Dez pontos para entender como começa o novo mandato de Maduro na Venezuela


Relembre os principais acontecimentos que marcaram o primeiro mandato do presidente venezuelano e levaram ao agravamento da crise no país

Por Redação
Atualização:

• Justiça chavista

Em dezembro de 2015, logo após a vitória da oposição na eleição legislativa, o chavismo aproveitou o fim da legislatura anterior para nomear juízes leais ao governo no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Com isso, o Tribunal aumentou o ritmo de decisões favoráveis ao governo, entre elas as que retiraram a competência legislativa da Assembleia Nacional, controlada pela oposição. 

O presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, Maikel Moreno, está entre os sancionados pela UE Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
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• 100 dias de protesto e violência

Uma onda de protestos provocada pela crise econômica e política em 2017 durou mais de três meses no país e levou a morte de 91 pessoas, em meio à dura repressão do governo chavista. Mais de 5 mil pessoas foram presas e Maduro prendeu prefeitos de cidades com forte movimentação opositora

• Referendo revogatório fracassado

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A recusa da Justiça eleitoral em autorizar um referendo revogatório do mandato de Maduro levou a oposição a organizar uma votação por conta própria quando a onda de protestos arrefeceu. Mais de 7 milhões de pessoas votaram pela proposta, que não teve nenhum valor legal. 

• Constituinte chavista

Como maneira de enfraquecer a oposição ainda mais depois dos protestos de 2017 e consolidar seu poder, Maduro decidiu convocar uma nova Constituinte para substituir a Carta de 1999. Na verdade, a nova assembleia eleita com critérios que favoreciam o chavismo e tornavam quase impossível a oposição eleger um deputado serviu para criar um órgão legislativo à revelia da Assembleia Nacional. Um ano e meio depois da votação, no entanto, a nova Carta ainda não foi concluída. 

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• Prisão de opositores

Com pouco menos de um ano de mandato, Maduro prendeu o líder opositor Leopoldo López, acusado por ele de incitar protestos para derrubá-lo em 2014. Nos anos que se seguiram outros líderes históricos da oposição, como Antonio Ledezma, foram presos e outros, como Henrique Capriles e Maria Corina Machado, perderam direitos políticos.

O líder da oposição venezuelana Leopoldo López, no momento de sua prisão em Caracas, no começo de2014 Foto: Jorge Silva / Reuters
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• Antecipação da eleição presidencial

Em 2018, com a hiperinflação galopante e com dificuldades cada vez maiores de importar alimentos, o chavismo decidiu antecipar a eleição presidencial. Parcialmente boicotada pela oposição e com denúncias de fraude, Maduro foi reeleito com uma abstenção recorde de quase 70% do eleitorado. 

• Hiperinflação

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A Venezuela encerrou 2018 com uma hiperinflação de 1 milhão por cento e especialistas já comparam a situação com crises históricas como as da Alemanha, em 1923, e a do Zimbábue, em 2008. Em agosto, após anos de resistência, o governo cortou zeros da moeda, em uma tentativa inócua de conter o problema. 

• Emigração em massa

Afetada pela inflação, falta de alimentos e remédios, os venezuelanos começaram a deixar o país em massa a partir de meados de 2015. Três anos depois, a diáspora é uma das maiores do mundo e preocupa organismos internacionais. Cerca de 5 mil pessoas deixam o país por dia, segundo a ONU e mais de 3 milhões de pessoas já deixaram o país. 

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Refugiados Venezuelanos cruzam a fronteira com a Colômbia Foto: Schneyder Mendoza / AFP

• Pressão diplomática

A partir de 2015, com a mudança de perfil ideológico em alguns países da região, como Argentina e posteriormente, Brasil, Chile e Peru, aumentou a pressão regional contra Maduro. Em 2018, foi criado o Grupo de Lima, uma organização informal que monitora a crise e recentemente anunciou sanções contra o governo chavista. 

