Comandante da Marinha dos EUA renuncia após divergência com Trump


Richard Spencer se viu obrigado a renunciar após polêmica sobre o soldado de elite Eddie Gallagher, acusado de crimes de guerra e que recebeu indulto do presidente americano

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O comandante da Marinha dos Estados Unidos, Richard Spencer, se viu obrigado a renunciar no domingo após polêmica sobre um soldado de elite acusado de crimes de guerra e que recebeu indulto do presidente Donald Trump.

"Já não compartilho a mesma visão que o comandante em chefe que me nomeou a respeito dos princípios fundamentais da boa ordem e da disciplina", escreveu Spencer em uma carta Foto: Michael Reynolds / EFE

Spencer, que recebeu um pedido do secretário de Defesa, Mark Esper, para que deixasse o cargo, confirmou sua saída em uma carta aberta na qual criticou Trump, comandante em chefe das Forças Armadas americanas.

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"Já não compartilho a mesma visão que o comandante em chefe que me nomeou a respeito dos princípios fundamentais da boa ordem e da disciplina", escreveu Spencer em uma carta publicada pela imprensa americana. "Reconheço, pela presente, o cessar de minhas funções como secretário americano da Marinha."

Horas antes, o secretário de Defesa havia solicitado que Spencer renunciasse ao posto, um cargo civil.

Perda de confiança

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Esper "solicitou a renúncia do secretário da Marinha Spencer depois de perder a confiança nele por sua falta de franqueza sobre as conversas com a Casa Branca a respeito da administração do caso do Navy Seal Eddie Gallagher", afirmou o Departamento de Defesa em um comunicado.

Gallagher, dos "Navy Seals", foi julgado por crimes de guerra em um caso que recebeu muito destaque nos EUA Foto: Gregory Bull / AP

Gallagher, dos "Navy Seals", foi julgado por crimes de guerra em um caso que recebeu muito destaque nos EUA.

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No dia 2 de julho ele se declarou inocente da acusação de matar um prisioneiro no Iraque em 2017 e foi absolvido de duas tentativas de assassinato de civis iraquianos.

Mas o soldado de elite foi declarado culpado de posar ao lado do corpo com outros militares, uma foto que poderia prejudicar as Forças Armadas, de acordo com a acusação.

Decisão polêmica

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A Marinha rebaixou sua patente, uma punição que reduzia seu salário e sua pensão de aposentadoria. Mas no dia 15 de novembro Trump revogou a punição.

O Departamento de Defesa acusou o secretário da Marinha de propor de modo particular à Casa Branca que, se não interferissem nos procedimentos de má conduta contra Gallagher, ele pediria baixa sem ser expulso da força de elite.

Spencer supostamente não compartilhou a proposta com o secretário de Defesa, que afirmou ter ficado "profundamente preocupado com a conduta".

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A Marinha dos EUA iniciou um procedimento pelo qual uma comissão de revisão poderia expulsar Gallagher e outros três membros de sua unidade. Mas a intervenção de Trump interrompeu o processo. / AFP

WASHINGTON - O comandante da Marinha dos Estados Unidos, Richard Spencer, se viu obrigado a renunciar no domingo após polêmica sobre um soldado de elite acusado de crimes de guerra e que recebeu indulto do presidente Donald Trump.

"Já não compartilho a mesma visão que o comandante em chefe que me nomeou a respeito dos princípios fundamentais da boa ordem e da disciplina", escreveu Spencer em uma carta Foto: Michael Reynolds / EFE

Spencer, que recebeu um pedido do secretário de Defesa, Mark Esper, para que deixasse o cargo, confirmou sua saída em uma carta aberta na qual criticou Trump, comandante em chefe das Forças Armadas americanas.

"Já não compartilho a mesma visão que o comandante em chefe que me nomeou a respeito dos princípios fundamentais da boa ordem e da disciplina", escreveu Spencer em uma carta publicada pela imprensa americana. "Reconheço, pela presente, o cessar de minhas funções como secretário americano da Marinha."

Horas antes, o secretário de Defesa havia solicitado que Spencer renunciasse ao posto, um cargo civil.

Perda de confiança

Esper "solicitou a renúncia do secretário da Marinha Spencer depois de perder a confiança nele por sua falta de franqueza sobre as conversas com a Casa Branca a respeito da administração do caso do Navy Seal Eddie Gallagher", afirmou o Departamento de Defesa em um comunicado.

