Colômbia tem 43% de aumento no cultivo de folhas de coca em 2021, diz ONU


Aumentou também a produção da droga que sai do país para Estados Unidos e Europa, principalmente

Por Redação
Atualização:

A Colômbia atingiu um novo recorde histórico de cultivos de entorpecentes, com cerca de 204 mil hectares de coca plantados em 2021, segundo relatório anual da ONU divulgado nesta quinta-feira, 20.

O maior produtor de cocaína do mundo “reporta um aumento de 43% na área plantada com coca no país, passando de 143 mil hectares (ha) em 2020 para 204 mil ha em 2021″, anunciou o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). O número é o mais alto registrado pela ONU desde que a organização começou a rastrear a produção de cocaína, em 2001.

Juntamente com os cultivos de entorpecentes, aumentou a produção da droga que sai da Colômbia para Estados Unidos e Europa, principalmente. De 1.010 toneladas de cocaína, o país passou a produzir 1.400. Trata-se de uma “tendência crescente que vem se consolidando desde 2014″, apesar da intensa perseguição ao narcotráfico.

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A Colômbia continua sendo, de longe, o maior produtor mundial de cocaína.

A diretora regional do UNODC para a região Andina e do do Cone Sul, Candice Welsch, fala com a imprensa em Bogotá  Foto: Mauricio Dueñas Castañeda/EFE - 20/10/2022

Os departamentos (Estados) de Nariño e Putumayo, na fronteira com o Equador, são a região com mais cultivos de entorpecentes: 89.266 hectares. Catatumbo, região vizinha da Venezuela, é a seguinte na lista, com 42.576.

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A ONU aponta que o aumento do cultivo de coca e da produção de cocaína se deve principalmente à “vulnerabilidade territorial”, “ao aumento da demanda global” e ao fortalecimento dos grupos armados que lucram com esse negócio.

‘Fracasso’

O presidente colombiano, Gustavo Petro, denunciou o “fracasso” da luta contra o narcotráfico e propôs aos Estados Unidos uma nova abordagem, baseada na prevenção do consumo nas economias desenvolvidas.

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Durante a apresentação do relatório, em Bogotá, o ministro da Justiça colombiano, Néstor Osuna, afirmou que os números são uma “amostra visível e evidente do fracasso da guerra às drogas”.

“A prova técnica é exatamente o ponto de partida para a construção de uma nova política de drogas, que é o compromisso deste governo”, acrescentou.

O ministro antecipou que será apresentada uma nova estratégia contra o narcotráfico, que exclui a legalização da cocaína, embora tenha pedido que “algum dia” seja regulamentado o “comércio e o tráfico” desta droga em nível global.

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Em imagem de arquivo, um coletor de folhas de coca trabalha em uma plantação em Catatumbo, departamento de Norte de Santander Foto: Raul Arboleda/AFP - 20/08/2022

De acordo com a ONU, um “alto porcentual” dos cultivos de entorpecentes está concentrado em terras pertencentes a comunidades negras ou de reservas florestais. As autoridades colombianas apontam essa atividade como a causa, em grande parte, do desmatamento.

Em um encontro no início do mês entre o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, e Petro, os dois países afirmaram compartilhar a ideia de avançar em uma política antidrogas que vá além da repressão à produção e ao consumo.

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O presidente colombiano defende os camponeses plantadores de coca, os quais considera vítimas da força pública, que erradica os cultivos à força, e dos herbicidas, usados durante anos para acabar com eles.

Milhares de cultivadores e coletores da folha de coca, o elo mais fraco do narcotráfico, fazem parte das 17 mil pessoas que estão atrás das grades acusadas ou condenadas por tráfico, fabricação ou porte de entorpecentes, segundo o sistema penitenciário./AFP

A Colômbia atingiu um novo recorde histórico de cultivos de entorpecentes, com cerca de 204 mil hectares de coca plantados em 2021, segundo relatório anual da ONU divulgado nesta quinta-feira, 20.

O maior produtor de cocaína do mundo “reporta um aumento de 43% na área plantada com coca no país, passando de 143 mil hectares (ha) em 2020 para 204 mil ha em 2021″, anunciou o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). O número é o mais alto registrado pela ONU desde que a organização começou a rastrear a produção de cocaína, em 2001.

Juntamente com os cultivos de entorpecentes, aumentou a produção da droga que sai da Colômbia para Estados Unidos e Europa, principalmente. De 1.010 toneladas de cocaína, o país passou a produzir 1.400. Trata-se de uma “tendência crescente que vem se consolidando desde 2014″, apesar da intensa perseguição ao narcotráfico.

A Colômbia continua sendo, de longe, o maior produtor mundial de cocaína.

A diretora regional do UNODC para a região Andina e do do Cone Sul, Candice Welsch, fala com a imprensa em Bogotá  Foto: Mauricio Dueñas Castañeda/EFE - 20/10/2022

Os departamentos (Estados) de Nariño e Putumayo, na fronteira com o Equador, são a região com mais cultivos de entorpecentes: 89.266 hectares. Catatumbo, região vizinha da Venezuela, é a seguinte na lista, com 42.576.

A ONU aponta que o aumento do cultivo de coca e da produção de cocaína se deve principalmente à “vulnerabilidade territorial”, “ao aumento da demanda global” e ao fortalecimento dos grupos armados que lucram com esse negócio.

