Conservadores vencem, mas não conseguem maioria para governar Espanha


Com 99,9% das urnas apuradas, o PP possuí 33,05%, contra 31,69% do Partido Socialista (PSOE), legenda do atual primeiro-ministro

Por Redação
Atualização:

O Partido Popular (PP), líderado por Alberto Núñez Feijóo, ganhou as eleições gerais na Espanha neste domingo, 23, mas de forma mais apertada do que o esperado por analistas e pelas pesquisas de opinião. A legenda de direita deve precisar de negociações com diversos partidos para governar a Espanha.

Com 99,9% das urnas apuradas, o PP possuí 33,05%, contra 31,69% do Partido Socialista (PSOE), legenda do atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez. De acordo com os resultados parciais, o PP está obtendo 136 cadeiras, contra 122 cadeiras do PSOE. Feijóo reconheceu os resultados e afirmou que vai reivindicar o direito de tentar formar um governo.

Para formar uma maioria, uma coalizão necessita de 176 cadeiras no parlamento. De acordo com os resultados, na atual composição do parlamento espanhol, 172 cadeiras serão compostas por partidos de esquerda, enquanto 170 por parlamentares de direita.

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O líder do Partido Popular (PP), Alberto Nunes Feijoó, conversa com apoiadores após votar neste domingo, em Madrid  Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

O Vox, partido de extrema direita, aparece como a terceira maior legenda, conquistando 33 cadeiras,, com 12,39% dos votos. A legenda teve havia conquistado 15,21% dos votos nas eleições de 2019.

O Sumar, coalizão de esquerda, está com 31 cadeiras e 12,30% dos votos. Abaixo do Sumar, o ERC e o Junts somam sete cadeiras cada um. O Bildu tem seis cadeiras e o PNV possuí cinco. BNG, CCa e UPN tem uma cadeira cada um.

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Dessa maneira, o grupo separatista Junts per Catalunya pode ser fundamental na formação do governo de coalizão. Se o Junts decidir se abster, pode fazer com que Sanchez receba um voto de confiança para continuar no comando.

“Podemos desequilibrar a balança”, afirmou o deputado Gabriel Rufián, do ERC (Esquerda Republicana da Catalunha), que elegeu 7 deputados e adiantou que vai pedir um referendo para a independência da região em troca de apoio a Sánchez. “Nossos votos serão decisivos mais uma vez”, disse Andoni Ortuzar, do Partido Nacionalista Vasco (PNV), que elegeu 5 cadeiras.

“O resultado foi uma surpresa”, disse à AFP Antonio Barroso, analista da consultoria Teneo. “O desafio de Sanchez é formar maioria. Tudo depende de um ou dois assentos”.

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Os dois lados comemoram

Apesar de ter ficado acima do Partido Socialista (PSOE), do atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez, o PP deve ter dificuldades para formar uma coalizão, porque não conseguirá formar um governo apenas com os votos do Vox, de extrema direita. Com apenas as cadeiras do PP e do Vox, a coalizão conseguiria 169 cadeiras, sete a menos do que o necessário para formar um governo.

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Ainda assim, os conservadores comemoraram. “Sete anos depois da nossa última vitória nas eleições gerais, o PP voltou a vencer as eleições gerais. Eu me sinto muito orgulhoso”, afirmou o líder do PP, em discurso a apoiadores.

“Nossa obrigação agora é que não se abra um período de incerteza na Espanha. Os espanhóis hoje confiaram em nós e também pediram a todos os partidos do arco parlamentar que dialogassem. Como candidato do partido mais votado, acredito que meu dever é abrir o diálogo desde o primeiro minuto para tentar governar nosso país de acordo com os resultados eleitorais e a vitória eleitoral”, completou o político.

O primeiro-ministro espanhol e candidato do Partido Socialista (PSOE) à reeleição Pedro Sanchez ao lado de sua esposa Begona Gomez, comemora após a eleição geral da Espanha na sede do Partido Socialista Espanhol (PSOE) em Madri em 23 de julho de 2023 Foto: Javier Soriano / AFP
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Já Pedro Sánchez afirmou euforicamente a milhares de simpatizantes do Partido Socialista (PSOE) em Madrid que a direita e a extrema direita “foram derrotadas” nas eleições parlamentares deste domingo em Espanha.

