Crise na Venezuela: saiba quem são os opositores venezuelanos que estão na embaixada da Argentina


Seis assessores de María Corina Machado e do candidato presidencial da oposição, Edmundo González, estão abrigados na representação consular argentina desde março

Por Redação

Políticos ligados à líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, seguem isolados na embaixada da Argentina em Caracas, apesar de a ditadura de Nicolás Maduro ter revogado a custódia do Brasil sobre a representação diplomática no sábado, 7.

O regime chavista chegou a cortar o fornecimento de energia elétrica e cercar a embaixada argentina durante o final de semana, mas o cerco foi encerrado. Maduro determinou o fim da custódia brasileira por conta de um suposto planejamento de atos terroristas por “fugitivos da justiça venezuelana”.

Seis assessores de María Corina Machado e do candidato presidencial da oposição, Edmundo González, estão abrigados na representação consular argentina desde março, quando a promotoria venezuelana emitiu uma ordem de prisão contra os oposicionistas. Pelo direito internacional, as forças de segurança não podem entrar em embaixadas, consideradas invioláveis pelo Estatuto de Viena, que garante imunidade às representações diplomáticas.

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Bandeira brasileira é erguida na parte de fora da embaixada da Argentina, em Caracas  Foto: Juan Barreto/AFP

De alguma forma, apesar das restrições à sua liberdade, os políticos não só conseguiram ajudar a organizar uma campanha de comparecimento dos eleitores que levou milhões de pessoas às urnas no dia da eleição venezuelana, mas também mobilizaram milhares de monitores para coletar as folhas de contagem que poderiam provar que seu candidato havia vencido. Seus esforços ajudaram a levar os Estados Unidos a reconhecer o candidato da oposição, Edmundo González, como vencedor, enquanto muitos outros países se recusaram a reconhecer a reivindicação de vitória de Nicolás Maduro.

A polícia da Venezuela patrulha a embaixada da Argentina em Caracas, no sábado, 7 de setembro  Foto: Ariana Cubillos/AP
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Saiba quem são os seis venezuelanos na embaixada da Argentina em Caracas:

Magalli Meda

Magalli Meda é a chefe de campanha da líder da oposição, María Corina Machado. Ela se apresenta como ativista e especialista em comunicação.

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Desde 2010 Magalli trabalha como gerente de planejamento estratégico do partido centrista Vente Venezuela. Antes de 28 de julho, data do pleito venezuelano, o tempo de Magalli na embaixada era preenchido com reuniões virtuais para organizar a campanha.

“Gosto de contato humano”, disse Magalli, em entrevista ao jornal The New York Times. “Preciso trabalhar com as equipes. Estou acostumada a tocá-las, a vê-las, a saber como se sentem. Com fones de ouvido o dia todo (nas chamadas de vídeo), às vezes sinto que estou ficando surda. Essa não é a minha natureza”.

Magalli Meda é a chefe de campanha da líder da oposição, María Corina Machado  Foto: Vente Venezuela /Reprodução
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Pedro Urruchurtu

Urruchurtu foi coordenador de assuntos internacionais na campanha de María Corina Machado e Edmundo González. Ele também chegou a ser coordenador nacional da legenda Vente Venezuela, que foi fundada por María Corina Machado, entre 2016 e 2021. O opositor é cientista político, professor e apresentador de rádio.

Após prisões de diversos opositores venezuelanos em março, Urruchurtu ficou preocupado com a possibilidade de ele e outros políticos serem os próximos. Por isso, ele entrou em contato com diversas embaixadas para solicitar asilo.

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Um desses contatos foi o vice-chefe de missão da embaixada da Argentina, Gabriel Volpi. “Eles estão nos procurando”, Urruchurtu lembra de ter dito ao argentino por telefone, em entrevista ao jornal The New York Times. “Me dê 15 minutos”, respondeu o Volpi. “Se puder, que sejam dez minutos”, disse Urruchurtu. “OK, combinado.”

Pedro Urruchurtu foi coordenador de assuntos internacionais da campanha de María Corina Machado e um dos articuladores do pedido de asilo a embaixada da Argentina em Caracas Foto: Vente Venezuela/Reprodução

Omar González

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Omar González foi deputado na Assembleia Nacional da Venezuela, pela coalizão Unidade Democrática (MUD), que reúne partidos de oposição à ditadura de Maduro. Ele também é membro da direção nacional do Vente Venezuela, jornalista e escritor.

Ele tem 74 anos e dirigiu a filial da campanha de María Corina Machado no Estado de Anzoátegui. González estava prestes a embarcar em um avião para Caracas para uma viagem de trabalho quando seu filho ligou para lhe contar sobre o mandado de prisão.