‘Fracasso’

O presidente colombiano, Gustavo Petro, denunciou o “fracasso” da luta contra o narcotráfico e propôs aos Estados Unidos uma nova abordagem, baseada na prevenção do consumo nas economias desenvolvidas.

Durante a apresentação do relatório, em Bogotá, o ministro da Justiça colombiano, Néstor Osuna, afirmou que os números são uma “amostra visível e evidente do fracasso da guerra às drogas”.

“A prova técnica é exatamente o ponto de partida para a construção de uma nova política de drogas, que é o compromisso deste governo”, acrescentou.

O ministro antecipou que será apresentada uma nova estratégia contra o narcotráfico, que exclui a legalização da cocaína, embora tenha pedido que “algum dia” seja regulamentado o “comércio e o tráfico” desta droga em nível global.

Em imagem de arquivo, um coletor de folhas de coca trabalha em uma plantação em Catatumbo, departamento de Norte de Santander Foto: Raul Arboleda/AFP - 20/08/2022

De acordo com a ONU, um “alto porcentual” dos cultivos de entorpecentes está concentrado em terras pertencentes a comunidades negras ou de reservas florestais. As autoridades colombianas apontam essa atividade como a causa, em grande parte, do desmatamento.

Em um encontro no início do mês entre o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, e Petro, os dois países afirmaram compartilhar a ideia de avançar em uma política antidrogas que vá além da repressão à produção e ao consumo.

O presidente colombiano defende os camponeses plantadores de coca, os quais considera vítimas da força pública, que erradica os cultivos à força, e dos herbicidas, usados durante anos para acabar com eles.

Milhares de cultivadores e coletores da folha de coca, o elo mais fraco do narcotráfico, fazem parte das 17 mil pessoas que estão atrás das grades acusadas ou condenadas por tráfico, fabricação ou porte de entorpecentes, segundo o sistema penitenciário./AFP

A Colômbia atingiu um novo recorde histórico de cultivos de entorpecentes, com cerca de 204 mil hectares de coca plantados em 2021, segundo relatório anual da ONU divulgado nesta quinta-feira, 20.

O maior produtor de cocaína do mundo “reporta um aumento de 43% na área plantada com coca no país, passando de 143 mil hectares (ha) em 2020 para 204 mil ha em 2021″, anunciou o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). O número é o mais alto registrado pela ONU desde que a organização começou a rastrear a produção de cocaína, em 2001.

Juntamente com os cultivos de entorpecentes, aumentou a produção da droga que sai da Colômbia para Estados Unidos e Europa, principalmente. De 1.010 toneladas de cocaína, o país passou a produzir 1.400. Trata-se de uma “tendência crescente que vem se consolidando desde 2014″, apesar da intensa perseguição ao narcotráfico.

A Colômbia continua sendo, de longe, o maior produtor mundial de cocaína.

A diretora regional do UNODC para a região Andina e do do Cone Sul, Candice Welsch, fala com a imprensa em Bogotá  Foto: Mauricio Dueñas Castañeda/EFE - 20/10/2022

Os departamentos (Estados) de Nariño e Putumayo, na fronteira com o Equador, são a região com mais cultivos de entorpecentes: 89.266 hectares. Catatumbo, região vizinha da Venezuela, é a seguinte na lista, com 42.576.

A ONU aponta que o aumento do cultivo de coca e da produção de cocaína se deve principalmente à “vulnerabilidade territorial”, “ao aumento da demanda global” e ao fortalecimento dos grupos armados que lucram com esse negócio.

‘Fracasso’

O presidente colombiano, Gustavo Petro, denunciou o “fracasso” da luta contra o narcotráfico e propôs aos Estados Unidos uma nova abordagem, baseada na prevenção do consumo nas economias desenvolvidas.

Durante a apresentação do relatório, em Bogotá, o ministro da Justiça colombiano, Néstor Osuna, afirmou que os números são uma “amostra visível e evidente do fracasso da guerra às drogas”.

“A prova técnica é exatamente o ponto de partida para a construção de uma nova política de drogas, que é o compromisso deste governo”, acrescentou.

O ministro antecipou que será apresentada uma nova estratégia contra o narcotráfico, que exclui a legalização da cocaína, embora tenha pedido que “algum dia” seja regulamentado o “comércio e o tráfico” desta droga em nível global.

Em imagem de arquivo, um coletor de folhas de coca trabalha em uma plantação em Catatumbo, departamento de Norte de Santander Foto: Raul Arboleda/AFP - 20/08/2022

De acordo com a ONU, um “alto porcentual” dos cultivos de entorpecentes está concentrado em terras pertencentes a comunidades negras ou de reservas florestais. As autoridades colombianas apontam essa atividade como a causa, em grande parte, do desmatamento.

Em um encontro no início do mês entre o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, e Petro, os dois países afirmaram compartilhar a ideia de avançar em uma política antidrogas que vá além da repressão à produção e ao consumo.

O presidente colombiano defende os camponeses plantadores de coca, os quais considera vítimas da força pública, que erradica os cultivos à força, e dos herbicidas, usados durante anos para acabar com eles.

Milhares de cultivadores e coletores da folha de coca, o elo mais fraco do narcotráfico, fazem parte das 17 mil pessoas que estão atrás das grades acusadas ou condenadas por tráfico, fabricação ou porte de entorpecentes, segundo o sistema penitenciário./AFP

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