Com baixa participação, Líbano realiza primeira eleição parlamentar após colapso financeiro e explosão


Analistas não esperam grandes mudanças; resultado deve ser divulgado nesta segunda-feira, 16

BEIRUTE - Os libaneses comparecem às urnas neste domingo, 15, para as primeiras eleições parlamentares desde o surgimento de várias crises que deixaram o país à beira do colapso.

Apesar da grave situação econômica, social e política, com o descontentamento manifestado na revolta popular de 2019, os analistas não esperam grandes mudanças no Parlamento, que provavelmente ficará nas mãos dos partidos que controlam o país há mais de três décadas.

As urnas fecharam às 19h locais (11h de Brasília). Algumas regiões já começaram a apuração, mas os resultados devem ser anunciados na segunda-feira.

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O fluxo de eleitores era fraco no meio do dia na maioria das regiões. A imprensa local informou que vários locais de votação registraram cortes de energia elétrica, apesar das promessas do ministério do Interior de que a rede não seria afetada.

Incidentes e agressões

Um grande dispositivo de segurança foi mobilizado para as eleições, nas quais quase 3,9 milhões de libaneses estavam registrados para votar. Mas em regiões com forte presença do movimento xiita Hezbollah, foram relatados muitos incidentes entre apoiadores de partidos rivais.

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De acordo com a Associação Libanesa para a Democracia das Eleições (LADE), encarregada de supervisionar o processo eleitoral, vários de seus membros foram atacados nas assembleias de voto, especialmente na região de Bekaa (leste), reduto do Hezbollah.

Na mesma região, o partido cristão Forças Libanesas, firmemente contrário às armas do partido xiita, disse em um comunicado que vários de seus delegados foram espancados e expulsos dos locais de votação.

Eleitores do Hezbollah se manifestam em Beirute, no Líbano Foto: Hussein Malla / AP
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A LADE também divulgou um vídeo em que apoiadores do Hezbollah assediam um candidato independente em um subúrbio ao sul de Beirute, outro reduto do poderoso movimento pró-Irã.

Nessa área do sul de Beirute, um homem foi preso pelas forças de segurança por ter insultado o presidente libanês, Michel Aoun, ao deixar uma assembleia de voto, indicou a mídia local.

“Motor” de mudança

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As eleições foram organizadas sob uma lei de 2017 que dá vantagem aos partidos no poder. O principal líder sunita, Saad Hariri, não participou.

O atual Parlamento é dominado pelo Hezbollah, em aliança com o partido xiita Amal, do presidente da Câmara, Nabih Berri, e com a formação cristã Corrente Patriótica Livre (CPL), do presidente do país.

Desde a última eleição, em 2018, o país foi sacudido por protestos, por uma grande explosão no porto de Beirute e por um agravamento da crise econômica.

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A libra libanesa registrou desvalorização de 95%. As poupanças dos libaneses foram bloqueadas nos bancos, o salário mínimo é insuficiente para completar o tanque de gasolina e a energia elétrica está disponível apenas por algumas horas ao dia.

Mais de 80% da população é considerada pobre, segundo de acordo com os índices da ONU, e isto leva os mais desesperados a tentar fugir para a Europa em viagens perigosas.

Alguns grupos que surgiram da revolta da população esperam conquistar um espaço no Parlamento, mas o objetivo pode ser dificultado pelo fato de que concorrem de maneira separada e sem uma frente unida.

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No total, 718 candidatos, incluindo 157 mulheres, disputaram as eleições, que para a comunidade internacional representam uma condição indispensável para o possível envio de ajuda financeira.

“O colapso econômico é o principal motor de uma mudança, pois os aspectos político, social e de segurança são essencialmente consequência da crise econômica”, declarou Sam Heller. /AFP

BEIRUTE - Os libaneses comparecem às urnas neste domingo, 15, para as primeiras eleições parlamentares desde o surgimento de várias crises que deixaram o país à beira do colapso.

Apesar da grave situação econômica, social e política, com o descontentamento manifestado na revolta popular de 2019, os analistas não esperam grandes mudanças no Parlamento, que provavelmente ficará nas mãos dos partidos que controlam o país há mais de três décadas.

As urnas fecharam às 19h locais (11h de Brasília). Algumas regiões já começaram a apuração, mas os resultados devem ser anunciados na segunda-feira.

O fluxo de eleitores era fraco no meio do dia na maioria das regiões. A imprensa local informou que vários locais de votação registraram cortes de energia elétrica, apesar das promessas do ministério do Interior de que a rede não seria afetada.

Incidentes e agressões

Um grande dispositivo de segurança foi mobilizado para as eleições, nas quais quase 3,9 milhões de libaneses estavam registrados para votar. Mas em regiões com forte presença do movimento xiita Hezbollah, foram relatados muitos incidentes entre apoiadores de partidos rivais.