Ao desembarcar na capital venezuelana, foi direto para a embaixada da Argentina, após contatos com outros opositores.

Omar González foi deputado na Assembleia Nacional da Venezuela, pela coalizão Unidade Democrática (MUD), que reúne partidos de oposição à ditadura de Maduro Foto: Vente Venezuela/Reprodução

Humberto Villalobos

Villalobos também trabalhou na executiva do Vente Venezuela e foi coordenador eleitoral da legenda e diretor da ESDATA, uma ONG que é especializada em fiscalização eleitoral.

Humberto Villalobos é diretor da ESDATA, uma ONG que é especializada em fiscalização eleitoral.  Foto: Vente Venezuela/Reprodução

Claudia Macero

Claudia Macero é jornalista e foi responsável pela comunicação da campanha de María Corina Machado. Claudia também é coordenadora de comunicação do Vente Venezuela e locutora da Radio Caracas.

Claudia Macero é coordenadora de comunicação do partido Vente Venezuela  Foto: Vente Venezuela/Reprodução

Fernando Martinez Mottola

Mottola é engenheiro elétrico e ex-ministro dos Transportes da Venezuela durante a administração de Carlos Andrés Perez. Ele foi um dos principais assessores de Juan Guaidó, ex-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela que se declarou presidente interino do país.

Fernando Martinez Mottola foi ministro dos Transportes da Venezuela e é um dos políticos opositores que está na embaixada da Argentina, em Caracas Foto: X/Reprodução

O engenheiro também representou a oposição em negociações com o regime chavista que foram mediadas pela Noruega./com NYT

Políticos ligados à líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, seguem isolados na embaixada da Argentina em Caracas, apesar de a ditadura de Nicolás Maduro ter revogado a custódia do Brasil sobre a representação diplomática no sábado, 7.

O regime chavista chegou a cortar o fornecimento de energia elétrica e cercar a embaixada argentina durante o final de semana, mas o cerco foi encerrado. Maduro determinou o fim da custódia brasileira por conta de um suposto planejamento de atos terroristas por “fugitivos da justiça venezuelana”.

Seis assessores de María Corina Machado e do candidato presidencial da oposição, Edmundo González, estão abrigados na representação consular argentina desde março, quando a promotoria venezuelana emitiu uma ordem de prisão contra os oposicionistas. Pelo direito internacional, as forças de segurança não podem entrar em embaixadas, consideradas invioláveis pelo Estatuto de Viena, que garante imunidade às representações diplomáticas.

Bandeira brasileira é erguida na parte de fora da embaixada da Argentina, em Caracas  Foto: Juan Barreto/AFP

De alguma forma, apesar das restrições à sua liberdade, os políticos não só conseguiram ajudar a organizar uma campanha de comparecimento dos eleitores que levou milhões de pessoas às urnas no dia da eleição venezuelana, mas também mobilizaram milhares de monitores para coletar as folhas de contagem que poderiam provar que seu candidato havia vencido. Seus esforços ajudaram a levar os Estados Unidos a reconhecer o candidato da oposição, Edmundo González, como vencedor, enquanto muitos outros países se recusaram a reconhecer a reivindicação de vitória de Nicolás Maduro.

A polícia da Venezuela patrulha a embaixada da Argentina em Caracas, no sábado, 7 de setembro  Foto: Ariana Cubillos/AP

Saiba quem são os seis venezuelanos na embaixada da Argentina em Caracas:

Magalli Meda

Magalli Meda é a chefe de campanha da líder da oposição, María Corina Machado. Ela se apresenta como ativista e especialista em comunicação.

Desde 2010 Magalli trabalha como gerente de planejamento estratégico do partido centrista Vente Venezuela. Antes de 28 de julho, data do pleito venezuelano, o tempo de Magalli na embaixada era preenchido com reuniões virtuais para organizar a campanha.

“Gosto de contato humano”, disse Magalli, em entrevista ao jornal The New York Times. “Preciso trabalhar com as equipes. Estou acostumada a tocá-las, a vê-las, a saber como se sentem. Com fones de ouvido o dia todo (nas chamadas de vídeo), às vezes sinto que estou ficando surda. Essa não é a minha natureza”.

Magalli Meda é a chefe de campanha da líder da oposição, María Corina Machado  Foto: Vente Venezuela /Reprodução

Pedro Urruchurtu

Urruchurtu foi coordenador de assuntos internacionais na campanha de María Corina Machado e Edmundo González. Ele também chegou a ser coordenador nacional da legenda Vente Venezuela, que foi fundada por María Corina Machado, entre 2016 e 2021. O opositor é cientista político, professor e apresentador de rádio.

