China irá sediar encontro entre lideranças do Hamas e do Fatah na próxima semana


Ministro de Relações Exteriores da China irá se encontrar com grupos palestinos em 21 de julho e 23 de julho, em um momento que o debate sobre a governaça de Gaza pós-guerra ganha urgência

Por Adam Rasgon e Vivian Wang
Atualização:

A China receberá altos funcionários do Hamas e do Fatah para uma reunião na próxima semana, em um esforço para diminuir a distância entre os grupos palestinos rivais que há muito competem pelo poder em Gaza e na Cisjordânia, de acordo com autoridades de ambos os partidos.

Com Israel e Hamas aparentemente fazendo progresso em um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, as discussões sobre os planos para o futuro do enclave tomaram maior urgência. Ter o Hamas e o Fatah abertos para trabalhar juntos é visto por muitos especialistas como crucial para reconstruir Gaza após a guerra.

Tentativas anteriores de mediação entre os dois grupos — incluindo uma reunião em Pequim em abril — falharam em produzir resultados tangíveis. Os planos para a reunião da próxima semana, entretanto, sinalizaram que a China não estava desistindo de suas tentativas de longa data de apresentar a si mesma como uma mediadora da paz.

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Ismail Haniyeh, o líder político do Hamas, irá liderar a delegação do grupo terrorista para Pequim, segundo Mousa Abu Marzouk, um funcionário sênior do Hamas. O Fatah enviará três funcionários, incluindo Mahmoud al-Aloul, o vice-presidente do partido, para a capital chinesa, de acordo com Azzam al-Ahmad, um membro do Comitê Central do Fatah.

Ele disse que o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, iria se encontrar com os grupos palestinos em 21 de julho e novamente em 23 de julho — embora os dois grupos se encontrem por conta própria no meio tempo. O Ministério de Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário solicitado pelo New York Times.

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“Nós somos sempre otimistas, mas dizemos isso com cautela”, disse Ahmad em um telefonema.

O Hamas e o Fatah têm uma história tensa e estão em desacordo há anos, cada um tentando se apresentar como o líder legítimo do povo palestino e temendo que o outro possa ruir seu poder.

Essas diferenças ficaram em evidência no último fim de semana, depois que Israel lançou um ataque aéreo no sul de Gaza que teve como alvo Muhammad Deif, o líder do braço militar do Hamas, e matou dezenas de pessoas.

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Presidente chinês, Xi Jinping, ao centro, e Ministro das Relações Exteriores Wang Yi, à esquerda. China irá sediar um novo encontro entre Hamas e Fatah na próxima semana. Foto: Vincent Thian/AP

O gabinete de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina dominada pelo Fatah, disse que Israel e os Estados Unidos tinham total responsabilidade sobre o“terrível massacre”, mas sugeriu que membros do Hamas tinham fornecido a Israel um pretexto para atacar civis palestinos ao se infiltrarem entre eles. O Hamas respondeu posteriormente acusando o gabinete do Abbas de “isentar” Israel da responsabilidade por suas ações.

Autoridades dos Estados Unidos sugeriram que a Autoridade Palestina deveria desempenhar um papel central no governo de Gaza pós-guerra — embora isso provavelmente exija a aprovação do Hamas. E um número crescente de palestinos tem argumentado que o Fatah e o Hamas precisam encontrar um ponto em comum para avançar na reconstrução de Gaza quando a guerra em curso terminar — embora muitos estejam pessimistas sobre a perspectiva.

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“Ainda existe uma grande divisão entre o Hamas e o Fatah, mas há uma necessidade absoluta de que eles alcancem um consenso nacional para o governo de Gaza”, disse Ibrahim Dalalsha, diretor do Horizon Center, um grupo de pesquisa política palestino. “Na ausência disso, haverá uma grande tragédia.”

Autoridades do Hamas expressaram disposição de abrir mão do controle civil de Gaza, transferindo a responsabilidade pela reconstrução do enclave a um governo independente — embora tenham descartado o desmantelamento de seu braço militar.

