Comissão da Câmara dos EUA intima Trump a depor e entregar documentos sobre ataque ao Capitólio


No caso da operação para recuperar documentos na mansão do ex-presidente de Mar-a-Lago, a Suprema Corte negou seu pedido para intervir no caso

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - A Comissão da Câmara dos Deputados dos EUA que investiga o ataque de 6 de Janeiro ao Capitólio aprovou uma intimação para que o ex-presidente Donald Trump dê explicações e entregue documentos sobre seu papel nos eventos que levaram à violência que consumiu o Congresso no início de 2021. A decisão é uma escalada dos trabalhos da Comissão que está encerrando essa fase de investigação.

No início da audiência, o deputado Bennie Thompson, democrata do Mississippi e presidente da Comissão, disse que o painel poderia votar em “mais ações investigativas”, mas não especificou o que isso seria. A decisão de intimar o ex-presidente marca o ápice de uma dramática investigação de um ano e meio e um sinal de que a comissão quer continuar seu trabalho além do mandato do atual Congresso.

A votação desta quinta-feira, 13, encerrou a última audiência do painel, o qual procurou reorientar a atenção do país para os esforços de Trump para anular a eleição de 2020. Os EUA se preparam para voltar às urnas em 8 de novembro para as eleições de meio de mandato.

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Os deputados Bennie Thompson (democrata) e Liz Cheney (republicana), presidente e vice-presidente da comissão do Congresso, durante audiência sobre o ataque ao Capitólio Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP - 13/10/2022

“Esta é uma questão sobre responsabilidade para o povo americano”, disse Thompson antes da votação. “Ele deve ser responsável.”

A aprovação por unanimidade ocorreu no final de uma audiência que também revelou novos detalhes sobre avisos do Serviço Secreto de que apoiadores armados de Trump iriam ao Capitólio, com um agente descrevendo aquela manhã como uma “calmaria antes da tempestade”.

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A intimação do ex-presidente está entre as medidas mais agressivas da comissão desde que ela foi formada há mais de 15 meses, mas que seus membros sentiram que precisava ser tomada, dado o papel central de Trump na luta contra os resultados das eleições.

Os legisladores do painel sentiram que sua investigação seria incompleta sem questionar Trump sob juramento, embora esteja quase certo que ele lutará contra a intimação, e as tentativas de aplicá-la provavelmente levarão a uma longa batalha legal.

“A causa central de 6 de Janeiro foi um homem, Donald Trump, que muitos outros seguiram”, disse a deputada Liz Cheney, republicana de Wyoming e vice-presidente da comissão, acrescentando: “O presidente Trump tinha um plano premeditado de declarar que a eleição foi fraudulenta e roubada antes do dia da votação.”

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Um vídeo de 6 de janeiro do senador Chuck Schumer e da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, é exibido durante a audiência do Comitê da Câmara que investiga o ataque ao Capitólio  Foto: Mandel Ngan/AFP - 13/10/2022

Em mensagens inéditas do Serviço Secreto, o painel produziu evidências de como os grupos extremistas exerceram força na luta pela presidência de Trump, planejando semanas antes do ataque enviar uma multidão violenta a Washington. “O plano deles era literalmente matar pessoas”, dizia uma informação enviada ao Serviço Secreto mais de uma semana antes da violência em 6 de Janeiro.

O comitê também exibiu um novo vídeo dos bastidores de congressistas, incluindo a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o senador Chuck Schumer, que haviam sido retirados às pressas do Capitólio. Em cenas dramáticas, eles apelam a funcionários de alto escalão do governo e tentam obter ajuda da Guarda Nacional.

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Schumer aparece exaltado ao telefone, falando com Jeffrey Rosen, o então secretário interino de Justiça. “Por que você não pede ao presidente para dizer a eles para deixarem o Capitólio, sr. secretário?”, questiona o senador.

Sem colaboração

Trump, porém, tachou como “fracasso total” o resultado do trabalho da comissão. Em várias mensagens em sua rede social, Truth Social, o ex-presidente acusou o painel de “conscientemente” não investigar a “massiva” fraude eleitoral que Trump, sem provas, alega ter ocorrido nas eleições presidenciais de 2020, nas quais foi derrotado.

