BOGOTÁ - Uma comitiva de segurança do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, foi atacada com tiros de fuzil na quarta-feira, 24, na conturbada região de Catatumbo, na fronteira com a Venezuela, para onde Petro planeja viajar nesta sexta-feira, 26. O presidente não estava na comitiva no momento do incidente e ninguém ficou ferido.
A Presidência da Colômbia denunciou um “ataque com armas de fogo de longo alcance a veículos” que se dirigiam ao município de El Tarra. O grupo viajava por uma área rural conhecida como San Pablo, a cerca de 46 km da fronteira, quando um grupo de “pelo menos seis indivíduos” tentou detê-los em um “posto de controle ilegal”.
“A caravana ignorou a ‘paragem’, razão pela qual foram atingidos com armas de fogo”, detalha o comunicado, sem identificar os agressores.
Imagens divulgadas pela imprensa local mostram duas marcas de bala em um dos veículos. Um motorista da Unidade Nacional de Proteção (UNP) foi feito refém pelos criminosos, mas, de acordo com a Presidência, foram posteriormente libertados.
Em uma publicação nas redes sociais, Gustavo Petro condenou o acontecimento e afirmou que vai se esforçar por um empenho pela paz. “É isso que deve acabar no país. Sem mais violência. Embora apenas coisas materiais tenham sido afetadas e seres humanos tenham sido salvos, o trabalho do governo continuará a ser empenhado que é hora de paz”, escreveu.
El Tarra faz parte de Catatumbo, uma região de 10.089 km², a maior área coberta por selvas, em Norte de Santander, o departamento colombiano com mais hectares plantados com coca.
Nessa área há uma forte presença do grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) e da 33ª frente de dissidentes das Farc, além de um reduto do Exército de Libertação Popular (EPL) e outras quadrilhas que disputam os corredores para o tráfico de drogas e o cultivo de coca. O governo não divulgou qual deles está por trás do atentado.
Em 25 de junho do ano passado, o então presidente colombiano, Iván Duque, foi vítima de um atentado em Cúcuta, capital do Norte de Santander, quando o helicóptero em que viajava com dois de seus ministros e várias autoridades regionais foi atacado, mas todos saíram ilesos./ AFP e EFE