Autoridades da ONU estimaram que a reconstrução de Gaza custará dezenas de bilhões de dólares. Muitos países designaram o Hamas como uma organização terrorista, restringindo sua capacidade de trabalhar com quaisquer instituições ligadas ao grupo em Gaza. O estabelecimento de um governo independente em Gaza sem laços formais com o Hamas poderia facilitar para os Estados Unidos, nações europeias e organizações internacionais participarem da reconstrução do território.

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Para a China, sediar o encontro entre o Hamas e o Fatah irá servir como mais uma oportunidade de se posicionar como mediadora no cenário global.

A China tem trabalhado para expandir seus laços e influência no Oriente Médio nos últimos anos, mais notavelmente ajudando a intermediar a reaproximação diplomática entre a Arábia Saudita e o Irã no último ano. O país também aprofundou seus investimentos na região e prometeu expandir a cooperação com países de lá em áreas como inteligência artificial, onde os Estados Unidos têm buscado isolar a China.

Em questões israelenses e palestinas, em particular, Pequim tentou se retratar como um mediador da paz, embora mais na retórica do que na realidade.

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A China tem laços amigáveis com os líderes palestinos há muito tempo. Abbas visitou a China cinco vezes durante suas quase duas décadas como presidente da Autoridade Palestina, mais recentemente em junho de 2023, antes do ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro contra Israel. A mídia estatal chinesa foi especialmente vocal na época sobre o potencial papel de Pequim como mediadora, destacando uma proposta para uma solução de dois Estados por Xi Jinping, o líder chinês.

Para o Hamas, a reunião que está por vir pode servir como outra chance de aprofundar as relações com um país que tem sido muito menos crítico sobre suas ações do que as nações ocidentais.

“A China é um país poderoso e queremos fortalecer nossos laços com ela”, disse o Abu Marzouk em uma entrevista em Doha. “Somos um povo sob ocupação e lutamos por relações com todos.”

A China receberá altos funcionários do Hamas e do Fatah para uma reunião na próxima semana, em um esforço para diminuir a distância entre os grupos palestinos rivais que há muito competem pelo poder em Gaza e na Cisjordânia, de acordo com autoridades de ambos os partidos.

Com Israel e Hamas aparentemente fazendo progresso em um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, as discussões sobre os planos para o futuro do enclave tomaram maior urgência. Ter o Hamas e o Fatah abertos para trabalhar juntos é visto por muitos especialistas como crucial para reconstruir Gaza após a guerra.

Tentativas anteriores de mediação entre os dois grupos — incluindo uma reunião em Pequim em abril — falharam em produzir resultados tangíveis. Os planos para a reunião da próxima semana, entretanto, sinalizaram que a China não estava desistindo de suas tentativas de longa data de apresentar a si mesma como uma mediadora da paz.

Ismail Haniyeh, o líder político do Hamas, irá liderar a delegação do grupo terrorista para Pequim, segundo Mousa Abu Marzouk, um funcionário sênior do Hamas. O Fatah enviará três funcionários, incluindo Mahmoud al-Aloul, o vice-presidente do partido, para a capital chinesa, de acordo com Azzam al-Ahmad, um membro do Comitê Central do Fatah.

Ele disse que o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, iria se encontrar com os grupos palestinos em 21 de julho e novamente em 23 de julho — embora os dois grupos se encontrem por conta própria no meio tempo. O Ministério de Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário solicitado pelo New York Times.

“Nós somos sempre otimistas, mas dizemos isso com cautela”, disse Ahmad em um telefonema.

O Hamas e o Fatah têm uma história tensa e estão em desacordo há anos, cada um tentando se apresentar como o líder legítimo do povo palestino e temendo que o outro possa ruir seu poder.

Essas diferenças ficaram em evidência no último fim de semana, depois que Israel lançou um ataque aéreo no sul de Gaza que teve como alvo Muhammad Deif, o líder do braço militar do Hamas, e matou dezenas de pessoas.

