BRUXELAS - O ex-presidente do Equador Rafael Correa, que nesta quinta-feira, 8, classificou como “perseguição política” a decisão da Justiça equatoriana de levá-lo a julgamento, apresentou em junho um pedido de asilo na Bélgica, onde vive desde 2017.
A requisição foi apresentada em 25 de junho, dias antes de a Justiça de seu país emitir uma ordem de prisão preventiva e solicitar à Interpol a divulgação de uma alerta vermelho contra o ex-presidente, de 55 anos, no âmbito do “Caso Balda”.
A juíza Daniella Camacho, da Suprema Corte do Equador, convocou o ex-presidente para ser julgado por sua suposta participação no sequestro de Fernando Balda, um político da oposição, em 2012, na Colômbia – a polícia colombiana evitou o crime.
Perseguição
Da Bélgica, país natal de sua mulher, Anne Malherbe, Correa nega qualquer envolvimento, denuncia a falta de imparcialidade da Justiça e acusa seu vice-presidente e atual chefe de Estado, Lenin Moreno, de orquestrar uma trama contra ele. “Como não podem nos derrotar nas urnas, procuram de derrotar com essas desculpas tremendamente graves. É uma perseguição política”, garantiu Correa em entrevista à France Presse na Bélgica.
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Um revés para o ex-presidente Rafael Correa, do Equador. Uma decisão da Justiça decretou a prisão do político.
Com a ordem de prisão preventiva, o ex-presidente só pode ser processado se for capturado ou se comparecer perante o tribunal, uma vez que a lei impede que ele seja julgado à revelia pelo crime, que é passível de até sete anos de prisão. Segundo a France Presse, Correa já foi ouvido pela primeira vez para defender seu pedido de asilo no fim de agosto. / AFP