Coalizão entre direita e direita radical conquista vitória sem precedentes nas eleições da Suécia


Governo sueco vai precisar do apoio da direita radical pela primeira vez na história do país; primeira-ministra de esquerda reconhece derrota e renuncia ao cargo

Por Redação
Atualização:

A coalizão entre a direita e a direita radical na Suécia derrotou a coalizão de esquerda nas eleições parlamentares do país nesta quarta-feira, 14. Após o fim da apuração, a atual primeira-ministra, Magdalena Andersson, reconheceu a derrota e anunciou a renúncia do cargo a partir desta quinta-feira. O líder do Partido Moderado, Ulf Kristersson, assume a posição.

A vitória é resultado de uma união sem precedentes na política sueca e aconteceu em uma eleição apertada. A coalizão ganhou 176 cadeiras, contra 173 da coalizão de esquerda liderada por Magdalena. “Obrigado pela confiança. Agora vamos colocar ordem na Suécia!”, escreveu Ulf Kristersson no Facebook.

Das 176 cadeiras conquistadas, 73 correspondem aos votos recebidos pelos Democratas Suecos (SD), de extrema direita. É a primeira vez na história do país que o governo vai precisar do apoio do SD, um partido conhecido pela defesa anti-imigração, para governar. A legenda conquistou 20,6% dos votos e se tornou o segundo maior partido do país.

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Imagem de 9 de setembro de 2022 mostra a então primeira-ministra sueca Magdalena Andersson (esquerda), Ulf Kristersson e Jimmie Akesson durante debate. Kristersson e Akesson venceram eleições ao formar coalizão Foto: Jonathan Nackstrand / AFP

Os moderados, partido de Ulf Kristersson, obtiveram 68 assentos; os democratas cristãos, 19 e os liberais, 16. Na esquerda, o partido social-democrata obteve 107 assentos, 7 a mais do que nas últimas eleições, mas não obteve a maioria pelo baixo desempenho dos partidos Esquerda e Centro e os Verdes.

O líder do SD, Jimmie Åkesson, prometeu ser uma “força construtiva e proativa” no governo e disse que o trabalho a partir de agora é “fazer a Suécia voltar a funcionar bem”.

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O partido foi fundado em 1988 como uma herança de formação neonazista e a partir daí foi se incluindo no cenário político sueco. Em 2010, entraram no parlamento pela primeira vez com 5,7% dos votos e desde então o número de deputados aumenta a cada pleito.

Embora seja o primeiro partido da maioria de direita, Åkesson não é capaz de conquistar o apoio das outras legendas da coalizão para ser primeiro-ministro, prometido a Ulf Kristersson. Especialistas acreditam que Åkesson vai apoiar o futuro governo sem fazer parte dele.

No entanto, a coalizão vencedora vai precisar lidar com fragilidades internas geradas pelas diferenças consideráveis entre os liberais e o Democratas Suecos em diversas questões. “É uma situação parlamentar difícil”, resume o professor de política da Universidade de Gotemburgo, Mikael Gilljam.

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Coalizões alternativas

Se as divergências entre os campos da direita não forem superadas, um caminho alternativo apontado por especialistas é a reunião em um mesmo governo entre a centro-direita, liderada durante a campanha por pelo Partido Moderado, e os social-democratas, partido mais votado nas eleições e que não devem conseguir maioria se insistirem em governar apenas com seus tradicionais aliados à esquerda. De acordo com o sociólogo Zeth Isaksson, da Universidade de Estocolmo, essa união não acontece desde a 2ª. Guerra.

Mesmo que a aliança entre centro-esquerda e centro-direita se confirme, Isaksson aponta que o SD ainda terá uma “alavancagem muito forte” para pressionar por algumas de suas questões, como o endurecimento das leis de imigração.

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Renúncia de Magdalena Andersson

A primeira-ministra Magdalena Andersson renunciou ao cargo antes da apuração ser concluída e reconheceu a derrota para a direita. “O resultado preliminar é claro o suficiente para chegar a uma conclusão”, justificou.

