Derrota na Câmara ameaça promessas de Trump e dá força a investigações


Após 8 anos, democratas elegem maioria dos deputados e podem atrapalhar agenda do presidente, impedindo a aprovação de leis e exigindo documentos comprometedores

Por Beatriz Bulla, CORRESPONDENTE e WASHINGTON

Depois de oito anos, os democratas retomaram na madrugada desta quarta-feira o controle da Câmara dos Deputados nas eleições legislativas dos Estados Unidos. A votação de meio de mandato é considerada o primeiro teste para o governo e um referendo sobre o presidente republicano Donald Trump. 

Com o controle dos deputados nas mãos, os democratas poderão travar a agenda do presidente e impulsionar investigações contra ele na metade final do seu mandato. A perda da maioria na Câmara, no entanto, era esperada. 

Donald Trump, presidente dos EUA Foto: MANDEL NGAN / AFP
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Na noite de terça-feira, os democratas tomaram dos republicanos cerca de 27 cadeiras – o número final ainda não está consolidado. O resultado, porém, frustrou o que se esperava de uma grande “onda azul”, já que os republicanos também obtiveram vitórias importantes.

Para o presidente, a má notícia foi ter perdido eleitores importantes no chamado Cinturão da Ferrugem, com os democratas ganhando os governos estaduais em Michigan, Pensilvânia e Wisconsin. A área foi crucial para a eleição do republicano em 2016 e é um mau sinal para o presidente na disputa de 2020. 

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“Não foi uma noite ruim para os democratas, pelo contrário. Mas também não foi a ‘onda azul’ que se esperava havia dois ou três meses”, afirma Gary Nordlinger, professor da George Washington University. 

Segundo ele, os republicanos se animaram a votar nas eleições de terça-feira por várias razões, entre elas o discurso de Trump contrário à caravana de imigrantes da América Central que caminha pelo México em direção à fronteira americana. 

O comparecimento nas urnas foi recorde. Ao redor de 114 milhões de americanos votaram na terça-feira – bem mais do que os 83 milhões nas eleições legislativas de 2014, segundo estimativas do jornal The New York Times

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Em uma rara entrevista coletiva com jornalistas ontem, Trump comemorou a maioria no Senado como uma “grande vitória”. Se por um lado o presidente não foi tão mal para alguém com alta rejeição, por outro também não evitou a perda da Câmara dos Deputados, mesmo no momento em que a economia está aquecida e as taxas de desemprego são as mais baixas em 17 anos. 

“Extraordinário ver que o presidente perdeu tantas cadeiras durante um período de economia tão forte (pelo qual ele é parcialmente responsável)”, escreveu Ian Bremmer, fundador e presidente do Eurasia Group no Twitter.

Daqui até 2020, a previsão é a de que a oposição na Câmara dos Deputados atrapalhe o dia a dia de Trump em debates que estão no centro de sua plataforma eleitoral, como a questão da imigração e a construção de um muro na fronteira com o México.  Louis Caldera, professor da American University, afirma que a tensão nas relações com os democratas é parte da plataforma política de Trump, o que indica um Congresso “improdutivo” nos próximos dois anos. 

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“No início, todos falam que vão tentar trabalhar juntos. No entanto, a abordagem de Trump não é de negociar, mas de exigir apoio. Ele quer manter sua base incendiada, para poder se reeleger.”

Na entrevista desta quarta-feira, Trump disse que gostaria de trabalhar com os democratas que se elegeram para a Câmara dos Deputados, mas depois ameaçou retaliações, caso a oposição use a maioria para investigá-lo. 

“Eu gostaria de ver unidade. Talvez não em tudo, mas penso que temos uma boa chance de ver isso”, afirmou o presidente. Na sequência, ele disse que os democratas podem até entrar no “jogo das investigações”, mas garantiu que os republicanos “jogariam melhor”, com o comando do Senado nas mãos.

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Com a chefia de comissões com poder de investigação na Câmara, os democratas já possuem um planejamento de como conduzir apurações a respeito do governo de Trump – entre elas está o poder de exigir documentos, como as declarações de imposto do presidente americano. 