Presidente chinês, Xi Jinping, ao centro, e Ministro das Relações Exteriores Wang Yi, à esquerda. China irá sediar um novo encontro entre Hamas e Fatah na próxima semana. Foto: Vincent Thian/AP

O gabinete de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina dominada pelo Fatah, disse que Israel e os Estados Unidos tinham total responsabilidade sobre o“terrível massacre”, mas sugeriu que membros do Hamas tinham fornecido a Israel um pretexto para atacar civis palestinos ao se infiltrarem entre eles. O Hamas respondeu posteriormente acusando o gabinete do Abbas de “isentar” Israel da responsabilidade por suas ações.

Autoridades dos Estados Unidos sugeriram que a Autoridade Palestina deveria desempenhar um papel central no governo de Gaza pós-guerra — embora isso provavelmente exija a aprovação do Hamas. E um número crescente de palestinos tem argumentado que o Fatah e o Hamas precisam encontrar um ponto em comum para avançar na reconstrução de Gaza quando a guerra em curso terminar — embora muitos estejam pessimistas sobre a perspectiva.

“Ainda existe uma grande divisão entre o Hamas e o Fatah, mas há uma necessidade absoluta de que eles alcancem um consenso nacional para o governo de Gaza”, disse Ibrahim Dalalsha, diretor do Horizon Center, um grupo de pesquisa política palestino. “Na ausência disso, haverá uma grande tragédia.”

Autoridades do Hamas expressaram disposição de abrir mão do controle civil de Gaza, transferindo a responsabilidade pela reconstrução do enclave a um governo independente — embora tenham descartado o desmantelamento de seu braço militar.

Autoridades da ONU estimaram que a reconstrução de Gaza custará dezenas de bilhões de dólares. Muitos países designaram o Hamas como uma organização terrorista, restringindo sua capacidade de trabalhar com quaisquer instituições ligadas ao grupo em Gaza. O estabelecimento de um governo independente em Gaza sem laços formais com o Hamas poderia facilitar para os Estados Unidos, nações europeias e organizações internacionais participarem da reconstrução do território.

Para a China, sediar o encontro entre o Hamas e o Fatah irá servir como mais uma oportunidade de se posicionar como mediadora no cenário global.

A China tem trabalhado para expandir seus laços e influência no Oriente Médio nos últimos anos, mais notavelmente ajudando a intermediar a reaproximação diplomática entre a Arábia Saudita e o Irã no último ano. O país também aprofundou seus investimentos na região e prometeu expandir a cooperação com países de lá em áreas como inteligência artificial, onde os Estados Unidos têm buscado isolar a China.

Em questões israelenses e palestinas, em particular, Pequim tentou se retratar como um mediador da paz, embora mais na retórica do que na realidade.

A China tem laços amigáveis com os líderes palestinos há muito tempo. Abbas visitou a China cinco vezes durante suas quase duas décadas como presidente da Autoridade Palestina, mais recentemente em junho de 2023, antes do ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro contra Israel. A mídia estatal chinesa foi especialmente vocal na época sobre o potencial papel de Pequim como mediadora, destacando uma proposta para uma solução de dois Estados por Xi Jinping, o líder chinês.

Para o Hamas, a reunião que está por vir pode servir como outra chance de aprofundar as relações com um país que tem sido muito menos crítico sobre suas ações do que as nações ocidentais.

“A China é um país poderoso e queremos fortalecer nossos laços com ela”, disse o Abu Marzouk em uma entrevista em Doha. “Somos um povo sob ocupação e lutamos por relações com todos.”

A China receberá altos funcionários do Hamas e do Fatah para uma reunião na próxima semana, em um esforço para diminuir a distância entre os grupos palestinos rivais que há muito competem pelo poder em Gaza e na Cisjordânia, de acordo com autoridades de ambos os partidos.

Com Israel e Hamas aparentemente fazendo progresso em um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, as discussões sobre os planos para o futuro do enclave tomaram maior urgência. Ter o Hamas e o Fatah abertos para trabalhar juntos é visto por muitos especialistas como crucial para reconstruir Gaza após a guerra.

