Como o destino de mais de 100 reféns israelenses consome e unifica uma nação aterrorizada


Familiares de reféns israelenses temem que seus entes queridos sejam assassinados pelo Hamas; especialistas discutem possíveis negociações entre Israel e o grupo terrorista

Por Steve Hendrix

JERUSALÉM - A casa de Shelly Shem Tov se tornou uma sala de pânico, um centro de operações. Desde que seu filho de 21 anos, Omer, foi sequestrado durante uma rave no sábado, 7 – enquanto seus pais, impotentes, rastreavam seu telefone e o viam entrando na Faixa de Gaza – todos os cômodos estão cheios de amigos e parentes, trabalhando para encontrar algo, qualquer coisa, que lhes dê esperança.

Ao menos 20 voluntários usavam seus laptops nos balcões e, com telefones na mão na segunda-feira, 9, escreviam mensagens, trabalhando nas mídias sociais, vasculhando o mundo em busca de respostas que não obtiveram de fontes oficiais. “Ninguém entrou em contato conosco, ninguém nos disse nada”, disse Shem Tov, com as lágrimas voltando a cair. “Precisamos que as pessoas façam seu trabalho.”

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Palestinos caminham entre os escombros de edifícios destruídos e danificados no centro da cidade fortemente bombardeada de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, após bombardeio israelense durante a noite, em 10 de outubro de 2023. Hamas diz que reféns estão escondidos em túneis na Faixa de Gaza. Foto: SAID KHATIB / AFP

A cena está sendo recriada em todo o país, à medida que as famílias de mais de 100 israelenses que se acredita estarem presos em Gaza ficam cada vez mais desesperadas por informações. Na ausência de uma resposta do governo, eles temem o que é mais provável: uma operação militar em massa, que possa colocar seus entes queridos na linha de fogo.

O grupo de Shem Tov criou um canal no WhatsApp com mais de 500 membros da família, que estão observando e esperando apavorados. Algumas famílias já tiveram seus piores temores confirmados. Vídeos analisados na segunda-feira pelo The Washington Post mostraram evidências de que pelo menos quatro pessoas na cidade de Be’eri foram mortas logo após serem levadas em cativeiro pelo Hamas.

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Negociações para libertação de reféns

No domingo, 8, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, fez uma nomeação tardia para o cargo vago de comissário para prisioneiros e pessoas desaparecidas, responsável por construir relacionamentos com negociadores locais e internacionais. Ele escolheu Gal Hirsch, um general de brigada da reserva, para ocupar o cargo.

Israel tem um longo e controvertido histórico de tomada de reféns, trocas de reféns e resgates de reféns - às vezes fatais. Governos anteriores negociaram reféns e lutaram por eles.

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Em 1976, comandos israelenses invadiram um aeroporto em Entebbe, Uganda, libertando mais de 100 israelenses presos por sequestradores palestinos. Três dos prisioneiros foram mortos, assim como o irmão de Netanyahu, que comandava a operação.

Em 2011, Netanyahu concordou em libertar 1.027 prisioneiros palestinos das prisões israelenses em troca de um soldado israelense capturado, Gilad Shalit, que estava preso em Gaza havia mais de cinco anos.

Mas nenhum dos episódios anteriores, segundo os especialistas, se compara ao sequestro em massa de crianças, avós e famílias inteiras, grande parte capturado em vídeo e compartilhado nas mídias sociais. E nenhuma das opções que o governo pode estar considerando tem probabilidade de terminar sem mais derramamento de sangue, disseram eles.

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“Isso não tem precedentes. Nunca tantas pessoas foram levadas e mantidas em um território hostil”, disse Gershon Baskin, negociador israelense de canal oculto no caso Shalit. “É uma nova realidade, e é difícil medir como a sociedade reagirá a isso.”

Entre os desafios, disse Baskin, está a capacidade do Hamas de esconder os prisioneiros em todo o enclave de 230 quilômetros quadrados, que é densamente povoado e inclui extensas redes subterrâneas.

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O Hamas disse que os reféns estão sendo mantidos em túneis e outros locais seguros. Ahmed Abdul Hadi, representante do Hamas no Líbano, negou as informações de que o grupo estava em negociações com o Catar sobre uma troca de prisioneiros: “Não há nada disso neste momento”, disse ele ao The Washington Post na segunda-feira. “É muito cedo para essa conversa”.

Hamas estaria planejando executar reféns publicamente

Um porta-voz da ala militar do Hamas disse à Al Jazeera na segunda que o grupo começaria a executar publicamente um refém civil cada vez que as casas de Gaza fossem atingidas por ataques aéreos israelenses “sem aviso prévio”.

