Com acordo Mercosul-UE travado, Lula tenta vender desmatamento zero em viagem à Europa


Lei antidesmatamento europeia promete banir do mercado comum produtos agropecuários nos quais o Brasil é competitivo

Por Felipe Frazão
Atualização:

Com o Acordo Mercosul-União Europeia travado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, dia 21, na Itália que pretende recolocar o País no centro das discussões climáticas. Ele prometeu, em Roma, zerar o desmatamento ilegal até 2030, em meio a tensões com a UE sobre uma lei antidesmatamento que promete banir do mercado comum europeu produtos agropecuários, como carne de gado, café e óleo de palma, nos quais o Brasil é competitivo.

“A minha viagem foi, do meu ponto de vista, de recolocar o Brasil no centro das discussões climáticas no mundo. Vocês sabem que o Brasil é um país muito importante, tem uma matriz energética, possivelmente, a mais limpa do mundo. O Brasil tem o compromisso de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030″, afirmou Lula.

A lei aprovada pela União Europeia veta produtos sul-americanos que tenham sido cultivados ou produzidos em área que tenha sido monitorada e desmatada, desde 2021.

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Lula encontra o prefeito de Roma Roberto Gualtieri  Foto: EFE / EFE

Protestos e renegociação

A nova legislação provocou protestos do governo brasileiro. Lula disse que a lei quebra o equilíbrio do acordo comercial negociado há 20 anos. Ele cobrou que os europeus não devem agir com desconfiança com o Brasil, mas sim como parceiro.

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A lei antidesmatamento emperrou ainda mais as negociações para conclusão do Acordo Comercial do Mercosul com a União Europeia. Lula deseja renegociar uma parte do acordo sobre compras governamentais – que daria à indústria europeia aval para disputar licitações públicas no Brasil.

Além disso, o governo acusou os europeus de proporem sanções aos países sul-americanos, o que também impactaria o agronegócio brasileiro, na carta paralela que foi apresentada em março, com condicionantes climática e ambientais para a assinatura do acordo.

Lula e o Papa Francisco no Vaticano  Foto: via REUTERS / via REUTERS
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‘Visita de agradecimento’

Lula deu as declarações na sede da prefeitura de Roma, ao lado do prefeito Roberto Guatileri, seu aliado político. O prefeito visitou Lula na cadeia, em Curitiba (PF), quando foi condenado por corrupção na Operação Lava Jato.

“Essa é uma visita de agradecimento, uma expressão de minha gratidão pela lealdade, solidariedade e comportamento do prefeito quando eu estava detido na Polícia Federal no meu País. Gualtieri foi homem que foi me visitar, conversou com muita gente para prestar solidariedade nos meus processos. Espero um dia poder retribuir todo o gesto que ele fez a mim e ao Brasil quando estávamos vivendo um momento difícil”, disse Lula ao lado do político italiano.

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Na primeira parte da viagem, o petista se dedicou a reuniões com líderes e personalidades que o apoiaram na prisão. Além de Gualtieri, ele se reuniu com o papa Francisco, com quem trocou correspondências no cárcere, e o sociólogo italiano Domenico de Masi, um dos principais pensadores da esquerda italiana.

O Itamaraty acabou encaixando uma reunião bilateral com a premiê Giorgia Meloni, de direita, quando a viagem já estava acertada.

Com o Acordo Mercosul-União Europeia travado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, dia 21, na Itália que pretende recolocar o País no centro das discussões climáticas. Ele prometeu, em Roma, zerar o desmatamento ilegal até 2030, em meio a tensões com a UE sobre uma lei antidesmatamento que promete banir do mercado comum europeu produtos agropecuários, como carne de gado, café e óleo de palma, nos quais o Brasil é competitivo.

“A minha viagem foi, do meu ponto de vista, de recolocar o Brasil no centro das discussões climáticas no mundo. Vocês sabem que o Brasil é um país muito importante, tem uma matriz energética, possivelmente, a mais limpa do mundo. O Brasil tem o compromisso de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030″, afirmou Lula.

A lei aprovada pela União Europeia veta produtos sul-americanos que tenham sido cultivados ou produzidos em área que tenha sido monitorada e desmatada, desde 2021.

Lula encontra o prefeito de Roma Roberto Gualtieri  Foto: EFE / EFE

Protestos e renegociação

A nova legislação provocou protestos do governo brasileiro. Lula disse que a lei quebra o equilíbrio do acordo comercial negociado há 20 anos. Ele cobrou que os europeus não devem agir com desconfiança com o Brasil, mas sim como parceiro.

A lei antidesmatamento emperrou ainda mais as negociações para conclusão do Acordo Comercial do Mercosul com a União Europeia. Lula deseja renegociar uma parte do acordo sobre compras governamentais – que daria à indústria europeia aval para disputar licitações públicas no Brasil.

