Despedida de Biden, criticas a Trump, aborto e covid: confira 5 momentos da convenção democrata


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou um discurso enérgico em um dos seus últimos momentos como protagonista

Por Aaron Blake

A Convenção Nacional do Partido Democrata começou na segunda-feira, 19, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursando aproximadamente 72 horas antes do que ele e nós esperávamos há um mês. (A nova candidata presidencial, a vice-presidente Kamala Harris, deve discursar na quinta-feira, 22.)

A ex-secretária de Estado e ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton também discursou, e a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, uma das líderes da ala progressista da legenda, energizou a base democrata.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa da Convenção Nacional do Partido Democrata ao lado da vice-presidente Kamala Harris, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Jacquelyn Martin/AP
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Saiba mais sobre os principais momentos do primeiro dia da Convenção Nacional do Partido Democrata.

1-A grande despedida de Biden

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Os democratas tiveram que mediar duas posições no primeiro dia da convenção. Por um lado, queriam que Biden tivesse um momento de despedida que pudesse se orgulhar e com foco em seu legado; por outro, esta convenção é sobre a eleição de novembro e Biden é um presidente impopular.

Em seu discurso, o presidente americano procurou equilibrar a promoção do seu próprio governo e ressaltar a importância da corrida presidencial em 2024. Biden entrou em detalhes sobre suas realizações mais orgulhosas, enquanto intercalava ataques ao ex-presidente Donald Trump e enfatizava as contribuições de Kamala. E ele procurou minimizar qualquer ressentimento por ter sido pressionado a desistir da reeleição por membros importantes do partido.

Biden mencionou a ajuda da vice-presidente para reduzir o custo da insulina para US$ 35 por mês e aprovar um projeto de lei significativo sobre segurança de armas. O democrata também ressaltou a contribuição de Kamala para a reabertura de escolas e empresas depois da pandemia, além de votos importantes da vice-presidente no Senado.

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Democratas erguem cartazes de agradecimento ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante seu discurso na Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos Foto: Chip Somodevilla/AFP

Fora isso, o discurso foi, em sua maioria, um discurso de campanha padrão, alinhado com as realizações de Biden. A multidão democrata claramente fez um esforço para mostrar gratidão a Biden e gritou “Obrigado, Joe” por vários minutos.

O presidente americano subiu ao palco enquanto enxugava os olhos após ser apresentado por sua filha, Ashley Biden e não se esquivou do elefante na sala.

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“Adoro o trabalho, mas amo mais o meu país”, disse Biden, antes de acrescentar: “E toda esta conversa sobre como estou zangado com todas aquelas pessoas que disseram que eu deveria desistir da corrida, isso não é verdade. Eu amo mais meu país. E precisamos preservar a nossa democracia em 2024.”

No final do discurso, Biden foi ovacionado ao ressaltar seu amor pelos Estados Unidos e sua carreira no serviço público. “América, América, dei o meu melhor para vocês”, disse Biden. “Cometi muitos erros na minha carreira. Mas eu dei o meu melhor para você por 50 anos.”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursa na primeira noite da Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Haiyun Jiang/NYT
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2-Ocasio-Cortez faz discurso enérgico

A congressista Alexandria Ocasio-Cortez discursou de forma enérgica na segunda-feira e empolgou a base democrata.

Ocasio-Cortez classificou Trump como não sendo um aliado dos trabalhadores, dizendo que ele “venderia este país por um dólar se isso significasse encher os seus próprios bolsos e untar as mãos dos seus amigos de Wall Street”.

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Ela tinha como alvo os republicanos que gostam de atacá-la por ter trabalhado como garçonete. A politica apontou que ficaria feliz em voltar a essa profissão “em qualquer dia da semana, porque não há nada de errado em trabalhar para viver”.

A congressista americana Alexandria Ocasio-Cortez discursa durante a Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Jacquelyn Martin/AP

A multidão democrata adorou. O discurso da congressista pareceu sinalizar uma mudança de postura de uma das líderes da ala progressista do Partido Democrata, chamada de “Esquadrão”.