De acordo com a Associação Libanesa para a Democracia das Eleições (LADE), encarregada de supervisionar o processo eleitoral, vários de seus membros foram atacados nas assembleias de voto, especialmente na região de Bekaa (leste), reduto do Hezbollah.

Na mesma região, o partido cristão Forças Libanesas, firmemente contrário às armas do partido xiita, disse em um comunicado que vários de seus delegados foram espancados e expulsos dos locais de votação.

Eleitores do Hezbollah se manifestam em Beirute, no Líbano Foto: Hussein Malla / AP

A LADE também divulgou um vídeo em que apoiadores do Hezbollah assediam um candidato independente em um subúrbio ao sul de Beirute, outro reduto do poderoso movimento pró-Irã.

Nessa área do sul de Beirute, um homem foi preso pelas forças de segurança por ter insultado o presidente libanês, Michel Aoun, ao deixar uma assembleia de voto, indicou a mídia local.

“Motor” de mudança

As eleições foram organizadas sob uma lei de 2017 que dá vantagem aos partidos no poder. O principal líder sunita, Saad Hariri, não participou.

O atual Parlamento é dominado pelo Hezbollah, em aliança com o partido xiita Amal, do presidente da Câmara, Nabih Berri, e com a formação cristã Corrente Patriótica Livre (CPL), do presidente do país.

Desde a última eleição, em 2018, o país foi sacudido por protestos, por uma grande explosão no porto de Beirute e por um agravamento da crise econômica.

A libra libanesa registrou desvalorização de 95%. As poupanças dos libaneses foram bloqueadas nos bancos, o salário mínimo é insuficiente para completar o tanque de gasolina e a energia elétrica está disponível apenas por algumas horas ao dia.

Mais de 80% da população é considerada pobre, segundo de acordo com os índices da ONU, e isto leva os mais desesperados a tentar fugir para a Europa em viagens perigosas.

Alguns grupos que surgiram da revolta da população esperam conquistar um espaço no Parlamento, mas o objetivo pode ser dificultado pelo fato de que concorrem de maneira separada e sem uma frente unida.

No total, 718 candidatos, incluindo 157 mulheres, disputaram as eleições, que para a comunidade internacional representam uma condição indispensável para o possível envio de ajuda financeira.

“O colapso econômico é o principal motor de uma mudança, pois os aspectos político, social e de segurança são essencialmente consequência da crise econômica”, declarou Sam Heller. /AFP

BEIRUTE - Os libaneses comparecem às urnas neste domingo, 15, para as primeiras eleições parlamentares desde o surgimento de várias crises que deixaram o país à beira do colapso.

Apesar da grave situação econômica, social e política, com o descontentamento manifestado na revolta popular de 2019, os analistas não esperam grandes mudanças no Parlamento, que provavelmente ficará nas mãos dos partidos que controlam o país há mais de três décadas.

As urnas fecharam às 19h locais (11h de Brasília). Algumas regiões já começaram a apuração, mas os resultados devem ser anunciados na segunda-feira.

O fluxo de eleitores era fraco no meio do dia na maioria das regiões. A imprensa local informou que vários locais de votação registraram cortes de energia elétrica, apesar das promessas do ministério do Interior de que a rede não seria afetada.

Incidentes e agressões

Um grande dispositivo de segurança foi mobilizado para as eleições, nas quais quase 3,9 milhões de libaneses estavam registrados para votar. Mas em regiões com forte presença do movimento xiita Hezbollah, foram relatados muitos incidentes entre apoiadores de partidos rivais.

De acordo com a Associação Libanesa para a Democracia das Eleições (LADE), encarregada de supervisionar o processo eleitoral, vários de seus membros foram atacados nas assembleias de voto, especialmente na região de Bekaa (leste), reduto do Hezbollah.

Na mesma região, o partido cristão Forças Libanesas, firmemente contrário às armas do partido xiita, disse em um comunicado que vários de seus delegados foram espancados e expulsos dos locais de votação.

Eleitores do Hezbollah se manifestam em Beirute, no Líbano Foto: Hussein Malla / AP

A LADE também divulgou um vídeo em que apoiadores do Hezbollah assediam um candidato independente em um subúrbio ao sul de Beirute, outro reduto do poderoso movimento pró-Irã.

Nessa área do sul de Beirute, um homem foi preso pelas forças de segurança por ter insultado o presidente libanês, Michel Aoun, ao deixar uma assembleia de voto, indicou a mídia local.

“Motor” de mudança

As eleições foram organizadas sob uma lei de 2017 que dá vantagem aos partidos no poder. O principal líder sunita, Saad Hariri, não participou.