“O bloco do Partido Popular com o Vox foi derrotado”, disse Sánchez depois de conseguir menos deputados que o Partido Popular, mas com a possibilidade de forjar alianças para formar um governo, acrescentando que “há muitos mais de nós que queremos que a Espanha avance e continue a fazê-lo”.

Para conseguir continuar como primeiro-ministro, Sánchez precisa negociar com os partidos catalães ERC e Junts, que defendem a independência da região. Contudo, a líder do Junts, Miriam Nogueras, afirmou que não vai participar de uma coalizão com o atual mandatário do país. “Não vamos nomear Sánchez como primeiro-ministro”, apontou Nogueras após os resultados.

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Alívio na esquerda europeia

A sobrevivência dos socialistas espanhóis é um alívio para a esquerda europeia, que já perdeu a Itália no ano passado e agora governa apenas em meia dúzia dos 27 países membros da União Europeia.

A Espanha atualmente detém a presidência semestral da UE. Um fator mobilizador da esquerda nessas eleições foi o medo de que a extrema direita entrasse em uma coalizão de governo, algo ainda mais próximo depois que o PP e o Vox entraram em acordo em vários governos locais e regionais.

Sánchez reforçou que tal aliança seria “um retrocesso para a Espanha” e mal vista na Europa, enquanto a líder do Sumar, Yolanda Díaz, disse no domingo à noite que “as pessoas vão dormir mais tranquilas”.

“O Partido Popular perdeu apoio com as últimas movimentações da campanha, enquanto que paralelamente, o Partido Socialista conseguiu mobilizar seu eleitorado”, afirmou Giselle García Hípola, professora de Ciências Políticas na Universidade de Granada. /Com AFP

O Partido Popular (PP), líderado por Alberto Núñez Feijóo, ganhou as eleições gerais na Espanha neste domingo, 23, mas de forma mais apertada do que o esperado por analistas e pelas pesquisas de opinião. A legenda de direita deve precisar de negociações com diversos partidos para governar a Espanha.

Com 99,9% das urnas apuradas, o PP possuí 33,05%, contra 31,69% do Partido Socialista (PSOE), legenda do atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez. De acordo com os resultados parciais, o PP está obtendo 136 cadeiras, contra 122 cadeiras do PSOE. Feijóo reconheceu os resultados e afirmou que vai reivindicar o direito de tentar formar um governo.

Para formar uma maioria, uma coalizão necessita de 176 cadeiras no parlamento. De acordo com os resultados, na atual composição do parlamento espanhol, 172 cadeiras serão compostas por partidos de esquerda, enquanto 170 por parlamentares de direita.

O líder do Partido Popular (PP), Alberto Nunes Feijoó, conversa com apoiadores após votar neste domingo, em Madrid  Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

O Vox, partido de extrema direita, aparece como a terceira maior legenda, conquistando 33 cadeiras,, com 12,39% dos votos. A legenda teve havia conquistado 15,21% dos votos nas eleições de 2019.

O Sumar, coalizão de esquerda, está com 31 cadeiras e 12,30% dos votos. Abaixo do Sumar, o ERC e o Junts somam sete cadeiras cada um. O Bildu tem seis cadeiras e o PNV possuí cinco. BNG, CCa e UPN tem uma cadeira cada um.

Dessa maneira, o grupo separatista Junts per Catalunya pode ser fundamental na formação do governo de coalizão. Se o Junts decidir se abster, pode fazer com que Sanchez receba um voto de confiança para continuar no comando.

“Podemos desequilibrar a balança”, afirmou o deputado Gabriel Rufián, do ERC (Esquerda Republicana da Catalunha), que elegeu 7 deputados e adiantou que vai pedir um referendo para a independência da região em troca de apoio a Sánchez. “Nossos votos serão decisivos mais uma vez”, disse Andoni Ortuzar, do Partido Nacionalista Vasco (PNV), que elegeu 5 cadeiras.

“O resultado foi uma surpresa”, disse à AFP Antonio Barroso, analista da consultoria Teneo. “O desafio de Sanchez é formar maioria. Tudo depende de um ou dois assentos”.

Os dois lados comemoram

Apesar de ter ficado acima do Partido Socialista (PSOE), do atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez, o PP deve ter dificuldades para formar uma coalizão, porque não conseguirá formar um governo apenas com os votos do Vox, de extrema direita. Com apenas as cadeiras do PP e do Vox, a coalizão conseguiria 169 cadeiras, sete a menos do que o necessário para formar um governo.