3-Aborto e covid aparecem com destaque

Talvez os dois ataques mais notáveis a Trump na noite de segunda-feira tenham envolvido o aborto e a covid-19.

Três mulheres que enfrentaram circunstancias difíceis em relação ao aborto contaram as suas histórias na convenção. Uma delas era uma sobrevivente de um estupro cujo padrasto a engravidou quando ela tinha 12 anos e a outra esperou três dias por um aborto devido a uma gravidez inviável.

A ativista Hadley Duvall, que foi vitima de um estupro, criticou as posições de Trump sobre o tema. A proibição do aborto é uma grande debilidade para o Partido Republicano neste momento. O ex-presidente americano procurou enfatizar a autonomia dos dos Estados em relação ao tema, mas os eleitores querem mais.

A ativista Hadley Duvall participa da Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago  Foto: J. Scott Applewhite/AP

A pandemia foi um foco mais surpreendente – mas também com um toque pessoal. Políticos democratas mencionaram a falta de liderança de Trump, os seus esforços para minimizar a ameaça da crise sanitária e as suas teorias de conspiração.

A vice-governadora de Minnesota, Peggy Flanagan, discursou sobre a morte de seu irmão. ”Nosso país foi levado ao limite por sua incapacidade de responder.”

4-Poucos sinais de grandes divisões até agora

Até agora, poucos sinais de divisões ou questionamentos foram sentidos na Convenção. Desde que Kamala Harris foi oficializada como a candidata democrata a Casa Branca o entusiasmo da base aumentou.

Mas protestos que questionam o apoio americano a Israel durante a guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza podem atrapalhar a festa. Organizadores apontaram que milhares de pessoas poderiam comparecer as manifestações em Chicago, mas o número atual parece menor do que o previsto.

Manifestantes pró-Palestina protestam em Chicago, durante a Convenção Nacional do Partido Democrata  Foto: Jim Vondruska/AFP

Alguns delegados democratas ergueram faixas durante o discurso de Biden, mas nenhum protesto dentro da convenção aconteceu.

5-Novos ataques a Trump

Novas críticas a Trump surgiram durante a convenção, principalmente sobre a tentativa de aproximação do republicano com sindicados. Em julho, um líder sindical discursou na Convenção Nacional do Partido Republicano pela primeira vez na história.

Mas um comentário que Trump fez na semana passada sobre o assunto gerou polêmica.

Durante uma conversa com o empresário Elon Musk, Trump elogiou o dono do X por demitir trabalhadores em greve. Desde então, democratas tem criticado o republicano em uma tentativa de atrair novamente uma parte da classe trabalhadora que se desiludiu com o partido.

A Convenção Nacional do Partido Democrata começou na segunda-feira, 19, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursando aproximadamente 72 horas antes do que ele e nós esperávamos há um mês. (A nova candidata presidencial, a vice-presidente Kamala Harris, deve discursar na quinta-feira, 22.)

A ex-secretária de Estado e ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton também discursou, e a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, uma das líderes da ala progressista da legenda, energizou a base democrata.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa da Convenção Nacional do Partido Democrata ao lado da vice-presidente Kamala Harris, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Jacquelyn Martin/AP

Saiba mais sobre os principais momentos do primeiro dia da Convenção Nacional do Partido Democrata.

1-A grande despedida de Biden

Os democratas tiveram que mediar duas posições no primeiro dia da convenção. Por um lado, queriam que Biden tivesse um momento de despedida que pudesse se orgulhar e com foco em seu legado; por outro, esta convenção é sobre a eleição de novembro e Biden é um presidente impopular.

Em seu discurso, o presidente americano procurou equilibrar a promoção do seu próprio governo e ressaltar a importância da corrida presidencial em 2024. Biden entrou em detalhes sobre suas realizações mais orgulhosas, enquanto intercalava ataques ao ex-presidente Donald Trump e enfatizava as contribuições de Kamala. E ele procurou minimizar qualquer ressentimento por ter sido pressionado a desistir da reeleição por membros importantes do partido.