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Sem dar muitas indicações de que irá colaborar com esse comitê, Trump disse que o motivo do ataque ao Capitólio foi essa alegada fraude eleitoral, o que contraria as conclusões do painel legislativo.

Da mesma forma, o ex-presidente questionou por que o comitê não o pediu para testemunhar meses atrás e esperou até o último momento, “nos últimos momentos de sua última reunião”, ao que ele mesmo respondeu dizendo que esta comissão é “um fracasso total”, que, em sua opinião, só serviu para dividir o país, “que por sinal está indo muito mal - a chacota do mundo inteiro”.

Derrota na Suprema Corte

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As investigações envolvendo Trump estão se acumulando. À medida que a audiência da comissão se desenrolava nesta quinta-feira, a Suprema Corte negou o pedido do ex-presidente para intervir na investigação dos documentos de Mar-a-Lago.

A decisão significa que os 103 documentos marcados como confidenciais ficarão de fora do processo especial de revisão de privilégios supervisionados por um juiz federal nomeado por Trump na Flórida, para que o governo não precise mostrar os arquivos confidenciais à equipe jurídica de Trump./NYT, WP e AP

WASHINGTON - A Comissão da Câmara dos Deputados dos EUA que investiga o ataque de 6 de Janeiro ao Capitólio aprovou uma intimação para que o ex-presidente Donald Trump dê explicações e entregue documentos sobre seu papel nos eventos que levaram à violência que consumiu o Congresso no início de 2021. A decisão é uma escalada dos trabalhos da Comissão que está encerrando essa fase de investigação.

No início da audiência, o deputado Bennie Thompson, democrata do Mississippi e presidente da Comissão, disse que o painel poderia votar em “mais ações investigativas”, mas não especificou o que isso seria. A decisão de intimar o ex-presidente marca o ápice de uma dramática investigação de um ano e meio e um sinal de que a comissão quer continuar seu trabalho além do mandato do atual Congresso.

A votação desta quinta-feira, 13, encerrou a última audiência do painel, o qual procurou reorientar a atenção do país para os esforços de Trump para anular a eleição de 2020. Os EUA se preparam para voltar às urnas em 8 de novembro para as eleições de meio de mandato.

Os deputados Bennie Thompson (democrata) e Liz Cheney (republicana), presidente e vice-presidente da comissão do Congresso, durante audiência sobre o ataque ao Capitólio Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP - 13/10/2022

“Esta é uma questão sobre responsabilidade para o povo americano”, disse Thompson antes da votação. “Ele deve ser responsável.”

A aprovação por unanimidade ocorreu no final de uma audiência que também revelou novos detalhes sobre avisos do Serviço Secreto de que apoiadores armados de Trump iriam ao Capitólio, com um agente descrevendo aquela manhã como uma “calmaria antes da tempestade”.

A intimação do ex-presidente está entre as medidas mais agressivas da comissão desde que ela foi formada há mais de 15 meses, mas que seus membros sentiram que precisava ser tomada, dado o papel central de Trump na luta contra os resultados das eleições.

Os legisladores do painel sentiram que sua investigação seria incompleta sem questionar Trump sob juramento, embora esteja quase certo que ele lutará contra a intimação, e as tentativas de aplicá-la provavelmente levarão a uma longa batalha legal.

“A causa central de 6 de Janeiro foi um homem, Donald Trump, que muitos outros seguiram”, disse a deputada Liz Cheney, republicana de Wyoming e vice-presidente da comissão, acrescentando: “O presidente Trump tinha um plano premeditado de declarar que a eleição foi fraudulenta e roubada antes do dia da votação.”

Um vídeo de 6 de janeiro do senador Chuck Schumer e da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, é exibido durante a audiência do Comitê da Câmara que investiga o ataque ao Capitólio  Foto: Mandel Ngan/AFP - 13/10/2022

Em mensagens inéditas do Serviço Secreto, o painel produziu evidências de como os grupos extremistas exerceram força na luta pela presidência de Trump, planejando semanas antes do ataque enviar uma multidão violenta a Washington. “O plano deles era literalmente matar pessoas”, dizia uma informação enviada ao Serviço Secreto mais de uma semana antes da violência em 6 de Janeiro.

O comitê também exibiu um novo vídeo dos bastidores de congressistas, incluindo a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o senador Chuck Schumer, que haviam sido retirados às pressas do Capitólio. Em cenas dramáticas, eles apelam a funcionários de alto escalão do governo e tentam obter ajuda da Guarda Nacional.

