Como uma siderúrgica de Mariupol se tornou um reduto da resistência contra a Rússia


Tropas ucranianas resistem contra russos dentro do parque industrial de Azovstal Iron and Steel Works, uma das maiores siderúrgicas da Ucrânia; local funciona como uma fortaleza, com redes subterrâneas

Por Adam Taylor e Niha Masih, The Washington Post
Atualização:

Muito antes de a Azovstal Iron and Steel Works de Mariupol se tornar um campo de batalha importante na Ucrânia, ela desempenhava um papel dominante na economia da cidade portuária. Como uma das maiores fábricas metalúrgicas da Europa, produzia mais de 4 milhões de toneladas de aço bruto anualmente e proporcionava meios de subsistência a dezenas de milhares de pessoas.

Mas agora, em meio a uma guerra devastadora e a um cerco de semanas feito pelos russos, o extenso parque industrial não produz mais aço. Em vez disso, a usina e sua rede de túneis subterrâneos servem como abrigo e reduto final para milhares de combatentes ucranianos, incluindo muitos do Batalhão Azov, uma das unidades militares mais habilidosas – e controversas – da Ucrânia.

continua após a publicidade

Cerca de mil civis também se escondem na rede subterrânea, disse o conselho da cidade de Mariupol em uma mensagem do Telegram nesta segunda-feira, 18.

O Ministério da Defesa da Rússia repetiu nesta terça-feira a exigência de que os combatentes ucranianos que estão dentro do parque industrial deponham suas armas. O prazo dado - 12h, no horário local - passou sem qualquer rendição aparente. Segundo autoridades ucranianas, as forças russas não estavam apenas bombardeando Azovstal, mas também áreas residenciais próximas.

Imagem mostra parque industrial da Azovstal Iron and Steel Works detrás de edifícios danificados durante a guerra na Ucrânia, em Mariupol. Imagem é desta terça-feira, 19 Foto: Alexander Ermochenko / REUTERS
continua após a publicidade

A indústria foi originalmente construída no início da era soviética e reconstruída depois da ocupação nazista de Mariupol entre 1941 e 1943, que a deixou em ruínas. Agora ocupa 10,3 quilômetros quadrados ao longo da orla da cidade.

“Sob a cidade, há basicamente outra cidade”, disse Yan Gagin, conselheiro do grupo separatista pró-Moscou República Popular de Donetsk, à rede de notícias estatal russa Ria Novosti no fim de semana. Segundo ele, o local foi projetado para resistir a bombardeios e bloqueios e possui um sistema de comunicação embutido que favorece fortemente os defensores, mesmo que estejam em menor número.

Sergi Zgurets, analista militar ucraniano, disse à Reuters que os russos estão usando “bombas pesadas” na área de Azovstal, devido ao seu tamanho e ao número de oficinas.

continua após a publicidade

Apesar da resistência, Mariana Budjerin, especialista do Centro Belfer para Ciência e Assuntos Internacionais da Harvard Kennedy School, avaliou que a situação em Mariupol parece cada vez mais “sem esperança”, com base nas informações vazadas. “Esta cidade foi sitiada lentamente e a área de controle sob as forças ucranianas foi sufocada, por assim dizer”, disse Budjerin, que é da Ucrânia. “Provavelmente há vantagem tática e de segurança para as forças de defesa fazerem sua última posição nesta grande instalação industrial. É como uma mini fortaleza.”

Segundo Budjerin, muitas informações permanecem desconhecidas, incluindo que tipo de armamento ou acesso às defesas aéreas as forças ucranianas deixaram.

Mas se a Rússia tomasse a siderurgia, seria uma vitória muito necessária para o Kremlin.

continua após a publicidade

A importância de Azovstal

Depois de não conseguir invadir Kiev nos primeiros dias da guerra, as forças russas se reagruparam no leste da Ucrânia com um plano aparente de tomar grandes partes das regiões de Luhansk e Donetsk, conhecidas como Donbas.

Mariupol, com uma população pré-guerra de cerca de 450 mil habitantes, é uma das últimas áreas urbanas de Donetsk que não está totalmente sob controle russo. Capturá-lo daria às forças russas uma ponte terrestre entre a Rússia e a Crimeia, a península anexada da Ucrânia em 2014.

continua após a publicidade

Azovstal e locais semelhantes na cidade também são excelentes exemplos de por que Donbas e seu patrimônio industrial são tão importantes para a Ucrânia e a Rússia. Mariupol é a segunda maior cidade portuária da Ucrânia e, antes das sanções ocidentais, a Rússia tinha um setor siderúrgico em expansão que era avaliado como o quinto maior do mundo.

