Equipes de resgate na ilha italiana de Giglio ergueram nesta terça-feira, 17, o navio de cruzeiro Costa Concórdia. A operação é considerada um dos mais complexos e caros projetos de recuperação de naufrágios em todos os tempos.
Em um processo com 19 horas de duração, que terminou às 4h da manhã (23h de segunda-feira em Brasília), o navio de 114,5 mil toneladas foi endireitado por uma série de enormes cabos e deixado em repouso sobre plataformas submarinas artificiais instaladas no leito rochoso do mar.
O sucesso da operação foi anunciado em um breve comunicado pelo chefe da Autoridade de Proteção Civil, Franco Gabrielli, enquanto dezenas de moradores, que viveram com os destroços da embarcação por mais de um ano, comemoraram com as equipes de salvamento.
"Acho que toda a equipe está orgulhosa do que alcançou. Muita gente disse que não poderia ser feito", disse Nick Sloane, engenheiro sul-africano que participou da coordenação da operação.
O Concordia, um navio de 290 metros de comprimento que transportava mais de 4 mil passageiros e tripulantes, bateu e tombou na costa italiana, matando 32 pessoas, em 13 de janeiro de 2012. O navio chegou muito perto de terra e atingiu rochas pontiagudas, que fizeram um rasgo no casco da embarcação.
A operação de resgate tem um custo estimado em mais de US$ 795 milhões - valor superior a metade do prejuízo coberto por seguros, que ultrapassou US$ 1,1 bilhão. / REUTERS