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Acreditava-se que a inteligência de Israel em Gaza era eficaz até o ataque surpresa de sábado, mas mesmo antes disso, o Hamas já havia demonstrado sua determinação em ocultar os reféns.

No dia em que Shalit foi libertado, os militantes enviaram mais de 30 veículos de isca, disse Baskin. O prisioneiro não estava em nenhum deles. “Não há oportunidade de resgate em massa porque não há como o Hamas mantê-los todos juntos”, afirmou ele.

Não há perspectivas de uma grande barganha, de acordo com Danny Orbach, historiador militar da Universidade Hebraica de Jerusalém.

O sentimento do público que, em grande parte, apoiou a troca desequilibrada de vários prisioneiros por um soldado solitário, se desgastou com o tempo. Alguns analistas culparam os combatentes libertados por estimularem futuros ataques terroristas. “Israel não poderá se render ao Hamas nesse caso”, disse Orbach.

O ataque multifacetado, no qual pelo menos 800 pessoas foram mortas, abalou a coexistência instável, mas duradoura, de Israel com o Hamas. Os lançamentos regulares de foguetes e as guerras periódicas foram considerados, em grande parte, um preço aceitável para conter o grupo militante. Agora, o país parece unificado na exigência de uma grande intervenção militar, independentemente dos custos.

“Acho que o público israelense, da extrema esquerda à extrema direita, sente que o preço da coexistência com o Hamas é intolerável”, disse Orbach.

Ambos os especialistas acreditam que um acordo de reféns em pequena escala é possível – a troca de crianças, idosos e israelenses doentes por prisioneiros do Hamas do sexo feminino e doentes, por exemplo. Mas nenhum deles acha que os reféns impediriam Israel de lançar um ataque avassalador contra Gaza.

Enquanto isso, família estão de mãos atadas

“O povo quer entrar em Gaza e atacar o Hamas”, disse Orbach. “O povo também quer que os reféns sejam resgatados em segurança. Não acho que eles tenham chegado a um acordo com a contradição inerente.” Para as famílias dos detidos, os cenários são outra agonia.

Adva Adar, 32 anos, fica atenta ao debate sobre os próximos passos nas mídias sociais e na televisão. Ela se agarra à esperança de que sua avó viúva de 85 anos volte para casa. “Estamos tentando não alimentar esses pensamentos”, disse Adar. “Nós só queremos que ela volte”.

Yaffa Adar, moradora de Nir-Oz, um kibutz a poucos quilômetros da fronteira com Gaza, fez contato pela última vez no porão de sua casa às 9 horas da manhã de sábado, dia em que a família planejava se reunir para o feriado de Sukkot: “Há terroristas na estrada”, ela lhes enviou uma mensagem de texto.

A família não tinha ideia do que havia acontecido até que surgiu um vídeo mostrando a avó sendo levada, em seu próprio carrinho de golfe, pela fronteira de Gaza. Ela sofre de doenças cardíacas e pulmonares e toma medicamentos para dor crônica. “Sem sua medicação, cada minuto é um horror para ela”, disse Adar. E para sua família.

JERUSALÉM - A casa de Shelly Shem Tov se tornou uma sala de pânico, um centro de operações. Desde que seu filho de 21 anos, Omer, foi sequestrado durante uma rave no sábado, 7 – enquanto seus pais, impotentes, rastreavam seu telefone e o viam entrando na Faixa de Gaza – todos os cômodos estão cheios de amigos e parentes, trabalhando para encontrar algo, qualquer coisa, que lhes dê esperança.

Ao menos 20 voluntários usavam seus laptops nos balcões e, com telefones na mão na segunda-feira, 9, escreviam mensagens, trabalhando nas mídias sociais, vasculhando o mundo em busca de respostas que não obtiveram de fontes oficiais. “Ninguém entrou em contato conosco, ninguém nos disse nada”, disse Shem Tov, com as lágrimas voltando a cair. “Precisamos que as pessoas façam seu trabalho.”

Palestinos caminham entre os escombros de edifícios destruídos e danificados no centro da cidade fortemente bombardeada de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, após bombardeio israelense durante a noite, em 10 de outubro de 2023. Hamas diz que reféns estão escondidos em túneis na Faixa de Gaza. Foto: SAID KHATIB / AFP

A cena está sendo recriada em todo o país, à medida que as famílias de mais de 100 israelenses que se acredita estarem presos em Gaza ficam cada vez mais desesperadas por informações. Na ausência de uma resposta do governo, eles temem o que é mais provável: uma operação militar em massa, que possa colocar seus entes queridos na linha de fogo.