• Oposição debilitada

Fragmentada e incapaz de motivar os venezuelanos contra o chavismo, a oposição tenta fazer da Assembleia Nacional um polo antichavista. Recentemente, o deputado Juan Guaidó foi eleito presidente da Assembleia Nacional

• Justiça chavista

Em dezembro de 2015, logo após a vitória da oposição na eleição legislativa, o chavismo aproveitou o fim da legislatura anterior para nomear juízes leais ao governo no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Com isso, o Tribunal aumentou o ritmo de decisões favoráveis ao governo, entre elas as que retiraram a competência legislativa da Assembleia Nacional, controlada pela oposição. 

O presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, Maikel Moreno, está entre os sancionados pela UE Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

• 100 dias de protesto e violência

Uma onda de protestos provocada pela crise econômica e política em 2017 durou mais de três meses no país e levou a morte de 91 pessoas, em meio à dura repressão do governo chavista. Mais de 5 mil pessoas foram presas e Maduro prendeu prefeitos de cidades com forte movimentação opositora

• Referendo revogatório fracassado

A recusa da Justiça eleitoral em autorizar um referendo revogatório do mandato de Maduro levou a oposição a organizar uma votação por conta própria quando a onda de protestos arrefeceu. Mais de 7 milhões de pessoas votaram pela proposta, que não teve nenhum valor legal. 

• Constituinte chavista

Como maneira de enfraquecer a oposição ainda mais depois dos protestos de 2017 e consolidar seu poder, Maduro decidiu convocar uma nova Constituinte para substituir a Carta de 1999. Na verdade, a nova assembleia eleita com critérios que favoreciam o chavismo e tornavam quase impossível a oposição eleger um deputado serviu para criar um órgão legislativo à revelia da Assembleia Nacional. Um ano e meio depois da votação, no entanto, a nova Carta ainda não foi concluída. 

• Prisão de opositores

Com pouco menos de um ano de mandato, Maduro prendeu o líder opositor Leopoldo López, acusado por ele de incitar protestos para derrubá-lo em 2014. Nos anos que se seguiram outros líderes históricos da oposição, como Antonio Ledezma, foram presos e outros, como Henrique Capriles e Maria Corina Machado, perderam direitos políticos.

O líder da oposição venezuelana Leopoldo López, no momento de sua prisão em Caracas, no começo de2014 Foto: Jorge Silva / Reuters

• Antecipação da eleição presidencial

Em 2018, com a hiperinflação galopante e com dificuldades cada vez maiores de importar alimentos, o chavismo decidiu antecipar a eleição presidencial. Parcialmente boicotada pela oposição e com denúncias de fraude, Maduro foi reeleito com uma abstenção recorde de quase 70% do eleitorado. 

• Hiperinflação

A Venezuela encerrou 2018 com uma hiperinflação de 1 milhão por cento e especialistas já comparam a situação com crises históricas como as da Alemanha, em 1923, e a do Zimbábue, em 2008. Em agosto, após anos de resistência, o governo cortou zeros da moeda, em uma tentativa inócua de conter o problema. 

• Emigração em massa

Afetada pela inflação, falta de alimentos e remédios, os venezuelanos começaram a deixar o país em massa a partir de meados de 2015. Três anos depois, a diáspora é uma das maiores do mundo e preocupa organismos internacionais. Cerca de 5 mil pessoas deixam o país por dia, segundo a ONU e mais de 3 milhões de pessoas já deixaram o país. 

Refugiados Venezuelanos cruzam a fronteira com a Colômbia Foto: Schneyder Mendoza / AFP

• Pressão diplomática

A partir de 2015, com a mudança de perfil ideológico em alguns países da região, como Argentina e posteriormente, Brasil, Chile e Peru, aumentou a pressão regional contra Maduro. Em 2018, foi criado o Grupo de Lima, uma organização informal que monitora a crise e recentemente anunciou sanções contra o governo chavista. 

