Rússia invade a Ucrânia: confira as principais análises do Estadão


Especialistas apontam ação premeditada do presidente russo e avaliam que sanções impostas pelos países podem impedir o avanço das tropas

Por Redação

O primeiro dia da invasão russa na Ucrânia foi marcado por uma série de ataques em “larga escala” que atingiram ao menos 10 regiões do país, incluindo as proximidades da capital ucraniana, Kiev. Segundo especialistas, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, coordenou uma invasão militar minuciosa, planejada há muito tempo, e segue indiferente às sanções anunciadas pela comunidade internacional.

Os russos iniciaram os ataques nos enclaves separatistas do leste ucraniano e chegaram a zonas portuárias e à usina de Chernobyl. Considerado o maior ataque de um Estado contra o outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, a operação militar deixou, em um dia, dezenas de mortos e mais de 100 mil deslocados.

 

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Veículos militares da Rússia são preparados em uma plataforma em Rostov, a cerca de 50 km da fronteira com Donetsk, em 23 de fevereiro Foto: STRINGER / AFP

Confira as principais análises publicadas pelo Estadão sobre o tema:

  • O jornalista do Estadão Roberto Godoy recupera a rotina militar russa e afirma que a operação não é recente. Segundo ele, o país se prepara para investir contra a Ucrânia há pelo menos dois anos com o objetivo de desmilitarizar o vizinho europeu. Resultado disso, Godoy aponta que o aparato expôs também uma falha da inteligência da Otan, dos Estados Unidos e da Europa, que não tomaram providências para evitar os ataques;
  • Presidente do Council on Foreign Relations, Richard N. Haass defendeu em análise que a invasão russa é uma “violação flagrante do princípio legal básico de que as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força”. Ele considera a guerra injustificável, de modo que reforça a necessidade do Ocidente promover sanções mais severas a Putin. O objetivo da Otan, segundo Haass, deveria ser ser expandir o apoio militar, de inteligência, econômico e diplomático à Ucrânia;
  • Madeleine Albright, que foi secretária de Estado dos EUA de 1997 a 2001, defende que Putin está cometendo um erro histórico. Primeira autoridade americana a se encontrar com o presidente russo depois de ele assumir o cargo no começo do século, Madeleine diz que Putin é pragmático, e que o líder russo está “consciente de que a atual confrontação o deixou ainda mais dependente da China”;

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  • Max Fischer, do jornal americano The New York Times, também entende que a intenção de Putin de invadir a Ucrânia é antiga, e já estava clara desde o início da semana. Segundo ele, o presidente russo partiu de uma “paranoia furiosa em relação ao Ocidente” para justificar a invasão;
  • Analistas apontam ainda que as sanções de Biden contra Putin não impediram invasão no passado e podem ter pouco efeito agora. Não à toa, o presidente russo já afirmou que o país está preparado para novas sanções globais.

O primeiro dia da invasão russa na Ucrânia foi marcado por uma série de ataques em “larga escala” que atingiram ao menos 10 regiões do país, incluindo as proximidades da capital ucraniana, Kiev. Segundo especialistas, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, coordenou uma invasão militar minuciosa, planejada há muito tempo, e segue indiferente às sanções anunciadas pela comunidade internacional.

Os russos iniciaram os ataques nos enclaves separatistas do leste ucraniano e chegaram a zonas portuárias e à usina de Chernobyl. Considerado o maior ataque de um Estado contra o outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, a operação militar deixou, em um dia, dezenas de mortos e mais de 100 mil deslocados.