Schumer aparece exaltado ao telefone, falando com Jeffrey Rosen, o então secretário interino de Justiça. “Por que você não pede ao presidente para dizer a eles para deixarem o Capitólio, sr. secretário?”, questiona o senador.

Sem colaboração

Trump, porém, tachou como “fracasso total” o resultado do trabalho da comissão. Em várias mensagens em sua rede social, Truth Social, o ex-presidente acusou o painel de “conscientemente” não investigar a “massiva” fraude eleitoral que Trump, sem provas, alega ter ocorrido nas eleições presidenciais de 2020, nas quais foi derrotado.

Sem dar muitas indicações de que irá colaborar com esse comitê, Trump disse que o motivo do ataque ao Capitólio foi essa alegada fraude eleitoral, o que contraria as conclusões do painel legislativo.

Da mesma forma, o ex-presidente questionou por que o comitê não o pediu para testemunhar meses atrás e esperou até o último momento, “nos últimos momentos de sua última reunião”, ao que ele mesmo respondeu dizendo que esta comissão é “um fracasso total”, que, em sua opinião, só serviu para dividir o país, “que por sinal está indo muito mal - a chacota do mundo inteiro”.

Derrota na Suprema Corte

As investigações envolvendo Trump estão se acumulando. À medida que a audiência da comissão se desenrolava nesta quinta-feira, a Suprema Corte negou o pedido do ex-presidente para intervir na investigação dos documentos de Mar-a-Lago.

A decisão significa que os 103 documentos marcados como confidenciais ficarão de fora do processo especial de revisão de privilégios supervisionados por um juiz federal nomeado por Trump na Flórida, para que o governo não precise mostrar os arquivos confidenciais à equipe jurídica de Trump./NYT, WP e AP

WASHINGTON - A Comissão da Câmara dos Deputados dos EUA que investiga o ataque de 6 de Janeiro ao Capitólio aprovou uma intimação para que o ex-presidente Donald Trump dê explicações e entregue documentos sobre seu papel nos eventos que levaram à violência que consumiu o Congresso no início de 2021. A decisão é uma escalada dos trabalhos da Comissão que está encerrando essa fase de investigação.

No início da audiência, o deputado Bennie Thompson, democrata do Mississippi e presidente da Comissão, disse que o painel poderia votar em “mais ações investigativas”, mas não especificou o que isso seria. A decisão de intimar o ex-presidente marca o ápice de uma dramática investigação de um ano e meio e um sinal de que a comissão quer continuar seu trabalho além do mandato do atual Congresso.

A votação desta quinta-feira, 13, encerrou a última audiência do painel, o qual procurou reorientar a atenção do país para os esforços de Trump para anular a eleição de 2020. Os EUA se preparam para voltar às urnas em 8 de novembro para as eleições de meio de mandato.

Os deputados Bennie Thompson (democrata) e Liz Cheney (republicana), presidente e vice-presidente da comissão do Congresso, durante audiência sobre o ataque ao Capitólio Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP - 13/10/2022

“Esta é uma questão sobre responsabilidade para o povo americano”, disse Thompson antes da votação. “Ele deve ser responsável.”

A aprovação por unanimidade ocorreu no final de uma audiência que também revelou novos detalhes sobre avisos do Serviço Secreto de que apoiadores armados de Trump iriam ao Capitólio, com um agente descrevendo aquela manhã como uma “calmaria antes da tempestade”.

A intimação do ex-presidente está entre as medidas mais agressivas da comissão desde que ela foi formada há mais de 15 meses, mas que seus membros sentiram que precisava ser tomada, dado o papel central de Trump na luta contra os resultados das eleições.

Os legisladores do painel sentiram que sua investigação seria incompleta sem questionar Trump sob juramento, embora esteja quase certo que ele lutará contra a intimação, e as tentativas de aplicá-la provavelmente levarão a uma longa batalha legal.

“A causa central de 6 de Janeiro foi um homem, Donald Trump, que muitos outros seguiram”, disse a deputada Liz Cheney, republicana de Wyoming e vice-presidente da comissão, acrescentando: “O presidente Trump tinha um plano premeditado de declarar que a eleição foi fraudulenta e roubada antes do dia da votação.”

