‘Elas comem qualquer coisa, inclusive umas às outras’: ilha dos EUA sofre com cobras e aranhas


Pequeno território americano no oceano Pacífico tem 40 vezes mais aranhas do que as ilhas vizinhas

Por Redação

Aranhas-bananeira gigantes, aranhas-caçadoras rastejantes do tamanho de uma mão humana, aranhas de teia de tenda... A Ilha de Guam, um pequeno território americano no meio do oceano Pacífico ocidental, está sofrendo com uma “superpopulação” de aranhas: Guam tem 40 vezes mais aranhas do que as ilhas vizinhas — e uma população de cobras invasoras tão vorazes que esvaziaram as florestas de todos os pássaros. As informações são de reportagem da BBC.

Haldre Rogers, professor do Departamento de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Virginia Tech, nos EUA, que estuda a ecologia de Guam há 22 anos, contou à BBC que ele e sua equipe de cientistas descobriram que, durante a estação úmida, havia 40 vezes mais aranhas nas florestas de Guam do que nas ilhas vizinhas de Rota, Tinian e Saipan, enquanto na estação seca, quando as populações de aranhas na região geralmente aumentam, havia 2,3 vezes mais aranhas em Guam.

Segundo as projeções da equipe de Rogers, as florestas de Guam abrigam pelo menos 4.064.000.000 de olhos de aranhas e um número igual de pernas peludas e articuladas.

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Cobra-arbórea-marrom, espécie invasora que acredita-se ter sido introduzida inadvertidamente em Guam na década de 1940  Foto: EdyPamungkas/Adobe Sotck

Cobras invasoras

As aranhas não são o único problema. A cobra-arbórea-marrom — uma espécie invasora que acredita-se ter sido introduzida inadvertidamente em Guam na década de 1940 — também preocupa autoridades locais. Das 12 espécies de aves que existiam em Guam até a chegada desta cobra, hoje 10 estão extintas na ilha.

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A população ofídia de Guam, composta por cerca de dois milhões de cobras — ninguém sabe ao certo quantas são —, devora tudo o que encontra, inclusive ratos, musaranhos e restos humanos, segundo a reportagem.

“Elas comem qualquer coisa, inclusive umas às outras”, disse para a BBC Henry Pollock, diretor executivo da Southern Plains Land Trust, uma organização sem fins lucrativos do Colorado. Pollock já estudou a ecologia de Guam.

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Nas últimas décadas, autoridades da vida selvagem usaram vários métodos para tentar de eliminar a cobra marrom de Guam, mas os répteis estão vencendo. Foram feitas buscas visuais, repelentes, substâncias irritantes, armadilhas, venenos, produtos químicos mortais e até vírus como arma biológica, ainda segundo a BBC. Apesar dos esforços de um orçamento anual que gira em torno de US$ 3,8 milhões, as cobras continuam presentes em grande número.

Aranha-caçadora, espécie presente em Guam Foto: Sagar Khunte/Adobe Stock

Saiba mais sobre Guam

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Guam, uma ilha de 550 quilômetros quadrados, foi descoberta em 1521 pelo navegador português Fernando de Magalhães, mas foi ocupada desde 1526 pela Espanha. Virou colônia dos Estados Unidos por meio do Tratado de Paris, de 1898, que pôs fim à Guerra Hispano-Americana. Foi invadida pelo Japão em dezembro de 1941, no início da Guerra do Pacífico, mas recuperada pelos Estados Unidos em 1944.

Guam tem status de território não incorporado dos Estados Unidos, como Porto Rico. Seus 162 mil habitantes, dos quais 40% pertencem à população indígena chamorro, são cidadãos americanos, mas com direitos limitados — não podem participar das eleições nos Estados Unidos, e o único representante da ilha no Congresso não tem direito a voto nos projetos de lei.

Aranhas-bananeira gigantes, aranhas-caçadoras rastejantes do tamanho de uma mão humana, aranhas de teia de tenda... A Ilha de Guam, um pequeno território americano no meio do oceano Pacífico ocidental, está sofrendo com uma “superpopulação” de aranhas: Guam tem 40 vezes mais aranhas do que as ilhas vizinhas — e uma população de cobras invasoras tão vorazes que esvaziaram as florestas de todos os pássaros. As informações são de reportagem da BBC.

Haldre Rogers, professor do Departamento de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Virginia Tech, nos EUA, que estuda a ecologia de Guam há 22 anos, contou à BBC que ele e sua equipe de cientistas descobriram que, durante a estação úmida, havia 40 vezes mais aranhas nas florestas de Guam do que nas ilhas vizinhas de Rota, Tinian e Saipan, enquanto na estação seca, quando as populações de aranhas na região geralmente aumentam, havia 2,3 vezes mais aranhas em Guam.

