Crise na Irlanda, polêmica com Mick Jagger e príncipe Harry no Rio: os outros jubileus da rainha


Elizabeth II comemora 70 anos a frente do trono britânico a partir desta quinta-feira, 2, com festejos em Londres; relembre comemorações anteriores

Por Renato Vasconcelos
Atualização:

Monarca mais longeva da história do Reino Unido, Elizabeth II comemora 70 anos de trono a partir desta quinta-feira, 2, quando começam os festejos pelo Jubileu de Platina da rainha. Enquanto grandes comemorações são esperadas por todo o território britânico e da Commonwealth pelos próximos quatro dias, datas comemorativas passaram de forma mais discreta (e por vezes mais tensas) nos 96 anos de história de Elizabeth.

Antes do Jubileu de Platina, a rainha teve outros quatro jubileus: Prata (25 anos de trono), Ouro (50 anos), Diamante (60 anos) e Safira (65 anos). Cada comemoração teve uma particularidade, que foram noticiadas pelas páginas do Estadão.

Jubileu de Prata (1977)

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Em 1977, quando a rainha completou 41 anos de idade (e 25 de reinado), a comemoração foi marcada principalmente pelas viagens de Elizabeth e de outros membros da família real por países membros da Commonwealth. De acordo com a Casa Real, a rainha e o duque de Edimburgo, o príncipe Philip, percorreram mais de 90 mil quilômetro, passando por 36 condados no Reino Unido e países tão distantes quanto Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné.

A tentativa de aproximação com os súditos, no entanto, não foi um processo sutil ou bem recebido em todos os territórios da coroa. O clima de tensão na Irlanda, ainda sob fortes conflitos indenitários, foi registrado pelo Estadão, que publicou em 09 de agosto daquele ano.

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Enquanto mais de 32 mil soldados, policiais e agentes de segurança patrulhavam a Irlanda do Norte, iniciando a secreta “operação monarca” - plano para proteger a rainha Elizabeth durante sua viagem a província - dois comandos do IRA (Exército Republicano da Irlandês) percorriam os bairros do oeste de Belfast, onde incendiaram mais de cinco veículos e feriram um policial a tiros. A ala provisional do IRA ameaçou cometer uma série de atentados para tornar “inesquecível” a visita da tainha, a ser iniciada amanhã como parte das comemorações do jubileu de prata de sua coroação.

Estadão , terça-feira, 09 de agosto de 1977.

No dia seguinte, foi noticiada a morte de um jovem católico de 16 anos e um soldado britânico em Belfast “depois de cinco dias de violência”. “Durante toda a noite de ontem, ocorreram distúrbios esporádicos nos bairros católicos de Belfast, e a polícia informou sobre tiroteios entre franco-atiradores do clandestino Exército Republicano Irlandês (IRA)”.

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Felizmente, Elizabeth presenciou o fim da violência sectária na ilha da Irlanda após a assinatura do Acordo da Sexta-Feira Santa, em 1998.

Charge publicada no Estadão, em 09 de agosto de 1977, sobre a ida da rainha Elizabeth II a Irlanda do Norte. Foto: Acervo Estadão

Jubileu de Ouro (2002)

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Celebrado em 2002, longe da instabilidade política que assolava o país na comemoração anterior, o Jubileu de Ouro de Elizabeth pode ter um tom festivo e livre de maiores tensões. A rainha voltou a fazer um tour pelos Estados da Commonwealth, visitando Jamaica, Canadá, Austrália e outra série de países e territórios. Comemorações também foram realizadas nos jardins do Palácio de Buckingham, com a presença de ícones da música Pop, como Paul McCartney, Bryan Adams e Elton John, conforme registra a Casa real britânica.

No mesmo dia em que se completaram 50 anos da morte do rei George VI, em 6 de fevereiro daquele ano, Elizabeth enviou uma mensagem aos súditos, reafirmando seu compromisso com as obrigações reais. “O príncipe Philip e eu estamos profundamente sensibilizados com as mensagens recebidas sobre o jubileu de ouro (...) esse aniversário é para nós uma ocasião de reconhecimento e gratidão pela lealdade e apoio que recebemos de todo o povo desde que assumi o trono em 1952″, disse na época.

