Xi Jinping recebe ex-presidente de Taiwan em Pequim para encontro pró-unificação entre territórios


Em uma reunião fechada em Pequim, presidente chinês afirmou que ‘a interferência estrangeira’ não deve impedir a ‘tendência histórica de unificação’; países não mantêm diálogo oficial há oito anos

Por Redação
Atualização:

O presidente da China, Xi Jinping, encontrou com o ex-presidente de Taiwan Ma Ying-jeou em Pequim na quarta-feira, 10, em uma tentativa de promover a unificação entre os dois lados, que estão separados desde uma guerra civil em 1949.

“As pessoas nos dois lados do Estreito de Taiwan são todas chinesas. Não há disputa que não possa ser resolvida, não há problema que não possa ser discutido, e nennhuma força pode nos separar”, Xi disse a Ma. “Diferenças nos sistemas não podem mudar o fato que os dois lados do Estreito pertencem ao mesmo país e nação”, acrescentou.

“Enquanto não houver separação, enquanto ambos os lados reconhecerem ser chineses, os compatriotas de ambos os lados do Estreito poderão sentar-se juntos, iniciar contatos e manter intercâmbios como membros de uma única família”, disse Xi. O presidente chinês ainda afirmou que “a interferência estrangeira não pode impedir a tendência histórica de unificação”, segundo o jornal de Hong Kong South China Morning Post, um dos meios de comunicação que teve acesso aos primeiros momentos da reunião.

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Presidente Xi Jinping (D) com o ex-presidente taiwanês Ma Ying-jeou em Pequim. Ma tornou-se o primeiro ex-presidente de Taiwan a visitar a China em 2023. Foto: EFE/EPA/XINHUA /Ju Peng

Ma respondeu que uma nova guerra entre os dois lados seria um “um fardo insuportável para a nação chinesa”. “Os chineses nos dois lados do Estreito de Taiwan irão definitivamente ter sabedoria suficiente para lidar pacificamente com as disputas através do Estreito e evitar conflitos”, disse Ma, que também salientou que as “tensões recentes” entre os dois lados “desencadearam um sentimento de insegurança entre os taiwaneses”.

Ma, que foi presidente entre 2008 e 2016, em março de 2023, tornou-se o primeiro ex-presidente taiwanês a viajar para a China, quando defendeu mais intercâmbios entre estudantes chineses e taiwaneses, uma vez que “partilham a mesma cultura e identidade étnica”.

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Ele segue uma longa linhagem de políticos do Nacionalista, também conhecido como KMT, que têm sido convidados para a China pelo seu governo autoritário de partido único e receberam tratamento VIP em visitas por todo o país.

A China reivindica Taiwan como seu território, que deve ser anexado à força se necessário. Pequim diariamente envia navios e aviões de guerra para a região da ilha em uma tentativa de enfraquecer as forças de Defesa de Taiwan e intimidar a população.

Nacionalistas perdem força na ilha

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A visita de Ma ocorre apenas um mês e meio antes de o presidente eleito da ilha e atual vice-presidente, Lai Ching-te, considerado um “independentista” aos olhos de Pequim, assumir a presidência. Seu vice-presidente eleito, Bi-khim Hsiao, tem visitado nações amigas de Taiwan na Europa e em outros locais antes de assumir o cargo.

Lai Ching-te venceu com folga as eleições de janeiro. Os nacionalistas recuperaram uma estreita maioria na legislatura, mas a sua influência na política externa e outras questões nacionais permanece limitada.

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A viagem de 11 dias de Ma, aparentemente à frente de uma delegação estudantil, destaca as interações contínuas na educação, nos negócios e na cultura, apesar da ameaça de Pequim de usar a força militar contra a democracia insular autônoma para alcançar a unificação.

Perto do final do seu segundo mandato em 2015, Ma realizou uma reunião histórica com Xi em Cingapura, que mantém relações próximas com ambos os lados. A reunião — a primeira entre os líderes da China e de Taiwan em mais de meio século — produziu poucos resultados tangíveis, e o Partido Nacionalista de Ma perdeu a eleição presidencial seguinte para Tsai Ing-wen do DPP.