O grupo de Shem Tov criou um canal no WhatsApp com mais de 500 membros da família, que estão observando e esperando apavorados. Algumas famílias já tiveram seus piores temores confirmados. Vídeos analisados na segunda-feira pelo The Washington Post mostraram evidências de que pelo menos quatro pessoas na cidade de Be’eri foram mortas logo após serem levadas em cativeiro pelo Hamas.

Negociações para libertação de reféns

No domingo, 8, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, fez uma nomeação tardia para o cargo vago de comissário para prisioneiros e pessoas desaparecidas, responsável por construir relacionamentos com negociadores locais e internacionais. Ele escolheu Gal Hirsch, um general de brigada da reserva, para ocupar o cargo.

Israel tem um longo e controvertido histórico de tomada de reféns, trocas de reféns e resgates de reféns - às vezes fatais. Governos anteriores negociaram reféns e lutaram por eles.

Em 1976, comandos israelenses invadiram um aeroporto em Entebbe, Uganda, libertando mais de 100 israelenses presos por sequestradores palestinos. Três dos prisioneiros foram mortos, assim como o irmão de Netanyahu, que comandava a operação.

Em 2011, Netanyahu concordou em libertar 1.027 prisioneiros palestinos das prisões israelenses em troca de um soldado israelense capturado, Gilad Shalit, que estava preso em Gaza havia mais de cinco anos.

Mas nenhum dos episódios anteriores, segundo os especialistas, se compara ao sequestro em massa de crianças, avós e famílias inteiras, grande parte capturado em vídeo e compartilhado nas mídias sociais. E nenhuma das opções que o governo pode estar considerando tem probabilidade de terminar sem mais derramamento de sangue, disseram eles.

“Isso não tem precedentes. Nunca tantas pessoas foram levadas e mantidas em um território hostil”, disse Gershon Baskin, negociador israelense de canal oculto no caso Shalit. “É uma nova realidade, e é difícil medir como a sociedade reagirá a isso.”

Entre os desafios, disse Baskin, está a capacidade do Hamas de esconder os prisioneiros em todo o enclave de 230 quilômetros quadrados, que é densamente povoado e inclui extensas redes subterrâneas.

O Hamas disse que os reféns estão sendo mantidos em túneis e outros locais seguros. Ahmed Abdul Hadi, representante do Hamas no Líbano, negou as informações de que o grupo estava em negociações com o Catar sobre uma troca de prisioneiros: “Não há nada disso neste momento”, disse ele ao The Washington Post na segunda-feira. “É muito cedo para essa conversa”.

Hamas estaria planejando executar reféns publicamente

Um porta-voz da ala militar do Hamas disse à Al Jazeera na segunda que o grupo começaria a executar publicamente um refém civil cada vez que as casas de Gaza fossem atingidas por ataques aéreos israelenses “sem aviso prévio”.

Acreditava-se que a inteligência de Israel em Gaza era eficaz até o ataque surpresa de sábado, mas mesmo antes disso, o Hamas já havia demonstrado sua determinação em ocultar os reféns.

No dia em que Shalit foi libertado, os militantes enviaram mais de 30 veículos de isca, disse Baskin. O prisioneiro não estava em nenhum deles. “Não há oportunidade de resgate em massa porque não há como o Hamas mantê-los todos juntos”, afirmou ele.

Não há perspectivas de uma grande barganha, de acordo com Danny Orbach, historiador militar da Universidade Hebraica de Jerusalém.

O sentimento do público que, em grande parte, apoiou a troca desequilibrada de vários prisioneiros por um soldado solitário, se desgastou com o tempo. Alguns analistas culparam os combatentes libertados por estimularem futuros ataques terroristas. “Israel não poderá se render ao Hamas nesse caso”, disse Orbach.

O ataque multifacetado, no qual pelo menos 800 pessoas foram mortas, abalou a coexistência instável, mas duradoura, de Israel com o Hamas. Os lançamentos regulares de foguetes e as guerras periódicas foram considerados, em grande parte, um preço aceitável para conter o grupo militante. Agora, o país parece unificado na exigência de uma grande intervenção militar, independentemente dos custos.

“Acho que o público israelense, da extrema esquerda à extrema direita, sente que o preço da coexistência com o Hamas é intolerável”, disse Orbach.

Ambos os especialistas acreditam que um acordo de reféns em pequena escala é possível – a troca de crianças, idosos e israelenses doentes por prisioneiros do Hamas do sexo feminino e doentes, por exemplo. Mas nenhum deles acha que os reféns impediriam Israel de lançar um ataque avassalador contra Gaza.

Enquanto isso, família estão de mãos atadas

“O povo quer entrar em Gaza e atacar o Hamas”, disse Orbach. “O povo também quer que os reféns sejam resgatados em segurança. Não acho que eles tenham chegado a um acordo com a contradição inerente.” Para as famílias dos detidos, os cenários são outra agonia.