Magdalena foi a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Suécia, no ano passado, e liderou o país na discussão sobre uma adesão à Otan após a guerra na Ucrânia. Embora seja pessoalmente popular, a líder perde a eleição em meio a um crescimento da criminalidade em distritos que abrigam um grande número de imigrantes que não conseguiram se integrar à sociedade sueca. Parte dos suecos atribuem o aumento ao partido social-democrata, que estava no poder há oito anos. /AFP, AP

A coalizão entre a direita e a direita radical na Suécia derrotou a coalizão de esquerda nas eleições parlamentares do país nesta quarta-feira, 14. Após o fim da apuração, a atual primeira-ministra, Magdalena Andersson, reconheceu a derrota e anunciou a renúncia do cargo a partir desta quinta-feira. O líder do Partido Moderado, Ulf Kristersson, assume a posição.

A vitória é resultado de uma união sem precedentes na política sueca e aconteceu em uma eleição apertada. A coalizão ganhou 176 cadeiras, contra 173 da coalizão de esquerda liderada por Magdalena. “Obrigado pela confiança. Agora vamos colocar ordem na Suécia!”, escreveu Ulf Kristersson no Facebook.

Das 176 cadeiras conquistadas, 73 correspondem aos votos recebidos pelos Democratas Suecos (SD), de extrema direita. É a primeira vez na história do país que o governo vai precisar do apoio do SD, um partido conhecido pela defesa anti-imigração, para governar. A legenda conquistou 20,6% dos votos e se tornou o segundo maior partido do país.

Imagem de 9 de setembro de 2022 mostra a então primeira-ministra sueca Magdalena Andersson (esquerda), Ulf Kristersson e Jimmie Akesson durante debate. Kristersson e Akesson venceram eleições ao formar coalizão Foto: Jonathan Nackstrand / AFP

Os moderados, partido de Ulf Kristersson, obtiveram 68 assentos; os democratas cristãos, 19 e os liberais, 16. Na esquerda, o partido social-democrata obteve 107 assentos, 7 a mais do que nas últimas eleições, mas não obteve a maioria pelo baixo desempenho dos partidos Esquerda e Centro e os Verdes.

O líder do SD, Jimmie Åkesson, prometeu ser uma “força construtiva e proativa” no governo e disse que o trabalho a partir de agora é “fazer a Suécia voltar a funcionar bem”.

O partido foi fundado em 1988 como uma herança de formação neonazista e a partir daí foi se incluindo no cenário político sueco. Em 2010, entraram no parlamento pela primeira vez com 5,7% dos votos e desde então o número de deputados aumenta a cada pleito.

Embora seja o primeiro partido da maioria de direita, Åkesson não é capaz de conquistar o apoio das outras legendas da coalizão para ser primeiro-ministro, prometido a Ulf Kristersson. Especialistas acreditam que Åkesson vai apoiar o futuro governo sem fazer parte dele.

No entanto, a coalizão vencedora vai precisar lidar com fragilidades internas geradas pelas diferenças consideráveis entre os liberais e o Democratas Suecos em diversas questões. “É uma situação parlamentar difícil”, resume o professor de política da Universidade de Gotemburgo, Mikael Gilljam.

Coalizões alternativas

Se as divergências entre os campos da direita não forem superadas, um caminho alternativo apontado por especialistas é a reunião em um mesmo governo entre a centro-direita, liderada durante a campanha por pelo Partido Moderado, e os social-democratas, partido mais votado nas eleições e que não devem conseguir maioria se insistirem em governar apenas com seus tradicionais aliados à esquerda. De acordo com o sociólogo Zeth Isaksson, da Universidade de Estocolmo, essa união não acontece desde a 2ª. Guerra.

Mesmo que a aliança entre centro-esquerda e centro-direita se confirme, Isaksson aponta que o SD ainda terá uma “alavancagem muito forte” para pressionar por algumas de suas questões, como o endurecimento das leis de imigração.

Renúncia de Magdalena Andersson

A primeira-ministra Magdalena Andersson renunciou ao cargo antes da apuração ser concluída e reconheceu a derrota para a direita. “O resultado preliminar é claro o suficiente para chegar a uma conclusão”, justificou.