Ainda assim, os conservadores comemoraram. “Sete anos depois da nossa última vitória nas eleições gerais, o PP voltou a vencer as eleições gerais. Eu me sinto muito orgulhoso”, afirmou o líder do PP, em discurso a apoiadores.

“Nossa obrigação agora é que não se abra um período de incerteza na Espanha. Os espanhóis hoje confiaram em nós e também pediram a todos os partidos do arco parlamentar que dialogassem. Como candidato do partido mais votado, acredito que meu dever é abrir o diálogo desde o primeiro minuto para tentar governar nosso país de acordo com os resultados eleitorais e a vitória eleitoral”, completou o político.

O primeiro-ministro espanhol e candidato do Partido Socialista (PSOE) à reeleição Pedro Sanchez ao lado de sua esposa Begona Gomez, comemora após a eleição geral da Espanha na sede do Partido Socialista Espanhol (PSOE) em Madri em 23 de julho de 2023 Foto: Javier Soriano / AFP

Já Pedro Sánchez afirmou euforicamente a milhares de simpatizantes do Partido Socialista (PSOE) em Madrid que a direita e a extrema direita “foram derrotadas” nas eleições parlamentares deste domingo em Espanha.

“O bloco do Partido Popular com o Vox foi derrotado”, disse Sánchez depois de conseguir menos deputados que o Partido Popular, mas com a possibilidade de forjar alianças para formar um governo, acrescentando que “há muitos mais de nós que queremos que a Espanha avance e continue a fazê-lo”.

Para conseguir continuar como primeiro-ministro, Sánchez precisa negociar com os partidos catalães ERC e Junts, que defendem a independência da região. Contudo, a líder do Junts, Miriam Nogueras, afirmou que não vai participar de uma coalizão com o atual mandatário do país. “Não vamos nomear Sánchez como primeiro-ministro”, apontou Nogueras após os resultados.

Alívio na esquerda europeia

A sobrevivência dos socialistas espanhóis é um alívio para a esquerda europeia, que já perdeu a Itália no ano passado e agora governa apenas em meia dúzia dos 27 países membros da União Europeia.

A Espanha atualmente detém a presidência semestral da UE. Um fator mobilizador da esquerda nessas eleições foi o medo de que a extrema direita entrasse em uma coalizão de governo, algo ainda mais próximo depois que o PP e o Vox entraram em acordo em vários governos locais e regionais.

Sánchez reforçou que tal aliança seria “um retrocesso para a Espanha” e mal vista na Europa, enquanto a líder do Sumar, Yolanda Díaz, disse no domingo à noite que “as pessoas vão dormir mais tranquilas”.

“O Partido Popular perdeu apoio com as últimas movimentações da campanha, enquanto que paralelamente, o Partido Socialista conseguiu mobilizar seu eleitorado”, afirmou Giselle García Hípola, professora de Ciências Políticas na Universidade de Granada. /Com AFP

O Partido Popular (PP), líderado por Alberto Núñez Feijóo, ganhou as eleições gerais na Espanha neste domingo, 23, mas de forma mais apertada do que o esperado por analistas e pelas pesquisas de opinião. A legenda de direita deve precisar de negociações com diversos partidos para governar a Espanha.

Com 99,9% das urnas apuradas, o PP possuí 33,05%, contra 31,69% do Partido Socialista (PSOE), legenda do atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez. De acordo com os resultados parciais, o PP está obtendo 136 cadeiras, contra 122 cadeiras do PSOE. Feijóo reconheceu os resultados e afirmou que vai reivindicar o direito de tentar formar um governo.

Para formar uma maioria, uma coalizão necessita de 176 cadeiras no parlamento. De acordo com os resultados, na atual composição do parlamento espanhol, 172 cadeiras serão compostas por partidos de esquerda, enquanto 170 por parlamentares de direita.

O líder do Partido Popular (PP), Alberto Nunes Feijoó, conversa com apoiadores após votar neste domingo, em Madrid  Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

O Vox, partido de extrema direita, aparece como a terceira maior legenda, conquistando 33 cadeiras,, com 12,39% dos votos. A legenda teve havia conquistado 15,21% dos votos nas eleições de 2019.