Um vídeo de 6 de janeiro do senador Chuck Schumer e da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, é exibido durante a audiência do Comitê da Câmara que investiga o ataque ao Capitólio  Foto: Mandel Ngan/AFP - 13/10/2022

Em mensagens inéditas do Serviço Secreto, o painel produziu evidências de como os grupos extremistas exerceram força na luta pela presidência de Trump, planejando semanas antes do ataque enviar uma multidão violenta a Washington. “O plano deles era literalmente matar pessoas”, dizia uma informação enviada ao Serviço Secreto mais de uma semana antes da violência em 6 de Janeiro.

O comitê também exibiu um novo vídeo dos bastidores de congressistas, incluindo a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o senador Chuck Schumer, que haviam sido retirados às pressas do Capitólio. Em cenas dramáticas, eles apelam a funcionários de alto escalão do governo e tentam obter ajuda da Guarda Nacional.

Schumer aparece exaltado ao telefone, falando com Jeffrey Rosen, o então secretário interino de Justiça. “Por que você não pede ao presidente para dizer a eles para deixarem o Capitólio, sr. secretário?”, questiona o senador.

Sem colaboração

Trump, porém, tachou como “fracasso total” o resultado do trabalho da comissão. Em várias mensagens em sua rede social, Truth Social, o ex-presidente acusou o painel de “conscientemente” não investigar a “massiva” fraude eleitoral que Trump, sem provas, alega ter ocorrido nas eleições presidenciais de 2020, nas quais foi derrotado.

Sem dar muitas indicações de que irá colaborar com esse comitê, Trump disse que o motivo do ataque ao Capitólio foi essa alegada fraude eleitoral, o que contraria as conclusões do painel legislativo.

Da mesma forma, o ex-presidente questionou por que o comitê não o pediu para testemunhar meses atrás e esperou até o último momento, “nos últimos momentos de sua última reunião”, ao que ele mesmo respondeu dizendo que esta comissão é “um fracasso total”, que, em sua opinião, só serviu para dividir o país, “que por sinal está indo muito mal - a chacota do mundo inteiro”.

Derrota na Suprema Corte

As investigações envolvendo Trump estão se acumulando. À medida que a audiência da comissão se desenrolava nesta quinta-feira, a Suprema Corte negou o pedido do ex-presidente para intervir na investigação dos documentos de Mar-a-Lago.

A decisão significa que os 103 documentos marcados como confidenciais ficarão de fora do processo especial de revisão de privilégios supervisionados por um juiz federal nomeado por Trump na Flórida, para que o governo não precise mostrar os arquivos confidenciais à equipe jurídica de Trump./NYT, WP e AP

WASHINGTON - A Comissão da Câmara dos Deputados dos EUA que investiga o ataque de 6 de Janeiro ao Capitólio aprovou uma intimação para que o ex-presidente Donald Trump dê explicações e entregue documentos sobre seu papel nos eventos que levaram à violência que consumiu o Congresso no início de 2021. A decisão é uma escalada dos trabalhos da Comissão que está encerrando essa fase de investigação.

No início da audiência, o deputado Bennie Thompson, democrata do Mississippi e presidente da Comissão, disse que o painel poderia votar em “mais ações investigativas”, mas não especificou o que isso seria. A decisão de intimar o ex-presidente marca o ápice de uma dramática investigação de um ano e meio e um sinal de que a comissão quer continuar seu trabalho além do mandato do atual Congresso.

A votação desta quinta-feira, 13, encerrou a última audiência do painel, o qual procurou reorientar a atenção do país para os esforços de Trump para anular a eleição de 2020. Os EUA se preparam para voltar às urnas em 8 de novembro para as eleições de meio de mandato.

Os deputados Bennie Thompson (democrata) e Liz Cheney (republicana), presidente e vice-presidente da comissão do Congresso, durante audiência sobre o ataque ao Capitólio Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP - 13/10/2022

“Esta é uma questão sobre responsabilidade para o povo americano”, disse Thompson antes da votação. “Ele deve ser responsável.”

A aprovação por unanimidade ocorreu no final de uma audiência que também revelou novos detalhes sobre avisos do Serviço Secreto de que apoiadores armados de Trump iriam ao Capitólio, com um agente descrevendo aquela manhã como uma “calmaria antes da tempestade”.