Os democratas poderiam também abrir na Câmara dos Deputados um processo de impeachment para desgastar a imagem de Trump, mas dificilmente teriam sucesso em razão do domínio republicano no Senado. Analistas dizem ainda que o processo poderia se voltar contra os próprios democratas em 2020.

Para Caldera, os democratas terão de definir seu discurso e sua estratégia para enfrentar Trump daqui a dois anos. “Eles não conseguem fazer tudo. Eles querem o quê? Reformas nas leis de imigração, no controle de armas, na saúde ou nas investigações?”, questiona Caldera. 

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Segundo o professor da American University, o avanço das investigações sobre conluio com a Rússia nas eleições de 2016 favorece Trump, pois inflama ainda mais seu discurso de que a oposição é injusta com ele. “Trump, basicamente, convida os democratas a fazer essas investigações”, afirmou.

“O sinal para 2020 mais importante é a ausência de grandes problemas afetando a presidência de Trump. Ele não será confrontado por outro republicano nas primárias de 2020. Desta forma, está certo de que será o candidato do partido”, avalia Gary Nordlinger.

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O presidente americano, Donald Trump, percorre o país neste final de semana para tentar salvar a maioria republicana no Congresso nas eleições de meio de mandato de terça-feira , contra um Barack Obama que saiu para mobilizar os democratas.

Depois de oito anos, os democratas retomaram na madrugada desta quarta-feira o controle da Câmara dos Deputados nas eleições legislativas dos Estados Unidos. A votação de meio de mandato é considerada o primeiro teste para o governo e um referendo sobre o presidente republicano Donald Trump. 

Com o controle dos deputados nas mãos, os democratas poderão travar a agenda do presidente e impulsionar investigações contra ele na metade final do seu mandato. A perda da maioria na Câmara, no entanto, era esperada. 

Donald Trump, presidente dos EUA Foto: MANDEL NGAN / AFP

Na noite de terça-feira, os democratas tomaram dos republicanos cerca de 27 cadeiras – o número final ainda não está consolidado. O resultado, porém, frustrou o que se esperava de uma grande “onda azul”, já que os republicanos também obtiveram vitórias importantes.

Para o presidente, a má notícia foi ter perdido eleitores importantes no chamado Cinturão da Ferrugem, com os democratas ganhando os governos estaduais em Michigan, Pensilvânia e Wisconsin. A área foi crucial para a eleição do republicano em 2016 e é um mau sinal para o presidente na disputa de 2020. 

“Não foi uma noite ruim para os democratas, pelo contrário. Mas também não foi a ‘onda azul’ que se esperava havia dois ou três meses”, afirma Gary Nordlinger, professor da George Washington University. 

Segundo ele, os republicanos se animaram a votar nas eleições de terça-feira por várias razões, entre elas o discurso de Trump contrário à caravana de imigrantes da América Central que caminha pelo México em direção à fronteira americana. 

O comparecimento nas urnas foi recorde. Ao redor de 114 milhões de americanos votaram na terça-feira – bem mais do que os 83 milhões nas eleições legislativas de 2014, segundo estimativas do jornal The New York Times

Em uma rara entrevista coletiva com jornalistas ontem, Trump comemorou a maioria no Senado como uma “grande vitória”. Se por um lado o presidente não foi tão mal para alguém com alta rejeição, por outro também não evitou a perda da Câmara dos Deputados, mesmo no momento em que a economia está aquecida e as taxas de desemprego são as mais baixas em 17 anos. 

“Extraordinário ver que o presidente perdeu tantas cadeiras durante um período de economia tão forte (pelo qual ele é parcialmente responsável)”, escreveu Ian Bremmer, fundador e presidente do Eurasia Group no Twitter.

Daqui até 2020, a previsão é a de que a oposição na Câmara dos Deputados atrapalhe o dia a dia de Trump em debates que estão no centro de sua plataforma eleitoral, como a questão da imigração e a construção de um muro na fronteira com o México.  Louis Caldera, professor da American University, afirma que a tensão nas relações com os democratas é parte da plataforma política de Trump, o que indica um Congresso “improdutivo” nos próximos dois anos. 