Adva Adar, 32 anos, fica atenta ao debate sobre os próximos passos nas mídias sociais e na televisão. Ela se agarra à esperança de que sua avó viúva de 85 anos volte para casa. “Estamos tentando não alimentar esses pensamentos”, disse Adar. “Nós só queremos que ela volte”.

Yaffa Adar, moradora de Nir-Oz, um kibutz a poucos quilômetros da fronteira com Gaza, fez contato pela última vez no porão de sua casa às 9 horas da manhã de sábado, dia em que a família planejava se reunir para o feriado de Sukkot: “Há terroristas na estrada”, ela lhes enviou uma mensagem de texto.

A família não tinha ideia do que havia acontecido até que surgiu um vídeo mostrando a avó sendo levada, em seu próprio carrinho de golfe, pela fronteira de Gaza. Ela sofre de doenças cardíacas e pulmonares e toma medicamentos para dor crônica. “Sem sua medicação, cada minuto é um horror para ela”, disse Adar. E para sua família.

JERUSALÉM - A casa de Shelly Shem Tov se tornou uma sala de pânico, um centro de operações. Desde que seu filho de 21 anos, Omer, foi sequestrado durante uma rave no sábado, 7 – enquanto seus pais, impotentes, rastreavam seu telefone e o viam entrando na Faixa de Gaza – todos os cômodos estão cheios de amigos e parentes, trabalhando para encontrar algo, qualquer coisa, que lhes dê esperança.

Ao menos 20 voluntários usavam seus laptops nos balcões e, com telefones na mão na segunda-feira, 9, escreviam mensagens, trabalhando nas mídias sociais, vasculhando o mundo em busca de respostas que não obtiveram de fontes oficiais. “Ninguém entrou em contato conosco, ninguém nos disse nada”, disse Shem Tov, com as lágrimas voltando a cair. “Precisamos que as pessoas façam seu trabalho.”

Palestinos caminham entre os escombros de edifícios destruídos e danificados no centro da cidade fortemente bombardeada de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, após bombardeio israelense durante a noite, em 10 de outubro de 2023. Hamas diz que reféns estão escondidos em túneis na Faixa de Gaza. Foto: SAID KHATIB / AFP

A cena está sendo recriada em todo o país, à medida que as famílias de mais de 100 israelenses que se acredita estarem presos em Gaza ficam cada vez mais desesperadas por informações. Na ausência de uma resposta do governo, eles temem o que é mais provável: uma operação militar em massa, que possa colocar seus entes queridos na linha de fogo.

O grupo de Shem Tov criou um canal no WhatsApp com mais de 500 membros da família, que estão observando e esperando apavorados. Algumas famílias já tiveram seus piores temores confirmados. Vídeos analisados na segunda-feira pelo The Washington Post mostraram evidências de que pelo menos quatro pessoas na cidade de Be’eri foram mortas logo após serem levadas em cativeiro pelo Hamas.

Negociações para libertação de reféns

No domingo, 8, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, fez uma nomeação tardia para o cargo vago de comissário para prisioneiros e pessoas desaparecidas, responsável por construir relacionamentos com negociadores locais e internacionais. Ele escolheu Gal Hirsch, um general de brigada da reserva, para ocupar o cargo.

Israel tem um longo e controvertido histórico de tomada de reféns, trocas de reféns e resgates de reféns - às vezes fatais. Governos anteriores negociaram reféns e lutaram por eles.

Em 1976, comandos israelenses invadiram um aeroporto em Entebbe, Uganda, libertando mais de 100 israelenses presos por sequestradores palestinos. Três dos prisioneiros foram mortos, assim como o irmão de Netanyahu, que comandava a operação.

Em 2011, Netanyahu concordou em libertar 1.027 prisioneiros palestinos das prisões israelenses em troca de um soldado israelense capturado, Gilad Shalit, que estava preso em Gaza havia mais de cinco anos.

Mas nenhum dos episódios anteriores, segundo os especialistas, se compara ao sequestro em massa de crianças, avós e famílias inteiras, grande parte capturado em vídeo e compartilhado nas mídias sociais. E nenhuma das opções que o governo pode estar considerando tem probabilidade de terminar sem mais derramamento de sangue, disseram eles.

“Isso não tem precedentes. Nunca tantas pessoas foram levadas e mantidas em um território hostil”, disse Gershon Baskin, negociador israelense de canal oculto no caso Shalit. “É uma nova realidade, e é difícil medir como a sociedade reagirá a isso.”

