Washington e Pequim negociam um acordo para combater a exportação dos produtos químicos utilizados na fabricação do fentanil — um potente alucinógeno que tem piorado a epidemia de drogas sintéticas nos Estados Unidos e no Canadá, que já é a principal causa de morte de americanos entre 18 e 49 anos.
O novo acordo, que deve ser anunciado nos próximos dias pelos presidentes dos EUA e da China, deve trazer novas iniciativas para acabar com as empresas químicas ilegais para interromper o fluxo de fentanil e o material de origem usado para fabricá-lo.
Como parte do acordo, o governo Biden deve suspender as restrições a certas instituições forense da China.
Em 2022, os Estados Unidos registraram 110.000 mortes por overdose de drogas sintéticas, sendo que mais de dois terços estão ligados ao fentanil, um opioide que estima-se ser ao menos 50 vezes mais potente que a heroína e que é muitas vezes misturado com outras drogas ilícitas, causando dados graves e até a morte dos usuários.
De acordo com a Administração de Combate às Drogas dos EUA (DEA), o fentanil chega aos EUA por uma rota que tem início na China e que passa pelo tráfico dos cartéis de drogas no México.
O governo americano tem atacado fortemente a importação de fentanil e outras substâncias ilegais, em esforços para reduzir a taxa de mortalidade por drogas sintéticas nos Estados Unidos.
O anúncio do acordo sobre o fentanil deve ocorrer durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em São Francisco, na primeira visita de Xi Jinping aos Estados Unidos desde 2017. /Com agências e The Guardian