Segundo as projeções da equipe de Rogers, as florestas de Guam abrigam pelo menos 4.064.000.000 de olhos de aranhas e um número igual de pernas peludas e articuladas.

Cobra-arbórea-marrom, espécie invasora que acredita-se ter sido introduzida inadvertidamente em Guam na década de 1940  Foto: EdyPamungkas/Adobe Sotck

Cobras invasoras

As aranhas não são o único problema. A cobra-arbórea-marrom — uma espécie invasora que acredita-se ter sido introduzida inadvertidamente em Guam na década de 1940 — também preocupa autoridades locais. Das 12 espécies de aves que existiam em Guam até a chegada desta cobra, hoje 10 estão extintas na ilha.

A população ofídia de Guam, composta por cerca de dois milhões de cobras — ninguém sabe ao certo quantas são —, devora tudo o que encontra, inclusive ratos, musaranhos e restos humanos, segundo a reportagem.

“Elas comem qualquer coisa, inclusive umas às outras”, disse para a BBC Henry Pollock, diretor executivo da Southern Plains Land Trust, uma organização sem fins lucrativos do Colorado. Pollock já estudou a ecologia de Guam.

Nas últimas décadas, autoridades da vida selvagem usaram vários métodos para tentar de eliminar a cobra marrom de Guam, mas os répteis estão vencendo. Foram feitas buscas visuais, repelentes, substâncias irritantes, armadilhas, venenos, produtos químicos mortais e até vírus como arma biológica, ainda segundo a BBC. Apesar dos esforços de um orçamento anual que gira em torno de US$ 3,8 milhões, as cobras continuam presentes em grande número.

Aranha-caçadora, espécie presente em Guam Foto: Sagar Khunte/Adobe Stock

Saiba mais sobre Guam

Guam, uma ilha de 550 quilômetros quadrados, foi descoberta em 1521 pelo navegador português Fernando de Magalhães, mas foi ocupada desde 1526 pela Espanha. Virou colônia dos Estados Unidos por meio do Tratado de Paris, de 1898, que pôs fim à Guerra Hispano-Americana. Foi invadida pelo Japão em dezembro de 1941, no início da Guerra do Pacífico, mas recuperada pelos Estados Unidos em 1944.

Guam tem status de território não incorporado dos Estados Unidos, como Porto Rico. Seus 162 mil habitantes, dos quais 40% pertencem à população indígena chamorro, são cidadãos americanos, mas com direitos limitados — não podem participar das eleições nos Estados Unidos, e o único representante da ilha no Congresso não tem direito a voto nos projetos de lei.

Aranhas-bananeira gigantes, aranhas-caçadoras rastejantes do tamanho de uma mão humana, aranhas de teia de tenda... A Ilha de Guam, um pequeno território americano no meio do oceano Pacífico ocidental, está sofrendo com uma “superpopulação” de aranhas: Guam tem 40 vezes mais aranhas do que as ilhas vizinhas — e uma população de cobras invasoras tão vorazes que esvaziaram as florestas de todos os pássaros. As informações são de reportagem da BBC.

Haldre Rogers, professor do Departamento de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Virginia Tech, nos EUA, que estuda a ecologia de Guam há 22 anos, contou à BBC que ele e sua equipe de cientistas descobriram que, durante a estação úmida, havia 40 vezes mais aranhas nas florestas de Guam do que nas ilhas vizinhas de Rota, Tinian e Saipan, enquanto na estação seca, quando as populações de aranhas na região geralmente aumentam, havia 2,3 vezes mais aranhas em Guam.

Segundo as projeções da equipe de Rogers, as florestas de Guam abrigam pelo menos 4.064.000.000 de olhos de aranhas e um número igual de pernas peludas e articuladas.

Cobra-arbórea-marrom, espécie invasora que acredita-se ter sido introduzida inadvertidamente em Guam na década de 1940  Foto: EdyPamungkas/Adobe Sotck

Cobras invasoras

As aranhas não são o único problema. A cobra-arbórea-marrom — uma espécie invasora que acredita-se ter sido introduzida inadvertidamente em Guam na década de 1940 — também preocupa autoridades locais. Das 12 espécies de aves que existiam em Guam até a chegada desta cobra, hoje 10 estão extintas na ilha.

A população ofídia de Guam, composta por cerca de dois milhões de cobras — ninguém sabe ao certo quantas são —, devora tudo o que encontra, inclusive ratos, musaranhos e restos humanos, segundo a reportagem.

“Elas comem qualquer coisa, inclusive umas às outras”, disse para a BBC Henry Pollock, diretor executivo da Southern Plains Land Trust, uma organização sem fins lucrativos do Colorado. Pollock já estudou a ecologia de Guam.