O diálogo oficial entre Taipei e Pequim está suspenso desde então, e as tensões militares no Estreito de Formosa aumentaram à medida que as autoridades chinesas endureceram seu discurso a favor da “reunificação nacional”./Associated Press e EFE.

O presidente da China, Xi Jinping, encontrou com o ex-presidente de Taiwan Ma Ying-jeou em Pequim na quarta-feira, 10, em uma tentativa de promover a unificação entre os dois lados, que estão separados desde uma guerra civil em 1949.

“As pessoas nos dois lados do Estreito de Taiwan são todas chinesas. Não há disputa que não possa ser resolvida, não há problema que não possa ser discutido, e nennhuma força pode nos separar”, Xi disse a Ma. “Diferenças nos sistemas não podem mudar o fato que os dois lados do Estreito pertencem ao mesmo país e nação”, acrescentou.

“Enquanto não houver separação, enquanto ambos os lados reconhecerem ser chineses, os compatriotas de ambos os lados do Estreito poderão sentar-se juntos, iniciar contatos e manter intercâmbios como membros de uma única família”, disse Xi. O presidente chinês ainda afirmou que “a interferência estrangeira não pode impedir a tendência histórica de unificação”, segundo o jornal de Hong Kong South China Morning Post, um dos meios de comunicação que teve acesso aos primeiros momentos da reunião.

Presidente Xi Jinping (D) com o ex-presidente taiwanês Ma Ying-jeou em Pequim. Ma tornou-se o primeiro ex-presidente de Taiwan a visitar a China em 2023. Foto: EFE/EPA/XINHUA /Ju Peng

Ma respondeu que uma nova guerra entre os dois lados seria um “um fardo insuportável para a nação chinesa”. “Os chineses nos dois lados do Estreito de Taiwan irão definitivamente ter sabedoria suficiente para lidar pacificamente com as disputas através do Estreito e evitar conflitos”, disse Ma, que também salientou que as “tensões recentes” entre os dois lados “desencadearam um sentimento de insegurança entre os taiwaneses”.

Ma, que foi presidente entre 2008 e 2016, em março de 2023, tornou-se o primeiro ex-presidente taiwanês a viajar para a China, quando defendeu mais intercâmbios entre estudantes chineses e taiwaneses, uma vez que “partilham a mesma cultura e identidade étnica”.

Ele segue uma longa linhagem de políticos do Nacionalista, também conhecido como KMT, que têm sido convidados para a China pelo seu governo autoritário de partido único e receberam tratamento VIP em visitas por todo o país.

A China reivindica Taiwan como seu território, que deve ser anexado à força se necessário. Pequim diariamente envia navios e aviões de guerra para a região da ilha em uma tentativa de enfraquecer as forças de Defesa de Taiwan e intimidar a população.

Nacionalistas perdem força na ilha

A visita de Ma ocorre apenas um mês e meio antes de o presidente eleito da ilha e atual vice-presidente, Lai Ching-te, considerado um “independentista” aos olhos de Pequim, assumir a presidência. Seu vice-presidente eleito, Bi-khim Hsiao, tem visitado nações amigas de Taiwan na Europa e em outros locais antes de assumir o cargo.

Lai Ching-te venceu com folga as eleições de janeiro. Os nacionalistas recuperaram uma estreita maioria na legislatura, mas a sua influência na política externa e outras questões nacionais permanece limitada.

A viagem de 11 dias de Ma, aparentemente à frente de uma delegação estudantil, destaca as interações contínuas na educação, nos negócios e na cultura, apesar da ameaça de Pequim de usar a força militar contra a democracia insular autônoma para alcançar a unificação.

Perto do final do seu segundo mandato em 2015, Ma realizou uma reunião histórica com Xi em Cingapura, que mantém relações próximas com ambos os lados. A reunião — a primeira entre os líderes da China e de Taiwan em mais de meio século — produziu poucos resultados tangíveis, e o Partido Nacionalista de Ma perdeu a eleição presidencial seguinte para Tsai Ing-wen do DPP.

O diálogo oficial entre Taipei e Pequim está suspenso desde então, e as tensões militares no Estreito de Formosa aumentaram à medida que as autoridades chinesas endureceram seu discurso a favor da “reunificação nacional”./Associated Press e EFE.