Donbas é mais conhecido por seu carvão, mas Mariupol também tinha uma lucrativa indústria metalúrgica. Cerca de 40 mil moradores estavam empregados na Azovstal e em outra siderúrgica próxima de propriedade da mesma empresa, a Ilyich Iron and Steel Works, de acordo com a gigante siderúrgica ucraniana Metinvest.

continua após a publicidade

Juntos, Azovstal e Ilyich responderam por cerca de um terço da produção de aço bruto da Ucrânia em 2019, de acordo com o rastreamento do grupo de analistas GMK Center. Naquele ano, as indústrias siderúrgicas e afins contribuíram com 12% do produto interno bruto da Ucrânia.

As forças russas invadiram a fábrica menor de Ilyich na semana passada, mas a Metinvest disse em comunicado à Reuters que “nunca operaria sob ocupação russa”.

Taras Shevchenko, diretor geral da Ilyich Iron and Steel Works, declarou nesta segunda-feira em entrevista ao canal de notícias Ucrânia 24 que a ação russa em Mariupol foi uma “destruição deliberada e sistemática da indústria”. Segundo ele, a empresa avalia a extensão dos danos e promete restaurar as plantas metalúrgicas.

Conflitos em Azovstal na 2ª Guerra

Azovstal já viu conflito antes. A produção no local começou em 1933, mas menos de uma década depois Mariupol foi invadida por tropas alemãs durante a 2ª Guerra, e as obras foram interrompidas em meio a um êxodo dramático de civis da cidade.

Em 1944, apenas um ano após o fim da ocupação, o trabalho já estava em andamento para reconstruir a fábrica, que logo se tornou uma parte produtiva e lucrativa da indústria siderúrgica soviética.

Setenta anos depois, metalúrgicos de Azovstal se organizaram para retomar Mariupol à força dos separatistas pró-Rússia em 2014. A resistência – em uma cidade onde a maioria falava russo e frequentemente votava em políticos amigos de Moscou – surpreendeu muitos observadores.

Rinat Akhmetov, o homem mais rico da Ucrânia e proprietário da Metinvest, atuou como membro do parlamento do Partido das Regiões pró-Moscou e foi acusado de negociações secretas – incluindo um papel de apoio em investigações federais sobre as ligações do ex-presidente estadunidense Donald Trump com Moscou.

Akhmetov se voltou contra os separatistas em 2014. Neste ano de 2022 ele se recusou a apoiar a invasão russa e, apesar de uma disputa pública com o presidente Volodmir Zelenski, ajudou a financiar o governo fazendo um pagamento antecipado de impostos, no valor de US$ 34 milhões.

A indústria de aço e ferro da Ucrânia caiu após 2014, com a produção de aço bruto da Azovstal reduzindo mais de 1 milhão de toneladas entre 2013 e 2015, segundo o GMK Center. Mas, com os novos investimentos em Mariupol, houve uma tendência positiva para o setor nos últimos anos. A Metinvest tinha planos para um investimento de US$ 1 bilhão em suas instalações da indústria de aço e ferro na área.

Em meados de março, o executivo-chefe da Azovstal, Enver Tskitishvili, disse que os combates nas proximidades da planta industrial significavam o fechamento do local pela primeira vez desde a ocupação nazista. Segundo ele, a paralisação seria apenas temporária.

“Vamos voltar à cidade, reconstruir a usina e revivê-la. Vai funcionar e trazer glória para a Ucrânia da mesma forma que sempre fez”, disse Tskitishvili. “Porque Mariupol é a Ucrânia. Azovstal é a Ucrânia.”

Muito antes de a Azovstal Iron and Steel Works de Mariupol se tornar um campo de batalha importante na Ucrânia, ela desempenhava um papel dominante na economia da cidade portuária. Como uma das maiores fábricas metalúrgicas da Europa, produzia mais de 4 milhões de toneladas de aço bruto anualmente e proporcionava meios de subsistência a dezenas de milhares de pessoas.

Mas agora, em meio a uma guerra devastadora e a um cerco de semanas feito pelos russos, o extenso parque industrial não produz mais aço. Em vez disso, a usina e sua rede de túneis subterrâneos servem como abrigo e reduto final para milhares de combatentes ucranianos, incluindo muitos do Batalhão Azov, uma das unidades militares mais habilidosas – e controversas – da Ucrânia.

Cerca de mil civis também se escondem na rede subterrânea, disse o conselho da cidade de Mariupol em uma mensagem do Telegram nesta segunda-feira, 18.

O Ministério da Defesa da Rússia repetiu nesta terça-feira a exigência de que os combatentes ucranianos que estão dentro do parque industrial deponham suas armas. O prazo dado - 12h, no horário local - passou sem qualquer rendição aparente. Segundo autoridades ucranianas, as forças russas não estavam apenas bombardeando Azovstal, mas também áreas residenciais próximas.