A intimação do ex-presidente está entre as medidas mais agressivas da comissão desde que ela foi formada há mais de 15 meses, mas que seus membros sentiram que precisava ser tomada, dado o papel central de Trump na luta contra os resultados das eleições.

Os legisladores do painel sentiram que sua investigação seria incompleta sem questionar Trump sob juramento, embora esteja quase certo que ele lutará contra a intimação, e as tentativas de aplicá-la provavelmente levarão a uma longa batalha legal.

“A causa central de 6 de Janeiro foi um homem, Donald Trump, que muitos outros seguiram”, disse a deputada Liz Cheney, republicana de Wyoming e vice-presidente da comissão, acrescentando: “O presidente Trump tinha um plano premeditado de declarar que a eleição foi fraudulenta e roubada antes do dia da votação.”

Um vídeo de 6 de janeiro do senador Chuck Schumer e da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, é exibido durante a audiência do Comitê da Câmara que investiga o ataque ao Capitólio  Foto: Mandel Ngan/AFP - 13/10/2022

Em mensagens inéditas do Serviço Secreto, o painel produziu evidências de como os grupos extremistas exerceram força na luta pela presidência de Trump, planejando semanas antes do ataque enviar uma multidão violenta a Washington. “O plano deles era literalmente matar pessoas”, dizia uma informação enviada ao Serviço Secreto mais de uma semana antes da violência em 6 de Janeiro.

O comitê também exibiu um novo vídeo dos bastidores de congressistas, incluindo a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o senador Chuck Schumer, que haviam sido retirados às pressas do Capitólio. Em cenas dramáticas, eles apelam a funcionários de alto escalão do governo e tentam obter ajuda da Guarda Nacional.

Schumer aparece exaltado ao telefone, falando com Jeffrey Rosen, o então secretário interino de Justiça. “Por que você não pede ao presidente para dizer a eles para deixarem o Capitólio, sr. secretário?”, questiona o senador.

Sem colaboração

Trump, porém, tachou como “fracasso total” o resultado do trabalho da comissão. Em várias mensagens em sua rede social, Truth Social, o ex-presidente acusou o painel de “conscientemente” não investigar a “massiva” fraude eleitoral que Trump, sem provas, alega ter ocorrido nas eleições presidenciais de 2020, nas quais foi derrotado.

Sem dar muitas indicações de que irá colaborar com esse comitê, Trump disse que o motivo do ataque ao Capitólio foi essa alegada fraude eleitoral, o que contraria as conclusões do painel legislativo.

Da mesma forma, o ex-presidente questionou por que o comitê não o pediu para testemunhar meses atrás e esperou até o último momento, “nos últimos momentos de sua última reunião”, ao que ele mesmo respondeu dizendo que esta comissão é “um fracasso total”, que, em sua opinião, só serviu para dividir o país, “que por sinal está indo muito mal - a chacota do mundo inteiro”.

Derrota na Suprema Corte

As investigações envolvendo Trump estão se acumulando. À medida que a audiência da comissão se desenrolava nesta quinta-feira, a Suprema Corte negou o pedido do ex-presidente para intervir na investigação dos documentos de Mar-a-Lago.

A decisão significa que os 103 documentos marcados como confidenciais ficarão de fora do processo especial de revisão de privilégios supervisionados por um juiz federal nomeado por Trump na Flórida, para que o governo não precise mostrar os arquivos confidenciais à equipe jurídica de Trump./NYT, WP e AP

WASHINGTON - A Comissão da Câmara dos Deputados dos EUA que investiga o ataque de 6 de Janeiro ao Capitólio aprovou uma intimação para que o ex-presidente Donald Trump dê explicações e entregue documentos sobre seu papel nos eventos que levaram à violência que consumiu o Congresso no início de 2021. A decisão é uma escalada dos trabalhos da Comissão que está encerrando essa fase de investigação.

No início da audiência, o deputado Bennie Thompson, democrata do Mississippi e presidente da Comissão, disse que o painel poderia votar em “mais ações investigativas”, mas não especificou o que isso seria. A decisão de intimar o ex-presidente marca o ápice de uma dramática investigação de um ano e meio e um sinal de que a comissão quer continuar seu trabalho além do mandato do atual Congresso.

