Confrontos entre gangues no Haiti deixam 89 mortos em uma semana


Onda de violência cresce no país desde a morte do presidente, há um ano; insegurança se soma a crise dos alimentos e escassez de combustíveis

Por Redação

Os confrontos entre gangues no Haiti, resultaram em 89 pessoas mortas e outras 16 desaparecidas em uma semana na capital do país, Porto Príncipe, segundo a ONG Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos. A onda de violência começou em 7 de julho entre duas facções rivais em Cité Soleil, um bairro pobre e povoado de Porto Príncipe.

Mais de 70 pessoas também foram feridas por tiros ou armas brancas, informou a ONG.

O surto de violência se soma a escalada dos preços dos alimentos e a escassez de combustíveis, problemas que se agravam no Haiti e geram uma série de protestos. Nesta mesma quarta-feira, dezenas de motociclistas foram às ruas Delmas, oeste do Haiti, e bloquearam estradas devido ao aumento do preço dos combustíveis.

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Haitianos protestam contra preço de combustível em Porto Príncipe, em imagem desta quarta-feira, 13. Crises se somam no país desde que presidente foi assassinado, há um ano Foto: Richard Pierrin / AFP

A situação do país tem se deteriorado desde que o presidente Jovenel Moïse foi assassinado, em 7 de julho de 2021. Desde então, o Haiti ainda não realizou as eleições para escolha de um novo presidente. A investigação do assassinato também está paralisada há meses.

As gangues estão presentes há muito tempo no Haiti, mas o poder delas cresceu nos últimos anos em meio a uma deterioração das instituições democráticas e das condições de segurança. Analistas estimam que os grupos criminosos controlam 60% do país e estão prestes a se tornar, coletivamente, um “proto-estado”.

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A insegurança cresceu devido à batalha entre grupos armados que lutam por território, marcada pela multiplicação de sequestros de haitianos e estrangeiros e a divisão do país em dois. Entre as vítimas de sequestro, estão missionários americanos, clérigos franceses e haitianos de todas as idades e origens. Somente no primeiro trimestre de 2022, o Centro de Análise e Pesquisa em Direitos Humanos do Haiti contou 225 sequestros – quase 60% a mais que no mesmo período do ano passado.

O nível de violência em Porto Príncipe aumentou ainda mais a partir de abril deste ano, quando a gangue 400 Mawozo – envolvida em um sequestro de 17 missionários americanos e canadenses no ano passado – entrou em guerra com um grupo rival. A Organização das Nações Unidas (ONU) considerou a violência “inimaginável e intolerável”.

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Desde abril, a violência armada na capital entre 400 Mawozo, a gangue envolvida no sequestro no ano passado de 17 missionários americanos e canadenses com uma instituição de caridade com sede em Ohio, e Chen Mechan, uma gangue rival, aumentou. O alto comissário da ONU para os direitos humanos chamou o nível de violência de “inimaginável e intolerável”.

Segundo a ONU, quase 17 mil haitianos deixaram as suas casas devido aos confrontos, criando uma crise migratória em barcos precários e viagens muitas vezes mortais.

Com os conflitos desta semana, organizações humanitárias internacionais se esforçaram para entregar suprimentos de alimentos essenciais nas áreas afetadas, bem como para prestar atendimento médico às vítimas.

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O chefe da missão local da Médicos sem Fronteiras, Mumuza Muhindo, pediu nesta quarta-feira às gangues que permitam aos médicos um acesso seguro ao Brooklyn, área de Cité Soleil bastante afetada pela violência.

Muhindo disse que seus colegas viram corpos queimados e em decomposição ao longo da estrada que leva ao bairro. “É um campo de batalha”, comentou. “É impossível estimar quantas pessoas foram mortas.” /AFP, EFE E W.P.

Os confrontos entre gangues no Haiti, resultaram em 89 pessoas mortas e outras 16 desaparecidas em uma semana na capital do país, Porto Príncipe, segundo a ONG Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos. A onda de violência começou em 7 de julho entre duas facções rivais em Cité Soleil, um bairro pobre e povoado de Porto Príncipe.

Mais de 70 pessoas também foram feridas por tiros ou armas brancas, informou a ONG.

O surto de violência se soma a escalada dos preços dos alimentos e a escassez de combustíveis, problemas que se agravam no Haiti e geram uma série de protestos. Nesta mesma quarta-feira, dezenas de motociclistas foram às ruas Delmas, oeste do Haiti, e bloquearam estradas devido ao aumento do preço dos combustíveis.

Haitianos protestam contra preço de combustível em Porto Príncipe, em imagem desta quarta-feira, 13. Crises se somam no país desde que presidente foi assassinado, há um ano Foto: Richard Pierrin / AFP

A situação do país tem se deteriorado desde que o presidente Jovenel Moïse foi assassinado, em 7 de julho de 2021. Desde então, o Haiti ainda não realizou as eleições para escolha de um novo presidente. A investigação do assassinato também está paralisada há meses.

As gangues estão presentes há muito tempo no Haiti, mas o poder delas cresceu nos últimos anos em meio a uma deterioração das instituições democráticas e das condições de segurança. Analistas estimam que os grupos criminosos controlam 60% do país e estão prestes a se tornar, coletivamente, um “proto-estado”.