Entre os desafios, disse Baskin, está a capacidade do Hamas de esconder os prisioneiros em todo o enclave de 230 quilômetros quadrados, que é densamente povoado e inclui extensas redes subterrâneas.

O Hamas disse que os reféns estão sendo mantidos em túneis e outros locais seguros. Ahmed Abdul Hadi, representante do Hamas no Líbano, negou as informações de que o grupo estava em negociações com o Catar sobre uma troca de prisioneiros: “Não há nada disso neste momento”, disse ele ao The Washington Post na segunda-feira. “É muito cedo para essa conversa”.

Hamas estaria planejando executar reféns publicamente

Um porta-voz da ala militar do Hamas disse à Al Jazeera na segunda que o grupo começaria a executar publicamente um refém civil cada vez que as casas de Gaza fossem atingidas por ataques aéreos israelenses “sem aviso prévio”.

Acreditava-se que a inteligência de Israel em Gaza era eficaz até o ataque surpresa de sábado, mas mesmo antes disso, o Hamas já havia demonstrado sua determinação em ocultar os reféns.

No dia em que Shalit foi libertado, os militantes enviaram mais de 30 veículos de isca, disse Baskin. O prisioneiro não estava em nenhum deles. “Não há oportunidade de resgate em massa porque não há como o Hamas mantê-los todos juntos”, afirmou ele.

Não há perspectivas de uma grande barganha, de acordo com Danny Orbach, historiador militar da Universidade Hebraica de Jerusalém.

O sentimento do público que, em grande parte, apoiou a troca desequilibrada de vários prisioneiros por um soldado solitário, se desgastou com o tempo. Alguns analistas culparam os combatentes libertados por estimularem futuros ataques terroristas. “Israel não poderá se render ao Hamas nesse caso”, disse Orbach.

O ataque multifacetado, no qual pelo menos 800 pessoas foram mortas, abalou a coexistência instável, mas duradoura, de Israel com o Hamas. Os lançamentos regulares de foguetes e as guerras periódicas foram considerados, em grande parte, um preço aceitável para conter o grupo militante. Agora, o país parece unificado na exigência de uma grande intervenção militar, independentemente dos custos.

“Acho que o público israelense, da extrema esquerda à extrema direita, sente que o preço da coexistência com o Hamas é intolerável”, disse Orbach.

Ambos os especialistas acreditam que um acordo de reféns em pequena escala é possível – a troca de crianças, idosos e israelenses doentes por prisioneiros do Hamas do sexo feminino e doentes, por exemplo. Mas nenhum deles acha que os reféns impediriam Israel de lançar um ataque avassalador contra Gaza.

Enquanto isso, família estão de mãos atadas

“O povo quer entrar em Gaza e atacar o Hamas”, disse Orbach. “O povo também quer que os reféns sejam resgatados em segurança. Não acho que eles tenham chegado a um acordo com a contradição inerente.” Para as famílias dos detidos, os cenários são outra agonia.

Adva Adar, 32 anos, fica atenta ao debate sobre os próximos passos nas mídias sociais e na televisão. Ela se agarra à esperança de que sua avó viúva de 85 anos volte para casa. “Estamos tentando não alimentar esses pensamentos”, disse Adar. “Nós só queremos que ela volte”.

Yaffa Adar, moradora de Nir-Oz, um kibutz a poucos quilômetros da fronteira com Gaza, fez contato pela última vez no porão de sua casa às 9 horas da manhã de sábado, dia em que a família planejava se reunir para o feriado de Sukkot: “Há terroristas na estrada”, ela lhes enviou uma mensagem de texto.

A família não tinha ideia do que havia acontecido até que surgiu um vídeo mostrando a avó sendo levada, em seu próprio carrinho de golfe, pela fronteira de Gaza. Ela sofre de doenças cardíacas e pulmonares e toma medicamentos para dor crônica. “Sem sua medicação, cada minuto é um horror para ela”, disse Adar. E para sua família.

JERUSALÉM - A casa de Shelly Shem Tov se tornou uma sala de pânico, um centro de operações. Desde que seu filho de 21 anos, Omer, foi sequestrado durante uma rave no sábado, 7 – enquanto seus pais, impotentes, rastreavam seu telefone e o viam entrando na Faixa de Gaza – todos os cômodos estão cheios de amigos e parentes, trabalhando para encontrar algo, qualquer coisa, que lhes dê esperança.

Ao menos 20 voluntários usavam seus laptops nos balcões e, com telefones na mão na segunda-feira, 9, escreviam mensagens, trabalhando nas mídias sociais, vasculhando o mundo em busca de respostas que não obtiveram de fontes oficiais. “Ninguém entrou em contato conosco, ninguém nos disse nada”, disse Shem Tov, com as lágrimas voltando a cair. “Precisamos que as pessoas façam seu trabalho.”