Biden mencionou a ajuda da vice-presidente para reduzir o custo da insulina para US$ 35 por mês e aprovar um projeto de lei significativo sobre segurança de armas. O democrata também ressaltou a contribuição de Kamala para a reabertura de escolas e empresas depois da pandemia, além de votos importantes da vice-presidente no Senado.

Democratas erguem cartazes de agradecimento ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante seu discurso na Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos Foto: Chip Somodevilla/AFP

Fora isso, o discurso foi, em sua maioria, um discurso de campanha padrão, alinhado com as realizações de Biden. A multidão democrata claramente fez um esforço para mostrar gratidão a Biden e gritou “Obrigado, Joe” por vários minutos.

O presidente americano subiu ao palco enquanto enxugava os olhos após ser apresentado por sua filha, Ashley Biden e não se esquivou do elefante na sala.

“Adoro o trabalho, mas amo mais o meu país”, disse Biden, antes de acrescentar: “E toda esta conversa sobre como estou zangado com todas aquelas pessoas que disseram que eu deveria desistir da corrida, isso não é verdade. Eu amo mais meu país. E precisamos preservar a nossa democracia em 2024.”

No final do discurso, Biden foi ovacionado ao ressaltar seu amor pelos Estados Unidos e sua carreira no serviço público. “América, América, dei o meu melhor para vocês”, disse Biden. “Cometi muitos erros na minha carreira. Mas eu dei o meu melhor para você por 50 anos.”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursa na primeira noite da Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Haiyun Jiang/NYT

2-Ocasio-Cortez faz discurso enérgico

A congressista Alexandria Ocasio-Cortez discursou de forma enérgica na segunda-feira e empolgou a base democrata.

Ocasio-Cortez classificou Trump como não sendo um aliado dos trabalhadores, dizendo que ele “venderia este país por um dólar se isso significasse encher os seus próprios bolsos e untar as mãos dos seus amigos de Wall Street”.

Ela tinha como alvo os republicanos que gostam de atacá-la por ter trabalhado como garçonete. A politica apontou que ficaria feliz em voltar a essa profissão “em qualquer dia da semana, porque não há nada de errado em trabalhar para viver”.

A congressista americana Alexandria Ocasio-Cortez discursa durante a Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Jacquelyn Martin/AP

A multidão democrata adorou. O discurso da congressista pareceu sinalizar uma mudança de postura de uma das líderes da ala progressista do Partido Democrata, chamada de “Esquadrão”.

3-Aborto e covid aparecem com destaque

Talvez os dois ataques mais notáveis a Trump na noite de segunda-feira tenham envolvido o aborto e a covid-19.

Três mulheres que enfrentaram circunstancias difíceis em relação ao aborto contaram as suas histórias na convenção. Uma delas era uma sobrevivente de um estupro cujo padrasto a engravidou quando ela tinha 12 anos e a outra esperou três dias por um aborto devido a uma gravidez inviável.

A ativista Hadley Duvall, que foi vitima de um estupro, criticou as posições de Trump sobre o tema. A proibição do aborto é uma grande debilidade para o Partido Republicano neste momento. O ex-presidente americano procurou enfatizar a autonomia dos dos Estados em relação ao tema, mas os eleitores querem mais.

A ativista Hadley Duvall participa da Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago  Foto: J. Scott Applewhite/AP

A pandemia foi um foco mais surpreendente – mas também com um toque pessoal. Políticos democratas mencionaram a falta de liderança de Trump, os seus esforços para minimizar a ameaça da crise sanitária e as suas teorias de conspiração.

A vice-governadora de Minnesota, Peggy Flanagan, discursou sobre a morte de seu irmão. ”Nosso país foi levado ao limite por sua incapacidade de responder.”

4-Poucos sinais de grandes divisões até agora

Até agora, poucos sinais de divisões ou questionamentos foram sentidos na Convenção. Desde que Kamala Harris foi oficializada como a candidata democrata a Casa Branca o entusiasmo da base aumentou.

Mas protestos que questionam o apoio americano a Israel durante a guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza podem atrapalhar a festa. Organizadores apontaram que milhares de pessoas poderiam comparecer as manifestações em Chicago, mas o número atual parece menor do que o previsto.