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Um fato pitoresco surgiu nas páginas do Estadão, durante a cobertura do jubileu de ouro: a ausência do líder dos Rolling Stones, Mick Jagger, das comemorações - à época, a polêmica era se Jagger receberia o título de ‘sir’ da rainha, o que acabou acontecendo mais tarde naquele ano.

“Na semana passada, o roqueiro foi convidado a integrar o elenco que se apresentou nos festejos pelo jubileu de ouro da rainha, nos jardins do Palácio de Buckingham, mas alegou “compromissos urgentes” na agenda”, foi publicado em 10 de junho.

Jubileu de Diamante (2012)

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As tradicionais viagens internacionais durante os jubileus perderam força durante o Jubileu de Diamante, em 2012. Ao contrário de 2002 e 1977, quando a rainha e o duque de Edimburgo viajaram pelos continentes para se aproximarem do público, a missão de ir aos locais mais distantes foi delegada ao príncipe de Gales, Charles.

Em Londres, um desfile de mil barcos subiu o rio Tâmisa, mas a participação real terminou em preocupação. “O duque de Edimburgo, que assistiu ao desfile de mil embarcações pelo Rio Tâmisa no domingo, debaixo de muita chuva e frio, teve de ser internado repentinamente após se sentir mal na segunda-feira”, publicou o Estadão em 6 de junho daquele ano.

A rainha Elizabeth II e o príncipe Philip são fotografados em Greenwich, em abril de 2012. Foto: Paul Hackett / Reuters

A rainha Elizabeth II encerrou os quatro dias de celebrações sem a companhia do marido, em uma missa e um almoço no Parlamento.

Outro fato pitoresco marcou a cobertura dos festejos daquele ano: a vinda do príncipe Harry ao Brasil.

“Em sua primeira viagem ao Brasil, o príncipe Harry, do Reino Unido, desembarca hoje no Rio sob forte calor e grande esquema de segurança. Embora seja uma visita oficial para celebrar o Jubileu de Diamante em comemoração aos 60 anos de reinado da avó, Elizabeth II, a passagem de Harry pela cidade tem programação digna de turista”, escreveu o Estadão em 9 de março, destacando as futuras idas de Harry ao complexo do Alemão e ao Morro da Urca.

Príncipe Harry durante visita ao Complexo do Alemão. Foto: Bruno Itan/Imprensa RJ/Divulgação

Jubileu de Safira (2017)

Após superar a rainha Vitória como monarca ocupar por mais tempo o trono britânico em 2015, a rainha Elizabeth se tornou, em 2017, a primeira rainha a alcançar a marca do Jubileu de Safira, completando 65 anos no poder.

Ao contrário das demais datas, não houve programação ou compromissos oficiais.

Monarca mais longeva da história do Reino Unido, Elizabeth II comemora 70 anos de trono a partir desta quinta-feira, 2, quando começam os festejos pelo Jubileu de Platina da rainha. Enquanto grandes comemorações são esperadas por todo o território britânico e da Commonwealth pelos próximos quatro dias, datas comemorativas passaram de forma mais discreta (e por vezes mais tensas) nos 96 anos de história de Elizabeth.

Antes do Jubileu de Platina, a rainha teve outros quatro jubileus: Prata (25 anos de trono), Ouro (50 anos), Diamante (60 anos) e Safira (65 anos). Cada comemoração teve uma particularidade, que foram noticiadas pelas páginas do Estadão.

Jubileu de Prata (1977)

Em 1977, quando a rainha completou 41 anos de idade (e 25 de reinado), a comemoração foi marcada principalmente pelas viagens de Elizabeth e de outros membros da família real por países membros da Commonwealth. De acordo com a Casa Real, a rainha e o duque de Edimburgo, o príncipe Philip, percorreram mais de 90 mil quilômetro, passando por 36 condados no Reino Unido e países tão distantes quanto Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné.

A tentativa de aproximação com os súditos, no entanto, não foi um processo sutil ou bem recebido em todos os territórios da coroa. O clima de tensão na Irlanda, ainda sob fortes conflitos indenitários, foi registrado pelo Estadão, que publicou em 09 de agosto daquele ano.