Imagem mostra parque industrial da Azovstal Iron and Steel Works detrás de edifícios danificados durante a guerra na Ucrânia, em Mariupol. Imagem é desta terça-feira, 19 Foto: Alexander Ermochenko / REUTERS

A indústria foi originalmente construída no início da era soviética e reconstruída depois da ocupação nazista de Mariupol entre 1941 e 1943, que a deixou em ruínas. Agora ocupa 10,3 quilômetros quadrados ao longo da orla da cidade.

“Sob a cidade, há basicamente outra cidade”, disse Yan Gagin, conselheiro do grupo separatista pró-Moscou República Popular de Donetsk, à rede de notícias estatal russa Ria Novosti no fim de semana. Segundo ele, o local foi projetado para resistir a bombardeios e bloqueios e possui um sistema de comunicação embutido que favorece fortemente os defensores, mesmo que estejam em menor número.

Sergi Zgurets, analista militar ucraniano, disse à Reuters que os russos estão usando “bombas pesadas” na área de Azovstal, devido ao seu tamanho e ao número de oficinas.

Apesar da resistência, Mariana Budjerin, especialista do Centro Belfer para Ciência e Assuntos Internacionais da Harvard Kennedy School, avaliou que a situação em Mariupol parece cada vez mais “sem esperança”, com base nas informações vazadas. “Esta cidade foi sitiada lentamente e a área de controle sob as forças ucranianas foi sufocada, por assim dizer”, disse Budjerin, que é da Ucrânia. “Provavelmente há vantagem tática e de segurança para as forças de defesa fazerem sua última posição nesta grande instalação industrial. É como uma mini fortaleza.”

Segundo Budjerin, muitas informações permanecem desconhecidas, incluindo que tipo de armamento ou acesso às defesas aéreas as forças ucranianas deixaram.

Mas se a Rússia tomasse a siderurgia, seria uma vitória muito necessária para o Kremlin.

A importância de Azovstal

Depois de não conseguir invadir Kiev nos primeiros dias da guerra, as forças russas se reagruparam no leste da Ucrânia com um plano aparente de tomar grandes partes das regiões de Luhansk e Donetsk, conhecidas como Donbas.

Mariupol, com uma população pré-guerra de cerca de 450 mil habitantes, é uma das últimas áreas urbanas de Donetsk que não está totalmente sob controle russo. Capturá-lo daria às forças russas uma ponte terrestre entre a Rússia e a Crimeia, a península anexada da Ucrânia em 2014.

Azovstal e locais semelhantes na cidade também são excelentes exemplos de por que Donbas e seu patrimônio industrial são tão importantes para a Ucrânia e a Rússia. Mariupol é a segunda maior cidade portuária da Ucrânia e, antes das sanções ocidentais, a Rússia tinha um setor siderúrgico em expansão que era avaliado como o quinto maior do mundo.

Donbas é mais conhecido por seu carvão, mas Mariupol também tinha uma lucrativa indústria metalúrgica. Cerca de 40 mil moradores estavam empregados na Azovstal e em outra siderúrgica próxima de propriedade da mesma empresa, a Ilyich Iron and Steel Works, de acordo com a gigante siderúrgica ucraniana Metinvest.

Juntos, Azovstal e Ilyich responderam por cerca de um terço da produção de aço bruto da Ucrânia em 2019, de acordo com o rastreamento do grupo de analistas GMK Center. Naquele ano, as indústrias siderúrgicas e afins contribuíram com 12% do produto interno bruto da Ucrânia.

As forças russas invadiram a fábrica menor de Ilyich na semana passada, mas a Metinvest disse em comunicado à Reuters que “nunca operaria sob ocupação russa”.

Taras Shevchenko, diretor geral da Ilyich Iron and Steel Works, declarou nesta segunda-feira em entrevista ao canal de notícias Ucrânia 24 que a ação russa em Mariupol foi uma “destruição deliberada e sistemática da indústria”. Segundo ele, a empresa avalia a extensão dos danos e promete restaurar as plantas metalúrgicas.

Conflitos em Azovstal na 2ª Guerra

Azovstal já viu conflito antes. A produção no local começou em 1933, mas menos de uma década depois Mariupol foi invadida por tropas alemãs durante a 2ª Guerra, e as obras foram interrompidas em meio a um êxodo dramático de civis da cidade.

Em 1944, apenas um ano após o fim da ocupação, o trabalho já estava em andamento para reconstruir a fábrica, que logo se tornou uma parte produtiva e lucrativa da indústria siderúrgica soviética.

Setenta anos depois, metalúrgicos de Azovstal se organizaram para retomar Mariupol à força dos separatistas pró-Rússia em 2014. A resistência – em uma cidade onde a maioria falava russo e frequentemente votava em políticos amigos de Moscou – surpreendeu muitos observadores.

Rinat Akhmetov, o homem mais rico da Ucrânia e proprietário da Metinvest, atuou como membro do parlamento do Partido das Regiões pró-Moscou e foi acusado de negociações secretas – incluindo um papel de apoio em investigações federais sobre as ligações do ex-presidente estadunidense Donald Trump com Moscou.