“No início, todos falam que vão tentar trabalhar juntos. No entanto, a abordagem de Trump não é de negociar, mas de exigir apoio. Ele quer manter sua base incendiada, para poder se reeleger.”

Na entrevista desta quarta-feira, Trump disse que gostaria de trabalhar com os democratas que se elegeram para a Câmara dos Deputados, mas depois ameaçou retaliações, caso a oposição use a maioria para investigá-lo. 

“Eu gostaria de ver unidade. Talvez não em tudo, mas penso que temos uma boa chance de ver isso”, afirmou o presidente. Na sequência, ele disse que os democratas podem até entrar no “jogo das investigações”, mas garantiu que os republicanos “jogariam melhor”, com o comando do Senado nas mãos.

Com a chefia de comissões com poder de investigação na Câmara, os democratas já possuem um planejamento de como conduzir apurações a respeito do governo de Trump – entre elas está o poder de exigir documentos, como as declarações de imposto do presidente americano. 

Os democratas poderiam também abrir na Câmara dos Deputados um processo de impeachment para desgastar a imagem de Trump, mas dificilmente teriam sucesso em razão do domínio republicano no Senado. Analistas dizem ainda que o processo poderia se voltar contra os próprios democratas em 2020.

Para Caldera, os democratas terão de definir seu discurso e sua estratégia para enfrentar Trump daqui a dois anos. “Eles não conseguem fazer tudo. Eles querem o quê? Reformas nas leis de imigração, no controle de armas, na saúde ou nas investigações?”, questiona Caldera. 

Segundo o professor da American University, o avanço das investigações sobre conluio com a Rússia nas eleições de 2016 favorece Trump, pois inflama ainda mais seu discurso de que a oposição é injusta com ele. “Trump, basicamente, convida os democratas a fazer essas investigações”, afirmou.

“O sinal para 2020 mais importante é a ausência de grandes problemas afetando a presidência de Trump. Ele não será confrontado por outro republicano nas primárias de 2020. Desta forma, está certo de que será o candidato do partido”, avalia Gary Nordlinger.

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O presidente americano, Donald Trump, percorre o país neste final de semana para tentar salvar a maioria republicana no Congresso nas eleições de meio de mandato de terça-feira , contra um Barack Obama que saiu para mobilizar os democratas.

Depois de oito anos, os democratas retomaram na madrugada desta quarta-feira o controle da Câmara dos Deputados nas eleições legislativas dos Estados Unidos. A votação de meio de mandato é considerada o primeiro teste para o governo e um referendo sobre o presidente republicano Donald Trump. 

Com o controle dos deputados nas mãos, os democratas poderão travar a agenda do presidente e impulsionar investigações contra ele na metade final do seu mandato. A perda da maioria na Câmara, no entanto, era esperada. 

Donald Trump, presidente dos EUA Foto: MANDEL NGAN / AFP

Na noite de terça-feira, os democratas tomaram dos republicanos cerca de 27 cadeiras – o número final ainda não está consolidado. O resultado, porém, frustrou o que se esperava de uma grande “onda azul”, já que os republicanos também obtiveram vitórias importantes.

Para o presidente, a má notícia foi ter perdido eleitores importantes no chamado Cinturão da Ferrugem, com os democratas ganhando os governos estaduais em Michigan, Pensilvânia e Wisconsin. A área foi crucial para a eleição do republicano em 2016 e é um mau sinal para o presidente na disputa de 2020. 

“Não foi uma noite ruim para os democratas, pelo contrário. Mas também não foi a ‘onda azul’ que se esperava havia dois ou três meses”, afirma Gary Nordlinger, professor da George Washington University. 

Segundo ele, os republicanos se animaram a votar nas eleições de terça-feira por várias razões, entre elas o discurso de Trump contrário à caravana de imigrantes da América Central que caminha pelo México em direção à fronteira americana. 

O comparecimento nas urnas foi recorde. Ao redor de 114 milhões de americanos votaram na terça-feira – bem mais do que os 83 milhões nas eleições legislativas de 2014, segundo estimativas do jornal The New York Times

Em uma rara entrevista coletiva com jornalistas ontem, Trump comemorou a maioria no Senado como uma “grande vitória”. Se por um lado o presidente não foi tão mal para alguém com alta rejeição, por outro também não evitou a perda da Câmara dos Deputados, mesmo no momento em que a economia está aquecida e as taxas de desemprego são as mais baixas em 17 anos. 

