Investigadores franceses encontraram e identificaram no sábado, 30, os ossos de um menino que desapareceu em julho em um pequeno vilarejo nos Alpes, em um caso que chocou a comunidade da França. A causa da morte segue em investigação, de acordo com as autoridades.
Émile tinha dois anos e meio quando desapareceu no dia 8 de julho, em Haut-Vernet, uma comunidade localizada a 1,2 mil metros de altitude, onde vivem apenas 25 pessoas e é cercada por florestas. Ele passava o verão na região, com os avós. A mãe e o pai de Émile não estavam na cidade no dia do desaparecimento.
Ele saiu sem deixar rastros. As últimas pessoas que viram a criança foram dois vizinhos, que afirmaram que ele estava caminhando sozinho por uma rua da cidade.
“No sábado, a polícia foi informada sobre a descoberta de ossos perto do vilarejo de Le Vernet”, disse o promotor Jean-Luc Blachon. Os exames genéticos permitiram “concluir no domingo que eram ossos do menino Émile”, acrescentou.
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O promotor não detalhou as causas da morte, mas afirmou que os legistas continuam examinando os ossos. “A polícia está mobilizando recursos para realizar buscas adicionais na área onde foram encontrados”, acrescentou.
As autoridades organizaram uma grande operação de busca em julho do ano passado, com dezenas de policiais e soldados, cães farejadores, um helicóptero e drones, sem sucesso.
Em um primeiro momento, o Ministério Público abriu uma investigação por “desaparecimento suspeito”. Mas o caso foi reclassificado pouco depois como uma investigação criminal por “sequestro” e “detenção ilegal”. Os investigadores também deixaram em aberto a possibilidade de acidente ou queda.
Desde o início da investigação, entretanto, as autoridades apontaram que seria muito difícil encontrá-lo vivo no caso de se tratar de um desaparecimento por conta própria.
A polícia retornou à cidade na quinta-feira para a reconstituição do momento do desaparecimento, com a presença das 17 pessoas que estavam no local no momento dos acontecimentos. As imagens da reconstituição foram gravadas por drones./AFP e EFE.