Além disso, o governo acusou os europeus de proporem sanções aos países sul-americanos, o que também impactaria o agronegócio brasileiro, na carta paralela que foi apresentada em março, com condicionantes climática e ambientais para a assinatura do acordo.

Lula e o Papa Francisco no Vaticano  Foto: via REUTERS / via REUTERS

‘Visita de agradecimento’

Lula deu as declarações na sede da prefeitura de Roma, ao lado do prefeito Roberto Guatileri, seu aliado político. O prefeito visitou Lula na cadeia, em Curitiba (PF), quando foi condenado por corrupção na Operação Lava Jato.

“Essa é uma visita de agradecimento, uma expressão de minha gratidão pela lealdade, solidariedade e comportamento do prefeito quando eu estava detido na Polícia Federal no meu País. Gualtieri foi homem que foi me visitar, conversou com muita gente para prestar solidariedade nos meus processos. Espero um dia poder retribuir todo o gesto que ele fez a mim e ao Brasil quando estávamos vivendo um momento difícil”, disse Lula ao lado do político italiano.

Na primeira parte da viagem, o petista se dedicou a reuniões com líderes e personalidades que o apoiaram na prisão. Além de Gualtieri, ele se reuniu com o papa Francisco, com quem trocou correspondências no cárcere, e o sociólogo italiano Domenico de Masi, um dos principais pensadores da esquerda italiana.

O Itamaraty acabou encaixando uma reunião bilateral com a premiê Giorgia Meloni, de direita, quando a viagem já estava acertada.

Com o Acordo Mercosul-União Europeia travado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, dia 21, na Itália que pretende recolocar o País no centro das discussões climáticas. Ele prometeu, em Roma, zerar o desmatamento ilegal até 2030, em meio a tensões com a UE sobre uma lei antidesmatamento que promete banir do mercado comum europeu produtos agropecuários, como carne de gado, café e óleo de palma, nos quais o Brasil é competitivo.

“A minha viagem foi, do meu ponto de vista, de recolocar o Brasil no centro das discussões climáticas no mundo. Vocês sabem que o Brasil é um país muito importante, tem uma matriz energética, possivelmente, a mais limpa do mundo. O Brasil tem o compromisso de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030″, afirmou Lula.

A lei aprovada pela União Europeia veta produtos sul-americanos que tenham sido cultivados ou produzidos em área que tenha sido monitorada e desmatada, desde 2021.

Lula encontra o prefeito de Roma Roberto Gualtieri  Foto: EFE / EFE

Protestos e renegociação

A nova legislação provocou protestos do governo brasileiro. Lula disse que a lei quebra o equilíbrio do acordo comercial negociado há 20 anos. Ele cobrou que os europeus não devem agir com desconfiança com o Brasil, mas sim como parceiro.

A lei antidesmatamento emperrou ainda mais as negociações para conclusão do Acordo Comercial do Mercosul com a União Europeia. Lula deseja renegociar uma parte do acordo sobre compras governamentais – que daria à indústria europeia aval para disputar licitações públicas no Brasil.

Além disso, o governo acusou os europeus de proporem sanções aos países sul-americanos, o que também impactaria o agronegócio brasileiro, na carta paralela que foi apresentada em março, com condicionantes climática e ambientais para a assinatura do acordo.

Lula e o Papa Francisco no Vaticano  Foto: via REUTERS / via REUTERS

‘Visita de agradecimento’

Lula deu as declarações na sede da prefeitura de Roma, ao lado do prefeito Roberto Guatileri, seu aliado político. O prefeito visitou Lula na cadeia, em Curitiba (PF), quando foi condenado por corrupção na Operação Lava Jato.

“Essa é uma visita de agradecimento, uma expressão de minha gratidão pela lealdade, solidariedade e comportamento do prefeito quando eu estava detido na Polícia Federal no meu País. Gualtieri foi homem que foi me visitar, conversou com muita gente para prestar solidariedade nos meus processos. Espero um dia poder retribuir todo o gesto que ele fez a mim e ao Brasil quando estávamos vivendo um momento difícil”, disse Lula ao lado do político italiano.

Na primeira parte da viagem, o petista se dedicou a reuniões com líderes e personalidades que o apoiaram na prisão. Além de Gualtieri, ele se reuniu com o papa Francisco, com quem trocou correspondências no cárcere, e o sociólogo italiano Domenico de Masi, um dos principais pensadores da esquerda italiana.

O Itamaraty acabou encaixando uma reunião bilateral com a premiê Giorgia Meloni, de direita, quando a viagem já estava acertada.

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