CIA concluiu que príncipe saudita ordenou morte de jornalista, diz 'Post' 


Avaliação da agência de Inteligência americana é o documento mais definitivo até agora a ligar o homem forte de Riad ao assassinato de Jamal Khashoggi

Atualização:

WASHINGTON - A CIA (agência de Inteligência americana) concluiu que o príncipe saudita, Mohammed bin Salman, ordenou o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em Istambul, afirmou nesta sexta-feira, 16, o jornal americano Washington Post. A informação contradiz as declarações do governo saudita de que o príncipe herdeiro do trono não estava envolvido no caso. 

O príncipe saudita Mohammed bin Salman durante a conferência sobre investimentos em Riad Foto: Bandar AL-JALOUD / Saudi Royal Palace

Segundo o Post, na avaliação elaborada pela agência, fontes do governo americano manifestaram grande confiança na participação de Salman. O documento seria o mais definitivo até agora a ligar o homem forte de Riad ao assassinato e complica os esforços do presidente Donald Trump em preservar os laços entre os EUA e seu aliado mais próximo na região. 

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Uma equipe de 15 agentes sauditas viajou até Istambul em um avião do governo em outubro e matou Khashoggi dentro do consulado saudita, onde ele tinha ido para providenciar documentos necessários para se casar com uma mulher turca. 

Para chegar a essa conclusão, a CIA consultou múltiplas fontes de inteligência, incluindo um telefonema que o irmão do príncipe herdeiro, Khalid bin Salman, o embaixador saudita nos EUA, deu para Khashoggi, de acordo com fontes com conhecimento nessa questão, que falaram sob condição de anonimato. 

Khalid disse a Khashoggi, um colaborador do Washington Post que vivia nos EUA, que ele deveria ir até o consulado saudita em Istambul para retirar os documentos e deu garantias de que era seguro para ele fazer isso. 

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O presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu nesta terça-feira que todos os que desempenharam um papel no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi sejam punidos e que os 18 suspeitos sauditas detidos em seu país sejam julgados em Istambul.

Não estava claro se Khalid sabia que Khashoggi seria morto, mas ele deu o telefonema sob a orientação do irmão, de acordo com a fonte do jornal, e ela foi interceptada pela inteligência americana. 

A porta-voz para a Embaixada da Arábia Saudita em Washington, Fatimah Baeshen, disse que o embaixador e Khashoggi nunca discutiram "nada relacionado a ir para a Turquia". Ela acrescentou que as alegações da CIA são falsas. "Já ouvimos e continuamos a ouvir várias teorias sem ver as bases primárias para essas especulações." 

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O procurador saudita apresentou acusações contra 11 que teriam participado do assassinato e disse que pediu a pena de morte contra 5 deles. 

O assassinato de Khashoggi, um proeminente crítico das políticas de Salman, desencadeou uma crise política internacional para a Casa Branca e fez surgir questionamentos sobre a aliança entre a administração Trump e a Arábia Saudia, um aliado-chave no Oriente Médio e na frente anti-Irã. / W. POST

WASHINGTON - A CIA (agência de Inteligência americana) concluiu que o príncipe saudita, Mohammed bin Salman, ordenou o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em Istambul, afirmou nesta sexta-feira, 16, o jornal americano Washington Post. A informação contradiz as declarações do governo saudita de que o príncipe herdeiro do trono não estava envolvido no caso. 

O príncipe saudita Mohammed bin Salman durante a conferência sobre investimentos em Riad Foto: Bandar AL-JALOUD / Saudi Royal Palace

Segundo o Post, na avaliação elaborada pela agência, fontes do governo americano manifestaram grande confiança na participação de Salman. O documento seria o mais definitivo até agora a ligar o homem forte de Riad ao assassinato e complica os esforços do presidente Donald Trump em preservar os laços entre os EUA e seu aliado mais próximo na região. 

Uma equipe de 15 agentes sauditas viajou até Istambul em um avião do governo em outubro e matou Khashoggi dentro do consulado saudita, onde ele tinha ido para providenciar documentos necessários para se casar com uma mulher turca. 