Após prisões de diversos opositores venezuelanos em março, Urruchurtu ficou preocupado com a possibilidade de ele e outros políticos serem os próximos. Por isso, ele entrou em contato com diversas embaixadas para solicitar asilo.

Um desses contatos foi o vice-chefe de missão da embaixada da Argentina, Gabriel Volpi. “Eles estão nos procurando”, Urruchurtu lembra de ter dito ao argentino por telefone, em entrevista ao jornal The New York Times. “Me dê 15 minutos”, respondeu o Volpi. “Se puder, que sejam dez minutos”, disse Urruchurtu. “OK, combinado.”

Pedro Urruchurtu foi coordenador de assuntos internacionais da campanha de María Corina Machado e um dos articuladores do pedido de asilo a embaixada da Argentina em Caracas Foto: Vente Venezuela/Reprodução

Omar González

Omar González foi deputado na Assembleia Nacional da Venezuela, pela coalizão Unidade Democrática (MUD), que reúne partidos de oposição à ditadura de Maduro. Ele também é membro da direção nacional do Vente Venezuela, jornalista e escritor.

Ele tem 74 anos e dirigiu a filial da campanha de María Corina Machado no Estado de Anzoátegui. González estava prestes a embarcar em um avião para Caracas para uma viagem de trabalho quando seu filho ligou para lhe contar sobre o mandado de prisão.

Ao desembarcar na capital venezuelana, foi direto para a embaixada da Argentina, após contatos com outros opositores.

Omar González foi deputado na Assembleia Nacional da Venezuela, pela coalizão Unidade Democrática (MUD), que reúne partidos de oposição à ditadura de Maduro Foto: Vente Venezuela/Reprodução

Humberto Villalobos

Villalobos também trabalhou na executiva do Vente Venezuela e foi coordenador eleitoral da legenda e diretor da ESDATA, uma ONG que é especializada em fiscalização eleitoral.

Humberto Villalobos é diretor da ESDATA, uma ONG que é especializada em fiscalização eleitoral.  Foto: Vente Venezuela/Reprodução

Claudia Macero

Claudia Macero é jornalista e foi responsável pela comunicação da campanha de María Corina Machado. Claudia também é coordenadora de comunicação do Vente Venezuela e locutora da Radio Caracas.

Claudia Macero é coordenadora de comunicação do partido Vente Venezuela  Foto: Vente Venezuela/Reprodução

Fernando Martinez Mottola

Mottola é engenheiro elétrico e ex-ministro dos Transportes da Venezuela durante a administração de Carlos Andrés Perez. Ele foi um dos principais assessores de Juan Guaidó, ex-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela que se declarou presidente interino do país.

Fernando Martinez Mottola foi ministro dos Transportes da Venezuela e é um dos políticos opositores que está na embaixada da Argentina, em Caracas Foto: X/Reprodução

O engenheiro também representou a oposição em negociações com o regime chavista que foram mediadas pela Noruega./com NYT

Políticos ligados à líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, seguem isolados na embaixada da Argentina em Caracas, apesar de a ditadura de Nicolás Maduro ter revogado a custódia do Brasil sobre a representação diplomática no sábado, 7.

O regime chavista chegou a cortar o fornecimento de energia elétrica e cercar a embaixada argentina durante o final de semana, mas o cerco foi encerrado. Maduro determinou o fim da custódia brasileira por conta de um suposto planejamento de atos terroristas por “fugitivos da justiça venezuelana”.

Seis assessores de María Corina Machado e do candidato presidencial da oposição, Edmundo González, estão abrigados na representação consular argentina desde março, quando a promotoria venezuelana emitiu uma ordem de prisão contra os oposicionistas. Pelo direito internacional, as forças de segurança não podem entrar em embaixadas, consideradas invioláveis pelo Estatuto de Viena, que garante imunidade às representações diplomáticas.

Bandeira brasileira é erguida na parte de fora da embaixada da Argentina, em Caracas  Foto: Juan Barreto/AFP

De alguma forma, apesar das restrições à sua liberdade, os políticos não só conseguiram ajudar a organizar uma campanha de comparecimento dos eleitores que levou milhões de pessoas às urnas no dia da eleição venezuelana, mas também mobilizaram milhares de monitores para coletar as folhas de contagem que poderiam provar que seu candidato havia vencido. Seus esforços ajudaram a levar os Estados Unidos a reconhecer o candidato da oposição, Edmundo González, como vencedor, enquanto muitos outros países se recusaram a reconhecer a reivindicação de vitória de Nicolás Maduro.