Akhmetov se voltou contra os separatistas em 2014. Neste ano de 2022 ele se recusou a apoiar a invasão russa e, apesar de uma disputa pública com o presidente Volodmir Zelenski, ajudou a financiar o governo fazendo um pagamento antecipado de impostos, no valor de US$ 34 milhões.

A indústria de aço e ferro da Ucrânia caiu após 2014, com a produção de aço bruto da Azovstal reduzindo mais de 1 milhão de toneladas entre 2013 e 2015, segundo o GMK Center. Mas, com os novos investimentos em Mariupol, houve uma tendência positiva para o setor nos últimos anos. A Metinvest tinha planos para um investimento de US$ 1 bilhão em suas instalações da indústria de aço e ferro na área.

Em meados de março, o executivo-chefe da Azovstal, Enver Tskitishvili, disse que os combates nas proximidades da planta industrial significavam o fechamento do local pela primeira vez desde a ocupação nazista. Segundo ele, a paralisação seria apenas temporária.

“Vamos voltar à cidade, reconstruir a usina e revivê-la. Vai funcionar e trazer glória para a Ucrânia da mesma forma que sempre fez”, disse Tskitishvili. “Porque Mariupol é a Ucrânia. Azovstal é a Ucrânia.”

Muito antes de a Azovstal Iron and Steel Works de Mariupol se tornar um campo de batalha importante na Ucrânia, ela desempenhava um papel dominante na economia da cidade portuária. Como uma das maiores fábricas metalúrgicas da Europa, produzia mais de 4 milhões de toneladas de aço bruto anualmente e proporcionava meios de subsistência a dezenas de milhares de pessoas.

Mas agora, em meio a uma guerra devastadora e a um cerco de semanas feito pelos russos, o extenso parque industrial não produz mais aço. Em vez disso, a usina e sua rede de túneis subterrâneos servem como abrigo e reduto final para milhares de combatentes ucranianos, incluindo muitos do Batalhão Azov, uma das unidades militares mais habilidosas – e controversas – da Ucrânia.

Cerca de mil civis também se escondem na rede subterrânea, disse o conselho da cidade de Mariupol em uma mensagem do Telegram nesta segunda-feira, 18.

O Ministério da Defesa da Rússia repetiu nesta terça-feira a exigência de que os combatentes ucranianos que estão dentro do parque industrial deponham suas armas. O prazo dado - 12h, no horário local - passou sem qualquer rendição aparente. Segundo autoridades ucranianas, as forças russas não estavam apenas bombardeando Azovstal, mas também áreas residenciais próximas.

Imagem mostra parque industrial da Azovstal Iron and Steel Works detrás de edifícios danificados durante a guerra na Ucrânia, em Mariupol. Imagem é desta terça-feira, 19 Foto: Alexander Ermochenko / REUTERS

A indústria foi originalmente construída no início da era soviética e reconstruída depois da ocupação nazista de Mariupol entre 1941 e 1943, que a deixou em ruínas. Agora ocupa 10,3 quilômetros quadrados ao longo da orla da cidade.

“Sob a cidade, há basicamente outra cidade”, disse Yan Gagin, conselheiro do grupo separatista pró-Moscou República Popular de Donetsk, à rede de notícias estatal russa Ria Novosti no fim de semana. Segundo ele, o local foi projetado para resistir a bombardeios e bloqueios e possui um sistema de comunicação embutido que favorece fortemente os defensores, mesmo que estejam em menor número.

Sergi Zgurets, analista militar ucraniano, disse à Reuters que os russos estão usando “bombas pesadas” na área de Azovstal, devido ao seu tamanho e ao número de oficinas.

Apesar da resistência, Mariana Budjerin, especialista do Centro Belfer para Ciência e Assuntos Internacionais da Harvard Kennedy School, avaliou que a situação em Mariupol parece cada vez mais “sem esperança”, com base nas informações vazadas. “Esta cidade foi sitiada lentamente e a área de controle sob as forças ucranianas foi sufocada, por assim dizer”, disse Budjerin, que é da Ucrânia. “Provavelmente há vantagem tática e de segurança para as forças de defesa fazerem sua última posição nesta grande instalação industrial. É como uma mini fortaleza.”

Segundo Budjerin, muitas informações permanecem desconhecidas, incluindo que tipo de armamento ou acesso às defesas aéreas as forças ucranianas deixaram.

Mas se a Rússia tomasse a siderurgia, seria uma vitória muito necessária para o Kremlin.

A importância de Azovstal

Depois de não conseguir invadir Kiev nos primeiros dias da guerra, as forças russas se reagruparam no leste da Ucrânia com um plano aparente de tomar grandes partes das regiões de Luhansk e Donetsk, conhecidas como Donbas.