“Extraordinário ver que o presidente perdeu tantas cadeiras durante um período de economia tão forte (pelo qual ele é parcialmente responsável)”, escreveu Ian Bremmer, fundador e presidente do Eurasia Group no Twitter.

Daqui até 2020, a previsão é a de que a oposição na Câmara dos Deputados atrapalhe o dia a dia de Trump em debates que estão no centro de sua plataforma eleitoral, como a questão da imigração e a construção de um muro na fronteira com o México.  Louis Caldera, professor da American University, afirma que a tensão nas relações com os democratas é parte da plataforma política de Trump, o que indica um Congresso “improdutivo” nos próximos dois anos. 

“No início, todos falam que vão tentar trabalhar juntos. No entanto, a abordagem de Trump não é de negociar, mas de exigir apoio. Ele quer manter sua base incendiada, para poder se reeleger.”

Na entrevista desta quarta-feira, Trump disse que gostaria de trabalhar com os democratas que se elegeram para a Câmara dos Deputados, mas depois ameaçou retaliações, caso a oposição use a maioria para investigá-lo. 

“Eu gostaria de ver unidade. Talvez não em tudo, mas penso que temos uma boa chance de ver isso”, afirmou o presidente. Na sequência, ele disse que os democratas podem até entrar no “jogo das investigações”, mas garantiu que os republicanos “jogariam melhor”, com o comando do Senado nas mãos.

Com a chefia de comissões com poder de investigação na Câmara, os democratas já possuem um planejamento de como conduzir apurações a respeito do governo de Trump – entre elas está o poder de exigir documentos, como as declarações de imposto do presidente americano. 

Os democratas poderiam também abrir na Câmara dos Deputados um processo de impeachment para desgastar a imagem de Trump, mas dificilmente teriam sucesso em razão do domínio republicano no Senado. Analistas dizem ainda que o processo poderia se voltar contra os próprios democratas em 2020.

Para Caldera, os democratas terão de definir seu discurso e sua estratégia para enfrentar Trump daqui a dois anos. “Eles não conseguem fazer tudo. Eles querem o quê? Reformas nas leis de imigração, no controle de armas, na saúde ou nas investigações?”, questiona Caldera. 

Segundo o professor da American University, o avanço das investigações sobre conluio com a Rússia nas eleições de 2016 favorece Trump, pois inflama ainda mais seu discurso de que a oposição é injusta com ele. “Trump, basicamente, convida os democratas a fazer essas investigações”, afirmou.

“O sinal para 2020 mais importante é a ausência de grandes problemas afetando a presidência de Trump. Ele não será confrontado por outro republicano nas primárias de 2020. Desta forma, está certo de que será o candidato do partido”, avalia Gary Nordlinger.

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O presidente americano, Donald Trump, percorre o país neste final de semana para tentar salvar a maioria republicana no Congresso nas eleições de meio de mandato de terça-feira , contra um Barack Obama que saiu para mobilizar os democratas.

Depois de oito anos, os democratas retomaram na madrugada desta quarta-feira o controle da Câmara dos Deputados nas eleições legislativas dos Estados Unidos. A votação de meio de mandato é considerada o primeiro teste para o governo e um referendo sobre o presidente republicano Donald Trump. 

Com o controle dos deputados nas mãos, os democratas poderão travar a agenda do presidente e impulsionar investigações contra ele na metade final do seu mandato. A perda da maioria na Câmara, no entanto, era esperada. 

Donald Trump, presidente dos EUA Foto: MANDEL NGAN / AFP

Na noite de terça-feira, os democratas tomaram dos republicanos cerca de 27 cadeiras – o número final ainda não está consolidado. O resultado, porém, frustrou o que se esperava de uma grande “onda azul”, já que os republicanos também obtiveram vitórias importantes.