Tentativas anteriores de mediação entre os dois grupos — incluindo uma reunião em Pequim em abril — falharam em produzir resultados tangíveis. Os planos para a reunião da próxima semana, entretanto, sinalizaram que a China não estava desistindo de suas tentativas de longa data de apresentar a si mesma como uma mediadora da paz.

Ismail Haniyeh, o líder político do Hamas, irá liderar a delegação do grupo terrorista para Pequim, segundo Mousa Abu Marzouk, um funcionário sênior do Hamas. O Fatah enviará três funcionários, incluindo Mahmoud al-Aloul, o vice-presidente do partido, para a capital chinesa, de acordo com Azzam al-Ahmad, um membro do Comitê Central do Fatah.

Ele disse que o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, iria se encontrar com os grupos palestinos em 21 de julho e novamente em 23 de julho — embora os dois grupos se encontrem por conta própria no meio tempo. O Ministério de Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário solicitado pelo New York Times.

“Nós somos sempre otimistas, mas dizemos isso com cautela”, disse Ahmad em um telefonema.

O Hamas e o Fatah têm uma história tensa e estão em desacordo há anos, cada um tentando se apresentar como o líder legítimo do povo palestino e temendo que o outro possa ruir seu poder.

Essas diferenças ficaram em evidência no último fim de semana, depois que Israel lançou um ataque aéreo no sul de Gaza que teve como alvo Muhammad Deif, o líder do braço militar do Hamas, e matou dezenas de pessoas.

Presidente chinês, Xi Jinping, ao centro, e Ministro das Relações Exteriores Wang Yi, à esquerda. China irá sediar um novo encontro entre Hamas e Fatah na próxima semana. Foto: Vincent Thian/AP

O gabinete de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina dominada pelo Fatah, disse que Israel e os Estados Unidos tinham total responsabilidade sobre o“terrível massacre”, mas sugeriu que membros do Hamas tinham fornecido a Israel um pretexto para atacar civis palestinos ao se infiltrarem entre eles. O Hamas respondeu posteriormente acusando o gabinete do Abbas de “isentar” Israel da responsabilidade por suas ações.

Autoridades dos Estados Unidos sugeriram que a Autoridade Palestina deveria desempenhar um papel central no governo de Gaza pós-guerra — embora isso provavelmente exija a aprovação do Hamas. E um número crescente de palestinos tem argumentado que o Fatah e o Hamas precisam encontrar um ponto em comum para avançar na reconstrução de Gaza quando a guerra em curso terminar — embora muitos estejam pessimistas sobre a perspectiva.

“Ainda existe uma grande divisão entre o Hamas e o Fatah, mas há uma necessidade absoluta de que eles alcancem um consenso nacional para o governo de Gaza”, disse Ibrahim Dalalsha, diretor do Horizon Center, um grupo de pesquisa política palestino. “Na ausência disso, haverá uma grande tragédia.”

Autoridades do Hamas expressaram disposição de abrir mão do controle civil de Gaza, transferindo a responsabilidade pela reconstrução do enclave a um governo independente — embora tenham descartado o desmantelamento de seu braço militar.

Autoridades da ONU estimaram que a reconstrução de Gaza custará dezenas de bilhões de dólares. Muitos países designaram o Hamas como uma organização terrorista, restringindo sua capacidade de trabalhar com quaisquer instituições ligadas ao grupo em Gaza. O estabelecimento de um governo independente em Gaza sem laços formais com o Hamas poderia facilitar para os Estados Unidos, nações europeias e organizações internacionais participarem da reconstrução do território.

Para a China, sediar o encontro entre o Hamas e o Fatah irá servir como mais uma oportunidade de se posicionar como mediadora no cenário global.

A China tem trabalhado para expandir seus laços e influência no Oriente Médio nos últimos anos, mais notavelmente ajudando a intermediar a reaproximação diplomática entre a Arábia Saudita e o Irã no último ano. O país também aprofundou seus investimentos na região e prometeu expandir a cooperação com países de lá em áreas como inteligência artificial, onde os Estados Unidos têm buscado isolar a China.