Enquanto mais de 32 mil soldados, policiais e agentes de segurança patrulhavam a Irlanda do Norte, iniciando a secreta “operação monarca” - plano para proteger a rainha Elizabeth durante sua viagem a província - dois comandos do IRA (Exército Republicano da Irlandês) percorriam os bairros do oeste de Belfast, onde incendiaram mais de cinco veículos e feriram um policial a tiros. A ala provisional do IRA ameaçou cometer uma série de atentados para tornar “inesquecível” a visita da tainha, a ser iniciada amanhã como parte das comemorações do jubileu de prata de sua coroação.

Estadão , terça-feira, 09 de agosto de 1977.

No dia seguinte, foi noticiada a morte de um jovem católico de 16 anos e um soldado britânico em Belfast “depois de cinco dias de violência”. “Durante toda a noite de ontem, ocorreram distúrbios esporádicos nos bairros católicos de Belfast, e a polícia informou sobre tiroteios entre franco-atiradores do clandestino Exército Republicano Irlandês (IRA)”.

Felizmente, Elizabeth presenciou o fim da violência sectária na ilha da Irlanda após a assinatura do Acordo da Sexta-Feira Santa, em 1998.

Charge publicada no Estadão, em 09 de agosto de 1977, sobre a ida da rainha Elizabeth II a Irlanda do Norte. Foto: Acervo Estadão

Jubileu de Ouro (2002)

Celebrado em 2002, longe da instabilidade política que assolava o país na comemoração anterior, o Jubileu de Ouro de Elizabeth pode ter um tom festivo e livre de maiores tensões. A rainha voltou a fazer um tour pelos Estados da Commonwealth, visitando Jamaica, Canadá, Austrália e outra série de países e territórios. Comemorações também foram realizadas nos jardins do Palácio de Buckingham, com a presença de ícones da música Pop, como Paul McCartney, Bryan Adams e Elton John, conforme registra a Casa real britânica.

No mesmo dia em que se completaram 50 anos da morte do rei George VI, em 6 de fevereiro daquele ano, Elizabeth enviou uma mensagem aos súditos, reafirmando seu compromisso com as obrigações reais. “O príncipe Philip e eu estamos profundamente sensibilizados com as mensagens recebidas sobre o jubileu de ouro (...) esse aniversário é para nós uma ocasião de reconhecimento e gratidão pela lealdade e apoio que recebemos de todo o povo desde que assumi o trono em 1952″, disse na época.

Um fato pitoresco surgiu nas páginas do Estadão, durante a cobertura do jubileu de ouro: a ausência do líder dos Rolling Stones, Mick Jagger, das comemorações - à época, a polêmica era se Jagger receberia o título de ‘sir’ da rainha, o que acabou acontecendo mais tarde naquele ano.

“Na semana passada, o roqueiro foi convidado a integrar o elenco que se apresentou nos festejos pelo jubileu de ouro da rainha, nos jardins do Palácio de Buckingham, mas alegou “compromissos urgentes” na agenda”, foi publicado em 10 de junho.

Jubileu de Diamante (2012)

As tradicionais viagens internacionais durante os jubileus perderam força durante o Jubileu de Diamante, em 2012. Ao contrário de 2002 e 1977, quando a rainha e o duque de Edimburgo viajaram pelos continentes para se aproximarem do público, a missão de ir aos locais mais distantes foi delegada ao príncipe de Gales, Charles.

Em Londres, um desfile de mil barcos subiu o rio Tâmisa, mas a participação real terminou em preocupação. “O duque de Edimburgo, que assistiu ao desfile de mil embarcações pelo Rio Tâmisa no domingo, debaixo de muita chuva e frio, teve de ser internado repentinamente após se sentir mal na segunda-feira”, publicou o Estadão em 6 de junho daquele ano.

A rainha Elizabeth II e o príncipe Philip são fotografados em Greenwich, em abril de 2012. Foto: Paul Hackett / Reuters

A rainha Elizabeth II encerrou os quatro dias de celebrações sem a companhia do marido, em uma missa e um almoço no Parlamento.