Magdalena foi a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Suécia, no ano passado, e liderou o país na discussão sobre uma adesão à Otan após a guerra na Ucrânia. Embora seja pessoalmente popular, a líder perde a eleição em meio a um crescimento da criminalidade em distritos que abrigam um grande número de imigrantes que não conseguiram se integrar à sociedade sueca. Parte dos suecos atribuem o aumento ao partido social-democrata, que estava no poder há oito anos. /AFP, AP

A coalizão entre a direita e a direita radical na Suécia derrotou a coalizão de esquerda nas eleições parlamentares do país nesta quarta-feira, 14. Após o fim da apuração, a atual primeira-ministra, Magdalena Andersson, reconheceu a derrota e anunciou a renúncia do cargo a partir desta quinta-feira. O líder do Partido Moderado, Ulf Kristersson, assume a posição.

A vitória é resultado de uma união sem precedentes na política sueca e aconteceu em uma eleição apertada. A coalizão ganhou 176 cadeiras, contra 173 da coalizão de esquerda liderada por Magdalena. “Obrigado pela confiança. Agora vamos colocar ordem na Suécia!”, escreveu Ulf Kristersson no Facebook.

Das 176 cadeiras conquistadas, 73 correspondem aos votos recebidos pelos Democratas Suecos (SD), de extrema direita. É a primeira vez na história do país que o governo vai precisar do apoio do SD, um partido conhecido pela defesa anti-imigração, para governar. A legenda conquistou 20,6% dos votos e se tornou o segundo maior partido do país.

Imagem de 9 de setembro de 2022 mostra a então primeira-ministra sueca Magdalena Andersson (esquerda), Ulf Kristersson e Jimmie Akesson durante debate. Kristersson e Akesson venceram eleições ao formar coalizão Foto: Jonathan Nackstrand / AFP

Os moderados, partido de Ulf Kristersson, obtiveram 68 assentos; os democratas cristãos, 19 e os liberais, 16. Na esquerda, o partido social-democrata obteve 107 assentos, 7 a mais do que nas últimas eleições, mas não obteve a maioria pelo baixo desempenho dos partidos Esquerda e Centro e os Verdes.

O líder do SD, Jimmie Åkesson, prometeu ser uma “força construtiva e proativa” no governo e disse que o trabalho a partir de agora é “fazer a Suécia voltar a funcionar bem”.

O partido foi fundado em 1988 como uma herança de formação neonazista e a partir daí foi se incluindo no cenário político sueco. Em 2010, entraram no parlamento pela primeira vez com 5,7% dos votos e desde então o número de deputados aumenta a cada pleito.

Embora seja o primeiro partido da maioria de direita, Åkesson não é capaz de conquistar o apoio das outras legendas da coalizão para ser primeiro-ministro, prometido a Ulf Kristersson. Especialistas acreditam que Åkesson vai apoiar o futuro governo sem fazer parte dele.

No entanto, a coalizão vencedora vai precisar lidar com fragilidades internas geradas pelas diferenças consideráveis entre os liberais e o Democratas Suecos em diversas questões. “É uma situação parlamentar difícil”, resume o professor de política da Universidade de Gotemburgo, Mikael Gilljam.

Coalizões alternativas

Se as divergências entre os campos da direita não forem superadas, um caminho alternativo apontado por especialistas é a reunião em um mesmo governo entre a centro-direita, liderada durante a campanha por pelo Partido Moderado, e os social-democratas, partido mais votado nas eleições e que não devem conseguir maioria se insistirem em governar apenas com seus tradicionais aliados à esquerda. De acordo com o sociólogo Zeth Isaksson, da Universidade de Estocolmo, essa união não acontece desde a 2ª. Guerra.

Mesmo que a aliança entre centro-esquerda e centro-direita se confirme, Isaksson aponta que o SD ainda terá uma “alavancagem muito forte” para pressionar por algumas de suas questões, como o endurecimento das leis de imigração.

Renúncia de Magdalena Andersson

A primeira-ministra Magdalena Andersson renunciou ao cargo antes da apuração ser concluída e reconheceu a derrota para a direita. “O resultado preliminar é claro o suficiente para chegar a uma conclusão”, justificou.

