Crise na Venezuela causa um dos maiores êxodos da história da América Latina, alerta ONU


Em 2018, fluxo de venezuelanos que deixaram o país em direção ao Equador é quase dez vezes maior que o movimento no Mediterrâneo de africanos para a Europa; agências da ONU já trabalham com número de 2,2 milhões de venezuelanos no exterior

Por Jamil Chade, Correspondente e Genebra

GENEBRA - O êxodo de venezuelanos já é um dos maiores movimentos populacionais em massa da história da América Latina. O alerta foi feito nesta sexta-feira, 10, pelas ONU, que destacarou a situação crítica que o país vive.

Desde o começo do ano, 547 mil venezuelanos entraram no Equador, por meio da fronteira com a Colômbia. Até julho, foram em média 3 mil imigrantes que cruzam a fronteira por dia.

Venezuelana passa maquiagem em acampamento na capital do Equador, Quito; agências da ONU já consideram que 2,2 milhões de pessoas deixaram o país socialista Foto: AP Photo/Dolores Ochoa
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"Mas o fluxo está se acelerando e, na primeira semana de agosto, 30 mil venezuelanos entraram no país - mais de 4 mil por dia", disse William Spindler, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).

Apenas no caso do Equador, os dados apontam para um fluxo que é quase dez vezes superior aos números registrados na crise de refugiados entre o Norte da África e a Europa neste ano. 

Também nesta sexta, a Organização Internacional de Migrações (OIM) indicou que, entre janeiro e o início de agosto, 60 mil pessoas cruzaram o Mediterrâneo para a Europa. Para a ONU, não há dúvidas de que o fluxo de venezuelanos hoje é superior ao movimento pelo Mediterrâneo. 

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Dados

A ONU estimou em março que 1,5 milhão de venezuelanos vivem no exterior e o fluxo é o maior desde 1950. Desses, 145 mil pediram asilo em diferentes países desde 2014. Hoje, Spindler admite que o número é ainda maior e que a entidade tenta mapear a crise. "Não sabemos quantos saem da Venezuela", afirmou.

A imigração venezuelana para o Brasil em 20 fotos

1 | 20

Roraima

Foto: Werther Santana/Estadão
2 | 20

Travessia

Foto: Werther Santana/Estadão
3 | 20

Caminho

Foto: Werther Santana/Estadão
4 | 20

Carona

Foto: Werther Santana/Estadão
5 | 20

Abrigo

Foto: Werther Santana/Estadão
6 | 20

Descanso

Foto: Werther Santana/Estadão
7 | 20

Rotina

Foto: Werther Santana/Estadão
8 | 20

Em praças

Foto: Werther Santana/Estadão
9 | 20

Falta de estrutura

Foto: Werther Santana/Estadão
10 | 20

Superlotação

Foto: Werther Santana/Estadão
11 | 20

Refeições

Foto: Werther Santana/Estadão
12 | 20

Refeições com sobras

Foto: Werther Santana/Estadão
13 | 20

Fechamento de fronteira

Foto: Werther Santana/Estadão
14 | 20

Higiene

Foto: Werther Santana/Estadão
15 | 20

Comércio improvisado

Foto: Werther Santana/Estadão
16 | 20

Trabalho

Foto: Werther Santana/Estadão
17 | 20

Precarização

Foto: Werther Santana/Estadão
18 | 20

Nas ruas

Foto: Werther Santana/Estadão
19 | 20

Prostituição

Foto: Werther Santana/Estadão
20 | 20

Violência

Foto: Werther Santana/Estadão
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Em 2018, um total de 117 mil venezuelanos já pediram asilo em todo o mundo, um número que já superou toda a marca dos doze meses de 2017. Internamente, algumas agencias da ONU já trabalham com o número de 2,2 milhões de venezuelanos vivendo fora do país.

O êxodo de venezuelanos para o exterior é maior que o dos colombianos durante o conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), crise que levou a cerca de 1 milhão de colombianos a deixar o país - 7 milhões deles, no entanto, foram deslocados internamente. 

A migração de diversos países latino-americanos em direção aos EUA ainda supera o êxodo venezuelano, apesar das características distintas. Nos anos 80, os deslocamentos de centro-americanos diante dos conflitos não chegaram a 1 milhão de pessoas para fora de seus países.