Outro fato pitoresco marcou a cobertura dos festejos daquele ano: a vinda do príncipe Harry ao Brasil.

“Em sua primeira viagem ao Brasil, o príncipe Harry, do Reino Unido, desembarca hoje no Rio sob forte calor e grande esquema de segurança. Embora seja uma visita oficial para celebrar o Jubileu de Diamante em comemoração aos 60 anos de reinado da avó, Elizabeth II, a passagem de Harry pela cidade tem programação digna de turista”, escreveu o Estadão em 9 de março, destacando as futuras idas de Harry ao complexo do Alemão e ao Morro da Urca.

Príncipe Harry durante visita ao Complexo do Alemão. Foto: Bruno Itan/Imprensa RJ/Divulgação

Jubileu de Safira (2017)

Após superar a rainha Vitória como monarca ocupar por mais tempo o trono britânico em 2015, a rainha Elizabeth se tornou, em 2017, a primeira rainha a alcançar a marca do Jubileu de Safira, completando 65 anos no poder.

Ao contrário das demais datas, não houve programação ou compromissos oficiais.

Monarca mais longeva da história do Reino Unido, Elizabeth II comemora 70 anos de trono a partir desta quinta-feira, 2, quando começam os festejos pelo Jubileu de Platina da rainha. Enquanto grandes comemorações são esperadas por todo o território britânico e da Commonwealth pelos próximos quatro dias, datas comemorativas passaram de forma mais discreta (e por vezes mais tensas) nos 96 anos de história de Elizabeth.

Antes do Jubileu de Platina, a rainha teve outros quatro jubileus: Prata (25 anos de trono), Ouro (50 anos), Diamante (60 anos) e Safira (65 anos). Cada comemoração teve uma particularidade, que foram noticiadas pelas páginas do Estadão.

Jubileu de Prata (1977)

Em 1977, quando a rainha completou 41 anos de idade (e 25 de reinado), a comemoração foi marcada principalmente pelas viagens de Elizabeth e de outros membros da família real por países membros da Commonwealth. De acordo com a Casa Real, a rainha e o duque de Edimburgo, o príncipe Philip, percorreram mais de 90 mil quilômetro, passando por 36 condados no Reino Unido e países tão distantes quanto Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné.

A tentativa de aproximação com os súditos, no entanto, não foi um processo sutil ou bem recebido em todos os territórios da coroa. O clima de tensão na Irlanda, ainda sob fortes conflitos indenitários, foi registrado pelo Estadão, que publicou em 09 de agosto daquele ano.

Enquanto mais de 32 mil soldados, policiais e agentes de segurança patrulhavam a Irlanda do Norte, iniciando a secreta “operação monarca” - plano para proteger a rainha Elizabeth durante sua viagem a província - dois comandos do IRA (Exército Republicano da Irlandês) percorriam os bairros do oeste de Belfast, onde incendiaram mais de cinco veículos e feriram um policial a tiros. A ala provisional do IRA ameaçou cometer uma série de atentados para tornar “inesquecível” a visita da tainha, a ser iniciada amanhã como parte das comemorações do jubileu de prata de sua coroação.

Estadão , terça-feira, 09 de agosto de 1977.

No dia seguinte, foi noticiada a morte de um jovem católico de 16 anos e um soldado britânico em Belfast “depois de cinco dias de violência”. “Durante toda a noite de ontem, ocorreram distúrbios esporádicos nos bairros católicos de Belfast, e a polícia informou sobre tiroteios entre franco-atiradores do clandestino Exército Republicano Irlandês (IRA)”.

Felizmente, Elizabeth presenciou o fim da violência sectária na ilha da Irlanda após a assinatura do Acordo da Sexta-Feira Santa, em 1998.

Charge publicada no Estadão, em 09 de agosto de 1977, sobre a ida da rainha Elizabeth II a Irlanda do Norte. Foto: Acervo Estadão

Jubileu de Ouro (2002)

Celebrado em 2002, longe da instabilidade política que assolava o país na comemoração anterior, o Jubileu de Ouro de Elizabeth pode ter um tom festivo e livre de maiores tensões. A rainha voltou a fazer um tour pelos Estados da Commonwealth, visitando Jamaica, Canadá, Austrália e outra série de países e territórios. Comemorações também foram realizadas nos jardins do Palácio de Buckingham, com a presença de ícones da música Pop, como Paul McCartney, Bryan Adams e Elton John, conforme registra a Casa real britânica.