Mariupol, com uma população pré-guerra de cerca de 450 mil habitantes, é uma das últimas áreas urbanas de Donetsk que não está totalmente sob controle russo. Capturá-lo daria às forças russas uma ponte terrestre entre a Rússia e a Crimeia, a península anexada da Ucrânia em 2014.

Azovstal e locais semelhantes na cidade também são excelentes exemplos de por que Donbas e seu patrimônio industrial são tão importantes para a Ucrânia e a Rússia. Mariupol é a segunda maior cidade portuária da Ucrânia e, antes das sanções ocidentais, a Rússia tinha um setor siderúrgico em expansão que era avaliado como o quinto maior do mundo.

Donbas é mais conhecido por seu carvão, mas Mariupol também tinha uma lucrativa indústria metalúrgica. Cerca de 40 mil moradores estavam empregados na Azovstal e em outra siderúrgica próxima de propriedade da mesma empresa, a Ilyich Iron and Steel Works, de acordo com a gigante siderúrgica ucraniana Metinvest.

Juntos, Azovstal e Ilyich responderam por cerca de um terço da produção de aço bruto da Ucrânia em 2019, de acordo com o rastreamento do grupo de analistas GMK Center. Naquele ano, as indústrias siderúrgicas e afins contribuíram com 12% do produto interno bruto da Ucrânia.

As forças russas invadiram a fábrica menor de Ilyich na semana passada, mas a Metinvest disse em comunicado à Reuters que “nunca operaria sob ocupação russa”.

Taras Shevchenko, diretor geral da Ilyich Iron and Steel Works, declarou nesta segunda-feira em entrevista ao canal de notícias Ucrânia 24 que a ação russa em Mariupol foi uma “destruição deliberada e sistemática da indústria”. Segundo ele, a empresa avalia a extensão dos danos e promete restaurar as plantas metalúrgicas.

Conflitos em Azovstal na 2ª Guerra

Azovstal já viu conflito antes. A produção no local começou em 1933, mas menos de uma década depois Mariupol foi invadida por tropas alemãs durante a 2ª Guerra, e as obras foram interrompidas em meio a um êxodo dramático de civis da cidade.

Em 1944, apenas um ano após o fim da ocupação, o trabalho já estava em andamento para reconstruir a fábrica, que logo se tornou uma parte produtiva e lucrativa da indústria siderúrgica soviética.

Setenta anos depois, metalúrgicos de Azovstal se organizaram para retomar Mariupol à força dos separatistas pró-Rússia em 2014. A resistência – em uma cidade onde a maioria falava russo e frequentemente votava em políticos amigos de Moscou – surpreendeu muitos observadores.

Rinat Akhmetov, o homem mais rico da Ucrânia e proprietário da Metinvest, atuou como membro do parlamento do Partido das Regiões pró-Moscou e foi acusado de negociações secretas – incluindo um papel de apoio em investigações federais sobre as ligações do ex-presidente estadunidense Donald Trump com Moscou.

Akhmetov se voltou contra os separatistas em 2014. Neste ano de 2022 ele se recusou a apoiar a invasão russa e, apesar de uma disputa pública com o presidente Volodmir Zelenski, ajudou a financiar o governo fazendo um pagamento antecipado de impostos, no valor de US$ 34 milhões.

A indústria de aço e ferro da Ucrânia caiu após 2014, com a produção de aço bruto da Azovstal reduzindo mais de 1 milhão de toneladas entre 2013 e 2015, segundo o GMK Center. Mas, com os novos investimentos em Mariupol, houve uma tendência positiva para o setor nos últimos anos. A Metinvest tinha planos para um investimento de US$ 1 bilhão em suas instalações da indústria de aço e ferro na área.

Em meados de março, o executivo-chefe da Azovstal, Enver Tskitishvili, disse que os combates nas proximidades da planta industrial significavam o fechamento do local pela primeira vez desde a ocupação nazista. Segundo ele, a paralisação seria apenas temporária.

“Vamos voltar à cidade, reconstruir a usina e revivê-la. Vai funcionar e trazer glória para a Ucrânia da mesma forma que sempre fez”, disse Tskitishvili. “Porque Mariupol é a Ucrânia. Azovstal é a Ucrânia.”

Muito antes de a Azovstal Iron and Steel Works de Mariupol se tornar um campo de batalha importante na Ucrânia, ela desempenhava um papel dominante na economia da cidade portuária. Como uma das maiores fábricas metalúrgicas da Europa, produzia mais de 4 milhões de toneladas de aço bruto anualmente e proporcionava meios de subsistência a dezenas de milhares de pessoas.

Mas agora, em meio a uma guerra devastadora e a um cerco de semanas feito pelos russos, o extenso parque industrial não produz mais aço. Em vez disso, a usina e sua rede de túneis subterrâneos servem como abrigo e reduto final para milhares de combatentes ucranianos, incluindo muitos do Batalhão Azov, uma das unidades militares mais habilidosas – e controversas – da Ucrânia.

