Um importante clérigo muçulmano foi morto a tiros por militantes numa volátil região do sul da Rússia e quatro policiais foram mortos pela explosão de uma mina terrestre plantada por rebeldes em outro país do bloco. Akhmed Tagayev, vice-chefe mufti do Daguestão, foi morto por atiradores na capital regional de Makhachkala, disse o porta-voz da polícia regional Shamil Guseinov. Tagayev condenava publicamente os seguidores do wahabismo, uma vertente fundamentalista do Islã. Militantes islâmicos no Daguestão, uma república da Rússia no Mar Cáspio e a leste da Chechênia, realizam ataques regulares contra a polícia e autoridades locais. Também hoje, quatro policiais chechenos foram mortos em uma mina terrestre instalada por rebeldes. Eles faziam uma operação de pente fino da região de Sunzha, na Ingushetia, uma país da Federação Russa a oeste da Chechênia, informou o braço regional do Ministério do Interior russo. A polícia e forças especiais da Chechênia e da Ingushetia têm tentado, de forma conjunta, localizar um grupo de militantes nas proximidades da floresta que fica na fronteira dos dois países. Na manhã de hoje, um rebelde foi morto num confronto entre a polícia e seis homens armados nas proximidades da fronteira, informou o braço checheno do Ministério do Interior russo. O Kremlin encerrou formalmente, no mês passado, uma operação federal de contraterrorismo na Chechênia, onde ocorreram duas sangrentas guerras separatistas nos últimos 15 anos. Mas os insurgentes continuam a realizar ataques esporádicos contra tropas e autoridades locais.