No mesmo dia em que se completaram 50 anos da morte do rei George VI, em 6 de fevereiro daquele ano, Elizabeth enviou uma mensagem aos súditos, reafirmando seu compromisso com as obrigações reais. “O príncipe Philip e eu estamos profundamente sensibilizados com as mensagens recebidas sobre o jubileu de ouro (...) esse aniversário é para nós uma ocasião de reconhecimento e gratidão pela lealdade e apoio que recebemos de todo o povo desde que assumi o trono em 1952″, disse na época.

Um fato pitoresco surgiu nas páginas do Estadão, durante a cobertura do jubileu de ouro: a ausência do líder dos Rolling Stones, Mick Jagger, das comemorações - à época, a polêmica era se Jagger receberia o título de ‘sir’ da rainha, o que acabou acontecendo mais tarde naquele ano.

“Na semana passada, o roqueiro foi convidado a integrar o elenco que se apresentou nos festejos pelo jubileu de ouro da rainha, nos jardins do Palácio de Buckingham, mas alegou “compromissos urgentes” na agenda”, foi publicado em 10 de junho.

Jubileu de Diamante (2012)

As tradicionais viagens internacionais durante os jubileus perderam força durante o Jubileu de Diamante, em 2012. Ao contrário de 2002 e 1977, quando a rainha e o duque de Edimburgo viajaram pelos continentes para se aproximarem do público, a missão de ir aos locais mais distantes foi delegada ao príncipe de Gales, Charles.

Em Londres, um desfile de mil barcos subiu o rio Tâmisa, mas a participação real terminou em preocupação. “O duque de Edimburgo, que assistiu ao desfile de mil embarcações pelo Rio Tâmisa no domingo, debaixo de muita chuva e frio, teve de ser internado repentinamente após se sentir mal na segunda-feira”, publicou o Estadão em 6 de junho daquele ano.

A rainha Elizabeth II e o príncipe Philip são fotografados em Greenwich, em abril de 2012. Foto: Paul Hackett / Reuters

A rainha Elizabeth II encerrou os quatro dias de celebrações sem a companhia do marido, em uma missa e um almoço no Parlamento.

Outro fato pitoresco marcou a cobertura dos festejos daquele ano: a vinda do príncipe Harry ao Brasil.

“Em sua primeira viagem ao Brasil, o príncipe Harry, do Reino Unido, desembarca hoje no Rio sob forte calor e grande esquema de segurança. Embora seja uma visita oficial para celebrar o Jubileu de Diamante em comemoração aos 60 anos de reinado da avó, Elizabeth II, a passagem de Harry pela cidade tem programação digna de turista”, escreveu o Estadão em 9 de março, destacando as futuras idas de Harry ao complexo do Alemão e ao Morro da Urca.

Príncipe Harry durante visita ao Complexo do Alemão. Foto: Bruno Itan/Imprensa RJ/Divulgação

Jubileu de Safira (2017)

Após superar a rainha Vitória como monarca ocupar por mais tempo o trono britânico em 2015, a rainha Elizabeth se tornou, em 2017, a primeira rainha a alcançar a marca do Jubileu de Safira, completando 65 anos no poder.

Ao contrário das demais datas, não houve programação ou compromissos oficiais.

Monarca mais longeva da história do Reino Unido, Elizabeth II comemora 70 anos de trono a partir desta quinta-feira, 2, quando começam os festejos pelo Jubileu de Platina da rainha. Enquanto grandes comemorações são esperadas por todo o território britânico e da Commonwealth pelos próximos quatro dias, datas comemorativas passaram de forma mais discreta (e por vezes mais tensas) nos 96 anos de história de Elizabeth.

Antes do Jubileu de Platina, a rainha teve outros quatro jubileus: Prata (25 anos de trono), Ouro (50 anos), Diamante (60 anos) e Safira (65 anos). Cada comemoração teve uma particularidade, que foram noticiadas pelas páginas do Estadão.

