LONDRES - Admiradores da rainha deixaram flores em frente ao Palácio de Buckingham onde, há exatamente um ano, a bandeira a meio mastro anunciava o fim de uma era com a morte de Elizabeth II. Sem grandes cerimônias, foram os tiros de canhão que soaram por todo Reino Unido em homenagem à sua monarca mais longeva.
O rei Charles III, junto com a rainha consorte Camilla, rezou em pequena uma igreja, perto do Castelo Balmoral, na Escócia, para homenagear a mãe. De todas as casas reais, essa era a preferida da rainha Elizabeth e foi escolhida por ela para passar o fim da vida até o dia em que morreu, 8 de setembro de 2022. “Recordamos com grande afeto sua longa vida, o serviço devoto e tudo o que significou para tantos de nós”, disse o rei em uma mensagem gravada.
O príncipe William, herdeiro do trono, e a esposa Catherine também foram a missa na catedral de St Davids, em Gales, onde colocaram flores sob a foto de Elizabeth. “Todos sentimos sua falta”, disse o casal real em seu perfil nas redes socais ao divulgar uma foto da pequena cerimônia religiosa e exaltar o legado da rainha.
Harry, o filho mais novo de Charles III, que abdicou das funções da realeza e hoje vive na Califórnia com a esposa Meghan e os dois filhos foi ao Reino Unido para um evento beneficente na quinta-feira. “Ela está vendo a todos nós e está feliz”, disse ele na ocasião. Nesta sexta, Harry foi visto visitando o túmulo da avó no Castelo de Windsor.
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A nova era britânica
“É um dia triste”, disse à agência AFP o estudante Ross Nichol, de 22 anos, no local onde viu passar o cortejo fúnebre, que reuniu uma multidão na despedida da rainha. O momento marcava o início de um novo capítulo no Reino Unido e nas 14 nações que integram a comunidade britânica, com a chegada de Charles III ao trono.
Depois da longa espera, o primeiro ano de Charles III como rei tem sido marcado pela continuidade. Conhecido pelo ativismo nas causas ambientais, o novo rei tem focado em adotar um papel mais diplomático agora que está à frente da Coroa.
Bem menos popular que a mãe, o rei viu o aumento das manifestações contra a monarquia em suas viagens pelo país, em particular durante a cerimônia oficial de coroação, em 6 de maio.
Entretanto, apesar dos questionamentos sobre o futuro da monarquia que marcaram o início dessa nova fase, uma pesquisa recente mostrou que o Palácio ainda é bem quisto pela maioria dos britânicos. O levantamento feito pelo instituto YouGovs indicou que 59% dos entrevistados consideram que o rei faz um “bom trabalho”, contra 17% que pensam o contrário./AFP