Em questões israelenses e palestinas, em particular, Pequim tentou se retratar como um mediador da paz, embora mais na retórica do que na realidade.

A China tem laços amigáveis com os líderes palestinos há muito tempo. Abbas visitou a China cinco vezes durante suas quase duas décadas como presidente da Autoridade Palestina, mais recentemente em junho de 2023, antes do ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro contra Israel. A mídia estatal chinesa foi especialmente vocal na época sobre o potencial papel de Pequim como mediadora, destacando uma proposta para uma solução de dois Estados por Xi Jinping, o líder chinês.

Para o Hamas, a reunião que está por vir pode servir como outra chance de aprofundar as relações com um país que tem sido muito menos crítico sobre suas ações do que as nações ocidentais.

“A China é um país poderoso e queremos fortalecer nossos laços com ela”, disse o Abu Marzouk em uma entrevista em Doha. “Somos um povo sob ocupação e lutamos por relações com todos.”

A China receberá altos funcionários do Hamas e do Fatah para uma reunião na próxima semana, em um esforço para diminuir a distância entre os grupos palestinos rivais que há muito competem pelo poder em Gaza e na Cisjordânia, de acordo com autoridades de ambos os partidos.

Com Israel e Hamas aparentemente fazendo progresso em um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, as discussões sobre os planos para o futuro do enclave tomaram maior urgência. Ter o Hamas e o Fatah abertos para trabalhar juntos é visto por muitos especialistas como crucial para reconstruir Gaza após a guerra.

Tentativas anteriores de mediação entre os dois grupos — incluindo uma reunião em Pequim em abril — falharam em produzir resultados tangíveis. Os planos para a reunião da próxima semana, entretanto, sinalizaram que a China não estava desistindo de suas tentativas de longa data de apresentar a si mesma como uma mediadora da paz.

Ismail Haniyeh, o líder político do Hamas, irá liderar a delegação do grupo terrorista para Pequim, segundo Mousa Abu Marzouk, um funcionário sênior do Hamas. O Fatah enviará três funcionários, incluindo Mahmoud al-Aloul, o vice-presidente do partido, para a capital chinesa, de acordo com Azzam al-Ahmad, um membro do Comitê Central do Fatah.

Ele disse que o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, iria se encontrar com os grupos palestinos em 21 de julho e novamente em 23 de julho — embora os dois grupos se encontrem por conta própria no meio tempo. O Ministério de Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário solicitado pelo New York Times.

“Nós somos sempre otimistas, mas dizemos isso com cautela”, disse Ahmad em um telefonema.

O Hamas e o Fatah têm uma história tensa e estão em desacordo há anos, cada um tentando se apresentar como o líder legítimo do povo palestino e temendo que o outro possa ruir seu poder.

Essas diferenças ficaram em evidência no último fim de semana, depois que Israel lançou um ataque aéreo no sul de Gaza que teve como alvo Muhammad Deif, o líder do braço militar do Hamas, e matou dezenas de pessoas.

Presidente chinês, Xi Jinping, ao centro, e Ministro das Relações Exteriores Wang Yi, à esquerda. China irá sediar um novo encontro entre Hamas e Fatah na próxima semana. Foto: Vincent Thian/AP

O gabinete de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina dominada pelo Fatah, disse que Israel e os Estados Unidos tinham total responsabilidade sobre o“terrível massacre”, mas sugeriu que membros do Hamas tinham fornecido a Israel um pretexto para atacar civis palestinos ao se infiltrarem entre eles. O Hamas respondeu posteriormente acusando o gabinete do Abbas de “isentar” Israel da responsabilidade por suas ações.

Autoridades dos Estados Unidos sugeriram que a Autoridade Palestina deveria desempenhar um papel central no governo de Gaza pós-guerra — embora isso provavelmente exija a aprovação do Hamas. E um número crescente de palestinos tem argumentado que o Fatah e o Hamas precisam encontrar um ponto em comum para avançar na reconstrução de Gaza quando a guerra em curso terminar — embora muitos estejam pessimistas sobre a perspectiva.