Jubileu de Prata (1977)

Em 1977, quando a rainha completou 41 anos de idade (e 25 de reinado), a comemoração foi marcada principalmente pelas viagens de Elizabeth e de outros membros da família real por países membros da Commonwealth. De acordo com a Casa Real, a rainha e o duque de Edimburgo, o príncipe Philip, percorreram mais de 90 mil quilômetro, passando por 36 condados no Reino Unido e países tão distantes quanto Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné.

A tentativa de aproximação com os súditos, no entanto, não foi um processo sutil ou bem recebido em todos os territórios da coroa. O clima de tensão na Irlanda, ainda sob fortes conflitos indenitários, foi registrado pelo Estadão, que publicou em 09 de agosto daquele ano.

Enquanto mais de 32 mil soldados, policiais e agentes de segurança patrulhavam a Irlanda do Norte, iniciando a secreta “operação monarca” - plano para proteger a rainha Elizabeth durante sua viagem a província - dois comandos do IRA (Exército Republicano da Irlandês) percorriam os bairros do oeste de Belfast, onde incendiaram mais de cinco veículos e feriram um policial a tiros. A ala provisional do IRA ameaçou cometer uma série de atentados para tornar “inesquecível” a visita da tainha, a ser iniciada amanhã como parte das comemorações do jubileu de prata de sua coroação.

Estadão , terça-feira, 09 de agosto de 1977.

No dia seguinte, foi noticiada a morte de um jovem católico de 16 anos e um soldado britânico em Belfast “depois de cinco dias de violência”. “Durante toda a noite de ontem, ocorreram distúrbios esporádicos nos bairros católicos de Belfast, e a polícia informou sobre tiroteios entre franco-atiradores do clandestino Exército Republicano Irlandês (IRA)”.

Felizmente, Elizabeth presenciou o fim da violência sectária na ilha da Irlanda após a assinatura do Acordo da Sexta-Feira Santa, em 1998.

Charge publicada no Estadão, em 09 de agosto de 1977, sobre a ida da rainha Elizabeth II a Irlanda do Norte. Foto: Acervo Estadão

Jubileu de Ouro (2002)

Celebrado em 2002, longe da instabilidade política que assolava o país na comemoração anterior, o Jubileu de Ouro de Elizabeth pode ter um tom festivo e livre de maiores tensões. A rainha voltou a fazer um tour pelos Estados da Commonwealth, visitando Jamaica, Canadá, Austrália e outra série de países e territórios. Comemorações também foram realizadas nos jardins do Palácio de Buckingham, com a presença de ícones da música Pop, como Paul McCartney, Bryan Adams e Elton John, conforme registra a Casa real britânica.

No mesmo dia em que se completaram 50 anos da morte do rei George VI, em 6 de fevereiro daquele ano, Elizabeth enviou uma mensagem aos súditos, reafirmando seu compromisso com as obrigações reais. “O príncipe Philip e eu estamos profundamente sensibilizados com as mensagens recebidas sobre o jubileu de ouro (...) esse aniversário é para nós uma ocasião de reconhecimento e gratidão pela lealdade e apoio que recebemos de todo o povo desde que assumi o trono em 1952″, disse na época.

Um fato pitoresco surgiu nas páginas do Estadão, durante a cobertura do jubileu de ouro: a ausência do líder dos Rolling Stones, Mick Jagger, das comemorações - à época, a polêmica era se Jagger receberia o título de ‘sir’ da rainha, o que acabou acontecendo mais tarde naquele ano.

“Na semana passada, o roqueiro foi convidado a integrar o elenco que se apresentou nos festejos pelo jubileu de ouro da rainha, nos jardins do Palácio de Buckingham, mas alegou “compromissos urgentes” na agenda”, foi publicado em 10 de junho.

Jubileu de Diamante (2012)

As tradicionais viagens internacionais durante os jubileus perderam força durante o Jubileu de Diamante, em 2012. Ao contrário de 2002 e 1977, quando a rainha e o duque de Edimburgo viajaram pelos continentes para se aproximarem do público, a missão de ir aos locais mais distantes foi delegada ao príncipe de Gales, Charles.

