O regime de Nicolás Maduro na Venezuela detém um dos principais arsenais militares da América do Sul, montado com base em anos de cooperação com a Rússia e a China, que forneceu blindados usados na repressão a manifestantes. A colaboração começou na época do presidente Hugo Chávez. O primeiro acordo, assinado em 2006, selou a venda de caças no valor de US$ 2,9 bilhões. No total, Caracas já gastou mais de US$ 10 bilhões com armas russas, entre tanques, caças, helicópteros e sistemas antiaéreos, como mostra o gráfico abaixo.
A parceria estratégica aprofundou-se no governo de Nicolás Maduro, quando os russos ganharam contratos também na poderosa indústria do petróleo venezuelana, que entrou em crise a partir de 2013. No total, empréstimos russos à PDVSA somam US$ 17 bilhões. Conheça os números da indústria do petróleo venezuelana:
A crise também afetou a manutenção dos equipamentos militares venezuelanos. O país tem destinado menos verbas à área militar desde 2013; veja no infográfico
Com a falta de dinheiro e o crescimento da oposição depois que Juan Guaidó se autodeclarou presidente interino do país, os russos se viram obrigados a ampliar a cooperação militar. No mês passado, enviaram homens e equipamento à Venezuela, como mostra esse vídeo
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Cinco dias após um encontro em Moscou entre os presidentes Nicolás Maduro e Vladimir Putin, a Rússia enviou dois bombardeiros Tu-160, um avião de transporte An-124 e um avião de passageiros Il-62 para participar de manobras militares na Venezuela.