Palestinos caminham entre os escombros de edifícios destruídos e danificados no centro da cidade fortemente bombardeada de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, após bombardeio israelense durante a noite, em 10 de outubro de 2023. Hamas diz que reféns estão escondidos em túneis na Faixa de Gaza. Foto: SAID KHATIB / AFP

A cena está sendo recriada em todo o país, à medida que as famílias de mais de 100 israelenses que se acredita estarem presos em Gaza ficam cada vez mais desesperadas por informações. Na ausência de uma resposta do governo, eles temem o que é mais provável: uma operação militar em massa, que possa colocar seus entes queridos na linha de fogo.

O grupo de Shem Tov criou um canal no WhatsApp com mais de 500 membros da família, que estão observando e esperando apavorados. Algumas famílias já tiveram seus piores temores confirmados. Vídeos analisados na segunda-feira pelo The Washington Post mostraram evidências de que pelo menos quatro pessoas na cidade de Be’eri foram mortas logo após serem levadas em cativeiro pelo Hamas.

Negociações para libertação de reféns

No domingo, 8, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, fez uma nomeação tardia para o cargo vago de comissário para prisioneiros e pessoas desaparecidas, responsável por construir relacionamentos com negociadores locais e internacionais. Ele escolheu Gal Hirsch, um general de brigada da reserva, para ocupar o cargo.

Israel tem um longo e controvertido histórico de tomada de reféns, trocas de reféns e resgates de reféns - às vezes fatais. Governos anteriores negociaram reféns e lutaram por eles.

Em 1976, comandos israelenses invadiram um aeroporto em Entebbe, Uganda, libertando mais de 100 israelenses presos por sequestradores palestinos. Três dos prisioneiros foram mortos, assim como o irmão de Netanyahu, que comandava a operação.

Em 2011, Netanyahu concordou em libertar 1.027 prisioneiros palestinos das prisões israelenses em troca de um soldado israelense capturado, Gilad Shalit, que estava preso em Gaza havia mais de cinco anos.

Mas nenhum dos episódios anteriores, segundo os especialistas, se compara ao sequestro em massa de crianças, avós e famílias inteiras, grande parte capturado em vídeo e compartilhado nas mídias sociais. E nenhuma das opções que o governo pode estar considerando tem probabilidade de terminar sem mais derramamento de sangue, disseram eles.

“Isso não tem precedentes. Nunca tantas pessoas foram levadas e mantidas em um território hostil”, disse Gershon Baskin, negociador israelense de canal oculto no caso Shalit. “É uma nova realidade, e é difícil medir como a sociedade reagirá a isso.”

Entre os desafios, disse Baskin, está a capacidade do Hamas de esconder os prisioneiros em todo o enclave de 230 quilômetros quadrados, que é densamente povoado e inclui extensas redes subterrâneas.

O Hamas disse que os reféns estão sendo mantidos em túneis e outros locais seguros. Ahmed Abdul Hadi, representante do Hamas no Líbano, negou as informações de que o grupo estava em negociações com o Catar sobre uma troca de prisioneiros: “Não há nada disso neste momento”, disse ele ao The Washington Post na segunda-feira. “É muito cedo para essa conversa”.

Hamas estaria planejando executar reféns publicamente

Um porta-voz da ala militar do Hamas disse à Al Jazeera na segunda que o grupo começaria a executar publicamente um refém civil cada vez que as casas de Gaza fossem atingidas por ataques aéreos israelenses “sem aviso prévio”.

Acreditava-se que a inteligência de Israel em Gaza era eficaz até o ataque surpresa de sábado, mas mesmo antes disso, o Hamas já havia demonstrado sua determinação em ocultar os reféns.

No dia em que Shalit foi libertado, os militantes enviaram mais de 30 veículos de isca, disse Baskin. O prisioneiro não estava em nenhum deles. “Não há oportunidade de resgate em massa porque não há como o Hamas mantê-los todos juntos”, afirmou ele.

Não há perspectivas de uma grande barganha, de acordo com Danny Orbach, historiador militar da Universidade Hebraica de Jerusalém.

O sentimento do público que, em grande parte, apoiou a troca desequilibrada de vários prisioneiros por um soldado solitário, se desgastou com o tempo. Alguns analistas culparam os combatentes libertados por estimularem futuros ataques terroristas. “Israel não poderá se render ao Hamas nesse caso”, disse Orbach.

O ataque multifacetado, no qual pelo menos 800 pessoas foram mortas, abalou a coexistência instável, mas duradoura, de Israel com o Hamas. Os lançamentos regulares de foguetes e as guerras periódicas foram considerados, em grande parte, um preço aceitável para conter o grupo militante. Agora, o país parece unificado na exigência de uma grande intervenção militar, independentemente dos custos.