Em Londres, um desfile de mil barcos subiu o rio Tâmisa, mas a participação real terminou em preocupação. “O duque de Edimburgo, que assistiu ao desfile de mil embarcações pelo Rio Tâmisa no domingo, debaixo de muita chuva e frio, teve de ser internado repentinamente após se sentir mal na segunda-feira”, publicou o Estadão em 6 de junho daquele ano.

A rainha Elizabeth II e o príncipe Philip são fotografados em Greenwich, em abril de 2012. Foto: Paul Hackett / Reuters

A rainha Elizabeth II encerrou os quatro dias de celebrações sem a companhia do marido, em uma missa e um almoço no Parlamento.

Outro fato pitoresco marcou a cobertura dos festejos daquele ano: a vinda do príncipe Harry ao Brasil.

“Em sua primeira viagem ao Brasil, o príncipe Harry, do Reino Unido, desembarca hoje no Rio sob forte calor e grande esquema de segurança. Embora seja uma visita oficial para celebrar o Jubileu de Diamante em comemoração aos 60 anos de reinado da avó, Elizabeth II, a passagem de Harry pela cidade tem programação digna de turista”, escreveu o Estadão em 9 de março, destacando as futuras idas de Harry ao complexo do Alemão e ao Morro da Urca.

Príncipe Harry durante visita ao Complexo do Alemão. Foto: Bruno Itan/Imprensa RJ/Divulgação

Jubileu de Safira (2017)

Após superar a rainha Vitória como monarca ocupar por mais tempo o trono britânico em 2015, a rainha Elizabeth se tornou, em 2017, a primeira rainha a alcançar a marca do Jubileu de Safira, completando 65 anos no poder.

Ao contrário das demais datas, não houve programação ou compromissos oficiais.

Monarca mais longeva da história do Reino Unido, Elizabeth II comemora 70 anos de trono a partir desta quinta-feira, 2, quando começam os festejos pelo Jubileu de Platina da rainha. Enquanto grandes comemorações são esperadas por todo o território britânico e da Commonwealth pelos próximos quatro dias, datas comemorativas passaram de forma mais discreta (e por vezes mais tensas) nos 96 anos de história de Elizabeth.

Antes do Jubileu de Platina, a rainha teve outros quatro jubileus: Prata (25 anos de trono), Ouro (50 anos), Diamante (60 anos) e Safira (65 anos). Cada comemoração teve uma particularidade, que foram noticiadas pelas páginas do Estadão.

Jubileu de Prata (1977)

Em 1977, quando a rainha completou 41 anos de idade (e 25 de reinado), a comemoração foi marcada principalmente pelas viagens de Elizabeth e de outros membros da família real por países membros da Commonwealth. De acordo com a Casa Real, a rainha e o duque de Edimburgo, o príncipe Philip, percorreram mais de 90 mil quilômetro, passando por 36 condados no Reino Unido e países tão distantes quanto Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné.

A tentativa de aproximação com os súditos, no entanto, não foi um processo sutil ou bem recebido em todos os territórios da coroa. O clima de tensão na Irlanda, ainda sob fortes conflitos indenitários, foi registrado pelo Estadão, que publicou em 09 de agosto daquele ano.

Enquanto mais de 32 mil soldados, policiais e agentes de segurança patrulhavam a Irlanda do Norte, iniciando a secreta “operação monarca” - plano para proteger a rainha Elizabeth durante sua viagem a província - dois comandos do IRA (Exército Republicano da Irlandês) percorriam os bairros do oeste de Belfast, onde incendiaram mais de cinco veículos e feriram um policial a tiros. A ala provisional do IRA ameaçou cometer uma série de atentados para tornar “inesquecível” a visita da tainha, a ser iniciada amanhã como parte das comemorações do jubileu de prata de sua coroação.

Estadão , terça-feira, 09 de agosto de 1977.

No dia seguinte, foi noticiada a morte de um jovem católico de 16 anos e um soldado britânico em Belfast “depois de cinco dias de violência”. “Durante toda a noite de ontem, ocorreram distúrbios esporádicos nos bairros católicos de Belfast, e a polícia informou sobre tiroteios entre franco-atiradores do clandestino Exército Republicano Irlandês (IRA)”.