A polícia da Venezuela patrulha a embaixada da Argentina em Caracas, no sábado, 7 de setembro  Foto: Ariana Cubillos/AP

Saiba quem são os seis venezuelanos na embaixada da Argentina em Caracas:

Magalli Meda

Magalli Meda é a chefe de campanha da líder da oposição, María Corina Machado. Ela se apresenta como ativista e especialista em comunicação.

Desde 2010 Magalli trabalha como gerente de planejamento estratégico do partido centrista Vente Venezuela. Antes de 28 de julho, data do pleito venezuelano, o tempo de Magalli na embaixada era preenchido com reuniões virtuais para organizar a campanha.

“Gosto de contato humano”, disse Magalli, em entrevista ao jornal The New York Times. “Preciso trabalhar com as equipes. Estou acostumada a tocá-las, a vê-las, a saber como se sentem. Com fones de ouvido o dia todo (nas chamadas de vídeo), às vezes sinto que estou ficando surda. Essa não é a minha natureza”.

Magalli Meda é a chefe de campanha da líder da oposição, María Corina Machado  Foto: Vente Venezuela /Reprodução

Pedro Urruchurtu

Urruchurtu foi coordenador de assuntos internacionais na campanha de María Corina Machado e Edmundo González. Ele também chegou a ser coordenador nacional da legenda Vente Venezuela, que foi fundada por María Corina Machado, entre 2016 e 2021. O opositor é cientista político, professor e apresentador de rádio.

Após prisões de diversos opositores venezuelanos em março, Urruchurtu ficou preocupado com a possibilidade de ele e outros políticos serem os próximos. Por isso, ele entrou em contato com diversas embaixadas para solicitar asilo.

Um desses contatos foi o vice-chefe de missão da embaixada da Argentina, Gabriel Volpi. “Eles estão nos procurando”, Urruchurtu lembra de ter dito ao argentino por telefone, em entrevista ao jornal The New York Times. “Me dê 15 minutos”, respondeu o Volpi. “Se puder, que sejam dez minutos”, disse Urruchurtu. “OK, combinado.”

Pedro Urruchurtu foi coordenador de assuntos internacionais da campanha de María Corina Machado e um dos articuladores do pedido de asilo a embaixada da Argentina em Caracas Foto: Vente Venezuela/Reprodução

Omar González

Omar González foi deputado na Assembleia Nacional da Venezuela, pela coalizão Unidade Democrática (MUD), que reúne partidos de oposição à ditadura de Maduro. Ele também é membro da direção nacional do Vente Venezuela, jornalista e escritor.

Ele tem 74 anos e dirigiu a filial da campanha de María Corina Machado no Estado de Anzoátegui. González estava prestes a embarcar em um avião para Caracas para uma viagem de trabalho quando seu filho ligou para lhe contar sobre o mandado de prisão.

Ao desembarcar na capital venezuelana, foi direto para a embaixada da Argentina, após contatos com outros opositores.

Omar González foi deputado na Assembleia Nacional da Venezuela, pela coalizão Unidade Democrática (MUD), que reúne partidos de oposição à ditadura de Maduro Foto: Vente Venezuela/Reprodução

Humberto Villalobos

Villalobos também trabalhou na executiva do Vente Venezuela e foi coordenador eleitoral da legenda e diretor da ESDATA, uma ONG que é especializada em fiscalização eleitoral.

Humberto Villalobos é diretor da ESDATA, uma ONG que é especializada em fiscalização eleitoral.  Foto: Vente Venezuela/Reprodução

Claudia Macero

Claudia Macero é jornalista e foi responsável pela comunicação da campanha de María Corina Machado. Claudia também é coordenadora de comunicação do Vente Venezuela e locutora da Radio Caracas.

Claudia Macero é coordenadora de comunicação do partido Vente Venezuela  Foto: Vente Venezuela/Reprodução

Fernando Martinez Mottola

Mottola é engenheiro elétrico e ex-ministro dos Transportes da Venezuela durante a administração de Carlos Andrés Perez. Ele foi um dos principais assessores de Juan Guaidó, ex-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela que se declarou presidente interino do país.

Fernando Martinez Mottola foi ministro dos Transportes da Venezuela e é um dos políticos opositores que está na embaixada da Argentina, em Caracas Foto: X/Reprodução

O engenheiro também representou a oposição em negociações com o regime chavista que foram mediadas pela Noruega./com NYT

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