Para o presidente, a má notícia foi ter perdido eleitores importantes no chamado Cinturão da Ferrugem, com os democratas ganhando os governos estaduais em Michigan, Pensilvânia e Wisconsin. A área foi crucial para a eleição do republicano em 2016 e é um mau sinal para o presidente na disputa de 2020. 

“Não foi uma noite ruim para os democratas, pelo contrário. Mas também não foi a ‘onda azul’ que se esperava havia dois ou três meses”, afirma Gary Nordlinger, professor da George Washington University. 

Segundo ele, os republicanos se animaram a votar nas eleições de terça-feira por várias razões, entre elas o discurso de Trump contrário à caravana de imigrantes da América Central que caminha pelo México em direção à fronteira americana. 

O comparecimento nas urnas foi recorde. Ao redor de 114 milhões de americanos votaram na terça-feira – bem mais do que os 83 milhões nas eleições legislativas de 2014, segundo estimativas do jornal The New York Times

Em uma rara entrevista coletiva com jornalistas ontem, Trump comemorou a maioria no Senado como uma “grande vitória”. Se por um lado o presidente não foi tão mal para alguém com alta rejeição, por outro também não evitou a perda da Câmara dos Deputados, mesmo no momento em que a economia está aquecida e as taxas de desemprego são as mais baixas em 17 anos. 

“Extraordinário ver que o presidente perdeu tantas cadeiras durante um período de economia tão forte (pelo qual ele é parcialmente responsável)”, escreveu Ian Bremmer, fundador e presidente do Eurasia Group no Twitter.

Daqui até 2020, a previsão é a de que a oposição na Câmara dos Deputados atrapalhe o dia a dia de Trump em debates que estão no centro de sua plataforma eleitoral, como a questão da imigração e a construção de um muro na fronteira com o México.  Louis Caldera, professor da American University, afirma que a tensão nas relações com os democratas é parte da plataforma política de Trump, o que indica um Congresso “improdutivo” nos próximos dois anos. 

“No início, todos falam que vão tentar trabalhar juntos. No entanto, a abordagem de Trump não é de negociar, mas de exigir apoio. Ele quer manter sua base incendiada, para poder se reeleger.”

Na entrevista desta quarta-feira, Trump disse que gostaria de trabalhar com os democratas que se elegeram para a Câmara dos Deputados, mas depois ameaçou retaliações, caso a oposição use a maioria para investigá-lo. 

“Eu gostaria de ver unidade. Talvez não em tudo, mas penso que temos uma boa chance de ver isso”, afirmou o presidente. Na sequência, ele disse que os democratas podem até entrar no “jogo das investigações”, mas garantiu que os republicanos “jogariam melhor”, com o comando do Senado nas mãos.

Com a chefia de comissões com poder de investigação na Câmara, os democratas já possuem um planejamento de como conduzir apurações a respeito do governo de Trump – entre elas está o poder de exigir documentos, como as declarações de imposto do presidente americano. 

Os democratas poderiam também abrir na Câmara dos Deputados um processo de impeachment para desgastar a imagem de Trump, mas dificilmente teriam sucesso em razão do domínio republicano no Senado. Analistas dizem ainda que o processo poderia se voltar contra os próprios democratas em 2020.

Para Caldera, os democratas terão de definir seu discurso e sua estratégia para enfrentar Trump daqui a dois anos. “Eles não conseguem fazer tudo. Eles querem o quê? Reformas nas leis de imigração, no controle de armas, na saúde ou nas investigações?”, questiona Caldera. 

Segundo o professor da American University, o avanço das investigações sobre conluio com a Rússia nas eleições de 2016 favorece Trump, pois inflama ainda mais seu discurso de que a oposição é injusta com ele. “Trump, basicamente, convida os democratas a fazer essas investigações”, afirmou.

“O sinal para 2020 mais importante é a ausência de grandes problemas afetando a presidência de Trump. Ele não será confrontado por outro republicano nas primárias de 2020. Desta forma, está certo de que será o candidato do partido”, avalia Gary Nordlinger.

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O presidente americano, Donald Trump, percorre o país neste final de semana para tentar salvar a maioria republicana no Congresso nas eleições de meio de mandato de terça-feira , contra um Barack Obama que saiu para mobilizar os democratas.

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