Felizmente, Elizabeth presenciou o fim da violência sectária na ilha da Irlanda após a assinatura do Acordo da Sexta-Feira Santa, em 1998.

Charge publicada no Estadão, em 09 de agosto de 1977, sobre a ida da rainha Elizabeth II a Irlanda do Norte. Foto: Acervo Estadão

Jubileu de Ouro (2002)

Celebrado em 2002, longe da instabilidade política que assolava o país na comemoração anterior, o Jubileu de Ouro de Elizabeth pode ter um tom festivo e livre de maiores tensões. A rainha voltou a fazer um tour pelos Estados da Commonwealth, visitando Jamaica, Canadá, Austrália e outra série de países e territórios. Comemorações também foram realizadas nos jardins do Palácio de Buckingham, com a presença de ícones da música Pop, como Paul McCartney, Bryan Adams e Elton John, conforme registra a Casa real britânica.

No mesmo dia em que se completaram 50 anos da morte do rei George VI, em 6 de fevereiro daquele ano, Elizabeth enviou uma mensagem aos súditos, reafirmando seu compromisso com as obrigações reais. “O príncipe Philip e eu estamos profundamente sensibilizados com as mensagens recebidas sobre o jubileu de ouro (...) esse aniversário é para nós uma ocasião de reconhecimento e gratidão pela lealdade e apoio que recebemos de todo o povo desde que assumi o trono em 1952″, disse na época.

Um fato pitoresco surgiu nas páginas do Estadão, durante a cobertura do jubileu de ouro: a ausência do líder dos Rolling Stones, Mick Jagger, das comemorações - à época, a polêmica era se Jagger receberia o título de ‘sir’ da rainha, o que acabou acontecendo mais tarde naquele ano.

“Na semana passada, o roqueiro foi convidado a integrar o elenco que se apresentou nos festejos pelo jubileu de ouro da rainha, nos jardins do Palácio de Buckingham, mas alegou “compromissos urgentes” na agenda”, foi publicado em 10 de junho.

Jubileu de Diamante (2012)

As tradicionais viagens internacionais durante os jubileus perderam força durante o Jubileu de Diamante, em 2012. Ao contrário de 2002 e 1977, quando a rainha e o duque de Edimburgo viajaram pelos continentes para se aproximarem do público, a missão de ir aos locais mais distantes foi delegada ao príncipe de Gales, Charles.

Em Londres, um desfile de mil barcos subiu o rio Tâmisa, mas a participação real terminou em preocupação. “O duque de Edimburgo, que assistiu ao desfile de mil embarcações pelo Rio Tâmisa no domingo, debaixo de muita chuva e frio, teve de ser internado repentinamente após se sentir mal na segunda-feira”, publicou o Estadão em 6 de junho daquele ano.

A rainha Elizabeth II e o príncipe Philip são fotografados em Greenwich, em abril de 2012. Foto: Paul Hackett / Reuters

A rainha Elizabeth II encerrou os quatro dias de celebrações sem a companhia do marido, em uma missa e um almoço no Parlamento.

Outro fato pitoresco marcou a cobertura dos festejos daquele ano: a vinda do príncipe Harry ao Brasil.

“Em sua primeira viagem ao Brasil, o príncipe Harry, do Reino Unido, desembarca hoje no Rio sob forte calor e grande esquema de segurança. Embora seja uma visita oficial para celebrar o Jubileu de Diamante em comemoração aos 60 anos de reinado da avó, Elizabeth II, a passagem de Harry pela cidade tem programação digna de turista”, escreveu o Estadão em 9 de março, destacando as futuras idas de Harry ao complexo do Alemão e ao Morro da Urca.

Príncipe Harry durante visita ao Complexo do Alemão. Foto: Bruno Itan/Imprensa RJ/Divulgação

Jubileu de Safira (2017)

Após superar a rainha Vitória como monarca ocupar por mais tempo o trono britânico em 2015, a rainha Elizabeth se tornou, em 2017, a primeira rainha a alcançar a marca do Jubileu de Safira, completando 65 anos no poder.

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