Gallagher, dos "Navy Seals", foi julgado por crimes de guerra em um caso que recebeu muito destaque nos EUA Foto: Gregory Bull / AP

Gallagher, dos "Navy Seals", foi julgado por crimes de guerra em um caso que recebeu muito destaque nos EUA.

No dia 2 de julho ele se declarou inocente da acusação de matar um prisioneiro no Iraque em 2017 e foi absolvido de duas tentativas de assassinato de civis iraquianos.

Mas o soldado de elite foi declarado culpado de posar ao lado do corpo com outros militares, uma foto que poderia prejudicar as Forças Armadas, de acordo com a acusação.

Decisão polêmica

A Marinha rebaixou sua patente, uma punição que reduzia seu salário e sua pensão de aposentadoria. Mas no dia 15 de novembro Trump revogou a punição.

O Departamento de Defesa acusou o secretário da Marinha de propor de modo particular à Casa Branca que, se não interferissem nos procedimentos de má conduta contra Gallagher, ele pediria baixa sem ser expulso da força de elite.

Spencer supostamente não compartilhou a proposta com o secretário de Defesa, que afirmou ter ficado "profundamente preocupado com a conduta".

A Marinha dos EUA iniciou um procedimento pelo qual uma comissão de revisão poderia expulsar Gallagher e outros três membros de sua unidade. Mas a intervenção de Trump interrompeu o processo. / AFP

WASHINGTON - O comandante da Marinha dos Estados Unidos, Richard Spencer, se viu obrigado a renunciar no domingo após polêmica sobre um soldado de elite acusado de crimes de guerra e que recebeu indulto do presidente Donald Trump.

"Já não compartilho a mesma visão que o comandante em chefe que me nomeou a respeito dos princípios fundamentais da boa ordem e da disciplina", escreveu Spencer em uma carta Foto: Michael Reynolds / EFE

Spencer, que recebeu um pedido do secretário de Defesa, Mark Esper, para que deixasse o cargo, confirmou sua saída em uma carta aberta na qual criticou Trump, comandante em chefe das Forças Armadas americanas.

"Já não compartilho a mesma visão que o comandante em chefe que me nomeou a respeito dos princípios fundamentais da boa ordem e da disciplina", escreveu Spencer em uma carta publicada pela imprensa americana. "Reconheço, pela presente, o cessar de minhas funções como secretário americano da Marinha."

Horas antes, o secretário de Defesa havia solicitado que Spencer renunciasse ao posto, um cargo civil.

Perda de confiança

Esper "solicitou a renúncia do secretário da Marinha Spencer depois de perder a confiança nele por sua falta de franqueza sobre as conversas com a Casa Branca a respeito da administração do caso do Navy Seal Eddie Gallagher", afirmou o Departamento de Defesa em um comunicado.

Gallagher, dos "Navy Seals", foi julgado por crimes de guerra em um caso que recebeu muito destaque nos EUA Foto: Gregory Bull / AP

Gallagher, dos "Navy Seals", foi julgado por crimes de guerra em um caso que recebeu muito destaque nos EUA.

No dia 2 de julho ele se declarou inocente da acusação de matar um prisioneiro no Iraque em 2017 e foi absolvido de duas tentativas de assassinato de civis iraquianos.

Mas o soldado de elite foi declarado culpado de posar ao lado do corpo com outros militares, uma foto que poderia prejudicar as Forças Armadas, de acordo com a acusação.

Decisão polêmica

A Marinha rebaixou sua patente, uma punição que reduzia seu salário e sua pensão de aposentadoria. Mas no dia 15 de novembro Trump revogou a punição.

O Departamento de Defesa acusou o secretário da Marinha de propor de modo particular à Casa Branca que, se não interferissem nos procedimentos de má conduta contra Gallagher, ele pediria baixa sem ser expulso da força de elite.

Spencer supostamente não compartilhou a proposta com o secretário de Defesa, que afirmou ter ficado "profundamente preocupado com a conduta".

A Marinha dos EUA iniciou um procedimento pelo qual uma comissão de revisão poderia expulsar Gallagher e outros três membros de sua unidade. Mas a intervenção de Trump interrompeu o processo. / AFP

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