China interrompe publicação diária dos números da covid no país


Estatísticas oficiais deixaram de refletir a nova onda de casos e mortes da doença, o que gerou críticas da população; pesquisadores preveem 1 milhão de óbitos em 2023

Por Redação
Atualização:

A China anunciou neste domingo, 25, que deixará de publicar diariamente as estatísticas sobre o avanço da covid-19 no país. Os dados controversos têm sido alvo de críticas porque não refletiriam a nova onda de contágios. Na redes sociais, chineses duvidam do número oficial de mortes; na vida real, eles passaram a fazer autoisolamento.

O anúncio foi feito pela Comissão Nacional de Saúde da China, que atua como um ministério e não explicou a motivação para interromper a divulgação dos dados. O país vive uma disparada de casos desde 7 de dezembro, quando as medidas sanitárias de proteção foram flexibilizadas e a política ‘zero covid’ foi extinta. Devido ao surto, pesquisadores preveem mais de 1 milhão de mortes no país para 2023.

Antes, os testes PCR eram quase obrigatórios e permitiam seguir com fidelidade a tendência da pandemia. Agora, as pessoas infectadas fazem testes em casa e geralmente não notificam o resultados às autoridades, o que impede de ter números confiáveis.

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Apesar da nova onda de casos e mortes, os números oficiais da pandemia na China eram abaixo do esperado Foto: Aly Song/Reuters

O órgão de saúde acrescentou que, a partir deste momento, o Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças publicará informações sobre a pandemia a fim de ter referências e pesquisas, mas sem especificar quais dados ou a frequência das contagens.

Os chineses, que constataram que havia discrepância entre o nível de infecções em seu ambiente e as estatísticas, receberam o anúncio com sarcasmo. “Finalmente acordaram e se deram conta de que não podem enganar a gente” com números subestimados, escreveu um internauta na rede social Weibo. “Já era hora”, disse outro. Uma terceira pessoa celebrou a notícia, afirmando que “era o maior escritório de fabricação de estatísticas falsas do país”.

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Outra polêmica que desacreditou as estatísticas oficiais foi uma nova metodologia imposta, segundo a qual apenas pessoas que morreram diretamente de insuficiência respiratória ligada ao vírus eram contabilizadas.

Desde que as restrições foram suspensas, as autoridades chinesas notificaram oficialmente seis mortes por covid. Em contrapartida, muitos crematórios questionados pela agência AFP relataram recentemente um fluxo anormalmente alto de mortes.

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Além disso, muitos hospitais estão sob pressão devido ao aumento de pacientes com covid e à escassez de remédios contra febre. Alguns governos locais começaram a apresentar estimativas da extensão da epidemia. As autoridades de saúde de Zhejiang, ao sul de Xangai, indicaram que o número de infeções diárias superou a barreira do milhão nesta província, de cerca de 65 milhões de pessoas. /AFP

A China anunciou neste domingo, 25, que deixará de publicar diariamente as estatísticas sobre o avanço da covid-19 no país. Os dados controversos têm sido alvo de críticas porque não refletiriam a nova onda de contágios. Na redes sociais, chineses duvidam do número oficial de mortes; na vida real, eles passaram a fazer autoisolamento.

O anúncio foi feito pela Comissão Nacional de Saúde da China, que atua como um ministério e não explicou a motivação para interromper a divulgação dos dados. O país vive uma disparada de casos desde 7 de dezembro, quando as medidas sanitárias de proteção foram flexibilizadas e a política ‘zero covid’ foi extinta. Devido ao surto, pesquisadores preveem mais de 1 milhão de mortes no país para 2023.

Antes, os testes PCR eram quase obrigatórios e permitiam seguir com fidelidade a tendência da pandemia. Agora, as pessoas infectadas fazem testes em casa e geralmente não notificam o resultados às autoridades, o que impede de ter números confiáveis.

Apesar da nova onda de casos e mortes, os números oficiais da pandemia na China eram abaixo do esperado Foto: Aly Song/Reuters

O órgão de saúde acrescentou que, a partir deste momento, o Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças publicará informações sobre a pandemia a fim de ter referências e pesquisas, mas sem especificar quais dados ou a frequência das contagens.