Manifestantes pró-Palestina protestam em Chicago, durante a Convenção Nacional do Partido Democrata  Foto: Jim Vondruska/AFP

Alguns delegados democratas ergueram faixas durante o discurso de Biden, mas nenhum protesto dentro da convenção aconteceu.

5-Novos ataques a Trump

Novas críticas a Trump surgiram durante a convenção, principalmente sobre a tentativa de aproximação do republicano com sindicados. Em julho, um líder sindical discursou na Convenção Nacional do Partido Republicano pela primeira vez na história.

Mas um comentário que Trump fez na semana passada sobre o assunto gerou polêmica.

Durante uma conversa com o empresário Elon Musk, Trump elogiou o dono do X por demitir trabalhadores em greve. Desde então, democratas tem criticado o republicano em uma tentativa de atrair novamente uma parte da classe trabalhadora que se desiludiu com o partido.

A Convenção Nacional do Partido Democrata começou na segunda-feira, 19, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursando aproximadamente 72 horas antes do que ele e nós esperávamos há um mês. (A nova candidata presidencial, a vice-presidente Kamala Harris, deve discursar na quinta-feira, 22.)

A ex-secretária de Estado e ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton também discursou, e a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, uma das líderes da ala progressista da legenda, energizou a base democrata.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa da Convenção Nacional do Partido Democrata ao lado da vice-presidente Kamala Harris, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Jacquelyn Martin/AP

Saiba mais sobre os principais momentos do primeiro dia da Convenção Nacional do Partido Democrata.

1-A grande despedida de Biden

Os democratas tiveram que mediar duas posições no primeiro dia da convenção. Por um lado, queriam que Biden tivesse um momento de despedida que pudesse se orgulhar e com foco em seu legado; por outro, esta convenção é sobre a eleição de novembro e Biden é um presidente impopular.

Em seu discurso, o presidente americano procurou equilibrar a promoção do seu próprio governo e ressaltar a importância da corrida presidencial em 2024. Biden entrou em detalhes sobre suas realizações mais orgulhosas, enquanto intercalava ataques ao ex-presidente Donald Trump e enfatizava as contribuições de Kamala. E ele procurou minimizar qualquer ressentimento por ter sido pressionado a desistir da reeleição por membros importantes do partido.

Biden mencionou a ajuda da vice-presidente para reduzir o custo da insulina para US$ 35 por mês e aprovar um projeto de lei significativo sobre segurança de armas. O democrata também ressaltou a contribuição de Kamala para a reabertura de escolas e empresas depois da pandemia, além de votos importantes da vice-presidente no Senado.

Democratas erguem cartazes de agradecimento ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante seu discurso na Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos Foto: Chip Somodevilla/AFP

Fora isso, o discurso foi, em sua maioria, um discurso de campanha padrão, alinhado com as realizações de Biden. A multidão democrata claramente fez um esforço para mostrar gratidão a Biden e gritou “Obrigado, Joe” por vários minutos.

O presidente americano subiu ao palco enquanto enxugava os olhos após ser apresentado por sua filha, Ashley Biden e não se esquivou do elefante na sala.

“Adoro o trabalho, mas amo mais o meu país”, disse Biden, antes de acrescentar: “E toda esta conversa sobre como estou zangado com todas aquelas pessoas que disseram que eu deveria desistir da corrida, isso não é verdade. Eu amo mais meu país. E precisamos preservar a nossa democracia em 2024.”

No final do discurso, Biden foi ovacionado ao ressaltar seu amor pelos Estados Unidos e sua carreira no serviço público. “América, América, dei o meu melhor para vocês”, disse Biden. “Cometi muitos erros na minha carreira. Mas eu dei o meu melhor para você por 50 anos.”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursa na primeira noite da Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Haiyun Jiang/NYT

2-Ocasio-Cortez faz discurso enérgico

A congressista Alexandria Ocasio-Cortez discursou de forma enérgica na segunda-feira e empolgou a base democrata.

