Mundo em Desalinho

Mesmo com coronavírus, aumenta a dependência do Brasil em relação à China


PIB do país asiático encolheu em estimados 6,5% no primeiro trimestre; ainda assim, importações do Brasil subiram, puxadas por produtos agropecuários, enquanto vendas para os EUA diminuíram

Por Cláudia Trevisan

A China divulgará na sexta-feira, 17, os números que mostrarão o impacto devastador da pandemia de coronavírus sobre seu PIB no primeiro trimestre, quando sua economia foi paralisada pela adoção de quarentenas para evitar a propagação da doença. A média das estimativas de 62 analistas ouvidos pela Reuters aponta para uma contração de 6,5%. No ano, a expectativa é de crescimento de 2,5%, no que seria o menor ritmo de expansão desde 1976.

Mas o encolhimento da segunda maior economia do mundo não a impediu de manter a demanda por produtos brasileiros. Nos três primeiros meses do ano, as exportações para o país asiático cresceram 7,36%, enquanto os embarques totais tiveram retração de 3,22%. Analistas estimam que os Estados Unidos tiveram expansão de 1% entre janeiro e março. Apesar de ainda não estar em terreno negativo, o país reduziu suas compras do Brasil em 19,31% entre janeiro e março, a maior queda entre os cinco principais destinos das exportações nacionais.

Os números mostram que a dependência do Brasil em relação à China aumentou desde o início de 2020, apesar do impacto do coronavírus. Os embarques para o país representaram 29% do total no primeiro trimestre. O percentual era de 26% em igual período de 2019. Ao mesmo tempo, a participação dos EUA caiu de 13% para 11%.

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O setor agropecuário foi o principal beneficiado pela demanda chinesa. Os embarques de carne de porco aumentaram 270%, os de carne bovina, 125%, os de algodão, 120%. Os números das duas primeiras semanas de abril indicam que as vendas do setor para a segunda maior economia do mundo continuaram fortes: os embarques de produtos agropecuários tiveram alta de 71%, enquanto o total das exportações subiu 2%.

Os dados de abril ainda não têm a divisão por países, mas a China é o maior comprador desse segmento. Mais de 70% das exportações de soja, por exemplo, vão para a nação asiática. Nas duas primeiras semanas de abril, as vendas do produto aumentaram em 86%.

No caso dos EUA, a maior vítima foi a indústria. As vendas de partes de motores e turbinas para aviação caíram 52% nos três primeiros meses do ano, na comparação com igual período de 2019. A de aviões diminuiu 27%. A demanda por viagens aéreas evaporou nos EUA, o que deve deprimir ainda mais essas vendas. No dia 7 de abril, por exemplo, o número de pessoas que passaram pela segurança em aeroportos do país caiu abaixo de 100 mil, uma contração de 95% na comparação com o mesmo dia do ano passado. O embarque de máquinas e aparelhos de terraplanagem e perfuração encolheram 51%. Nas duas primeiras semanas de abril, a indústria de transformação foi o setor mais castigado, com queda de 17% nas exportações, seguida da indústria de transformação, que registrou contração de 12,5%.

A China divulgará na sexta-feira, 17, os números que mostrarão o impacto devastador da pandemia de coronavírus sobre seu PIB no primeiro trimestre, quando sua economia foi paralisada pela adoção de quarentenas para evitar a propagação da doença. A média das estimativas de 62 analistas ouvidos pela Reuters aponta para uma contração de 6,5%. No ano, a expectativa é de crescimento de 2,5%, no que seria o menor ritmo de expansão desde 1976.

Mas o encolhimento da segunda maior economia do mundo não a impediu de manter a demanda por produtos brasileiros. Nos três primeiros meses do ano, as exportações para o país asiático cresceram 7,36%, enquanto os embarques totais tiveram retração de 3,22%. Analistas estimam que os Estados Unidos tiveram expansão de 1% entre janeiro e março. Apesar de ainda não estar em terreno negativo, o país reduziu suas compras do Brasil em 19,31% entre janeiro e março, a maior queda entre os cinco principais destinos das exportações nacionais.

Os números mostram que a dependência do Brasil em relação à China aumentou desde o início de 2020, apesar do impacto do coronavírus. Os embarques para o país representaram 29% do total no primeiro trimestre. O percentual era de 26% em igual período de 2019. Ao mesmo tempo, a participação dos EUA caiu de 13% para 11%.

