Orei Charles III foi coroado rei neste sábado, 6, e recebeu a coroa de São Eduardo. A última vez em que isso aconteceu foi em 1953, com Elizabeth II.
A peça foi feita para a coroação de Charles II em 1661, em substituição a uma coroa medieval fundida pelos parlamentares em 1649, após a execução de Charles I, durante a revolta republicana de Oliver Cronwell.
De ouro maciço, é incrustada de pedras preciosas, como rubis, ametistas e safiras, e adornada com um casquete veludo púrpura orlada por uma faixa de arminho.
Não é uma réplica exata da coroa medieval desaparecida, que teria pertencido ao rei Edward, o Confessor, no século 11.
Entenda
A coroa foi batizada em homenagem a Edward, o Confessor, que governou a Inglaterra de 1042 a 1066, a primeira versão foi usada nas coroações de monarcas entre os séculos 13 e 17, quando foi vendida e derretida depois que o Parlamento aboliu momentaneamente a monarquia durante a Guerra Civil Inglesa (1642-1651).
Após a restauração da monarquia, em 1660, a atual Coroa de St Edward – semelhante em aparência e peso à original – foi feita para Charles II. A coroa foi encomendada ao ourives real, Robert Vyner, em 1661.
Embora não seja uma réplica exata do desenho medieval, segue o original por ter quatro cruzes, quatro flores-de-lis e dois arcos. É composto por uma moldura de ouro maciço cravejada de rubis, ametistas, safiras, granadas, topázios e turmalinas. A coroa tem uma tampa de veludo com uma faixa de arminho.
O valor das joias e ouro usados na elaboração da nova coroa tem um valor estimado de 3,6 milhões de libras (aproximadamente R$ 21,1 milhões pela cotação atual).
Coroação do rei Charles III
Cetros da coroação
Além da coroa de St Edward, a coroação do rei Charles III é cercada de objetos simbólicos de outras coroações da monarquia britânica.
O Cetro da pomba é constituído por um bastão de ouro com um globo, uma cruz e uma pomba no topo, representa o poder espiritual do monarca. Tem sido usado em todas as coroações desde a de Charles II em 1661.
O cetro da cruz também usado desde 1661 e representa o poder temporal do rei. Em 1911, acrescentou-se o diamante Cullinan I, de 530,2 quilates.
Já o orbe real é usado com uma cruz no topo e simboliza o mundo cristão. Consiste em uma esfera oca de ouro cravejada de pedras preciosas e pérolas. Durante a cerimônia de coroação, o orbe é colocado na mão direita do monarca, antes de ser depositado no altar./AFP