O Sumar, coalizão de esquerda, está com 31 cadeiras e 12,30% dos votos. Abaixo do Sumar, o ERC e o Junts somam sete cadeiras cada um. O Bildu tem seis cadeiras e o PNV possuí cinco. BNG, CCa e UPN tem uma cadeira cada um.

Dessa maneira, o grupo separatista Junts per Catalunya pode ser fundamental na formação do governo de coalizão. Se o Junts decidir se abster, pode fazer com que Sanchez receba um voto de confiança para continuar no comando.

“Podemos desequilibrar a balança”, afirmou o deputado Gabriel Rufián, do ERC (Esquerda Republicana da Catalunha), que elegeu 7 deputados e adiantou que vai pedir um referendo para a independência da região em troca de apoio a Sánchez. “Nossos votos serão decisivos mais uma vez”, disse Andoni Ortuzar, do Partido Nacionalista Vasco (PNV), que elegeu 5 cadeiras.

“O resultado foi uma surpresa”, disse à AFP Antonio Barroso, analista da consultoria Teneo. “O desafio de Sanchez é formar maioria. Tudo depende de um ou dois assentos”.

Os dois lados comemoram

Apesar de ter ficado acima do Partido Socialista (PSOE), do atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez, o PP deve ter dificuldades para formar uma coalizão, porque não conseguirá formar um governo apenas com os votos do Vox, de extrema direita. Com apenas as cadeiras do PP e do Vox, a coalizão conseguiria 169 cadeiras, sete a menos do que o necessário para formar um governo.

Ainda assim, os conservadores comemoraram. “Sete anos depois da nossa última vitória nas eleições gerais, o PP voltou a vencer as eleições gerais. Eu me sinto muito orgulhoso”, afirmou o líder do PP, em discurso a apoiadores.

“Nossa obrigação agora é que não se abra um período de incerteza na Espanha. Os espanhóis hoje confiaram em nós e também pediram a todos os partidos do arco parlamentar que dialogassem. Como candidato do partido mais votado, acredito que meu dever é abrir o diálogo desde o primeiro minuto para tentar governar nosso país de acordo com os resultados eleitorais e a vitória eleitoral”, completou o político.

O primeiro-ministro espanhol e candidato do Partido Socialista (PSOE) à reeleição Pedro Sanchez ao lado de sua esposa Begona Gomez, comemora após a eleição geral da Espanha na sede do Partido Socialista Espanhol (PSOE) em Madri em 23 de julho de 2023 Foto: Javier Soriano / AFP

Já Pedro Sánchez afirmou euforicamente a milhares de simpatizantes do Partido Socialista (PSOE) em Madrid que a direita e a extrema direita “foram derrotadas” nas eleições parlamentares deste domingo em Espanha.

“O bloco do Partido Popular com o Vox foi derrotado”, disse Sánchez depois de conseguir menos deputados que o Partido Popular, mas com a possibilidade de forjar alianças para formar um governo, acrescentando que “há muitos mais de nós que queremos que a Espanha avance e continue a fazê-lo”.

Para conseguir continuar como primeiro-ministro, Sánchez precisa negociar com os partidos catalães ERC e Junts, que defendem a independência da região. Contudo, a líder do Junts, Miriam Nogueras, afirmou que não vai participar de uma coalizão com o atual mandatário do país. “Não vamos nomear Sánchez como primeiro-ministro”, apontou Nogueras após os resultados.

Alívio na esquerda europeia

A sobrevivência dos socialistas espanhóis é um alívio para a esquerda europeia, que já perdeu a Itália no ano passado e agora governa apenas em meia dúzia dos 27 países membros da União Europeia.

A Espanha atualmente detém a presidência semestral da UE. Um fator mobilizador da esquerda nessas eleições foi o medo de que a extrema direita entrasse em uma coalizão de governo, algo ainda mais próximo depois que o PP e o Vox entraram em acordo em vários governos locais e regionais.

Sánchez reforçou que tal aliança seria “um retrocesso para a Espanha” e mal vista na Europa, enquanto a líder do Sumar, Yolanda Díaz, disse no domingo à noite que “as pessoas vão dormir mais tranquilas”.

“O Partido Popular perdeu apoio com as últimas movimentações da campanha, enquanto que paralelamente, o Partido Socialista conseguiu mobilizar seu eleitorado”, afirmou Giselle García Hípola, professora de Ciências Políticas na Universidade de Granada. /Com AFP

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