Nas últimas décadas, autoridades da vida selvagem usaram vários métodos para tentar de eliminar a cobra marrom de Guam, mas os répteis estão vencendo. Foram feitas buscas visuais, repelentes, substâncias irritantes, armadilhas, venenos, produtos químicos mortais e até vírus como arma biológica, ainda segundo a BBC. Apesar dos esforços de um orçamento anual que gira em torno de US$ 3,8 milhões, as cobras continuam presentes em grande número.

Aranha-caçadora, espécie presente em Guam Foto: Sagar Khunte/Adobe Stock

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Guam, uma ilha de 550 quilômetros quadrados, foi descoberta em 1521 pelo navegador português Fernando de Magalhães, mas foi ocupada desde 1526 pela Espanha. Virou colônia dos Estados Unidos por meio do Tratado de Paris, de 1898, que pôs fim à Guerra Hispano-Americana. Foi invadida pelo Japão em dezembro de 1941, no início da Guerra do Pacífico, mas recuperada pelos Estados Unidos em 1944.

Guam tem status de território não incorporado dos Estados Unidos, como Porto Rico. Seus 162 mil habitantes, dos quais 40% pertencem à população indígena chamorro, são cidadãos americanos, mas com direitos limitados — não podem participar das eleições nos Estados Unidos, e o único representante da ilha no Congresso não tem direito a voto nos projetos de lei.

Aranhas-bananeira gigantes, aranhas-caçadoras rastejantes do tamanho de uma mão humana, aranhas de teia de tenda... A Ilha de Guam, um pequeno território americano no meio do oceano Pacífico ocidental, está sofrendo com uma “superpopulação” de aranhas: Guam tem 40 vezes mais aranhas do que as ilhas vizinhas — e uma população de cobras invasoras tão vorazes que esvaziaram as florestas de todos os pássaros. As informações são de reportagem da BBC.

Haldre Rogers, professor do Departamento de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Virginia Tech, nos EUA, que estuda a ecologia de Guam há 22 anos, contou à BBC que ele e sua equipe de cientistas descobriram que, durante a estação úmida, havia 40 vezes mais aranhas nas florestas de Guam do que nas ilhas vizinhas de Rota, Tinian e Saipan, enquanto na estação seca, quando as populações de aranhas na região geralmente aumentam, havia 2,3 vezes mais aranhas em Guam.

Segundo as projeções da equipe de Rogers, as florestas de Guam abrigam pelo menos 4.064.000.000 de olhos de aranhas e um número igual de pernas peludas e articuladas.

Cobra-arbórea-marrom, espécie invasora que acredita-se ter sido introduzida inadvertidamente em Guam na década de 1940  Foto: EdyPamungkas/Adobe Sotck

Cobras invasoras

As aranhas não são o único problema. A cobra-arbórea-marrom — uma espécie invasora que acredita-se ter sido introduzida inadvertidamente em Guam na década de 1940 — também preocupa autoridades locais. Das 12 espécies de aves que existiam em Guam até a chegada desta cobra, hoje 10 estão extintas na ilha.

A população ofídia de Guam, composta por cerca de dois milhões de cobras — ninguém sabe ao certo quantas são —, devora tudo o que encontra, inclusive ratos, musaranhos e restos humanos, segundo a reportagem.

“Elas comem qualquer coisa, inclusive umas às outras”, disse para a BBC Henry Pollock, diretor executivo da Southern Plains Land Trust, uma organização sem fins lucrativos do Colorado. Pollock já estudou a ecologia de Guam.

Nas últimas décadas, autoridades da vida selvagem usaram vários métodos para tentar de eliminar a cobra marrom de Guam, mas os répteis estão vencendo. Foram feitas buscas visuais, repelentes, substâncias irritantes, armadilhas, venenos, produtos químicos mortais e até vírus como arma biológica, ainda segundo a BBC. Apesar dos esforços de um orçamento anual que gira em torno de US$ 3,8 milhões, as cobras continuam presentes em grande número.

Aranha-caçadora, espécie presente em Guam Foto: Sagar Khunte/Adobe Stock

Saiba mais sobre Guam

Guam, uma ilha de 550 quilômetros quadrados, foi descoberta em 1521 pelo navegador português Fernando de Magalhães, mas foi ocupada desde 1526 pela Espanha. Virou colônia dos Estados Unidos por meio do Tratado de Paris, de 1898, que pôs fim à Guerra Hispano-Americana. Foi invadida pelo Japão em dezembro de 1941, no início da Guerra do Pacífico, mas recuperada pelos Estados Unidos em 1944.

Guam tem status de território não incorporado dos Estados Unidos, como Porto Rico. Seus 162 mil habitantes, dos quais 40% pertencem à população indígena chamorro, são cidadãos americanos, mas com direitos limitados — não podem participar das eleições nos Estados Unidos, e o único representante da ilha no Congresso não tem direito a voto nos projetos de lei.

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