Magdalena foi a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Suécia, no ano passado, e liderou o país na discussão sobre uma adesão à Otan após a guerra na Ucrânia. Embora seja pessoalmente popular, a líder perde a eleição em meio a um crescimento da criminalidade em distritos que abrigam um grande número de imigrantes que não conseguiram se integrar à sociedade sueca. Parte dos suecos atribuem o aumento ao partido social-democrata, que estava no poder há oito anos. /AFP, AP

A coalizão entre a direita e a direita radical na Suécia derrotou a coalizão de esquerda nas eleições parlamentares do país nesta quarta-feira, 14. Após o fim da apuração, a atual primeira-ministra, Magdalena Andersson, reconheceu a derrota e anunciou a renúncia do cargo a partir desta quinta-feira. O líder do Partido Moderado, Ulf Kristersson, assume a posição.

A vitória é resultado de uma união sem precedentes na política sueca e aconteceu em uma eleição apertada. A coalizão ganhou 176 cadeiras, contra 173 da coalizão de esquerda liderada por Magdalena. “Obrigado pela confiança. Agora vamos colocar ordem na Suécia!”, escreveu Ulf Kristersson no Facebook.

Das 176 cadeiras conquistadas, 73 correspondem aos votos recebidos pelos Democratas Suecos (SD), de extrema direita. É a primeira vez na história do país que o governo vai precisar do apoio do SD, um partido conhecido pela defesa anti-imigração, para governar. A legenda conquistou 20,6% dos votos e se tornou o segundo maior partido do país.

Imagem de 9 de setembro de 2022 mostra a então primeira-ministra sueca Magdalena Andersson (esquerda), Ulf Kristersson e Jimmie Akesson durante debate. Kristersson e Akesson venceram eleições ao formar coalizão Foto: Jonathan Nackstrand / AFP

Os moderados, partido de Ulf Kristersson, obtiveram 68 assentos; os democratas cristãos, 19 e os liberais, 16. Na esquerda, o partido social-democrata obteve 107 assentos, 7 a mais do que nas últimas eleições, mas não obteve a maioria pelo baixo desempenho dos partidos Esquerda e Centro e os Verdes.

O líder do SD, Jimmie Åkesson, prometeu ser uma “força construtiva e proativa” no governo e disse que o trabalho a partir de agora é “fazer a Suécia voltar a funcionar bem”.

O partido foi fundado em 1988 como uma herança de formação neonazista e a partir daí foi se incluindo no cenário político sueco. Em 2010, entraram no parlamento pela primeira vez com 5,7% dos votos e desde então o número de deputados aumenta a cada pleito.

Embora seja o primeiro partido da maioria de direita, Åkesson não é capaz de conquistar o apoio das outras legendas da coalizão para ser primeiro-ministro, prometido a Ulf Kristersson. Especialistas acreditam que Åkesson vai apoiar o futuro governo sem fazer parte dele.

No entanto, a coalizão vencedora vai precisar lidar com fragilidades internas geradas pelas diferenças consideráveis entre os liberais e o Democratas Suecos em diversas questões. “É uma situação parlamentar difícil”, resume o professor de política da Universidade de Gotemburgo, Mikael Gilljam.

Coalizões alternativas

Se as divergências entre os campos da direita não forem superadas, um caminho alternativo apontado por especialistas é a reunião em um mesmo governo entre a centro-direita, liderada durante a campanha por pelo Partido Moderado, e os social-democratas, partido mais votado nas eleições e que não devem conseguir maioria se insistirem em governar apenas com seus tradicionais aliados à esquerda. De acordo com o sociólogo Zeth Isaksson, da Universidade de Estocolmo, essa união não acontece desde a 2ª. Guerra.

Mesmo que a aliança entre centro-esquerda e centro-direita se confirme, Isaksson aponta que o SD ainda terá uma “alavancagem muito forte” para pressionar por algumas de suas questões, como o endurecimento das leis de imigração.

Renúncia de Magdalena Andersson

A primeira-ministra Magdalena Andersson renunciou ao cargo antes da apuração ser concluída e reconheceu a derrota para a direita. “O resultado preliminar é claro o suficiente para chegar a uma conclusão”, justificou.