O setor agropecuário foi o principal beneficiado pela demanda chinesa. Os embarques de carne de porco aumentaram 270%, os de carne bovina, 125%, os de algodão, 120%. Os números das duas primeiras semanas de abril indicam que as vendas do setor para a segunda maior economia do mundo continuaram fortes: os embarques de produtos agropecuários tiveram alta de 71%, enquanto o total das exportações subiu 2%.

Os dados de abril ainda não têm a divisão por países, mas a China é o maior comprador desse segmento. Mais de 70% das exportações de soja, por exemplo, vão para a nação asiática. Nas duas primeiras semanas de abril, as vendas do produto aumentaram em 86%.

No caso dos EUA, a maior vítima foi a indústria. As vendas de partes de motores e turbinas para aviação caíram 52% nos três primeiros meses do ano, na comparação com igual período de 2019. A de aviões diminuiu 27%. A demanda por viagens aéreas evaporou nos EUA, o que deve deprimir ainda mais essas vendas. No dia 7 de abril, por exemplo, o número de pessoas que passaram pela segurança em aeroportos do país caiu abaixo de 100 mil, uma contração de 95% na comparação com o mesmo dia do ano passado. O embarque de máquinas e aparelhos de terraplanagem e perfuração encolheram 51%. Nas duas primeiras semanas de abril, a indústria de transformação foi o setor mais castigado, com queda de 17% nas exportações, seguida da indústria de transformação, que registrou contração de 12,5%.

A China divulgará na sexta-feira, 17, os números que mostrarão o impacto devastador da pandemia de coronavírus sobre seu PIB no primeiro trimestre, quando sua economia foi paralisada pela adoção de quarentenas para evitar a propagação da doença. A média das estimativas de 62 analistas ouvidos pela Reuters aponta para uma contração de 6,5%. No ano, a expectativa é de crescimento de 2,5%, no que seria o menor ritmo de expansão desde 1976.

Mas o encolhimento da segunda maior economia do mundo não a impediu de manter a demanda por produtos brasileiros. Nos três primeiros meses do ano, as exportações para o país asiático cresceram 7,36%, enquanto os embarques totais tiveram retração de 3,22%. Analistas estimam que os Estados Unidos tiveram expansão de 1% entre janeiro e março. Apesar de ainda não estar em terreno negativo, o país reduziu suas compras do Brasil em 19,31% entre janeiro e março, a maior queda entre os cinco principais destinos das exportações nacionais.

Os números mostram que a dependência do Brasil em relação à China aumentou desde o início de 2020, apesar do impacto do coronavírus. Os embarques para o país representaram 29% do total no primeiro trimestre. O percentual era de 26% em igual período de 2019. Ao mesmo tempo, a participação dos EUA caiu de 13% para 11%.

O setor agropecuário foi o principal beneficiado pela demanda chinesa. Os embarques de carne de porco aumentaram 270%, os de carne bovina, 125%, os de algodão, 120%. Os números das duas primeiras semanas de abril indicam que as vendas do setor para a segunda maior economia do mundo continuaram fortes: os embarques de produtos agropecuários tiveram alta de 71%, enquanto o total das exportações subiu 2%.

Os dados de abril ainda não têm a divisão por países, mas a China é o maior comprador desse segmento. Mais de 70% das exportações de soja, por exemplo, vão para a nação asiática. Nas duas primeiras semanas de abril, as vendas do produto aumentaram em 86%.

No caso dos EUA, a maior vítima foi a indústria. As vendas de partes de motores e turbinas para aviação caíram 52% nos três primeiros meses do ano, na comparação com igual período de 2019. A de aviões diminuiu 27%. A demanda por viagens aéreas evaporou nos EUA, o que deve deprimir ainda mais essas vendas. No dia 7 de abril, por exemplo, o número de pessoas que passaram pela segurança em aeroportos do país caiu abaixo de 100 mil, uma contração de 95% na comparação com o mesmo dia do ano passado. O embarque de máquinas e aparelhos de terraplanagem e perfuração encolheram 51%. Nas duas primeiras semanas de abril, a indústria de transformação foi o setor mais castigado, com queda de 17% nas exportações, seguida da indústria de transformação, que registrou contração de 12,5%.

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