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Via Brasil

De acordo com os dados de Spindler, cerca de 200 venezuelanos continuam a entrar a cada dia em Roraima. Nos quatro primeiros meses do ano, 32 mil venezuelanos pediram asilo no Brasil. Outros 25 mil vivem no País com outro tipo de documento migratório, seja residência, vistos de estudantes ou outras formas legais. 

Seu navegador não suporta esse video.

No sul da Venezuela milhares de famílias lutam contra as inundações que trazem doenças contra as quais não há remédios em meio à profunda crise econômica vivida pelo país.

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Na quarta-feira, o Equador declarou estado de emergência nas províncias de Carchi, Pichincha e El Oro. A ONU elogiou a decisão, apontando que a medida permitirá que novos recursos sejam destinados aos refugiados e imigrantes. 

De acordo com as Nações Unidas, "muitos dos venezuelanos estão se movendo a pé em uma odisseia de dias e até semanas em condições precárias". "Em muitos casos, o dinheiro de muitos deles termina durante a viagem e, destituídos, são forçados a viver em parques públicos e recorrer a mendigar e outros mecanismos negativos para conseguir recursos para viver", disse Spindler. 

Mulheres e crianças compõem 40% daqueles que tem chegado ao Equador e muitos enfrentam o risco de violência sexual. Além disso, reações xenófobas tem sido registradas.  Descrito como um "aumento dramático" de venezuelanos, o fluxo tem levado milhares de refugiados e imigrantes a terem de dormir ao ar livre na fronteira, a espera de serem registrados. 

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O que a ONU também constata é que a maioria dos venezuelanos entrando no Equador tem seguido viagem para Peru e Chile, apesar de 20% deles, porém, permanecem no país.

GENEBRA - O êxodo de venezuelanos já é um dos maiores movimentos populacionais em massa da história da América Latina. O alerta foi feito nesta sexta-feira, 10, pelas ONU, que destacarou a situação crítica que o país vive.

Desde o começo do ano, 547 mil venezuelanos entraram no Equador, por meio da fronteira com a Colômbia. Até julho, foram em média 3 mil imigrantes que cruzam a fronteira por dia.

Venezuelana passa maquiagem em acampamento na capital do Equador, Quito; agências da ONU já consideram que 2,2 milhões de pessoas deixaram o país socialista Foto: AP Photo/Dolores Ochoa

"Mas o fluxo está se acelerando e, na primeira semana de agosto, 30 mil venezuelanos entraram no país - mais de 4 mil por dia", disse William Spindler, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).

Apenas no caso do Equador, os dados apontam para um fluxo que é quase dez vezes superior aos números registrados na crise de refugiados entre o Norte da África e a Europa neste ano. 

Também nesta sexta, a Organização Internacional de Migrações (OIM) indicou que, entre janeiro e o início de agosto, 60 mil pessoas cruzaram o Mediterrâneo para a Europa. Para a ONU, não há dúvidas de que o fluxo de venezuelanos hoje é superior ao movimento pelo Mediterrâneo. 

Dados

A ONU estimou em março que 1,5 milhão de venezuelanos vivem no exterior e o fluxo é o maior desde 1950. Desses, 145 mil pediram asilo em diferentes países desde 2014. Hoje, Spindler admite que o número é ainda maior e que a entidade tenta mapear a crise. "Não sabemos quantos saem da Venezuela", afirmou.