Magdalena foi a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Suécia, no ano passado, e liderou o país na discussão sobre uma adesão à Otan após a guerra na Ucrânia. Embora seja pessoalmente popular, a líder perde a eleição em meio a um crescimento da criminalidade em distritos que abrigam um grande número de imigrantes que não conseguiram se integrar à sociedade sueca. Parte dos suecos atribuem o aumento ao partido social-democrata, que estava no poder há oito anos. /AFP, AP

A coalizão entre a direita e a direita radical na Suécia derrotou a coalizão de esquerda nas eleições parlamentares do país nesta quarta-feira, 14. Após o fim da apuração, a atual primeira-ministra, Magdalena Andersson, reconheceu a derrota e anunciou a renúncia do cargo a partir desta quinta-feira. O líder do Partido Moderado, Ulf Kristersson, assume a posição.

A vitória é resultado de uma união sem precedentes na política sueca e aconteceu em uma eleição apertada. A coalizão ganhou 176 cadeiras, contra 173 da coalizão de esquerda liderada por Magdalena. “Obrigado pela confiança. Agora vamos colocar ordem na Suécia!”, escreveu Ulf Kristersson no Facebook.

Das 176 cadeiras conquistadas, 73 correspondem aos votos recebidos pelos Democratas Suecos (SD), de extrema direita. É a primeira vez na história do país que o governo vai precisar do apoio do SD, um partido conhecido pela defesa anti-imigração, para governar. A legenda conquistou 20,6% dos votos e se tornou o segundo maior partido do país.

Imagem de 9 de setembro de 2022 mostra a então primeira-ministra sueca Magdalena Andersson (esquerda), Ulf Kristersson e Jimmie Akesson durante debate. Kristersson e Akesson venceram eleições ao formar coalizão Foto: Jonathan Nackstrand / AFP

Os moderados, partido de Ulf Kristersson, obtiveram 68 assentos; os democratas cristãos, 19 e os liberais, 16. Na esquerda, o partido social-democrata obteve 107 assentos, 7 a mais do que nas últimas eleições, mas não obteve a maioria pelo baixo desempenho dos partidos Esquerda e Centro e os Verdes.

O líder do SD, Jimmie Åkesson, prometeu ser uma “força construtiva e proativa” no governo e disse que o trabalho a partir de agora é “fazer a Suécia voltar a funcionar bem”.

O partido foi fundado em 1988 como uma herança de formação neonazista e a partir daí foi se incluindo no cenário político sueco. Em 2010, entraram no parlamento pela primeira vez com 5,7% dos votos e desde então o número de deputados aumenta a cada pleito.

Embora seja o primeiro partido da maioria de direita, Åkesson não é capaz de conquistar o apoio das outras legendas da coalizão para ser primeiro-ministro, prometido a Ulf Kristersson. Especialistas acreditam que Åkesson vai apoiar o futuro governo sem fazer parte dele.

No entanto, a coalizão vencedora vai precisar lidar com fragilidades internas geradas pelas diferenças consideráveis entre os liberais e o Democratas Suecos em diversas questões. “É uma situação parlamentar difícil”, resume o professor de política da Universidade de Gotemburgo, Mikael Gilljam.

Coalizões alternativas

Se as divergências entre os campos da direita não forem superadas, um caminho alternativo apontado por especialistas é a reunião em um mesmo governo entre a centro-direita, liderada durante a campanha por pelo Partido Moderado, e os social-democratas, partido mais votado nas eleições e que não devem conseguir maioria se insistirem em governar apenas com seus tradicionais aliados à esquerda. De acordo com o sociólogo Zeth Isaksson, da Universidade de Estocolmo, essa união não acontece desde a 2ª. Guerra.

Mesmo que a aliança entre centro-esquerda e centro-direita se confirme, Isaksson aponta que o SD ainda terá uma “alavancagem muito forte” para pressionar por algumas de suas questões, como o endurecimento das leis de imigração.

Renúncia de Magdalena Andersson

A primeira-ministra Magdalena Andersson renunciou ao cargo antes da apuração ser concluída e reconheceu a derrota para a direita. “O resultado preliminar é claro o suficiente para chegar a uma conclusão”, justificou.

Magdalena foi a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Suécia, no ano passado, e liderou o país na discussão sobre uma adesão à Otan após a guerra na Ucrânia. Embora seja pessoalmente popular, a líder perde a eleição em meio a um crescimento da criminalidade em distritos que abrigam um grande número de imigrantes que não conseguiram se integrar à sociedade sueca. Parte dos suecos atribuem o aumento ao partido social-democrata, que estava no poder há oito anos. /AFP, AP

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