Cerca de mil civis também se escondem na rede subterrânea, disse o conselho da cidade de Mariupol em uma mensagem do Telegram nesta segunda-feira, 18.

O Ministério da Defesa da Rússia repetiu nesta terça-feira a exigência de que os combatentes ucranianos que estão dentro do parque industrial deponham suas armas. O prazo dado - 12h, no horário local - passou sem qualquer rendição aparente. Segundo autoridades ucranianas, as forças russas não estavam apenas bombardeando Azovstal, mas também áreas residenciais próximas.

Imagem mostra parque industrial da Azovstal Iron and Steel Works detrás de edifícios danificados durante a guerra na Ucrânia, em Mariupol. Imagem é desta terça-feira, 19 Foto: Alexander Ermochenko / REUTERS

A indústria foi originalmente construída no início da era soviética e reconstruída depois da ocupação nazista de Mariupol entre 1941 e 1943, que a deixou em ruínas. Agora ocupa 10,3 quilômetros quadrados ao longo da orla da cidade.

“Sob a cidade, há basicamente outra cidade”, disse Yan Gagin, conselheiro do grupo separatista pró-Moscou República Popular de Donetsk, à rede de notícias estatal russa Ria Novosti no fim de semana. Segundo ele, o local foi projetado para resistir a bombardeios e bloqueios e possui um sistema de comunicação embutido que favorece fortemente os defensores, mesmo que estejam em menor número.

Sergi Zgurets, analista militar ucraniano, disse à Reuters que os russos estão usando “bombas pesadas” na área de Azovstal, devido ao seu tamanho e ao número de oficinas.

Apesar da resistência, Mariana Budjerin, especialista do Centro Belfer para Ciência e Assuntos Internacionais da Harvard Kennedy School, avaliou que a situação em Mariupol parece cada vez mais “sem esperança”, com base nas informações vazadas. “Esta cidade foi sitiada lentamente e a área de controle sob as forças ucranianas foi sufocada, por assim dizer”, disse Budjerin, que é da Ucrânia. “Provavelmente há vantagem tática e de segurança para as forças de defesa fazerem sua última posição nesta grande instalação industrial. É como uma mini fortaleza.”

Segundo Budjerin, muitas informações permanecem desconhecidas, incluindo que tipo de armamento ou acesso às defesas aéreas as forças ucranianas deixaram.

Mas se a Rússia tomasse a siderurgia, seria uma vitória muito necessária para o Kremlin.

A importância de Azovstal

Depois de não conseguir invadir Kiev nos primeiros dias da guerra, as forças russas se reagruparam no leste da Ucrânia com um plano aparente de tomar grandes partes das regiões de Luhansk e Donetsk, conhecidas como Donbas.

Mariupol, com uma população pré-guerra de cerca de 450 mil habitantes, é uma das últimas áreas urbanas de Donetsk que não está totalmente sob controle russo. Capturá-lo daria às forças russas uma ponte terrestre entre a Rússia e a Crimeia, a península anexada da Ucrânia em 2014.

Azovstal e locais semelhantes na cidade também são excelentes exemplos de por que Donbas e seu patrimônio industrial são tão importantes para a Ucrânia e a Rússia. Mariupol é a segunda maior cidade portuária da Ucrânia e, antes das sanções ocidentais, a Rússia tinha um setor siderúrgico em expansão que era avaliado como o quinto maior do mundo.

Donbas é mais conhecido por seu carvão, mas Mariupol também tinha uma lucrativa indústria metalúrgica. Cerca de 40 mil moradores estavam empregados na Azovstal e em outra siderúrgica próxima de propriedade da mesma empresa, a Ilyich Iron and Steel Works, de acordo com a gigante siderúrgica ucraniana Metinvest.

Juntos, Azovstal e Ilyich responderam por cerca de um terço da produção de aço bruto da Ucrânia em 2019, de acordo com o rastreamento do grupo de analistas GMK Center. Naquele ano, as indústrias siderúrgicas e afins contribuíram com 12% do produto interno bruto da Ucrânia.

As forças russas invadiram a fábrica menor de Ilyich na semana passada, mas a Metinvest disse em comunicado à Reuters que “nunca operaria sob ocupação russa”.

Taras Shevchenko, diretor geral da Ilyich Iron and Steel Works, declarou nesta segunda-feira em entrevista ao canal de notícias Ucrânia 24 que a ação russa em Mariupol foi uma “destruição deliberada e sistemática da indústria”. Segundo ele, a empresa avalia a extensão dos danos e promete restaurar as plantas metalúrgicas.

Conflitos em Azovstal na 2ª Guerra

Azovstal já viu conflito antes. A produção no local começou em 1933, mas menos de uma década depois Mariupol foi invadida por tropas alemãs durante a 2ª Guerra, e as obras foram interrompidas em meio a um êxodo dramático de civis da cidade.