Ocasio-Cortez classificou Trump como não sendo um aliado dos trabalhadores, dizendo que ele “venderia este país por um dólar se isso significasse encher os seus próprios bolsos e untar as mãos dos seus amigos de Wall Street”.

Ela tinha como alvo os republicanos que gostam de atacá-la por ter trabalhado como garçonete. A politica apontou que ficaria feliz em voltar a essa profissão “em qualquer dia da semana, porque não há nada de errado em trabalhar para viver”.

A congressista americana Alexandria Ocasio-Cortez discursa durante a Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Jacquelyn Martin/AP

A multidão democrata adorou. O discurso da congressista pareceu sinalizar uma mudança de postura de uma das líderes da ala progressista do Partido Democrata, chamada de “Esquadrão”.

3-Aborto e covid aparecem com destaque

Talvez os dois ataques mais notáveis a Trump na noite de segunda-feira tenham envolvido o aborto e a covid-19.

Três mulheres que enfrentaram circunstancias difíceis em relação ao aborto contaram as suas histórias na convenção. Uma delas era uma sobrevivente de um estupro cujo padrasto a engravidou quando ela tinha 12 anos e a outra esperou três dias por um aborto devido a uma gravidez inviável.

A ativista Hadley Duvall, que foi vitima de um estupro, criticou as posições de Trump sobre o tema. A proibição do aborto é uma grande debilidade para o Partido Republicano neste momento. O ex-presidente americano procurou enfatizar a autonomia dos dos Estados em relação ao tema, mas os eleitores querem mais.

A ativista Hadley Duvall participa da Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago  Foto: J. Scott Applewhite/AP

A pandemia foi um foco mais surpreendente – mas também com um toque pessoal. Políticos democratas mencionaram a falta de liderança de Trump, os seus esforços para minimizar a ameaça da crise sanitária e as suas teorias de conspiração.

A vice-governadora de Minnesota, Peggy Flanagan, discursou sobre a morte de seu irmão. ”Nosso país foi levado ao limite por sua incapacidade de responder.”

4-Poucos sinais de grandes divisões até agora

Até agora, poucos sinais de divisões ou questionamentos foram sentidos na Convenção. Desde que Kamala Harris foi oficializada como a candidata democrata a Casa Branca o entusiasmo da base aumentou.

Mas protestos que questionam o apoio americano a Israel durante a guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza podem atrapalhar a festa. Organizadores apontaram que milhares de pessoas poderiam comparecer as manifestações em Chicago, mas o número atual parece menor do que o previsto.

Manifestantes pró-Palestina protestam em Chicago, durante a Convenção Nacional do Partido Democrata  Foto: Jim Vondruska/AFP

Alguns delegados democratas ergueram faixas durante o discurso de Biden, mas nenhum protesto dentro da convenção aconteceu.

5-Novos ataques a Trump

Novas críticas a Trump surgiram durante a convenção, principalmente sobre a tentativa de aproximação do republicano com sindicados. Em julho, um líder sindical discursou na Convenção Nacional do Partido Republicano pela primeira vez na história.

Mas um comentário que Trump fez na semana passada sobre o assunto gerou polêmica.

Durante uma conversa com o empresário Elon Musk, Trump elogiou o dono do X por demitir trabalhadores em greve. Desde então, democratas tem criticado o republicano em uma tentativa de atrair novamente uma parte da classe trabalhadora que se desiludiu com o partido.

A Convenção Nacional do Partido Democrata começou na segunda-feira, 19, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursando aproximadamente 72 horas antes do que ele e nós esperávamos há um mês. (A nova candidata presidencial, a vice-presidente Kamala Harris, deve discursar na quinta-feira, 22.)

A ex-secretária de Estado e ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton também discursou, e a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, uma das líderes da ala progressista da legenda, energizou a base democrata.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa da Convenção Nacional do Partido Democrata ao lado da vice-presidente Kamala Harris, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Jacquelyn Martin/AP

Saiba mais sobre os principais momentos do primeiro dia da Convenção Nacional do Partido Democrata.

