Departamento de Estado dos EUA acusa Rússia de espalhar desinformação no Brasil


Relatório afirma que Rússia tenta influenciar apoio público à Ucrânia na guerra por meio do disfarce de fontes de propaganda e desinformação espalhadas na imprensa

Por Redação

O Departamento de Estado dos Estados Unidos acusou a Rússia de financiar uma campanha de desinformação nos veículos de imprensa da América Latina, incluindo o Brasil. Segundo a embaixada brasileira no Brasil, que divulgou o comunicado do Departamento de Estado no dia 7, a Rússia busca influenciar o apoio à Ucrânia na guerra por meio da estratégia de “disfarçar a fonte de sua propaganda e desinformação por meio de veículos de imprensa locais, de forma que pareça orgânica para o público latino-americano”.

A embaixada afirma que as campanhas russas estão espalhadas na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, México, Venezuela, Brasil, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai, entre outros países da região. “A campanha do Kremlin planeja aproveitar os contatos com veículos de imprensa (...) a fim de realizar uma campanha de manipulação de informação destinada a explorar sorrateiramente a abertura da imprensa e do ambiente de informação da América Latina”, diz o Departamento de Estado.

De acordo com o Departamento de Estado, a Rússia amplia os esforços para replicar seus interesses por um sistema de jornais, sites e indivíduos que parecem “ser fontes de notícias independentes”. Os interesses seriam espalhados a princípio por meio de histórias originais ou de discursos populares ou “divisivos”; depois, esse conteúdo é intensificado através da divulgação de conteúdos falsos, teorias da conspiração e outras informações que podem servir aos interesses russos.

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Imagem do dia 27 de outubro mostra torre do Kremlin e domos da Catedral de São Basílio, em Moscou. EUA afirmam que Kremlin teria operação de desinformação na América Latina, incluindo no Brasil Foto: Maxim Shemetov/Reuters

O comunicado diz que a campanha é liderada pelos órgãos russos Agência de Design Social (SDA), o Instituto para o Desenvolvimento da Internet e Structura. Essas empresas foram chamadas de “influence-for-hire” (compra de influência) e teriam capacidade técnica, experiência na exploração de ambientes de informação abertos e um histórico de proliferação de desinformação e propaganda a fim de promover os objetivos de influência externa da Rússia.

A mecânica de campanha aconteceria através de um grupo de editores organizado em um país da América Latina, o Chile, com a participação de vários jornalistas locais e representantes de vários países da região. Depois, uma equipe russa criaria um conteúdo e enviaria o material à equipe editorial para revisão, edição e publicação. “Com efeito, esse processo de lavagem de informações faria com que o conteúdo pró-Kremlin criado na Rússia fosse ‘localizado’ pela equipe latino-americana com curadoria e publicado em mídias locais para parecer orgânico”, dizem os EUA.

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O relatório chega a citar dois jornais que estariam diretamente envolvidos na operação russa: Pressenza e El Ciudadano, ambos de língua espanhola. Mas, para além desses, haveria uma rede mais ampla de fontes da imprensa à disposição do grupo para ampliar ainda mais as informações.

Os temas escolhidos para a campanha teriam o objetivo principal de “persuadir o público latino-americano de que a guerra da Rússia contra a Ucrânia é justa e que podem se unir à Rússia para derrotar o neocolonialismo”. “Esses temas se alinham com a falsa narrativa mais ampla da Rússia de que é um campeão contra a neocolonialização, quando na realidade está envolvida no neocolonialismo e no neoimperialismo em sua guerra contra a Ucrânia e em sua extração de recursos na África”, diz o relatório dos EUA.

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O esforço estaria coordenado entre embaixadas russas na América Latina e veículos de imprensa financiados pelo Estado para aumentar as mensagens pró-Kremlin, difundir narrativas anti-EUA e desenvolver parcerias entre os meios de comunicação estatais russos, veículos de comunicação e estações de rádio locais, embaixadas de outros países considerados pró-Moscou na região e jornalistas locais.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos acusou a Rússia de financiar uma campanha de desinformação nos veículos de imprensa da América Latina, incluindo o Brasil. Segundo a embaixada brasileira no Brasil, que divulgou o comunicado do Departamento de Estado no dia 7, a Rússia busca influenciar o apoio à Ucrânia na guerra por meio da estratégia de “disfarçar a fonte de sua propaganda e desinformação por meio de veículos de imprensa locais, de forma que pareça orgânica para o público latino-americano”.

A embaixada afirma que as campanhas russas estão espalhadas na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, México, Venezuela, Brasil, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai, entre outros países da região. “A campanha do Kremlin planeja aproveitar os contatos com veículos de imprensa (...) a fim de realizar uma campanha de manipulação de informação destinada a explorar sorrateiramente a abertura da imprensa e do ambiente de informação da América Latina”, diz o Departamento de Estado.

De acordo com o Departamento de Estado, a Rússia amplia os esforços para replicar seus interesses por um sistema de jornais, sites e indivíduos que parecem “ser fontes de notícias independentes”. Os interesses seriam espalhados a princípio por meio de histórias originais ou de discursos populares ou “divisivos”; depois, esse conteúdo é intensificado através da divulgação de conteúdos falsos, teorias da conspiração e outras informações que podem servir aos interesses russos.

Imagem do dia 27 de outubro mostra torre do Kremlin e domos da Catedral de São Basílio, em Moscou. EUA afirmam que Kremlin teria operação de desinformação na América Latina, incluindo no Brasil Foto: Maxim Shemetov/Reuters

O comunicado diz que a campanha é liderada pelos órgãos russos Agência de Design Social (SDA), o Instituto para o Desenvolvimento da Internet e Structura. Essas empresas foram chamadas de “influence-for-hire” (compra de influência) e teriam capacidade técnica, experiência na exploração de ambientes de informação abertos e um histórico de proliferação de desinformação e propaganda a fim de promover os objetivos de influência externa da Rússia.