Em 1944, apenas um ano após o fim da ocupação, o trabalho já estava em andamento para reconstruir a fábrica, que logo se tornou uma parte produtiva e lucrativa da indústria siderúrgica soviética.

Setenta anos depois, metalúrgicos de Azovstal se organizaram para retomar Mariupol à força dos separatistas pró-Rússia em 2014. A resistência – em uma cidade onde a maioria falava russo e frequentemente votava em políticos amigos de Moscou – surpreendeu muitos observadores.

Rinat Akhmetov, o homem mais rico da Ucrânia e proprietário da Metinvest, atuou como membro do parlamento do Partido das Regiões pró-Moscou e foi acusado de negociações secretas – incluindo um papel de apoio em investigações federais sobre as ligações do ex-presidente estadunidense Donald Trump com Moscou.

Akhmetov se voltou contra os separatistas em 2014. Neste ano de 2022 ele se recusou a apoiar a invasão russa e, apesar de uma disputa pública com o presidente Volodmir Zelenski, ajudou a financiar o governo fazendo um pagamento antecipado de impostos, no valor de US$ 34 milhões.

A indústria de aço e ferro da Ucrânia caiu após 2014, com a produção de aço bruto da Azovstal reduzindo mais de 1 milhão de toneladas entre 2013 e 2015, segundo o GMK Center. Mas, com os novos investimentos em Mariupol, houve uma tendência positiva para o setor nos últimos anos. A Metinvest tinha planos para um investimento de US$ 1 bilhão em suas instalações da indústria de aço e ferro na área.

Em meados de março, o executivo-chefe da Azovstal, Enver Tskitishvili, disse que os combates nas proximidades da planta industrial significavam o fechamento do local pela primeira vez desde a ocupação nazista. Segundo ele, a paralisação seria apenas temporária.

“Vamos voltar à cidade, reconstruir a usina e revivê-la. Vai funcionar e trazer glória para a Ucrânia da mesma forma que sempre fez”, disse Tskitishvili. “Porque Mariupol é a Ucrânia. Azovstal é a Ucrânia.”

Muito antes de a Azovstal Iron and Steel Works de Mariupol se tornar um campo de batalha importante na Ucrânia, ela desempenhava um papel dominante na economia da cidade portuária. Como uma das maiores fábricas metalúrgicas da Europa, produzia mais de 4 milhões de toneladas de aço bruto anualmente e proporcionava meios de subsistência a dezenas de milhares de pessoas.

Mas agora, em meio a uma guerra devastadora e a um cerco de semanas feito pelos russos, o extenso parque industrial não produz mais aço. Em vez disso, a usina e sua rede de túneis subterrâneos servem como abrigo e reduto final para milhares de combatentes ucranianos, incluindo muitos do Batalhão Azov, uma das unidades militares mais habilidosas – e controversas – da Ucrânia.

Cerca de mil civis também se escondem na rede subterrânea, disse o conselho da cidade de Mariupol em uma mensagem do Telegram nesta segunda-feira, 18.

O Ministério da Defesa da Rússia repetiu nesta terça-feira a exigência de que os combatentes ucranianos que estão dentro do parque industrial deponham suas armas. O prazo dado - 12h, no horário local - passou sem qualquer rendição aparente. Segundo autoridades ucranianas, as forças russas não estavam apenas bombardeando Azovstal, mas também áreas residenciais próximas.

Imagem mostra parque industrial da Azovstal Iron and Steel Works detrás de edifícios danificados durante a guerra na Ucrânia, em Mariupol. Imagem é desta terça-feira, 19 Foto: Alexander Ermochenko / REUTERS

A indústria foi originalmente construída no início da era soviética e reconstruída depois da ocupação nazista de Mariupol entre 1941 e 1943, que a deixou em ruínas. Agora ocupa 10,3 quilômetros quadrados ao longo da orla da cidade.

“Sob a cidade, há basicamente outra cidade”, disse Yan Gagin, conselheiro do grupo separatista pró-Moscou República Popular de Donetsk, à rede de notícias estatal russa Ria Novosti no fim de semana. Segundo ele, o local foi projetado para resistir a bombardeios e bloqueios e possui um sistema de comunicação embutido que favorece fortemente os defensores, mesmo que estejam em menor número.

Sergi Zgurets, analista militar ucraniano, disse à Reuters que os russos estão usando “bombas pesadas” na área de Azovstal, devido ao seu tamanho e ao número de oficinas.

Apesar da resistência, Mariana Budjerin, especialista do Centro Belfer para Ciência e Assuntos Internacionais da Harvard Kennedy School, avaliou que a situação em Mariupol parece cada vez mais “sem esperança”, com base nas informações vazadas. “Esta cidade foi sitiada lentamente e a área de controle sob as forças ucranianas foi sufocada, por assim dizer”, disse Budjerin, que é da Ucrânia. “Provavelmente há vantagem tática e de segurança para as forças de defesa fazerem sua última posição nesta grande instalação industrial. É como uma mini fortaleza.”