A imigração venezuelana para o Brasil em 20 fotos

1 | 20

Roraima

Foto: Werther Santana/Estadão
2 | 20

Travessia

Foto: Werther Santana/Estadão
3 | 20

Caminho

Foto: Werther Santana/Estadão
4 | 20

Carona

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5 | 20

Abrigo

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6 | 20

Descanso

Foto: Werther Santana/Estadão
7 | 20

Rotina

Foto: Werther Santana/Estadão
8 | 20

Em praças

Foto: Werther Santana/Estadão
9 | 20

Falta de estrutura

Foto: Werther Santana/Estadão
10 | 20

Superlotação

Foto: Werther Santana/Estadão
11 | 20

Refeições

Foto: Werther Santana/Estadão
12 | 20

Refeições com sobras

Foto: Werther Santana/Estadão
13 | 20

Fechamento de fronteira

Foto: Werther Santana/Estadão
14 | 20

Higiene

Foto: Werther Santana/Estadão
15 | 20

Comércio improvisado

Foto: Werther Santana/Estadão
16 | 20

Trabalho

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17 | 20

Precarização

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18 | 20

Nas ruas

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19 | 20

Prostituição

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20 | 20

Violência

Foto: Werther Santana/Estadão

Em 2018, um total de 117 mil venezuelanos já pediram asilo em todo o mundo, um número que já superou toda a marca dos doze meses de 2017. Internamente, algumas agencias da ONU já trabalham com o número de 2,2 milhões de venezuelanos vivendo fora do país.

O êxodo de venezuelanos para o exterior é maior que o dos colombianos durante o conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), crise que levou a cerca de 1 milhão de colombianos a deixar o país - 7 milhões deles, no entanto, foram deslocados internamente. 

A migração de diversos países latino-americanos em direção aos EUA ainda supera o êxodo venezuelano, apesar das características distintas. Nos anos 80, os deslocamentos de centro-americanos diante dos conflitos não chegaram a 1 milhão de pessoas para fora de seus países.

Via Brasil

De acordo com os dados de Spindler, cerca de 200 venezuelanos continuam a entrar a cada dia em Roraima. Nos quatro primeiros meses do ano, 32 mil venezuelanos pediram asilo no Brasil. Outros 25 mil vivem no País com outro tipo de documento migratório, seja residência, vistos de estudantes ou outras formas legais. 

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No sul da Venezuela milhares de famílias lutam contra as inundações que trazem doenças contra as quais não há remédios em meio à profunda crise econômica vivida pelo país.

Na quarta-feira, o Equador declarou estado de emergência nas províncias de Carchi, Pichincha e El Oro. A ONU elogiou a decisão, apontando que a medida permitirá que novos recursos sejam destinados aos refugiados e imigrantes. 

De acordo com as Nações Unidas, "muitos dos venezuelanos estão se movendo a pé em uma odisseia de dias e até semanas em condições precárias". "Em muitos casos, o dinheiro de muitos deles termina durante a viagem e, destituídos, são forçados a viver em parques públicos e recorrer a mendigar e outros mecanismos negativos para conseguir recursos para viver", disse Spindler. 

Mulheres e crianças compõem 40% daqueles que tem chegado ao Equador e muitos enfrentam o risco de violência sexual. Além disso, reações xenófobas tem sido registradas.  Descrito como um "aumento dramático" de venezuelanos, o fluxo tem levado milhares de refugiados e imigrantes a terem de dormir ao ar livre na fronteira, a espera de serem registrados. 

O que a ONU também constata é que a maioria dos venezuelanos entrando no Equador tem seguido viagem para Peru e Chile, apesar de 20% deles, porém, permanecem no país.

GENEBRA - O êxodo de venezuelanos já é um dos maiores movimentos populacionais em massa da história da América Latina. O alerta foi feito nesta sexta-feira, 10, pelas ONU, que destacarou a situação crítica que o país vive.

Desde o começo do ano, 547 mil venezuelanos entraram no Equador, por meio da fronteira com a Colômbia. Até julho, foram em média 3 mil imigrantes que cruzam a fronteira por dia.

Venezuelana passa maquiagem em acampamento na capital do Equador, Quito; agências da ONU já consideram que 2,2 milhões de pessoas deixaram o país socialista Foto: AP Photo/Dolores Ochoa

"Mas o fluxo está se acelerando e, na primeira semana de agosto, 30 mil venezuelanos entraram no país - mais de 4 mil por dia", disse William Spindler, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).

Apenas no caso do Equador, os dados apontam para um fluxo que é quase dez vezes superior aos números registrados na crise de refugiados entre o Norte da África e a Europa neste ano. 

Também nesta sexta, a Organização Internacional de Migrações (OIM) indicou que, entre janeiro e o início de agosto, 60 mil pessoas cruzaram o Mediterrâneo para a Europa. Para a ONU, não há dúvidas de que o fluxo de venezuelanos hoje é superior ao movimento pelo Mediterrâneo. 

