Com acordo, Europa começa a devolver migrantes à Turquia


ONU alerta que processo pode resultar em violência; serão enviadas de volta as pessoas que não conseguirem asilo

Por Jamil Chade, CORRESPONDENTE e GENEBRA

GENEBRA - Sob protestos de refugiados e da ONU, a Europa começa hoje a deportar migrantes, com a entrada em vigor do acordo entre a União Europeia e a Turquia. As operações, segundo a ONU, poderão resultar em caos e violência. 

Atualmente, 52 mil migrantes estão na Grécia, aguardando para serem reassentados pela Europa. Mas, a partir de hoje, centenas deles vão começar a ser levados das ilhas gregas de Chios e Lesbos de volta para os portos turcos. A polícia local acredita que cerca de 500 pessoas serão enviadas hoje para o lado turco, desembarcando no porto de Dikili, e 250 serão enviadas por dia nessa semana. 

Meninasíria brinca entre barracas de campo de refugiados de Idomeni, na Grécia Foto: EFE/Kostas Tsironis
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Diante da perspectiva da deportação, o número de pedidos de asilo aumentou nos últimos dias. Ontem, muitos dos refugiados resgatados pela guarda costeira em Lesbos não sabiam que seriam deportados.

Desde a assinatura do acordo entre Turquia e UE, 6 mil pessoas desembarcaram nas ilhas gregas. Quem não conseguiu pedir asilo ou teve a solicitação recusada será enviado de volta. Por cada refugiado sírio devolvido, outro será retirado de um campo de acolhimento turco e reassentado na UE. No total, o acordo prevê 72 mil lugares.

Os reassentamentos ocorrerão na Alemanha, Finlândia e Holanda. O representante da ONU para migrações, Peter Sutherland, denunciou no fim de semana o fato de que “deportações coletivas” serão declaradas ilegais se os pedidos de asilo não forem antes avaliados. 

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A Anistia Internacional alertou que os sírios devolvidos correm o risco de serem deportados de volta para seu país. 

Refugiados tentam derrubar cerca na Macedônia e polícia lança gás lacrimogêneo contra eles

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Foto: AFP / LOUISA GOULIAMAKI
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Despreparo. Fontes da ONU nas ilhas gregas confirmaram ao Estado por telefone que prevalecia a incerteza sobre como a operação vai ocorrer e como o acordo será implementado. 

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Autoridades turcas informaram que os sírios deportados seriam colocados em dois acampamentos ou poderiam se reunir com suas famílias, caso elas estejam na Turquia. Outros migrantes iriam para dois centros de acolhimento. 

Oficiais da ONU disseram, no entanto, ter encontrado apenas duas tendas montadas no porto turco de Dikili, com dois banheiros. 

Para a ONU, a falta de informação e de pessoas para lidar com o processo causa nervosismo entre os refugiados. Na sexta-feira, na ilha de Chios, centenas de migrantes detidos romperam grades e arames farpados do centro de estrangeiros e escaparam, temendo uma deportação iminente.

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O Alto Comissariado da ONU para Refugiados alerta para a falta de comida e denuncia a detenção de crianças e mulheres grávidas.

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O primeiro-ministro turco, Ahmed Davutoglu, afirmou nesta sexta-feira que a oferta de seu país para conter o fluxo de migrantes à Europa não é uma barganha. Enquanto isso, as parte continuam buscando um acordo bilateral.

GENEBRA - Sob protestos de refugiados e da ONU, a Europa começa hoje a deportar migrantes, com a entrada em vigor do acordo entre a União Europeia e a Turquia. As operações, segundo a ONU, poderão resultar em caos e violência. 

Atualmente, 52 mil migrantes estão na Grécia, aguardando para serem reassentados pela Europa. Mas, a partir de hoje, centenas deles vão começar a ser levados das ilhas gregas de Chios e Lesbos de volta para os portos turcos. A polícia local acredita que cerca de 500 pessoas serão enviadas hoje para o lado turco, desembarcando no porto de Dikili, e 250 serão enviadas por dia nessa semana. 

Meninasíria brinca entre barracas de campo de refugiados de Idomeni, na Grécia Foto: EFE/Kostas Tsironis

Diante da perspectiva da deportação, o número de pedidos de asilo aumentou nos últimos dias. Ontem, muitos dos refugiados resgatados pela guarda costeira em Lesbos não sabiam que seriam deportados.

Desde a assinatura do acordo entre Turquia e UE, 6 mil pessoas desembarcaram nas ilhas gregas. Quem não conseguiu pedir asilo ou teve a solicitação recusada será enviado de volta. Por cada refugiado sírio devolvido, outro será retirado de um campo de acolhimento turco e reassentado na UE. No total, o acordo prevê 72 mil lugares.

