Pelo menos 867 pessoas foram deslocadas do departamento de Huila, no sudoeste da Colômbia, devido aos combates entre o exército e guerrilheiros dissidentes das FARC que começaram na quinta-feira, 27, informou a Defensoria Pública nesta segunda-feira, 31.
“Alertamos sobre o deslocamento forçado em massa de 867 pessoas após confrontos na área rural do município de La Plata”, disse o ombudsman Carlos Camargo, em um áudio postado no Twitter, agora X.
Uma menina de quatro anos morreu nessa área rural conhecida como San Miguel em decorrência de confrontos entre rebeldes das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que não assinaram o acordo de paz de 2016, e as forças de segurança.
Há “242 famílias de 14 vilarejos (que) tiveram que se deslocar para a capital municipal por medo de que as hostilidades continuassem”, acrescentou Camargo.
O funcionário detalhou que há “398 menores de idade e 469 adultos, em sua maioria agricultores e indígenas” que chegaram ao centro urbano de La Plata, onde a Defensoria Pública iniciou uma missão humanitária.
Camargo alertou sobre uma grave situação de ordem pública na região.
De acordo com a Defensoria Pública, os rebeldes estão sob as ordens do vulgo “Iván Mordisco”, chefe do chamado Estado-Maior Central (EMC) das FARC, o maior grupo dissidente do país, que está a caminho de iniciar conversações de paz com o governo do esquerdista Gustavo Petro.
Em seis décadas de conflito armado, cerca de 8,2 milhões de pessoas foram deslocadas na Colômbia, de acordo com números oficiais.