A insegurança cresceu devido à batalha entre grupos armados que lutam por território, marcada pela multiplicação de sequestros de haitianos e estrangeiros e a divisão do país em dois. Entre as vítimas de sequestro, estão missionários americanos, clérigos franceses e haitianos de todas as idades e origens. Somente no primeiro trimestre de 2022, o Centro de Análise e Pesquisa em Direitos Humanos do Haiti contou 225 sequestros – quase 60% a mais que no mesmo período do ano passado.

O nível de violência em Porto Príncipe aumentou ainda mais a partir de abril deste ano, quando a gangue 400 Mawozo – envolvida em um sequestro de 17 missionários americanos e canadenses no ano passado – entrou em guerra com um grupo rival. A Organização das Nações Unidas (ONU) considerou a violência “inimaginável e intolerável”.

Desde abril, a violência armada na capital entre 400 Mawozo, a gangue envolvida no sequestro no ano passado de 17 missionários americanos e canadenses com uma instituição de caridade com sede em Ohio, e Chen Mechan, uma gangue rival, aumentou. O alto comissário da ONU para os direitos humanos chamou o nível de violência de “inimaginável e intolerável”.

Segundo a ONU, quase 17 mil haitianos deixaram as suas casas devido aos confrontos, criando uma crise migratória em barcos precários e viagens muitas vezes mortais.

Com os conflitos desta semana, organizações humanitárias internacionais se esforçaram para entregar suprimentos de alimentos essenciais nas áreas afetadas, bem como para prestar atendimento médico às vítimas.

O chefe da missão local da Médicos sem Fronteiras, Mumuza Muhindo, pediu nesta quarta-feira às gangues que permitam aos médicos um acesso seguro ao Brooklyn, área de Cité Soleil bastante afetada pela violência.

Muhindo disse que seus colegas viram corpos queimados e em decomposição ao longo da estrada que leva ao bairro. “É um campo de batalha”, comentou. “É impossível estimar quantas pessoas foram mortas.” /AFP, EFE E W.P.

Os confrontos entre gangues no Haiti, resultaram em 89 pessoas mortas e outras 16 desaparecidas em uma semana na capital do país, Porto Príncipe, segundo a ONG Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos. A onda de violência começou em 7 de julho entre duas facções rivais em Cité Soleil, um bairro pobre e povoado de Porto Príncipe.

Mais de 70 pessoas também foram feridas por tiros ou armas brancas, informou a ONG.

O surto de violência se soma a escalada dos preços dos alimentos e a escassez de combustíveis, problemas que se agravam no Haiti e geram uma série de protestos. Nesta mesma quarta-feira, dezenas de motociclistas foram às ruas Delmas, oeste do Haiti, e bloquearam estradas devido ao aumento do preço dos combustíveis.

Haitianos protestam contra preço de combustível em Porto Príncipe, em imagem desta quarta-feira, 13. Crises se somam no país desde que presidente foi assassinado, há um ano Foto: Richard Pierrin / AFP

A situação do país tem se deteriorado desde que o presidente Jovenel Moïse foi assassinado, em 7 de julho de 2021. Desde então, o Haiti ainda não realizou as eleições para escolha de um novo presidente. A investigação do assassinato também está paralisada há meses.

As gangues estão presentes há muito tempo no Haiti, mas o poder delas cresceu nos últimos anos em meio a uma deterioração das instituições democráticas e das condições de segurança. Analistas estimam que os grupos criminosos controlam 60% do país e estão prestes a se tornar, coletivamente, um “proto-estado”.

A insegurança cresceu devido à batalha entre grupos armados que lutam por território, marcada pela multiplicação de sequestros de haitianos e estrangeiros e a divisão do país em dois. Entre as vítimas de sequestro, estão missionários americanos, clérigos franceses e haitianos de todas as idades e origens. Somente no primeiro trimestre de 2022, o Centro de Análise e Pesquisa em Direitos Humanos do Haiti contou 225 sequestros – quase 60% a mais que no mesmo período do ano passado.

O nível de violência em Porto Príncipe aumentou ainda mais a partir de abril deste ano, quando a gangue 400 Mawozo – envolvida em um sequestro de 17 missionários americanos e canadenses no ano passado – entrou em guerra com um grupo rival. A Organização das Nações Unidas (ONU) considerou a violência “inimaginável e intolerável”.

Desde abril, a violência armada na capital entre 400 Mawozo, a gangue envolvida no sequestro no ano passado de 17 missionários americanos e canadenses com uma instituição de caridade com sede em Ohio, e Chen Mechan, uma gangue rival, aumentou. O alto comissário da ONU para os direitos humanos chamou o nível de violência de “inimaginável e intolerável”.

Segundo a ONU, quase 17 mil haitianos deixaram as suas casas devido aos confrontos, criando uma crise migratória em barcos precários e viagens muitas vezes mortais.

Com os conflitos desta semana, organizações humanitárias internacionais se esforçaram para entregar suprimentos de alimentos essenciais nas áreas afetadas, bem como para prestar atendimento médico às vítimas.

O chefe da missão local da Médicos sem Fronteiras, Mumuza Muhindo, pediu nesta quarta-feira às gangues que permitam aos médicos um acesso seguro ao Brooklyn, área de Cité Soleil bastante afetada pela violência.

Muhindo disse que seus colegas viram corpos queimados e em decomposição ao longo da estrada que leva ao bairro. “É um campo de batalha”, comentou. “É impossível estimar quantas pessoas foram mortas.” /AFP, EFE E W.P.

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