Segundo Budjerin, muitas informações permanecem desconhecidas, incluindo que tipo de armamento ou acesso às defesas aéreas as forças ucranianas deixaram.

Mas se a Rússia tomasse a siderurgia, seria uma vitória muito necessária para o Kremlin.

A importância de Azovstal

Depois de não conseguir invadir Kiev nos primeiros dias da guerra, as forças russas se reagruparam no leste da Ucrânia com um plano aparente de tomar grandes partes das regiões de Luhansk e Donetsk, conhecidas como Donbas.

Mariupol, com uma população pré-guerra de cerca de 450 mil habitantes, é uma das últimas áreas urbanas de Donetsk que não está totalmente sob controle russo. Capturá-lo daria às forças russas uma ponte terrestre entre a Rússia e a Crimeia, a península anexada da Ucrânia em 2014.

Azovstal e locais semelhantes na cidade também são excelentes exemplos de por que Donbas e seu patrimônio industrial são tão importantes para a Ucrânia e a Rússia. Mariupol é a segunda maior cidade portuária da Ucrânia e, antes das sanções ocidentais, a Rússia tinha um setor siderúrgico em expansão que era avaliado como o quinto maior do mundo.

Donbas é mais conhecido por seu carvão, mas Mariupol também tinha uma lucrativa indústria metalúrgica. Cerca de 40 mil moradores estavam empregados na Azovstal e em outra siderúrgica próxima de propriedade da mesma empresa, a Ilyich Iron and Steel Works, de acordo com a gigante siderúrgica ucraniana Metinvest.

Juntos, Azovstal e Ilyich responderam por cerca de um terço da produção de aço bruto da Ucrânia em 2019, de acordo com o rastreamento do grupo de analistas GMK Center. Naquele ano, as indústrias siderúrgicas e afins contribuíram com 12% do produto interno bruto da Ucrânia.

As forças russas invadiram a fábrica menor de Ilyich na semana passada, mas a Metinvest disse em comunicado à Reuters que “nunca operaria sob ocupação russa”.

Taras Shevchenko, diretor geral da Ilyich Iron and Steel Works, declarou nesta segunda-feira em entrevista ao canal de notícias Ucrânia 24 que a ação russa em Mariupol foi uma “destruição deliberada e sistemática da indústria”. Segundo ele, a empresa avalia a extensão dos danos e promete restaurar as plantas metalúrgicas.

Conflitos em Azovstal na 2ª Guerra

Azovstal já viu conflito antes. A produção no local começou em 1933, mas menos de uma década depois Mariupol foi invadida por tropas alemãs durante a 2ª Guerra, e as obras foram interrompidas em meio a um êxodo dramático de civis da cidade.

Em 1944, apenas um ano após o fim da ocupação, o trabalho já estava em andamento para reconstruir a fábrica, que logo se tornou uma parte produtiva e lucrativa da indústria siderúrgica soviética.

Setenta anos depois, metalúrgicos de Azovstal se organizaram para retomar Mariupol à força dos separatistas pró-Rússia em 2014. A resistência – em uma cidade onde a maioria falava russo e frequentemente votava em políticos amigos de Moscou – surpreendeu muitos observadores.

Rinat Akhmetov, o homem mais rico da Ucrânia e proprietário da Metinvest, atuou como membro do parlamento do Partido das Regiões pró-Moscou e foi acusado de negociações secretas – incluindo um papel de apoio em investigações federais sobre as ligações do ex-presidente estadunidense Donald Trump com Moscou.

Akhmetov se voltou contra os separatistas em 2014. Neste ano de 2022 ele se recusou a apoiar a invasão russa e, apesar de uma disputa pública com o presidente Volodmir Zelenski, ajudou a financiar o governo fazendo um pagamento antecipado de impostos, no valor de US$ 34 milhões.

A indústria de aço e ferro da Ucrânia caiu após 2014, com a produção de aço bruto da Azovstal reduzindo mais de 1 milhão de toneladas entre 2013 e 2015, segundo o GMK Center. Mas, com os novos investimentos em Mariupol, houve uma tendência positiva para o setor nos últimos anos. A Metinvest tinha planos para um investimento de US$ 1 bilhão em suas instalações da indústria de aço e ferro na área.

Em meados de março, o executivo-chefe da Azovstal, Enver Tskitishvili, disse que os combates nas proximidades da planta industrial significavam o fechamento do local pela primeira vez desde a ocupação nazista. Segundo ele, a paralisação seria apenas temporária.

“Vamos voltar à cidade, reconstruir a usina e revivê-la. Vai funcionar e trazer glória para a Ucrânia da mesma forma que sempre fez”, disse Tskitishvili. “Porque Mariupol é a Ucrânia. Azovstal é a Ucrânia.”

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.