Os chineses, que constataram que havia discrepância entre o nível de infecções em seu ambiente e as estatísticas, receberam o anúncio com sarcasmo. “Finalmente acordaram e se deram conta de que não podem enganar a gente” com números subestimados, escreveu um internauta na rede social Weibo. “Já era hora”, disse outro. Uma terceira pessoa celebrou a notícia, afirmando que “era o maior escritório de fabricação de estatísticas falsas do país”.

Outra polêmica que desacreditou as estatísticas oficiais foi uma nova metodologia imposta, segundo a qual apenas pessoas que morreram diretamente de insuficiência respiratória ligada ao vírus eram contabilizadas.

Desde que as restrições foram suspensas, as autoridades chinesas notificaram oficialmente seis mortes por covid. Em contrapartida, muitos crematórios questionados pela agência AFP relataram recentemente um fluxo anormalmente alto de mortes.

Além disso, muitos hospitais estão sob pressão devido ao aumento de pacientes com covid e à escassez de remédios contra febre. Alguns governos locais começaram a apresentar estimativas da extensão da epidemia. As autoridades de saúde de Zhejiang, ao sul de Xangai, indicaram que o número de infeções diárias superou a barreira do milhão nesta província, de cerca de 65 milhões de pessoas. /AFP

A China anunciou neste domingo, 25, que deixará de publicar diariamente as estatísticas sobre o avanço da covid-19 no país. Os dados controversos têm sido alvo de críticas porque não refletiriam a nova onda de contágios. Na redes sociais, chineses duvidam do número oficial de mortes; na vida real, eles passaram a fazer autoisolamento.

O anúncio foi feito pela Comissão Nacional de Saúde da China, que atua como um ministério e não explicou a motivação para interromper a divulgação dos dados. O país vive uma disparada de casos desde 7 de dezembro, quando as medidas sanitárias de proteção foram flexibilizadas e a política ‘zero covid’ foi extinta. Devido ao surto, pesquisadores preveem mais de 1 milhão de mortes no país para 2023.

Antes, os testes PCR eram quase obrigatórios e permitiam seguir com fidelidade a tendência da pandemia. Agora, as pessoas infectadas fazem testes em casa e geralmente não notificam o resultados às autoridades, o que impede de ter números confiáveis.

Apesar da nova onda de casos e mortes, os números oficiais da pandemia na China eram abaixo do esperado Foto: Aly Song/Reuters

O órgão de saúde acrescentou que, a partir deste momento, o Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças publicará informações sobre a pandemia a fim de ter referências e pesquisas, mas sem especificar quais dados ou a frequência das contagens.

Os chineses, que constataram que havia discrepância entre o nível de infecções em seu ambiente e as estatísticas, receberam o anúncio com sarcasmo. “Finalmente acordaram e se deram conta de que não podem enganar a gente” com números subestimados, escreveu um internauta na rede social Weibo. “Já era hora”, disse outro. Uma terceira pessoa celebrou a notícia, afirmando que “era o maior escritório de fabricação de estatísticas falsas do país”.

Outra polêmica que desacreditou as estatísticas oficiais foi uma nova metodologia imposta, segundo a qual apenas pessoas que morreram diretamente de insuficiência respiratória ligada ao vírus eram contabilizadas.

Desde que as restrições foram suspensas, as autoridades chinesas notificaram oficialmente seis mortes por covid. Em contrapartida, muitos crematórios questionados pela agência AFP relataram recentemente um fluxo anormalmente alto de mortes.

Além disso, muitos hospitais estão sob pressão devido ao aumento de pacientes com covid e à escassez de remédios contra febre. Alguns governos locais começaram a apresentar estimativas da extensão da epidemia. As autoridades de saúde de Zhejiang, ao sul de Xangai, indicaram que o número de infeções diárias superou a barreira do milhão nesta província, de cerca de 65 milhões de pessoas. /AFP

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