O atual Parlamento é dominado pelo Hezbollah, em aliança com o partido xiita Amal, do presidente da Câmara, Nabih Berri, e com a formação cristã Corrente Patriótica Livre (CPL), do presidente do país.

Desde a última eleição, em 2018, o país foi sacudido por protestos, por uma grande explosão no porto de Beirute e por um agravamento da crise econômica.

A libra libanesa registrou desvalorização de 95%. As poupanças dos libaneses foram bloqueadas nos bancos, o salário mínimo é insuficiente para completar o tanque de gasolina e a energia elétrica está disponível apenas por algumas horas ao dia.

Mais de 80% da população é considerada pobre, segundo de acordo com os índices da ONU, e isto leva os mais desesperados a tentar fugir para a Europa em viagens perigosas.

Alguns grupos que surgiram da revolta da população esperam conquistar um espaço no Parlamento, mas o objetivo pode ser dificultado pelo fato de que concorrem de maneira separada e sem uma frente unida.

No total, 718 candidatos, incluindo 157 mulheres, disputaram as eleições, que para a comunidade internacional representam uma condição indispensável para o possível envio de ajuda financeira.

“O colapso econômico é o principal motor de uma mudança, pois os aspectos político, social e de segurança são essencialmente consequência da crise econômica”, declarou Sam Heller. /AFP

BEIRUTE - Os libaneses comparecem às urnas neste domingo, 15, para as primeiras eleições parlamentares desde o surgimento de várias crises que deixaram o país à beira do colapso.

Apesar da grave situação econômica, social e política, com o descontentamento manifestado na revolta popular de 2019, os analistas não esperam grandes mudanças no Parlamento, que provavelmente ficará nas mãos dos partidos que controlam o país há mais de três décadas.

As urnas fecharam às 19h locais (11h de Brasília). Algumas regiões já começaram a apuração, mas os resultados devem ser anunciados na segunda-feira.

O fluxo de eleitores era fraco no meio do dia na maioria das regiões. A imprensa local informou que vários locais de votação registraram cortes de energia elétrica, apesar das promessas do ministério do Interior de que a rede não seria afetada.

Incidentes e agressões

Um grande dispositivo de segurança foi mobilizado para as eleições, nas quais quase 3,9 milhões de libaneses estavam registrados para votar. Mas em regiões com forte presença do movimento xiita Hezbollah, foram relatados muitos incidentes entre apoiadores de partidos rivais.

De acordo com a Associação Libanesa para a Democracia das Eleições (LADE), encarregada de supervisionar o processo eleitoral, vários de seus membros foram atacados nas assembleias de voto, especialmente na região de Bekaa (leste), reduto do Hezbollah.

Na mesma região, o partido cristão Forças Libanesas, firmemente contrário às armas do partido xiita, disse em um comunicado que vários de seus delegados foram espancados e expulsos dos locais de votação.

Eleitores do Hezbollah se manifestam em Beirute, no Líbano Foto: Hussein Malla / AP

A LADE também divulgou um vídeo em que apoiadores do Hezbollah assediam um candidato independente em um subúrbio ao sul de Beirute, outro reduto do poderoso movimento pró-Irã.

Nessa área do sul de Beirute, um homem foi preso pelas forças de segurança por ter insultado o presidente libanês, Michel Aoun, ao deixar uma assembleia de voto, indicou a mídia local.

“Motor” de mudança

As eleições foram organizadas sob uma lei de 2017 que dá vantagem aos partidos no poder. O principal líder sunita, Saad Hariri, não participou.

O atual Parlamento é dominado pelo Hezbollah, em aliança com o partido xiita Amal, do presidente da Câmara, Nabih Berri, e com a formação cristã Corrente Patriótica Livre (CPL), do presidente do país.

Desde a última eleição, em 2018, o país foi sacudido por protestos, por uma grande explosão no porto de Beirute e por um agravamento da crise econômica.

A libra libanesa registrou desvalorização de 95%. As poupanças dos libaneses foram bloqueadas nos bancos, o salário mínimo é insuficiente para completar o tanque de gasolina e a energia elétrica está disponível apenas por algumas horas ao dia.

Mais de 80% da população é considerada pobre, segundo de acordo com os índices da ONU, e isto leva os mais desesperados a tentar fugir para a Europa em viagens perigosas.

Alguns grupos que surgiram da revolta da população esperam conquistar um espaço no Parlamento, mas o objetivo pode ser dificultado pelo fato de que concorrem de maneira separada e sem uma frente unida.

No total, 718 candidatos, incluindo 157 mulheres, disputaram as eleições, que para a comunidade internacional representam uma condição indispensável para o possível envio de ajuda financeira.

“O colapso econômico é o principal motor de uma mudança, pois os aspectos político, social e de segurança são essencialmente consequência da crise econômica”, declarou Sam Heller. /AFP

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