O presidente da China, Xi Jinping, encontrou com o ex-presidente de Taiwan Ma Ying-jeou em Pequim na quarta-feira, 10, em uma tentativa de promover a unificação entre os dois lados, que estão separados desde uma guerra civil em 1949.

“As pessoas nos dois lados do Estreito de Taiwan são todas chinesas. Não há disputa que não possa ser resolvida, não há problema que não possa ser discutido, e nennhuma força pode nos separar”, Xi disse a Ma. “Diferenças nos sistemas não podem mudar o fato que os dois lados do Estreito pertencem ao mesmo país e nação”, acrescentou.

“Enquanto não houver separação, enquanto ambos os lados reconhecerem ser chineses, os compatriotas de ambos os lados do Estreito poderão sentar-se juntos, iniciar contatos e manter intercâmbios como membros de uma única família”, disse Xi. O presidente chinês ainda afirmou que “a interferência estrangeira não pode impedir a tendência histórica de unificação”, segundo o jornal de Hong Kong South China Morning Post, um dos meios de comunicação que teve acesso aos primeiros momentos da reunião.

Presidente Xi Jinping (D) com o ex-presidente taiwanês Ma Ying-jeou em Pequim. Ma tornou-se o primeiro ex-presidente de Taiwan a visitar a China em 2023. Foto: EFE/EPA/XINHUA /Ju Peng

Ma respondeu que uma nova guerra entre os dois lados seria um “um fardo insuportável para a nação chinesa”. “Os chineses nos dois lados do Estreito de Taiwan irão definitivamente ter sabedoria suficiente para lidar pacificamente com as disputas através do Estreito e evitar conflitos”, disse Ma, que também salientou que as “tensões recentes” entre os dois lados “desencadearam um sentimento de insegurança entre os taiwaneses”.

Ma, que foi presidente entre 2008 e 2016, em março de 2023, tornou-se o primeiro ex-presidente taiwanês a viajar para a China, quando defendeu mais intercâmbios entre estudantes chineses e taiwaneses, uma vez que “partilham a mesma cultura e identidade étnica”.

Ele segue uma longa linhagem de políticos do Nacionalista, também conhecido como KMT, que têm sido convidados para a China pelo seu governo autoritário de partido único e receberam tratamento VIP em visitas por todo o país.

A China reivindica Taiwan como seu território, que deve ser anexado à força se necessário. Pequim diariamente envia navios e aviões de guerra para a região da ilha em uma tentativa de enfraquecer as forças de Defesa de Taiwan e intimidar a população.

Nacionalistas perdem força na ilha

A visita de Ma ocorre apenas um mês e meio antes de o presidente eleito da ilha e atual vice-presidente, Lai Ching-te, considerado um “independentista” aos olhos de Pequim, assumir a presidência. Seu vice-presidente eleito, Bi-khim Hsiao, tem visitado nações amigas de Taiwan na Europa e em outros locais antes de assumir o cargo.

Lai Ching-te venceu com folga as eleições de janeiro. Os nacionalistas recuperaram uma estreita maioria na legislatura, mas a sua influência na política externa e outras questões nacionais permanece limitada.

A viagem de 11 dias de Ma, aparentemente à frente de uma delegação estudantil, destaca as interações contínuas na educação, nos negócios e na cultura, apesar da ameaça de Pequim de usar a força militar contra a democracia insular autônoma para alcançar a unificação.

Perto do final do seu segundo mandato em 2015, Ma realizou uma reunião histórica com Xi em Cingapura, que mantém relações próximas com ambos os lados. A reunião — a primeira entre os líderes da China e de Taiwan em mais de meio século — produziu poucos resultados tangíveis, e o Partido Nacionalista de Ma perdeu a eleição presidencial seguinte para Tsai Ing-wen do DPP.

O diálogo oficial entre Taipei e Pequim está suspenso desde então, e as tensões militares no Estreito de Formosa aumentaram à medida que as autoridades chinesas endureceram seu discurso a favor da “reunificação nacional”./Associated Press e EFE.

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