Para chegar a essa conclusão, a CIA consultou múltiplas fontes de inteligência, incluindo um telefonema que o irmão do príncipe herdeiro, Khalid bin Salman, o embaixador saudita nos EUA, deu para Khashoggi, de acordo com fontes com conhecimento nessa questão, que falaram sob condição de anonimato. 

Khalid disse a Khashoggi, um colaborador do Washington Post que vivia nos EUA, que ele deveria ir até o consulado saudita em Istambul para retirar os documentos e deu garantias de que era seguro para ele fazer isso. 

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O presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu nesta terça-feira que todos os que desempenharam um papel no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi sejam punidos e que os 18 suspeitos sauditas detidos em seu país sejam julgados em Istambul.

Não estava claro se Khalid sabia que Khashoggi seria morto, mas ele deu o telefonema sob a orientação do irmão, de acordo com a fonte do jornal, e ela foi interceptada pela inteligência americana. 

A porta-voz para a Embaixada da Arábia Saudita em Washington, Fatimah Baeshen, disse que o embaixador e Khashoggi nunca discutiram "nada relacionado a ir para a Turquia". Ela acrescentou que as alegações da CIA são falsas. "Já ouvimos e continuamos a ouvir várias teorias sem ver as bases primárias para essas especulações." 

O procurador saudita apresentou acusações contra 11 que teriam participado do assassinato e disse que pediu a pena de morte contra 5 deles. 

O assassinato de Khashoggi, um proeminente crítico das políticas de Salman, desencadeou uma crise política internacional para a Casa Branca e fez surgir questionamentos sobre a aliança entre a administração Trump e a Arábia Saudia, um aliado-chave no Oriente Médio e na frente anti-Irã. / W. POST

WASHINGTON - A CIA (agência de Inteligência americana) concluiu que o príncipe saudita, Mohammed bin Salman, ordenou o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em Istambul, afirmou nesta sexta-feira, 16, o jornal americano Washington Post. A informação contradiz as declarações do governo saudita de que o príncipe herdeiro do trono não estava envolvido no caso. 

O príncipe saudita Mohammed bin Salman durante a conferência sobre investimentos em Riad Foto: Bandar AL-JALOUD / Saudi Royal Palace

Segundo o Post, na avaliação elaborada pela agência, fontes do governo americano manifestaram grande confiança na participação de Salman. O documento seria o mais definitivo até agora a ligar o homem forte de Riad ao assassinato e complica os esforços do presidente Donald Trump em preservar os laços entre os EUA e seu aliado mais próximo na região. 

Uma equipe de 15 agentes sauditas viajou até Istambul em um avião do governo em outubro e matou Khashoggi dentro do consulado saudita, onde ele tinha ido para providenciar documentos necessários para se casar com uma mulher turca. 

Para chegar a essa conclusão, a CIA consultou múltiplas fontes de inteligência, incluindo um telefonema que o irmão do príncipe herdeiro, Khalid bin Salman, o embaixador saudita nos EUA, deu para Khashoggi, de acordo com fontes com conhecimento nessa questão, que falaram sob condição de anonimato. 

Khalid disse a Khashoggi, um colaborador do Washington Post que vivia nos EUA, que ele deveria ir até o consulado saudita em Istambul para retirar os documentos e deu garantias de que era seguro para ele fazer isso. 

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Não estava claro se Khalid sabia que Khashoggi seria morto, mas ele deu o telefonema sob a orientação do irmão, de acordo com a fonte do jornal, e ela foi interceptada pela inteligência americana. 

A porta-voz para a Embaixada da Arábia Saudita em Washington, Fatimah Baeshen, disse que o embaixador e Khashoggi nunca discutiram "nada relacionado a ir para a Turquia". Ela acrescentou que as alegações da CIA são falsas. "Já ouvimos e continuamos a ouvir várias teorias sem ver as bases primárias para essas especulações." 

O procurador saudita apresentou acusações contra 11 que teriam participado do assassinato e disse que pediu a pena de morte contra 5 deles. 

O assassinato de Khashoggi, um proeminente crítico das políticas de Salman, desencadeou uma crise política internacional para a Casa Branca e fez surgir questionamentos sobre a aliança entre a administração Trump e a Arábia Saudia, um aliado-chave no Oriente Médio e na frente anti-Irã. / W. POST

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