1-A grande despedida de Biden

Os democratas tiveram que mediar duas posições no primeiro dia da convenção. Por um lado, queriam que Biden tivesse um momento de despedida que pudesse se orgulhar e com foco em seu legado; por outro, esta convenção é sobre a eleição de novembro e Biden é um presidente impopular.

Em seu discurso, o presidente americano procurou equilibrar a promoção do seu próprio governo e ressaltar a importância da corrida presidencial em 2024. Biden entrou em detalhes sobre suas realizações mais orgulhosas, enquanto intercalava ataques ao ex-presidente Donald Trump e enfatizava as contribuições de Kamala. E ele procurou minimizar qualquer ressentimento por ter sido pressionado a desistir da reeleição por membros importantes do partido.

Biden mencionou a ajuda da vice-presidente para reduzir o custo da insulina para US$ 35 por mês e aprovar um projeto de lei significativo sobre segurança de armas. O democrata também ressaltou a contribuição de Kamala para a reabertura de escolas e empresas depois da pandemia, além de votos importantes da vice-presidente no Senado.

Democratas erguem cartazes de agradecimento ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante seu discurso na Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos Foto: Chip Somodevilla/AFP

Fora isso, o discurso foi, em sua maioria, um discurso de campanha padrão, alinhado com as realizações de Biden. A multidão democrata claramente fez um esforço para mostrar gratidão a Biden e gritou “Obrigado, Joe” por vários minutos.

O presidente americano subiu ao palco enquanto enxugava os olhos após ser apresentado por sua filha, Ashley Biden e não se esquivou do elefante na sala.

“Adoro o trabalho, mas amo mais o meu país”, disse Biden, antes de acrescentar: “E toda esta conversa sobre como estou zangado com todas aquelas pessoas que disseram que eu deveria desistir da corrida, isso não é verdade. Eu amo mais meu país. E precisamos preservar a nossa democracia em 2024.”

No final do discurso, Biden foi ovacionado ao ressaltar seu amor pelos Estados Unidos e sua carreira no serviço público. “América, América, dei o meu melhor para vocês”, disse Biden. “Cometi muitos erros na minha carreira. Mas eu dei o meu melhor para você por 50 anos.”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursa na primeira noite da Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Haiyun Jiang/NYT

2-Ocasio-Cortez faz discurso enérgico

A congressista Alexandria Ocasio-Cortez discursou de forma enérgica na segunda-feira e empolgou a base democrata.

Ocasio-Cortez classificou Trump como não sendo um aliado dos trabalhadores, dizendo que ele “venderia este país por um dólar se isso significasse encher os seus próprios bolsos e untar as mãos dos seus amigos de Wall Street”.

Ela tinha como alvo os republicanos que gostam de atacá-la por ter trabalhado como garçonete. A politica apontou que ficaria feliz em voltar a essa profissão “em qualquer dia da semana, porque não há nada de errado em trabalhar para viver”.

A congressista americana Alexandria Ocasio-Cortez discursa durante a Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Jacquelyn Martin/AP

A multidão democrata adorou. O discurso da congressista pareceu sinalizar uma mudança de postura de uma das líderes da ala progressista do Partido Democrata, chamada de “Esquadrão”.

3-Aborto e covid aparecem com destaque

Talvez os dois ataques mais notáveis a Trump na noite de segunda-feira tenham envolvido o aborto e a covid-19.

Três mulheres que enfrentaram circunstancias difíceis em relação ao aborto contaram as suas histórias na convenção. Uma delas era uma sobrevivente de um estupro cujo padrasto a engravidou quando ela tinha 12 anos e a outra esperou três dias por um aborto devido a uma gravidez inviável.

A ativista Hadley Duvall, que foi vitima de um estupro, criticou as posições de Trump sobre o tema. A proibição do aborto é uma grande debilidade para o Partido Republicano neste momento. O ex-presidente americano procurou enfatizar a autonomia dos dos Estados em relação ao tema, mas os eleitores querem mais.

A ativista Hadley Duvall participa da Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago  Foto: J. Scott Applewhite/AP

A pandemia foi um foco mais surpreendente – mas também com um toque pessoal. Políticos democratas mencionaram a falta de liderança de Trump, os seus esforços para minimizar a ameaça da crise sanitária e as suas teorias de conspiração.