Os reassentamentos ocorrerão na Alemanha, Finlândia e Holanda. O representante da ONU para migrações, Peter Sutherland, denunciou no fim de semana o fato de que “deportações coletivas” serão declaradas ilegais se os pedidos de asilo não forem antes avaliados. 

A Anistia Internacional alertou que os sírios devolvidos correm o risco de serem deportados de volta para seu país. 

Refugiados tentam derrubar cerca na Macedônia e polícia lança gás lacrimogêneo contra eles

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Despreparo. Fontes da ONU nas ilhas gregas confirmaram ao Estado por telefone que prevalecia a incerteza sobre como a operação vai ocorrer e como o acordo será implementado. 

Autoridades turcas informaram que os sírios deportados seriam colocados em dois acampamentos ou poderiam se reunir com suas famílias, caso elas estejam na Turquia. Outros migrantes iriam para dois centros de acolhimento. 

Oficiais da ONU disseram, no entanto, ter encontrado apenas duas tendas montadas no porto turco de Dikili, com dois banheiros. 

Para a ONU, a falta de informação e de pessoas para lidar com o processo causa nervosismo entre os refugiados. Na sexta-feira, na ilha de Chios, centenas de migrantes detidos romperam grades e arames farpados do centro de estrangeiros e escaparam, temendo uma deportação iminente.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados alerta para a falta de comida e denuncia a detenção de crianças e mulheres grávidas.

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O primeiro-ministro turco, Ahmed Davutoglu, afirmou nesta sexta-feira que a oferta de seu país para conter o fluxo de migrantes à Europa não é uma barganha. Enquanto isso, as parte continuam buscando um acordo bilateral.

GENEBRA - Sob protestos de refugiados e da ONU, a Europa começa hoje a deportar migrantes, com a entrada em vigor do acordo entre a União Europeia e a Turquia. As operações, segundo a ONU, poderão resultar em caos e violência. 

Atualmente, 52 mil migrantes estão na Grécia, aguardando para serem reassentados pela Europa. Mas, a partir de hoje, centenas deles vão começar a ser levados das ilhas gregas de Chios e Lesbos de volta para os portos turcos. A polícia local acredita que cerca de 500 pessoas serão enviadas hoje para o lado turco, desembarcando no porto de Dikili, e 250 serão enviadas por dia nessa semana. 

Meninasíria brinca entre barracas de campo de refugiados de Idomeni, na Grécia Foto: EFE/Kostas Tsironis

Diante da perspectiva da deportação, o número de pedidos de asilo aumentou nos últimos dias. Ontem, muitos dos refugiados resgatados pela guarda costeira em Lesbos não sabiam que seriam deportados.

Desde a assinatura do acordo entre Turquia e UE, 6 mil pessoas desembarcaram nas ilhas gregas. Quem não conseguiu pedir asilo ou teve a solicitação recusada será enviado de volta. Por cada refugiado sírio devolvido, outro será retirado de um campo de acolhimento turco e reassentado na UE. No total, o acordo prevê 72 mil lugares.

Os reassentamentos ocorrerão na Alemanha, Finlândia e Holanda. O representante da ONU para migrações, Peter Sutherland, denunciou no fim de semana o fato de que “deportações coletivas” serão declaradas ilegais se os pedidos de asilo não forem antes avaliados. 

A Anistia Internacional alertou que os sírios devolvidos correm o risco de serem deportados de volta para seu país. 

Refugiados tentam derrubar cerca na Macedônia e polícia lança gás lacrimogêneo contra eles

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Despreparo. Fontes da ONU nas ilhas gregas confirmaram ao Estado por telefone que prevalecia a incerteza sobre como a operação vai ocorrer e como o acordo será implementado. 

Autoridades turcas informaram que os sírios deportados seriam colocados em dois acampamentos ou poderiam se reunir com suas famílias, caso elas estejam na Turquia. Outros migrantes iriam para dois centros de acolhimento. 

Oficiais da ONU disseram, no entanto, ter encontrado apenas duas tendas montadas no porto turco de Dikili, com dois banheiros. 

Para a ONU, a falta de informação e de pessoas para lidar com o processo causa nervosismo entre os refugiados. Na sexta-feira, na ilha de Chios, centenas de migrantes detidos romperam grades e arames farpados do centro de estrangeiros e escaparam, temendo uma deportação iminente.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados alerta para a falta de comida e denuncia a detenção de crianças e mulheres grávidas.

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