 

Veículos militares da Rússia são preparados em uma plataforma em Rostov, a cerca de 50 km da fronteira com Donetsk, em 23 de fevereiro Foto: STRINGER / AFP

Confira as principais análises publicadas pelo Estadão sobre o tema:

  • O jornalista do Estadão Roberto Godoy recupera a rotina militar russa e afirma que a operação não é recente. Segundo ele, o país se prepara para investir contra a Ucrânia há pelo menos dois anos com o objetivo de desmilitarizar o vizinho europeu. Resultado disso, Godoy aponta que o aparato expôs também uma falha da inteligência da Otan, dos Estados Unidos e da Europa, que não tomaram providências para evitar os ataques;
  • Presidente do Council on Foreign Relations, Richard N. Haass defendeu em análise que a invasão russa é uma “violação flagrante do princípio legal básico de que as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força”. Ele considera a guerra injustificável, de modo que reforça a necessidade do Ocidente promover sanções mais severas a Putin. O objetivo da Otan, segundo Haass, deveria ser ser expandir o apoio militar, de inteligência, econômico e diplomático à Ucrânia;
  • Madeleine Albright, que foi secretária de Estado dos EUA de 1997 a 2001, defende que Putin está cometendo um erro histórico. Primeira autoridade americana a se encontrar com o presidente russo depois de ele assumir o cargo no começo do século, Madeleine diz que Putin é pragmático, e que o líder russo está “consciente de que a atual confrontação o deixou ainda mais dependente da China”;

  • Max Fischer, do jornal americano The New York Times, também entende que a intenção de Putin de invadir a Ucrânia é antiga, e já estava clara desde o início da semana. Segundo ele, o presidente russo partiu de uma “paranoia furiosa em relação ao Ocidente” para justificar a invasão;
  • Analistas apontam ainda que as sanções de Biden contra Putin não impediram invasão no passado e podem ter pouco efeito agora. Não à toa, o presidente russo já afirmou que o país está preparado para novas sanções globais.

O primeiro dia da invasão russa na Ucrânia foi marcado por uma série de ataques em “larga escala” que atingiram ao menos 10 regiões do país, incluindo as proximidades da capital ucraniana, Kiev. Segundo especialistas, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, coordenou uma invasão militar minuciosa, planejada há muito tempo, e segue indiferente às sanções anunciadas pela comunidade internacional.

Os russos iniciaram os ataques nos enclaves separatistas do leste ucraniano e chegaram a zonas portuárias e à usina de Chernobyl. Considerado o maior ataque de um Estado contra o outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, a operação militar deixou, em um dia, dezenas de mortos e mais de 100 mil deslocados.

 

Veículos militares da Rússia são preparados em uma plataforma em Rostov, a cerca de 50 km da fronteira com Donetsk, em 23 de fevereiro Foto: STRINGER / AFP

Confira as principais análises publicadas pelo Estadão sobre o tema:

  • O jornalista do Estadão Roberto Godoy recupera a rotina militar russa e afirma que a operação não é recente. Segundo ele, o país se prepara para investir contra a Ucrânia há pelo menos dois anos com o objetivo de desmilitarizar o vizinho europeu. Resultado disso, Godoy aponta que o aparato expôs também uma falha da inteligência da Otan, dos Estados Unidos e da Europa, que não tomaram providências para evitar os ataques;
  • Presidente do Council on Foreign Relations, Richard N. Haass defendeu em análise que a invasão russa é uma “violação flagrante do princípio legal básico de que as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força”. Ele considera a guerra injustificável, de modo que reforça a necessidade do Ocidente promover sanções mais severas a Putin. O objetivo da Otan, segundo Haass, deveria ser ser expandir o apoio militar, de inteligência, econômico e diplomático à Ucrânia;
  • Madeleine Albright, que foi secretária de Estado dos EUA de 1997 a 2001, defende que Putin está cometendo um erro histórico. Primeira autoridade americana a se encontrar com o presidente russo depois de ele assumir o cargo no começo do século, Madeleine diz que Putin é pragmático, e que o líder russo está “consciente de que a atual confrontação o deixou ainda mais dependente da China”;

  • Max Fischer, do jornal americano The New York Times, também entende que a intenção de Putin de invadir a Ucrânia é antiga, e já estava clara desde o início da semana. Segundo ele, o presidente russo partiu de uma “paranoia furiosa em relação ao Ocidente” para justificar a invasão;
  • Analistas apontam ainda que as sanções de Biden contra Putin não impediram invasão no passado e podem ter pouco efeito agora. Não à toa, o presidente russo já afirmou que o país está preparado para novas sanções globais.

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