos de segurança nacional, independentemente de seu status de cidadania.

Dois sino-australianos, Cheng Lei, que anteriormente trabalhava para a emissora estatal da China, e o escritor Yang Jun, estão detidos desde 2020 e 2019, respectivamente, sem notícias sobre suas sentenças.

No governo Xi Jinping, o partido lançou várias campanhas contra o que chama de esforços estrangeiros para sabotar seu governo, sem mostrar evidências. As universidades receberam ordens de censurar discussões sobre direitos humanos, história moderna da China e ideias que possam levantar questões sobre o controle total do Partido Comunista.

Pequim também adotou uma linha dura nas relações exteriores, mais recentemente ordenando a saída de um diplomata canadense em retaliação pela expulsão do Canada de um funcionário da embaixada chinesa acusado de ameaçar um membro do parlamento canadense e seus familiares que vivem em Hong Kong./AP

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