A mecânica de campanha aconteceria através de um grupo de editores organizado em um país da América Latina, o Chile, com a participação de vários jornalistas locais e representantes de vários países da região. Depois, uma equipe russa criaria um conteúdo e enviaria o material à equipe editorial para revisão, edição e publicação. “Com efeito, esse processo de lavagem de informações faria com que o conteúdo pró-Kremlin criado na Rússia fosse ‘localizado’ pela equipe latino-americana com curadoria e publicado em mídias locais para parecer orgânico”, dizem os EUA.

O relatório chega a citar dois jornais que estariam diretamente envolvidos na operação russa: Pressenza e El Ciudadano, ambos de língua espanhola. Mas, para além desses, haveria uma rede mais ampla de fontes da imprensa à disposição do grupo para ampliar ainda mais as informações.

Os temas escolhidos para a campanha teriam o objetivo principal de “persuadir o público latino-americano de que a guerra da Rússia contra a Ucrânia é justa e que podem se unir à Rússia para derrotar o neocolonialismo”. “Esses temas se alinham com a falsa narrativa mais ampla da Rússia de que é um campeão contra a neocolonialização, quando na realidade está envolvida no neocolonialismo e no neoimperialismo em sua guerra contra a Ucrânia e em sua extração de recursos na África”, diz o relatório dos EUA.

O esforço estaria coordenado entre embaixadas russas na América Latina e veículos de imprensa financiados pelo Estado para aumentar as mensagens pró-Kremlin, difundir narrativas anti-EUA e desenvolver parcerias entre os meios de comunicação estatais russos, veículos de comunicação e estações de rádio locais, embaixadas de outros países considerados pró-Moscou na região e jornalistas locais.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos acusou a Rússia de financiar uma campanha de desinformação nos veículos de imprensa da América Latina, incluindo o Brasil. Segundo a embaixada brasileira no Brasil, que divulgou o comunicado do Departamento de Estado no dia 7, a Rússia busca influenciar o apoio à Ucrânia na guerra por meio da estratégia de “disfarçar a fonte de sua propaganda e desinformação por meio de veículos de imprensa locais, de forma que pareça orgânica para o público latino-americano”.

A embaixada afirma que as campanhas russas estão espalhadas na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, México, Venezuela, Brasil, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai, entre outros países da região. “A campanha do Kremlin planeja aproveitar os contatos com veículos de imprensa (...) a fim de realizar uma campanha de manipulação de informação destinada a explorar sorrateiramente a abertura da imprensa e do ambiente de informação da América Latina”, diz o Departamento de Estado.

De acordo com o Departamento de Estado, a Rússia amplia os esforços para replicar seus interesses por um sistema de jornais, sites e indivíduos que parecem “ser fontes de notícias independentes”. Os interesses seriam espalhados a princípio por meio de histórias originais ou de discursos populares ou “divisivos”; depois, esse conteúdo é intensificado através da divulgação de conteúdos falsos, teorias da conspiração e outras informações que podem servir aos interesses russos.

Imagem do dia 27 de outubro mostra torre do Kremlin e domos da Catedral de São Basílio, em Moscou. EUA afirmam que Kremlin teria operação de desinformação na América Latina, incluindo no Brasil Foto: Maxim Shemetov/Reuters

O comunicado diz que a campanha é liderada pelos órgãos russos Agência de Design Social (SDA), o Instituto para o Desenvolvimento da Internet e Structura. Essas empresas foram chamadas de “influence-for-hire” (compra de influência) e teriam capacidade técnica, experiência na exploração de ambientes de informação abertos e um histórico de proliferação de desinformação e propaganda a fim de promover os objetivos de influência externa da Rússia.

A mecânica de campanha aconteceria através de um grupo de editores organizado em um país da América Latina, o Chile, com a participação de vários jornalistas locais e representantes de vários países da região. Depois, uma equipe russa criaria um conteúdo e enviaria o material à equipe editorial para revisão, edição e publicação. “Com efeito, esse processo de lavagem de informações faria com que o conteúdo pró-Kremlin criado na Rússia fosse ‘localizado’ pela equipe latino-americana com curadoria e publicado em mídias locais para parecer orgânico”, dizem os EUA.

O relatório chega a citar dois jornais que estariam diretamente envolvidos na operação russa: Pressenza e El Ciudadano, ambos de língua espanhola. Mas, para além desses, haveria uma rede mais ampla de fontes da imprensa à disposição do grupo para ampliar ainda mais as informações.

Os temas escolhidos para a campanha teriam o objetivo principal de “persuadir o público latino-americano de que a guerra da Rússia contra a Ucrânia é justa e que podem se unir à Rússia para derrotar o neocolonialismo”. “Esses temas se alinham com a falsa narrativa mais ampla da Rússia de que é um campeão contra a neocolonialização, quando na realidade está envolvida no neocolonialismo e no neoimperialismo em sua guerra contra a Ucrânia e em sua extração de recursos na África”, diz o relatório dos EUA.

O esforço estaria coordenado entre embaixadas russas na América Latina e veículos de imprensa financiados pelo Estado para aumentar as mensagens pró-Kremlin, difundir narrativas anti-EUA e desenvolver parcerias entre os meios de comunicação estatais russos, veículos de comunicação e estações de rádio locais, embaixadas de outros países considerados pró-Moscou na região e jornalistas locais.

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