“Acho que o público israelense, da extrema esquerda à extrema direita, sente que o preço da coexistência com o Hamas é intolerável”, disse Orbach.

Ambos os especialistas acreditam que um acordo de reféns em pequena escala é possível – a troca de crianças, idosos e israelenses doentes por prisioneiros do Hamas do sexo feminino e doentes, por exemplo. Mas nenhum deles acha que os reféns impediriam Israel de lançar um ataque avassalador contra Gaza.

Enquanto isso, família estão de mãos atadas

“O povo quer entrar em Gaza e atacar o Hamas”, disse Orbach. “O povo também quer que os reféns sejam resgatados em segurança. Não acho que eles tenham chegado a um acordo com a contradição inerente.” Para as famílias dos detidos, os cenários são outra agonia.

Adva Adar, 32 anos, fica atenta ao debate sobre os próximos passos nas mídias sociais e na televisão. Ela se agarra à esperança de que sua avó viúva de 85 anos volte para casa. “Estamos tentando não alimentar esses pensamentos”, disse Adar. “Nós só queremos que ela volte”.

Yaffa Adar, moradora de Nir-Oz, um kibutz a poucos quilômetros da fronteira com Gaza, fez contato pela última vez no porão de sua casa às 9 horas da manhã de sábado, dia em que a família planejava se reunir para o feriado de Sukkot: “Há terroristas na estrada”, ela lhes enviou uma mensagem de texto.

A família não tinha ideia do que havia acontecido até que surgiu um vídeo mostrando a avó sendo levada, em seu próprio carrinho de golfe, pela fronteira de Gaza. Ela sofre de doenças cardíacas e pulmonares e toma medicamentos para dor crônica. “Sem sua medicação, cada minuto é um horror para ela”, disse Adar. E para sua família.

JERUSALÉM - A casa de Shelly Shem Tov se tornou uma sala de pânico, um centro de operações. Desde que seu filho de 21 anos, Omer, foi sequestrado durante uma rave no sábado, 7 – enquanto seus pais, impotentes, rastreavam seu telefone e o viam entrando na Faixa de Gaza – todos os cômodos estão cheios de amigos e parentes, trabalhando para encontrar algo, qualquer coisa, que lhes dê esperança.

Ao menos 20 voluntários usavam seus laptops nos balcões e, com telefones na mão na segunda-feira, 9, escreviam mensagens, trabalhando nas mídias sociais, vasculhando o mundo em busca de respostas que não obtiveram de fontes oficiais. “Ninguém entrou em contato conosco, ninguém nos disse nada”, disse Shem Tov, com as lágrimas voltando a cair. “Precisamos que as pessoas façam seu trabalho.”

Palestinos caminham entre os escombros de edifícios destruídos e danificados no centro da cidade fortemente bombardeada de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, após bombardeio israelense durante a noite, em 10 de outubro de 2023. Hamas diz que reféns estão escondidos em túneis na Faixa de Gaza. Foto: SAID KHATIB / AFP

A cena está sendo recriada em todo o país, à medida que as famílias de mais de 100 israelenses que se acredita estarem presos em Gaza ficam cada vez mais desesperadas por informações. Na ausência de uma resposta do governo, eles temem o que é mais provável: uma operação militar em massa, que possa colocar seus entes queridos na linha de fogo.

O grupo de Shem Tov criou um canal no WhatsApp com mais de 500 membros da família, que estão observando e esperando apavorados. Algumas famílias já tiveram seus piores temores confirmados. Vídeos analisados na segunda-feira pelo The Washington Post mostraram evidências de que pelo menos quatro pessoas na cidade de Be’eri foram mortas logo após serem levadas em cativeiro pelo Hamas.

Negociações para libertação de reféns

No domingo, 8, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, fez uma nomeação tardia para o cargo vago de comissário para prisioneiros e pessoas desaparecidas, responsável por construir relacionamentos com negociadores locais e internacionais. Ele escolheu Gal Hirsch, um general de brigada da reserva, para ocupar o cargo.

Israel tem um longo e controvertido histórico de tomada de reféns, trocas de reféns e resgates de reféns - às vezes fatais. Governos anteriores negociaram reféns e lutaram por eles.

Em 1976, comandos israelenses invadiram um aeroporto em Entebbe, Uganda, libertando mais de 100 israelenses presos por sequestradores palestinos. Três dos prisioneiros foram mortos, assim como o irmão de Netanyahu, que comandava a operação.