A votação desta quinta-feira, 13, encerrou a última audiência do painel, o qual procurou reorientar a atenção do país para os esforços de Trump para anular a eleição de 2020. Os EUA se preparam para voltar às urnas em 8 de novembro para as eleições de meio de mandato.

Os deputados Bennie Thompson (democrata) e Liz Cheney (republicana), presidente e vice-presidente da comissão do Congresso, durante audiência sobre o ataque ao Capitólio Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP - 13/10/2022

“Esta é uma questão sobre responsabilidade para o povo americano”, disse Thompson antes da votação. “Ele deve ser responsável.”

A aprovação por unanimidade ocorreu no final de uma audiência que também revelou novos detalhes sobre avisos do Serviço Secreto de que apoiadores armados de Trump iriam ao Capitólio, com um agente descrevendo aquela manhã como uma “calmaria antes da tempestade”.

A intimação do ex-presidente está entre as medidas mais agressivas da comissão desde que ela foi formada há mais de 15 meses, mas que seus membros sentiram que precisava ser tomada, dado o papel central de Trump na luta contra os resultados das eleições.

Os legisladores do painel sentiram que sua investigação seria incompleta sem questionar Trump sob juramento, embora esteja quase certo que ele lutará contra a intimação, e as tentativas de aplicá-la provavelmente levarão a uma longa batalha legal.

“A causa central de 6 de Janeiro foi um homem, Donald Trump, que muitos outros seguiram”, disse a deputada Liz Cheney, republicana de Wyoming e vice-presidente da comissão, acrescentando: “O presidente Trump tinha um plano premeditado de declarar que a eleição foi fraudulenta e roubada antes do dia da votação.”

Um vídeo de 6 de janeiro do senador Chuck Schumer e da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, é exibido durante a audiência do Comitê da Câmara que investiga o ataque ao Capitólio  Foto: Mandel Ngan/AFP - 13/10/2022

Em mensagens inéditas do Serviço Secreto, o painel produziu evidências de como os grupos extremistas exerceram força na luta pela presidência de Trump, planejando semanas antes do ataque enviar uma multidão violenta a Washington. “O plano deles era literalmente matar pessoas”, dizia uma informação enviada ao Serviço Secreto mais de uma semana antes da violência em 6 de Janeiro.

O comitê também exibiu um novo vídeo dos bastidores de congressistas, incluindo a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o senador Chuck Schumer, que haviam sido retirados às pressas do Capitólio. Em cenas dramáticas, eles apelam a funcionários de alto escalão do governo e tentam obter ajuda da Guarda Nacional.

Schumer aparece exaltado ao telefone, falando com Jeffrey Rosen, o então secretário interino de Justiça. “Por que você não pede ao presidente para dizer a eles para deixarem o Capitólio, sr. secretário?”, questiona o senador.

Sem colaboração

Trump, porém, tachou como “fracasso total” o resultado do trabalho da comissão. Em várias mensagens em sua rede social, Truth Social, o ex-presidente acusou o painel de “conscientemente” não investigar a “massiva” fraude eleitoral que Trump, sem provas, alega ter ocorrido nas eleições presidenciais de 2020, nas quais foi derrotado.

Sem dar muitas indicações de que irá colaborar com esse comitê, Trump disse que o motivo do ataque ao Capitólio foi essa alegada fraude eleitoral, o que contraria as conclusões do painel legislativo.

Da mesma forma, o ex-presidente questionou por que o comitê não o pediu para testemunhar meses atrás e esperou até o último momento, “nos últimos momentos de sua última reunião”, ao que ele mesmo respondeu dizendo que esta comissão é “um fracasso total”, que, em sua opinião, só serviu para dividir o país, “que por sinal está indo muito mal - a chacota do mundo inteiro”.

Derrota na Suprema Corte

As investigações envolvendo Trump estão se acumulando. À medida que a audiência da comissão se desenrolava nesta quinta-feira, a Suprema Corte negou o pedido do ex-presidente para intervir na investigação dos documentos de Mar-a-Lago.

A decisão significa que os 103 documentos marcados como confidenciais ficarão de fora do processo especial de revisão de privilégios supervisionados por um juiz federal nomeado por Trump na Flórida, para que o governo não precise mostrar os arquivos confidenciais à equipe jurídica de Trump./NYT, WP e AP

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