Dados

A ONU estimou em março que 1,5 milhão de venezuelanos vivem no exterior e o fluxo é o maior desde 1950. Desses, 145 mil pediram asilo em diferentes países desde 2014. Hoje, Spindler admite que o número é ainda maior e que a entidade tenta mapear a crise. "Não sabemos quantos saem da Venezuela", afirmou.

A imigração venezuelana para o Brasil em 20 fotos

1 | 20

Roraima

Foto: Werther Santana/Estadão
2 | 20

Travessia

Foto: Werther Santana/Estadão
3 | 20

Caminho

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4 | 20

Carona

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5 | 20

Abrigo

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6 | 20

Descanso

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7 | 20

Rotina

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8 | 20

Em praças

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9 | 20

Falta de estrutura

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10 | 20

Superlotação

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Refeições

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12 | 20

Refeições com sobras

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13 | 20

Fechamento de fronteira

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14 | 20

Higiene

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15 | 20

Comércio improvisado

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16 | 20

Trabalho

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17 | 20

Precarização

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18 | 20

Nas ruas

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19 | 20

Prostituição

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20 | 20

Violência

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Em 2018, um total de 117 mil venezuelanos já pediram asilo em todo o mundo, um número que já superou toda a marca dos doze meses de 2017. Internamente, algumas agencias da ONU já trabalham com o número de 2,2 milhões de venezuelanos vivendo fora do país.

O êxodo de venezuelanos para o exterior é maior que o dos colombianos durante o conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), crise que levou a cerca de 1 milhão de colombianos a deixar o país - 7 milhões deles, no entanto, foram deslocados internamente. 

A migração de diversos países latino-americanos em direção aos EUA ainda supera o êxodo venezuelano, apesar das características distintas. Nos anos 80, os deslocamentos de centro-americanos diante dos conflitos não chegaram a 1 milhão de pessoas para fora de seus países.

Via Brasil

De acordo com os dados de Spindler, cerca de 200 venezuelanos continuam a entrar a cada dia em Roraima. Nos quatro primeiros meses do ano, 32 mil venezuelanos pediram asilo no Brasil. Outros 25 mil vivem no País com outro tipo de documento migratório, seja residência, vistos de estudantes ou outras formas legais. 

Seu navegador não suporta esse video.

No sul da Venezuela milhares de famílias lutam contra as inundações que trazem doenças contra as quais não há remédios em meio à profunda crise econômica vivida pelo país.

Na quarta-feira, o Equador declarou estado de emergência nas províncias de Carchi, Pichincha e El Oro. A ONU elogiou a decisão, apontando que a medida permitirá que novos recursos sejam destinados aos refugiados e imigrantes. 

De acordo com as Nações Unidas, "muitos dos venezuelanos estão se movendo a pé em uma odisseia de dias e até semanas em condições precárias". "Em muitos casos, o dinheiro de muitos deles termina durante a viagem e, destituídos, são forçados a viver em parques públicos e recorrer a mendigar e outros mecanismos negativos para conseguir recursos para viver", disse Spindler. 

Mulheres e crianças compõem 40% daqueles que tem chegado ao Equador e muitos enfrentam o risco de violência sexual. Além disso, reações xenófobas tem sido registradas.  Descrito como um "aumento dramático" de venezuelanos, o fluxo tem levado milhares de refugiados e imigrantes a terem de dormir ao ar livre na fronteira, a espera de serem registrados. 

O que a ONU também constata é que a maioria dos venezuelanos entrando no Equador tem seguido viagem para Peru e Chile, apesar de 20% deles, porém, permanecem no país.

GENEBRA - O êxodo de venezuelanos já é um dos maiores movimentos populacionais em massa da história da América Latina. O alerta foi feito nesta sexta-feira, 10, pelas ONU, que destacarou a situação crítica que o país vive.

Desde o começo do ano, 547 mil venezuelanos entraram no Equador, por meio da fronteira com a Colômbia. Até julho, foram em média 3 mil imigrantes que cruzam a fronteira por dia.

Venezuelana passa maquiagem em acampamento na capital do Equador, Quito; agências da ONU já consideram que 2,2 milhões de pessoas deixaram o país socialista Foto: AP Photo/Dolores Ochoa

"Mas o fluxo está se acelerando e, na primeira semana de agosto, 30 mil venezuelanos entraram no país - mais de 4 mil por dia", disse William Spindler, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).