A vice-governadora de Minnesota, Peggy Flanagan, discursou sobre a morte de seu irmão. ”Nosso país foi levado ao limite por sua incapacidade de responder.”

4-Poucos sinais de grandes divisões até agora

Até agora, poucos sinais de divisões ou questionamentos foram sentidos na Convenção. Desde que Kamala Harris foi oficializada como a candidata democrata a Casa Branca o entusiasmo da base aumentou.

Mas protestos que questionam o apoio americano a Israel durante a guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza podem atrapalhar a festa. Organizadores apontaram que milhares de pessoas poderiam comparecer as manifestações em Chicago, mas o número atual parece menor do que o previsto.

Manifestantes pró-Palestina protestam em Chicago, durante a Convenção Nacional do Partido Democrata  Foto: Jim Vondruska/AFP

Alguns delegados democratas ergueram faixas durante o discurso de Biden, mas nenhum protesto dentro da convenção aconteceu.

5-Novos ataques a Trump

Novas críticas a Trump surgiram durante a convenção, principalmente sobre a tentativa de aproximação do republicano com sindicados. Em julho, um líder sindical discursou na Convenção Nacional do Partido Republicano pela primeira vez na história.

Mas um comentário que Trump fez na semana passada sobre o assunto gerou polêmica.

Durante uma conversa com o empresário Elon Musk, Trump elogiou o dono do X por demitir trabalhadores em greve. Desde então, democratas tem criticado o republicano em uma tentativa de atrair novamente uma parte da classe trabalhadora que se desiludiu com o partido.

A Convenção Nacional do Partido Democrata começou na segunda-feira, 19, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursando aproximadamente 72 horas antes do que ele e nós esperávamos há um mês. (A nova candidata presidencial, a vice-presidente Kamala Harris, deve discursar na quinta-feira, 22.)

A ex-secretária de Estado e ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton também discursou, e a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, uma das líderes da ala progressista da legenda, energizou a base democrata.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa da Convenção Nacional do Partido Democrata ao lado da vice-presidente Kamala Harris, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Jacquelyn Martin/AP

Saiba mais sobre os principais momentos do primeiro dia da Convenção Nacional do Partido Democrata.

1-A grande despedida de Biden

Os democratas tiveram que mediar duas posições no primeiro dia da convenção. Por um lado, queriam que Biden tivesse um momento de despedida que pudesse se orgulhar e com foco em seu legado; por outro, esta convenção é sobre a eleição de novembro e Biden é um presidente impopular.

Em seu discurso, o presidente americano procurou equilibrar a promoção do seu próprio governo e ressaltar a importância da corrida presidencial em 2024. Biden entrou em detalhes sobre suas realizações mais orgulhosas, enquanto intercalava ataques ao ex-presidente Donald Trump e enfatizava as contribuições de Kamala. E ele procurou minimizar qualquer ressentimento por ter sido pressionado a desistir da reeleição por membros importantes do partido.

Biden mencionou a ajuda da vice-presidente para reduzir o custo da insulina para US$ 35 por mês e aprovar um projeto de lei significativo sobre segurança de armas. O democrata também ressaltou a contribuição de Kamala para a reabertura de escolas e empresas depois da pandemia, além de votos importantes da vice-presidente no Senado.

Democratas erguem cartazes de agradecimento ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante seu discurso na Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos Foto: Chip Somodevilla/AFP

Fora isso, o discurso foi, em sua maioria, um discurso de campanha padrão, alinhado com as realizações de Biden. A multidão democrata claramente fez um esforço para mostrar gratidão a Biden e gritou “Obrigado, Joe” por vários minutos.

O presidente americano subiu ao palco enquanto enxugava os olhos após ser apresentado por sua filha, Ashley Biden e não se esquivou do elefante na sala.

“Adoro o trabalho, mas amo mais o meu país”, disse Biden, antes de acrescentar: “E toda esta conversa sobre como estou zangado com todas aquelas pessoas que disseram que eu deveria desistir da corrida, isso não é verdade. Eu amo mais meu país. E precisamos preservar a nossa democracia em 2024.”