• Oposição debilitada

Fragmentada e incapaz de motivar os venezuelanos contra o chavismo, a oposição tenta fazer da Assembleia Nacional um polo antichavista. Recentemente, o deputado Juan Guaidó foi eleito presidente da Assembleia Nacional

• Justiça chavista

Em dezembro de 2015, logo após a vitória da oposição na eleição legislativa, o chavismo aproveitou o fim da legislatura anterior para nomear juízes leais ao governo no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Com isso, o Tribunal aumentou o ritmo de decisões favoráveis ao governo, entre elas as que retiraram a competência legislativa da Assembleia Nacional, controlada pela oposição. 

O presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, Maikel Moreno, está entre os sancionados pela UE Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

• 100 dias de protesto e violência

Uma onda de protestos provocada pela crise econômica e política em 2017 durou mais de três meses no país e levou a morte de 91 pessoas, em meio à dura repressão do governo chavista. Mais de 5 mil pessoas foram presas e Maduro prendeu prefeitos de cidades com forte movimentação opositora

• Referendo revogatório fracassado

A recusa da Justiça eleitoral em autorizar um referendo revogatório do mandato de Maduro levou a oposição a organizar uma votação por conta própria quando a onda de protestos arrefeceu. Mais de 7 milhões de pessoas votaram pela proposta, que não teve nenhum valor legal. 

• Constituinte chavista

Como maneira de enfraquecer a oposição ainda mais depois dos protestos de 2017 e consolidar seu poder, Maduro decidiu convocar uma nova Constituinte para substituir a Carta de 1999. Na verdade, a nova assembleia eleita com critérios que favoreciam o chavismo e tornavam quase impossível a oposição eleger um deputado serviu para criar um órgão legislativo à revelia da Assembleia Nacional. Um ano e meio depois da votação, no entanto, a nova Carta ainda não foi concluída. 

• Prisão de opositores

Com pouco menos de um ano de mandato, Maduro prendeu o líder opositor Leopoldo López, acusado por ele de incitar protestos para derrubá-lo em 2014. Nos anos que se seguiram outros líderes históricos da oposição, como Antonio Ledezma, foram presos e outros, como Henrique Capriles e Maria Corina Machado, perderam direitos políticos.

O líder da oposição venezuelana Leopoldo López, no momento de sua prisão em Caracas, no começo de2014 Foto: Jorge Silva / Reuters

• Antecipação da eleição presidencial

Em 2018, com a hiperinflação galopante e com dificuldades cada vez maiores de importar alimentos, o chavismo decidiu antecipar a eleição presidencial. Parcialmente boicotada pela oposição e com denúncias de fraude, Maduro foi reeleito com uma abstenção recorde de quase 70% do eleitorado. 

• Hiperinflação

A Venezuela encerrou 2018 com uma hiperinflação de 1 milhão por cento e especialistas já comparam a situação com crises históricas como as da Alemanha, em 1923, e a do Zimbábue, em 2008. Em agosto, após anos de resistência, o governo cortou zeros da moeda, em uma tentativa inócua de conter o problema. 

• Emigração em massa

Afetada pela inflação, falta de alimentos e remédios, os venezuelanos começaram a deixar o país em massa a partir de meados de 2015. Três anos depois, a diáspora é uma das maiores do mundo e preocupa organismos internacionais. Cerca de 5 mil pessoas deixam o país por dia, segundo a ONU e mais de 3 milhões de pessoas já deixaram o país. 

Refugiados Venezuelanos cruzam a fronteira com a Colômbia Foto: Schneyder Mendoza / AFP

• Pressão diplomática

A partir de 2015, com a mudança de perfil ideológico em alguns países da região, como Argentina e posteriormente, Brasil, Chile e Peru, aumentou a pressão regional contra Maduro. Em 2018, foi criado o Grupo de Lima, uma organização informal que monitora a crise e recentemente anunciou sanções contra o governo chavista. 

• Oposição debilitada

Fragmentada e incapaz de motivar os venezuelanos contra o chavismo, a oposição tenta fazer da Assembleia Nacional um polo antichavista. Recentemente, o deputado Juan Guaidó foi eleito presidente da Assembleia Nacional

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