Apenas no caso do Equador, os dados apontam para um fluxo que é quase dez vezes superior aos números registrados na crise de refugiados entre o Norte da África e a Europa neste ano. 

Também nesta sexta, a Organização Internacional de Migrações (OIM) indicou que, entre janeiro e o início de agosto, 60 mil pessoas cruzaram o Mediterrâneo para a Europa. Para a ONU, não há dúvidas de que o fluxo de venezuelanos hoje é superior ao movimento pelo Mediterrâneo. 

Dados

A ONU estimou em março que 1,5 milhão de venezuelanos vivem no exterior e o fluxo é o maior desde 1950. Desses, 145 mil pediram asilo em diferentes países desde 2014. Hoje, Spindler admite que o número é ainda maior e que a entidade tenta mapear a crise. "Não sabemos quantos saem da Venezuela", afirmou.

A imigração venezuelana para o Brasil em 20 fotos

1 | 20

Roraima

Foto: Werther Santana/Estadão
2 | 20

Travessia

Foto: Werther Santana/Estadão
3 | 20

Caminho

Foto: Werther Santana/Estadão
4 | 20

Carona

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5 | 20

Abrigo

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6 | 20

Descanso

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7 | 20

Rotina

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8 | 20

Em praças

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9 | 20

Falta de estrutura

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10 | 20

Superlotação

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11 | 20

Refeições

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12 | 20

Refeições com sobras

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13 | 20

Fechamento de fronteira

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14 | 20

Higiene

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15 | 20

Comércio improvisado

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16 | 20

Trabalho

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17 | 20

Precarização

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18 | 20

Nas ruas

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19 | 20

Prostituição

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20 | 20

Violência

Foto: Werther Santana/Estadão

Em 2018, um total de 117 mil venezuelanos já pediram asilo em todo o mundo, um número que já superou toda a marca dos doze meses de 2017. Internamente, algumas agencias da ONU já trabalham com o número de 2,2 milhões de venezuelanos vivendo fora do país.

O êxodo de venezuelanos para o exterior é maior que o dos colombianos durante o conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), crise que levou a cerca de 1 milhão de colombianos a deixar o país - 7 milhões deles, no entanto, foram deslocados internamente. 

A migração de diversos países latino-americanos em direção aos EUA ainda supera o êxodo venezuelano, apesar das características distintas. Nos anos 80, os deslocamentos de centro-americanos diante dos conflitos não chegaram a 1 milhão de pessoas para fora de seus países.

Via Brasil

De acordo com os dados de Spindler, cerca de 200 venezuelanos continuam a entrar a cada dia em Roraima. Nos quatro primeiros meses do ano, 32 mil venezuelanos pediram asilo no Brasil. Outros 25 mil vivem no País com outro tipo de documento migratório, seja residência, vistos de estudantes ou outras formas legais. 

Seu navegador não suporta esse video.

No sul da Venezuela milhares de famílias lutam contra as inundações que trazem doenças contra as quais não há remédios em meio à profunda crise econômica vivida pelo país.

Na quarta-feira, o Equador declarou estado de emergência nas províncias de Carchi, Pichincha e El Oro. A ONU elogiou a decisão, apontando que a medida permitirá que novos recursos sejam destinados aos refugiados e imigrantes. 

De acordo com as Nações Unidas, "muitos dos venezuelanos estão se movendo a pé em uma odisseia de dias e até semanas em condições precárias". "Em muitos casos, o dinheiro de muitos deles termina durante a viagem e, destituídos, são forçados a viver em parques públicos e recorrer a mendigar e outros mecanismos negativos para conseguir recursos para viver", disse Spindler. 

Mulheres e crianças compõem 40% daqueles que tem chegado ao Equador e muitos enfrentam o risco de violência sexual. Além disso, reações xenófobas tem sido registradas.  Descrito como um "aumento dramático" de venezuelanos, o fluxo tem levado milhares de refugiados e imigrantes a terem de dormir ao ar livre na fronteira, a espera de serem registrados. 

O que a ONU também constata é que a maioria dos venezuelanos entrando no Equador tem seguido viagem para Peru e Chile, apesar de 20% deles, porém, permanecem no país.

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