“Ainda existe uma grande divisão entre o Hamas e o Fatah, mas há uma necessidade absoluta de que eles alcancem um consenso nacional para o governo de Gaza”, disse Ibrahim Dalalsha, diretor do Horizon Center, um grupo de pesquisa política palestino. “Na ausência disso, haverá uma grande tragédia.”

Autoridades do Hamas expressaram disposição de abrir mão do controle civil de Gaza, transferindo a responsabilidade pela reconstrução do enclave a um governo independente — embora tenham descartado o desmantelamento de seu braço militar.

Autoridades da ONU estimaram que a reconstrução de Gaza custará dezenas de bilhões de dólares. Muitos países designaram o Hamas como uma organização terrorista, restringindo sua capacidade de trabalhar com quaisquer instituições ligadas ao grupo em Gaza. O estabelecimento de um governo independente em Gaza sem laços formais com o Hamas poderia facilitar para os Estados Unidos, nações europeias e organizações internacionais participarem da reconstrução do território.

Para a China, sediar o encontro entre o Hamas e o Fatah irá servir como mais uma oportunidade de se posicionar como mediadora no cenário global.

A China tem trabalhado para expandir seus laços e influência no Oriente Médio nos últimos anos, mais notavelmente ajudando a intermediar a reaproximação diplomática entre a Arábia Saudita e o Irã no último ano. O país também aprofundou seus investimentos na região e prometeu expandir a cooperação com países de lá em áreas como inteligência artificial, onde os Estados Unidos têm buscado isolar a China.

Em questões israelenses e palestinas, em particular, Pequim tentou se retratar como um mediador da paz, embora mais na retórica do que na realidade.

A China tem laços amigáveis com os líderes palestinos há muito tempo. Abbas visitou a China cinco vezes durante suas quase duas décadas como presidente da Autoridade Palestina, mais recentemente em junho de 2023, antes do ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro contra Israel. A mídia estatal chinesa foi especialmente vocal na época sobre o potencial papel de Pequim como mediadora, destacando uma proposta para uma solução de dois Estados por Xi Jinping, o líder chinês.

Para o Hamas, a reunião que está por vir pode servir como outra chance de aprofundar as relações com um país que tem sido muito menos crítico sobre suas ações do que as nações ocidentais.

“A China é um país poderoso e queremos fortalecer nossos laços com ela”, disse o Abu Marzouk em uma entrevista em Doha. “Somos um povo sob ocupação e lutamos por relações com todos.”

A China receberá altos funcionários do Hamas e do Fatah para uma reunião na próxima semana, em um esforço para diminuir a distância entre os grupos palestinos rivais que há muito competem pelo poder em Gaza e na Cisjordânia, de acordo com autoridades de ambos os partidos.

Com Israel e Hamas aparentemente fazendo progresso em um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, as discussões sobre os planos para o futuro do enclave tomaram maior urgência. Ter o Hamas e o Fatah abertos para trabalhar juntos é visto por muitos especialistas como crucial para reconstruir Gaza após a guerra.

Tentativas anteriores de mediação entre os dois grupos — incluindo uma reunião em Pequim em abril — falharam em produzir resultados tangíveis. Os planos para a reunião da próxima semana, entretanto, sinalizaram que a China não estava desistindo de suas tentativas de longa data de apresentar a si mesma como uma mediadora da paz.

Ismail Haniyeh, o líder político do Hamas, irá liderar a delegação do grupo terrorista para Pequim, segundo Mousa Abu Marzouk, um funcionário sênior do Hamas. O Fatah enviará três funcionários, incluindo Mahmoud al-Aloul, o vice-presidente do partido, para a capital chinesa, de acordo com Azzam al-Ahmad, um membro do Comitê Central do Fatah.

Ele disse que o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, iria se encontrar com os grupos palestinos em 21 de julho e novamente em 23 de julho — embora os dois grupos se encontrem por conta própria no meio tempo. O Ministério de Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário solicitado pelo New York Times.