No final do discurso, Biden foi ovacionado ao ressaltar seu amor pelos Estados Unidos e sua carreira no serviço público. “América, América, dei o meu melhor para vocês”, disse Biden. “Cometi muitos erros na minha carreira. Mas eu dei o meu melhor para você por 50 anos.”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursa na primeira noite da Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Haiyun Jiang/NYT

2-Ocasio-Cortez faz discurso enérgico

A congressista Alexandria Ocasio-Cortez discursou de forma enérgica na segunda-feira e empolgou a base democrata.

Ocasio-Cortez classificou Trump como não sendo um aliado dos trabalhadores, dizendo que ele “venderia este país por um dólar se isso significasse encher os seus próprios bolsos e untar as mãos dos seus amigos de Wall Street”.

Ela tinha como alvo os republicanos que gostam de atacá-la por ter trabalhado como garçonete. A politica apontou que ficaria feliz em voltar a essa profissão “em qualquer dia da semana, porque não há nada de errado em trabalhar para viver”.

A congressista americana Alexandria Ocasio-Cortez discursa durante a Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, Estados Unidos  Foto: Jacquelyn Martin/AP

A multidão democrata adorou. O discurso da congressista pareceu sinalizar uma mudança de postura de uma das líderes da ala progressista do Partido Democrata, chamada de “Esquadrão”.

3-Aborto e covid aparecem com destaque

Talvez os dois ataques mais notáveis a Trump na noite de segunda-feira tenham envolvido o aborto e a covid-19.

Três mulheres que enfrentaram circunstancias difíceis em relação ao aborto contaram as suas histórias na convenção. Uma delas era uma sobrevivente de um estupro cujo padrasto a engravidou quando ela tinha 12 anos e a outra esperou três dias por um aborto devido a uma gravidez inviável.

A ativista Hadley Duvall, que foi vitima de um estupro, criticou as posições de Trump sobre o tema. A proibição do aborto é uma grande debilidade para o Partido Republicano neste momento. O ex-presidente americano procurou enfatizar a autonomia dos dos Estados em relação ao tema, mas os eleitores querem mais.

A ativista Hadley Duvall participa da Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago  Foto: J. Scott Applewhite/AP

A pandemia foi um foco mais surpreendente – mas também com um toque pessoal. Políticos democratas mencionaram a falta de liderança de Trump, os seus esforços para minimizar a ameaça da crise sanitária e as suas teorias de conspiração.

A vice-governadora de Minnesota, Peggy Flanagan, discursou sobre a morte de seu irmão. ”Nosso país foi levado ao limite por sua incapacidade de responder.”

4-Poucos sinais de grandes divisões até agora

Até agora, poucos sinais de divisões ou questionamentos foram sentidos na Convenção. Desde que Kamala Harris foi oficializada como a candidata democrata a Casa Branca o entusiasmo da base aumentou.

Mas protestos que questionam o apoio americano a Israel durante a guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza podem atrapalhar a festa. Organizadores apontaram que milhares de pessoas poderiam comparecer as manifestações em Chicago, mas o número atual parece menor do que o previsto.

Manifestantes pró-Palestina protestam em Chicago, durante a Convenção Nacional do Partido Democrata  Foto: Jim Vondruska/AFP

Alguns delegados democratas ergueram faixas durante o discurso de Biden, mas nenhum protesto dentro da convenção aconteceu.

5-Novos ataques a Trump

Novas críticas a Trump surgiram durante a convenção, principalmente sobre a tentativa de aproximação do republicano com sindicados. Em julho, um líder sindical discursou na Convenção Nacional do Partido Republicano pela primeira vez na história.

Mas um comentário que Trump fez na semana passada sobre o assunto gerou polêmica.

Durante uma conversa com o empresário Elon Musk, Trump elogiou o dono do X por demitir trabalhadores em greve. Desde então, democratas tem criticado o republicano em uma tentativa de atrair novamente uma parte da classe trabalhadora que se desiludiu com o partido.

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