Em 2011, Netanyahu concordou em libertar 1.027 prisioneiros palestinos das prisões israelenses em troca de um soldado israelense capturado, Gilad Shalit, que estava preso em Gaza havia mais de cinco anos.

Mas nenhum dos episódios anteriores, segundo os especialistas, se compara ao sequestro em massa de crianças, avós e famílias inteiras, grande parte capturado em vídeo e compartilhado nas mídias sociais. E nenhuma das opções que o governo pode estar considerando tem probabilidade de terminar sem mais derramamento de sangue, disseram eles.

“Isso não tem precedentes. Nunca tantas pessoas foram levadas e mantidas em um território hostil”, disse Gershon Baskin, negociador israelense de canal oculto no caso Shalit. “É uma nova realidade, e é difícil medir como a sociedade reagirá a isso.”

Entre os desafios, disse Baskin, está a capacidade do Hamas de esconder os prisioneiros em todo o enclave de 230 quilômetros quadrados, que é densamente povoado e inclui extensas redes subterrâneas.

O Hamas disse que os reféns estão sendo mantidos em túneis e outros locais seguros. Ahmed Abdul Hadi, representante do Hamas no Líbano, negou as informações de que o grupo estava em negociações com o Catar sobre uma troca de prisioneiros: “Não há nada disso neste momento”, disse ele ao The Washington Post na segunda-feira. “É muito cedo para essa conversa”.

Hamas estaria planejando executar reféns publicamente

Um porta-voz da ala militar do Hamas disse à Al Jazeera na segunda que o grupo começaria a executar publicamente um refém civil cada vez que as casas de Gaza fossem atingidas por ataques aéreos israelenses “sem aviso prévio”.

Acreditava-se que a inteligência de Israel em Gaza era eficaz até o ataque surpresa de sábado, mas mesmo antes disso, o Hamas já havia demonstrado sua determinação em ocultar os reféns.

No dia em que Shalit foi libertado, os militantes enviaram mais de 30 veículos de isca, disse Baskin. O prisioneiro não estava em nenhum deles. “Não há oportunidade de resgate em massa porque não há como o Hamas mantê-los todos juntos”, afirmou ele.

Não há perspectivas de uma grande barganha, de acordo com Danny Orbach, historiador militar da Universidade Hebraica de Jerusalém.

O sentimento do público que, em grande parte, apoiou a troca desequilibrada de vários prisioneiros por um soldado solitário, se desgastou com o tempo. Alguns analistas culparam os combatentes libertados por estimularem futuros ataques terroristas. “Israel não poderá se render ao Hamas nesse caso”, disse Orbach.

O ataque multifacetado, no qual pelo menos 800 pessoas foram mortas, abalou a coexistência instável, mas duradoura, de Israel com o Hamas. Os lançamentos regulares de foguetes e as guerras periódicas foram considerados, em grande parte, um preço aceitável para conter o grupo militante. Agora, o país parece unificado na exigência de uma grande intervenção militar, independentemente dos custos.

“Acho que o público israelense, da extrema esquerda à extrema direita, sente que o preço da coexistência com o Hamas é intolerável”, disse Orbach.

Ambos os especialistas acreditam que um acordo de reféns em pequena escala é possível – a troca de crianças, idosos e israelenses doentes por prisioneiros do Hamas do sexo feminino e doentes, por exemplo. Mas nenhum deles acha que os reféns impediriam Israel de lançar um ataque avassalador contra Gaza.

Enquanto isso, família estão de mãos atadas

“O povo quer entrar em Gaza e atacar o Hamas”, disse Orbach. “O povo também quer que os reféns sejam resgatados em segurança. Não acho que eles tenham chegado a um acordo com a contradição inerente.” Para as famílias dos detidos, os cenários são outra agonia.

Adva Adar, 32 anos, fica atenta ao debate sobre os próximos passos nas mídias sociais e na televisão. Ela se agarra à esperança de que sua avó viúva de 85 anos volte para casa. “Estamos tentando não alimentar esses pensamentos”, disse Adar. “Nós só queremos que ela volte”.

Yaffa Adar, moradora de Nir-Oz, um kibutz a poucos quilômetros da fronteira com Gaza, fez contato pela última vez no porão de sua casa às 9 horas da manhã de sábado, dia em que a família planejava se reunir para o feriado de Sukkot: “Há terroristas na estrada”, ela lhes enviou uma mensagem de texto.

A família não tinha ideia do que havia acontecido até que surgiu um vídeo mostrando a avó sendo levada, em seu próprio carrinho de golfe, pela fronteira de Gaza. Ela sofre de doenças cardíacas e pulmonares e toma medicamentos para dor crônica. “Sem sua medicação, cada minuto é um horror para ela”, disse Adar. E para sua família.

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