“Nós somos sempre otimistas, mas dizemos isso com cautela”, disse Ahmad em um telefonema.

O Hamas e o Fatah têm uma história tensa e estão em desacordo há anos, cada um tentando se apresentar como o líder legítimo do povo palestino e temendo que o outro possa ruir seu poder.

Essas diferenças ficaram em evidência no último fim de semana, depois que Israel lançou um ataque aéreo no sul de Gaza que teve como alvo Muhammad Deif, o líder do braço militar do Hamas, e matou dezenas de pessoas.

Presidente chinês, Xi Jinping, ao centro, e Ministro das Relações Exteriores Wang Yi, à esquerda. China irá sediar um novo encontro entre Hamas e Fatah na próxima semana. Foto: Vincent Thian/AP

O gabinete de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina dominada pelo Fatah, disse que Israel e os Estados Unidos tinham total responsabilidade sobre o“terrível massacre”, mas sugeriu que membros do Hamas tinham fornecido a Israel um pretexto para atacar civis palestinos ao se infiltrarem entre eles. O Hamas respondeu posteriormente acusando o gabinete do Abbas de “isentar” Israel da responsabilidade por suas ações.

Autoridades dos Estados Unidos sugeriram que a Autoridade Palestina deveria desempenhar um papel central no governo de Gaza pós-guerra — embora isso provavelmente exija a aprovação do Hamas. E um número crescente de palestinos tem argumentado que o Fatah e o Hamas precisam encontrar um ponto em comum para avançar na reconstrução de Gaza quando a guerra em curso terminar — embora muitos estejam pessimistas sobre a perspectiva.

“Ainda existe uma grande divisão entre o Hamas e o Fatah, mas há uma necessidade absoluta de que eles alcancem um consenso nacional para o governo de Gaza”, disse Ibrahim Dalalsha, diretor do Horizon Center, um grupo de pesquisa política palestino. “Na ausência disso, haverá uma grande tragédia.”

Autoridades do Hamas expressaram disposição de abrir mão do controle civil de Gaza, transferindo a responsabilidade pela reconstrução do enclave a um governo independente — embora tenham descartado o desmantelamento de seu braço militar.

Autoridades da ONU estimaram que a reconstrução de Gaza custará dezenas de bilhões de dólares. Muitos países designaram o Hamas como uma organização terrorista, restringindo sua capacidade de trabalhar com quaisquer instituições ligadas ao grupo em Gaza. O estabelecimento de um governo independente em Gaza sem laços formais com o Hamas poderia facilitar para os Estados Unidos, nações europeias e organizações internacionais participarem da reconstrução do território.

Para a China, sediar o encontro entre o Hamas e o Fatah irá servir como mais uma oportunidade de se posicionar como mediadora no cenário global.

A China tem trabalhado para expandir seus laços e influência no Oriente Médio nos últimos anos, mais notavelmente ajudando a intermediar a reaproximação diplomática entre a Arábia Saudita e o Irã no último ano. O país também aprofundou seus investimentos na região e prometeu expandir a cooperação com países de lá em áreas como inteligência artificial, onde os Estados Unidos têm buscado isolar a China.

Em questões israelenses e palestinas, em particular, Pequim tentou se retratar como um mediador da paz, embora mais na retórica do que na realidade.

A China tem laços amigáveis com os líderes palestinos há muito tempo. Abbas visitou a China cinco vezes durante suas quase duas décadas como presidente da Autoridade Palestina, mais recentemente em junho de 2023, antes do ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro contra Israel. A mídia estatal chinesa foi especialmente vocal na época sobre o potencial papel de Pequim como mediadora, destacando uma proposta para uma solução de dois Estados por Xi Jinping, o líder chinês.

Para o Hamas, a reunião que está por vir pode servir como outra chance de aprofundar as relações com um país que tem sido muito menos crítico sobre suas ações do que as nações ocidentais.

“A China é um país poderoso e queremos fortalecer nossos laços com ela”, disse o Abu Marzouk em uma entrevista em Doha. “Somos um povo sob ocupação e lutamos por relações com todos.”

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